Título Original: Firelight
Autoria: Sophie Jordan
Editora: Livros d’Hoje
Nº. Páginas: 293
Tradução: Sónia Mota Maia
Sinopse:
Marcada como especial numa idade precoce, Jacinda sabe que cada movimento seu é controlado, mas anseia pela liberdade de poder fazer as suas próprias escolhas. Quando quebra o princípio mais sagrado entre a sua espécie, quase chega a pagar por isso com a própria vida. Até ser salva por um belo desconhecido. Um desconhecido que foi enviado para caçar aqueles que são como ela. Jacinda é uma draki - descendente de dragões cuja maior defesa é a habilidade secreta de mudar para a forma humana.
Forçada a fugir para o mundo mortal com a sua família, Jacinda esforça-se por se adaptar ao seu novo ambiente. A sua única luz é Will. Um jovem lindo e evasivo que devolve a vida ao seu draki interior. Embora se sinta irresistivelmente atraída por ele, Jacinda sabe o segredo obscuro de Will: ele e a sua família são caçadores. Deve, por isso, evitá-lo a todo custo.
Mas o seu draki interior está a morrer lentamente - se ele morrer, ela será humana para sempre. Fará tudo para impedir que isso aconteça. Mesmo que isso signifique ficar mais perto do seu mais perigoso inimigo.
Poderes míticos e um romance de tirar o fôlego inflamam a história de uma rapariga que desafia todas as expectativas e cujo amor atravessa quaisquer obstáculos.
Opinião:
Que livro estupendo!
Que história envolvente, com personagens lindíssimos e de fazer o leitor vibrar por completo!
Sophie Jordan escreve com uma naturalidade e beleza incríveis. Doce nos diálogos e directa nas descrições, é uma autora que cativa do princípio ao fim. A subtileza com que embeleza a narrativa e a clareza na transmissão, ao leitor, das sensações, medos e privações das suas personagens é profundamente marcante e alenta, estimulando à leitura e à captação de todos os pequenos e grandes pormenores, particularidades que tanto assustam pela perspicácia inimaginável como adulam pela criatividade. A Luz do Fogo é simplesmente diferente, inconfundível, irreverente, e não tenho quaisquer dúvidas de que nos encontramos perante um primeiro volume de uma trilogia de destaque e merecida referência.
Jacinda não é como as outras adolescentes ditas normais. Ela é especial. Para começar, não é totalmente humana, apenas em parte. Sendo descendente directa de dragões, isto é, sendo uma draki, não só tem uma estimativa de vida que vai até aos trezentos anos de idade como o seu envelhecimento físico é mínimo e quase inexistente. Depois, a acrescentar a todo um leque vasto de singularidades e dons que ela possuí somente por ser o que é, descobre-se, muito cedo, que Jacinda é uma cuspidora de fogo – espécie draki extinta há anos – o que a torna um bem essencial e importante para o clã do qual faz parte. Assim, e a partir do momento em que sofre a primeira transformação, Jacinda é “entregue” ao príncipe do clã que nem um objecto inanimado, sem escolhas, sem direitos. Contudo, tudo muda quando Jacinda e a sua amiga, Azure, decidem quebrar as regras e expor-se, embora remotamente, em plena luz do dia. Descobertas e perseguidas por caçadores de draki, são as duas forçadas a fugir e a esconder-se mas sem grande sucesso... pelo menos para Jacinda. Salva no último momento por um caçador cuja ligação é automática e inexplicável, é com enorme espanto e surpresa que Jacinda o volta a encontrar após se deparar com uma repentina fuga do seu até então refúgio e é a partir desse instante que, nem Jacinda, nem a família e muito menos Will, o caçador, voltarão alguma vez a ser os mesmos...
A Luz do Fogo é um livro espectacularmente surpreendente principalmente por albergar muitas surpresas, ainda que algumas algo esperadas mas as quais o leitor nunca sabe ao certo se vão acontecer mesmo ou se se trata somente de uma hipótese ou probabilidade, até ao momento em que acontecem (ou não). Para além disso, é muito forte nas duas personagens principais. Jacinda e Will fazem a dupla perfeita, tendo personalidades diferentes mas sendo tão semelhantes e tão facilmente conjugáveis que o leitor se sente automaticamente atraído, cativado por ambos. O mesmo acontece com o trio amoroso, embora um pouco alternativo ao encontrado noutros romances do género, em A Luz do Fogo estamos perante três lideranças de peso – Jacinda, Will e o draki de Jacinda. Sendo uma parte tão importante de si, Jacinda tenta ao máximo escutar as necessidades do seu dragão, chegando a situações em que as dúvidas e as confusões sobre o que deve ou não fazer – se atender aos seus desejos ou se subjugar à vontade dos outros que a amam – se tornam tão intensas que o desnorteio é o mais certo.
A Luz do Fogo é um livro espectacularmente surpreendente principalmente por albergar muitas surpresas, ainda que algumas algo esperadas mas as quais o leitor nunca sabe ao certo se vão acontecer mesmo ou se se trata somente de uma hipótese ou probabilidade, até ao momento em que acontecem (ou não). Para além disso, é muito forte nas duas personagens principais. Jacinda e Will fazem a dupla perfeita, tendo personalidades diferentes mas sendo tão semelhantes e tão facilmente conjugáveis que o leitor se sente automaticamente atraído, cativado por ambos. O mesmo acontece com o trio amoroso, embora um pouco alternativo ao encontrado noutros romances do género, em A Luz do Fogo estamos perante três lideranças de peso – Jacinda, Will e o draki de Jacinda. Sendo uma parte tão importante de si, Jacinda tenta ao máximo escutar as necessidades do seu dragão, chegando a situações em que as dúvidas e as confusões sobre o que deve ou não fazer – se atender aos seus desejos ou se subjugar à vontade dos outros que a amam – se tornam tão intensas que o desnorteio é o mais certo.
Finalmente, dou nota máxima a toda a questão de desordem de sentimentos da Jacinda – do que deverá fazer, se deve resistir ou deixar-se afogar numa morte que todos os que realmente importam querem para si – , nas consequências dos seus actos que, a uma velocidade estonteante, podem afectar não só o seu espírito como os outros, principalmente à irmã gémea que, até então, não demonstrou quaisquer capacidades draki e, claro, nas peripécias internas que, por vezes, a fazem agir como uma verdadeira adolescente mas que, noutras, se deixa levar por aquilo que a sua espécie mais puramente representa.
Numa trama vigorosa, Sophie Jordan mostra ao leitor como os dragões conseguem ser tão fascinantes (se não mais) que outras espécies como vampiros, anjos e fadas. Escrito belissimamente, A Luz do Fogo é um must read para todos aqueles que vêem no romance mais juvenil um escape à rotina e um refúgio contra a realidade. Uma narrativa diferente, interessante e que deixa o leitor com pele de galinha. Definitivamente, um livro que vale a pena e pessoalmente, mal posso esperar pela continuação.
2 comentários:
Eu gostei imenso deste livrinho :)
Bastante leve e amoroso.. mas o que mais me chamou a atenção foi o mundo dos draki.. bastante interessante e deixou-me ainda com muitas dúvidas e curiosidades.. espero que o próximo as satisfaça :)
Miga.. dragões no meio de anjos, vampiros e fadas.. uma lufada de ar fresco!
Eu também gostei muito deste livro apesar que não gostei muito da personagem Jacinda. Eu nunca li muitos livros de dragõs por isso não posso fazer assim uma grande comparação e não posso analisar de forma mais completa o livro. Estou curiosa para ler o próximo livro porque como disse juanitah ainda me deixou muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito ao personagem Cassian.
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