quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Entre as Páginas de... #18

... A Filha da Madrasta, de Jennifer Donnelly

 
Desde que soube da publicação deste livro que andava com a pulga atrás da orelha para lhe pegar. Ora, quem nunca ponderou sobre o destino das meias-irmãs de Cinderella após esta ter o seu “e viveram felizes para sempre”?
Escusado será dizer que fiquei perdidamente apaixonada pela premissa desta obra, e embora este seja o primeiro romance da autora que tenho em mãos, sei já, com todas as certezas, de que não será o único. A sua prosa é absolutamente deliciosa e em mim tem já uma fã mais do que entusiasmada por descobrir que mais têm as suas palavras por desvendar.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Uma Família Quase Normal, Mattias Edvardsson

Fãs de thriller... este é para vocês.

Da Suma das Letras, chega hoje às livrarias Uma Família Quase Normal, de Mattias Edvardsson e espreitam só que o que dizem os editores internacionais sobre este livro:

« Estamos extremamente felizes por ser a editora francesa de Mattias Edvardsson e Uma família quase normal que se juntará à nossa lista junto com A rapariga do comboio, de Paula Hawkins e Em parte incerta, de Gillian Flynn.»
Marie Misandeau, Directora editorial, Sonatine (França)

«Estou muito entusiasmada por trabalhar com Mattias para publicar este romance maravilhoso. Tem todos os ingredientes  necessários para garantir o sucesso.  É rápido e brilhante, com personagens fantásticas cheias de nuances. Intenso e que  explora temas que são universais para todos nós. Adoro e, tenho a certeza, que os leitores de todo o mundo o devorarão como eu fiz.»
Vicki Mellor, Directora de Marketing, Pan Macmillan (UK)

Não perca... numa livraria perto de si! 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O Festival Bang! está de volta em 2020!


A 3ª edição do Festival Bang! já tem data e com os dois convidados de honra confirmados para este evento cultural realizado pela Saída de Emergência e a Coleção Bang!, acreditem em mim quando vos digo que vão querer assegurar o vosso bilhete o quanto antes!

A realizar-se a 28 de março, das 11h ás 21h, no Fórum Lisboa, o Festival Bang! – https://festival-bang.com/ é um evento dedicado à fantasia, ficção científica e horror. Com especial enfoque no universo literário do catálogo da Saída de Emergência e da Coleção Bang!, o festival conta ainda com inúmeras atividades e parceiros de outras áreas ligadas á temática da literatura fantástica. 


Nesta 3ª edição vamos contar com a presença de dois convidados muito, muito especiais: Sherrilyn Kenyon, rainha e uma das fundadoras do género do romance paranormal, e conhecida pela sua aclamada série Predador da Noite, e Joe Abercrombie, reconhecido por várias trilogias bestsellers.

 
Para além das sessões com os autores o Festival Bang! conta ainda com:
     * Sessões de apresentação e debates com convidados nacionais
     * Exposição de ilustração
     * Espaço de parceiros
     * Apresentação da Revista Bang! e do catálogo Bang! 2020
     * Pré-lançamentos exclusivos
     * Workshops

Os bilhetes encontram-se à venda no site da ticketline.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Darker Shade of Magic, V E Schwab [Opinião]





Título Originai: A Darker Shade of Magic
Autoria: V E Schwab
Série: Shades of Magic, #1
Editora: Tor Books
N.º Páginas: 400

Sinopse
Kell is one of the last Antari, a rare magician who can travel between parallel words: hopping from Grey London – dirty, boring, lacking magic, and ruled by mad King George – to Red London – where life and magic are revered, and the Maresh Dynasty presides over a flourishing empire – to White London – ruled by whoever has murdered their way to the throne, where people fight to control magic, and the magic fights back – and back, but never Black London, because travelling to Black London is forbidden and no one speaks of it now.
Officially, Kell is the personal ambassador and adopted Prince of Red London, carrying the monthly correspondences between the royals of each London. Unofficially, Kell smuggles for those willing to pay for even a glimpse of a world they’ll never see, and it is this dangerous hobby that sets him up for accidental treason. Fleeing into Grey London, Kell runs afoul of Delilah Bard, a cut-purse with lofty aspirations. She robs him, saves him from a dangerous enemy, then forces him to take her with him for her proper adventure.
But perilous magic is afoot, and treachery lurks at every turn. To save both his London and the others, Kell and Lila will first need to stay alive – a feat trickier than they hoped.


Opinião
Tive o prazer de conhecer pessoalmente V E Schwab no passado mês de Agosto e desde então que a minha vida de leitora não mais foi a mesma. Parti para a aventura com This Savage Song no bolso, a minha estreia com a autora, um desejo enorme de folhear Vicious e um certo receio (agora injustificado) de A Darker Shade of Magic – piratas nunca foram o meu forte. Mas algo em Schwab é transcendente, único e tão incrivelmente especial que após qualquer evento em que o seu intelecto seja questionado com perguntas e várias ansiedades em saber mais sobre os mundos por ela criados, o desfecho é sempre o mesmo: querer ler e ler mais sobre as suas personagens, os seus universos, os seus enredos intricados e em tudo novos.

A Darker Shade of Magic nunca seria a minha primeira escolha. Tinha-me sido vendido que este era um livro de fantasia adulta, com uma escrita mais elaborada e uma trama que se centra em torno de uma personagem feminina que visa tornar-se pirata de um navio e de um protagonista masculino que viaja entre mundos. O elemento fantástico das quatro Londres e toda a hierarquia e distribuição de magia fascinou-me de imediato mas o background de Lila, a sua postura, os seus sonhos, confesso que me deixaram um pouco de pé atrás. . . mas não por muito tempo.
Este foi um daqueles livros que pura e simplesmente me veio parar as mãos. A edição de capa dura e lindíssima, com um design enfeitiçante e que apela ao mistério e à sua leitura, e escusado será dizer que com Vicious ainda por encomendar (e o hardcover impossível de encontrar), a curiosidade levou a sua melhor e acabei por folhear as primeiras páginas, algo renitente, algo expectante, e em tudo absolutamente agarrada à história com o primeiro capítulo ainda por terminar.

Delilah Bard é uma interveniente de peso. Destemida, lobo solitário e com uma personalidade mordaz, Lila faz as delícias de qualquer leitor que tenha gosto em acompanhar o desenvolvimento de uma personagem feminina forte, com um excelente nível de badass e um carisma ainda mais inebriante. A sua história, o seu passado, são marcados pela pobreza e pelo roubo – arte em que se tornou especialista – mas são também essas marcas que lhe abrem a mente para o mundo mágico que se encontra à sua volta, e lhe trabalham a vontade para o desbravar de uma aventura muito para além do mundano da sua Londres Cinzenta.

Master Kell, por seu lado, é a raridade que todos receiam mas, no íntimo, desejam ser. O Antari da Londres Vermelha, Kell tem o dom de viajar entre mundos, entre Londres, para além de outras excentricidades mágicas, partilhando assim correspondência e informação entre figuras importantes de cada uma delas – com excepção de Londres Negra que se encontra fechada ao mundo.
O seu sentido de altruísmo é evidente assim como o seu amor pela família que o acolheu embora existe uma certa divergência entre o que o seu coração sente e o que a sua mente pensa.

Tudo em A Darker Shade of Magic complementa-se de forma exímia. O enredo está repleto de acção e surpresas, com inúmeros momentos de alta tensão e suspense, e a relação entre os dois protagonistas tem tudo para dar certo. O romance é deixado muito para lá de um segundo plano, o que se enquadra na estrutura do livro na perfeição, e o fardo que Kell e Lila partilham, assim como descobertas sobre o funcionamento das várias Londres e da magia que as habita, tomam o lugar central do enredo.
Adorei o companheirismo partilhado por Kell e Lila e gostei ainda mais dos breves momentos em que pudemos desfrutar da presença hilariante e descontraída de Rhy, uma personagem sobre a qual quero descobrir mais. Arrepiei-me com Athos e Astrid, continuo extremamente curiosa com Holland pois não me parece que a sua jornada esteja terminada, e mal posso esperar por ver de que forma os mundos de Kell e Lila se vão voltar a unir.

Este foi um primeiro livro de uma trilogia incrivelmente bom. Sem momentos mortos e recheado de pormenores que fazem toda a diferença, nota-se que existe um arco narrativo que se fecha e um outro que se abre. Algumas questões são deixadas em aberto, que darão aso à continuação da trilogia, mas como história este primeiro volume funciona muito bem e confesso que nao poderia estar mais agradavelmente surpreendida. Que venha A Gathering of Shadows, mas mais lá para o final do ano (embora o livro já aguarde vez na estante), visto que A Conjuring of Light está com lançamento previsto para Fevereiro do próximo ano e há que manter todos os detalhes frescos na mente.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Entre as Páginas de... #17

Heartless, de Marissa Meyer


Escusado será dizer que Marissa Meyer é um génio da escrita fantástica e que The Lunar Chronicles (ou As Crónicas Lunares) é uma das minhas séries favoritas de todo o sempre. Assim, tornou-se impossÍvel resistir aquele que é um dos, por mim, mais esperados lançamentos do ano e embarquei nesta viagem alucinante pelo PaÍs das Maravilhas e pela juventude da tão famosa Rainha de Copas sem hesitar.
Infelizmente, sinto que parte do encanto caracterÍstico da autora não está, de todo, presente nas páginas deste seu novo livro. Falta-lhe garra e uma certa leveza humorÍstica. Os pormenores são imensos e as peculiaridades ainda mais, mas, não sei, acho que lhe falta alguma coisa.
Veremos como corre o resto da leitura. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Desabafo de Leitora...

Olá, queridos leitores,

Nem sei por onde comecar.
Ao fim de tanto tempo ausente deste espaço que sempre foi importante para mim, e muito mais que um mero registo de páginas percorridas, aventuras vividas e comentários trocados, e com uma certa nostálgia que volto a abrir esta página de escrita e deixo o pensamento e os dedos fluirem pelo teclado, em busca de palavras que signifiquem tanto ou mais do que aquilo que estou a sentir.

O tempo que já lá vai foi árduo e exigente. Não houve espaço para devaneios literários, apenas para trabalho, crescimento profissional, novas jornadas que tanto se mostram frutÍferas quanto drasticamente implacáveis. Ainda assim, fica a vontade de voltar a este cantinho que tantas alegrias me deu ao longo dos anos, e que me possibilitou conhecer todos vocês, companheiros de letras, de sonhos fantasticamente improváveis.

O Pedacinho comemorou 7 anos no passado dia 7 de Setembro. Os anos foram casados mas a passagem por aqui foi impossÍvel – perdoem-me! Confesso que inúmeras vezes me passou pela cabeca fechar este pedaço de mim, por não ter a mesma disponibilidade de outrora, por não ter o mesmo entusiasmo para as leituras, por ler menos mas melhor e sempre diferente. Mas quando cheguei ao incrÍvel patamar dos 7 e olhei para trás, para todas as memórias que guardo carinhosamente, e por todo o trabalho que tem vindo a ser aqui deixado, pensei: poderá não ser a mesma coisa, a mesma recorrência, mas vou tentar mais uma vez, vou tentar arranjar um bocadinho de tempo para dedicar ao Pedacinho e aos que tao fielmente me seguem. E a quem eu tudo agradeço! 


Inevitavelmente, o blogue sofrerá mudanças. A qualidade manter-se-á mas a passagem por aqui não será tao assÍdua, assim como o próprio conteúdo será mais centrado nas opiniões e em pequenas publicações que possam surgir sobre as paginás que for percorrendo. Tentarei trazer-vos um bocadinho do que vos trouxe no passado – passatempos, divulgações – mas estas serão sem dúvida mais selectas e direccionados para os géneros que tanto gosto de ler.

Este devaneio já vai longo e um gigante obrigado a quem chegou até aqui – e a quem se tem mantido por este espaço, sempre na esperanca de que esta vossa apaixonada por livros volte e deslumbre. Vamos ver-nos em breve, dúvidas nao me restam. Mas até lá fica um até já. 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Illuminae, Amie Kaufman & Jay Kristoff [Opinião]







Título Original: Illuminae
Autoria: Amie Kaufman & Jay Kristoff
Série: The Illuminae Files, #1
Editora: Nuvem de Tinta
N.º Páginas: 608

Sinopse
Illuminae é diferente de todos os livros que alguma vez leste. 
Através de documentos pirateados, emails, mapas, arquivos militares, transcrições de interrogatórios e mensagens, vais descobrir que o pior dia da vida de Kady é apenas o início da história mais trepidante e arrebatadora de sempre.


Opinião
Quase não existem palavras para descrever o extraordinário que é este livro, nem a profundamente única experiência de leitura que este proporciona. De uma inovação e criatividade sem igual, Illuminae aborda uma temática futurista, num universo espacial, que deixa marcas quanto à possibilidade de um dia se tornar real. 
Centrando-se em duas personagens principais, Kady e Ezra, que outrora viveram tudo em conjunto mas agora se vêem separadas não somente pelas circunstâncias naturais em que se encontra o mundo que conhecem mas também pelas diferenças pessoais que as movem, este é um romance de ficção científica que agradará a qualquer apaixonado do género, seja um leitor mais experiente ou novato, devido à maturidade com que está escrito e ao modo singular com que o enredo está explorado, através de relatórios, trocas de emails, registos visuais e análises de terceiros. 

A informação proporcionada pela narrativa quase não chega a ser suficiente, e por mais do que uma vez o leitor vê-se cercado por perguntas e deduções sem aparente resposta, no entanto, a descoberta constante, a surpresa e o fascínio, incitam a uma leitura sôfrega que culmina num desfecho alucinante e de alta tensão que, sem dúvida, exige a presença de Gemina, o segundo volume da série, na estante. 
As personagens são autênticos ímanes de força e destreza, principalmente Kady. Esta é uma protagonista de peso, que sabe medir as consequências dos seus actos e que está disposta a tudo para salvar os que ama. As suas interacções com Ezra são como a cereja no topo do mais delicioso bolo do mundo, abrindo portas para o sorriso, o riso e, até, a lágrima. Gostei imenso destas duas figuras enquanto par e confesso que houveram dois ou três momentos que me partiram o coração e me fizeram perder a esperança no género mas Amie Kaufman e Jay Kristoff sabem, claramente, o que estão a fazer o que me leva a pensar que o método favorito de ambos no que diz respeito a torturar os seus leitores é levar estes a um ponto de não retorno de loucura e ansiedade. 

O que ainda me deixou mais perplexa e tão absolutamente encantada com este livro foi o seu vilão. Illuminae tem uma das mais bem construídas e desenvolvidas personagens nesta categoria, assumindo uma dubiedade maravilhosa entre o ser-se naturalmente mau e o estar a sê-lo por se acreditar ser a única forma de salvar ‘a humanidade da destruição total’. Adorei este elemento da narrativa e as passagens na sua presença, recheadas de provocações, tensão e suspense, são do melhor que esta obra tem para oferecer.
O desencadear dos acontecimentos, o fusão exímia dos estilos de ambos os autores, a abertura para o que ainda está por vir e toda a questão visual do livro transformam Illuminae numa composição perfeita de narrativa e grafismo elevando-o já a um dos favoritos do ano. Esta é uma daquelas tramas que é muito, muito difícil de explicar dada a sua diferença de tudo o resto, e que deve ser experienciada por cada leitor. Muitas são as nuances e as mensagens que podem ser encontradas nas entrelinhas mas há que ter em mente que, acima de tudo, esta é uma história de amor entre dois adolescentes que se viram separados por uma magnitude impossível de combater – o Espaço, o alastrar da doença e as muito poucas probabilidades de sobrevivência. Sem dúvida, um livro a não perder. 
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