quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Passatempo "Frankenweenie", Tim Burton


porque hoje é uma noite muito especial, que promete sustos aterradores, em colaboração com a D. Quixote, o Pedacinho tem o prazer de oferecer um exemplar da adaptação literária da obra de Tim Burton, Frankenweenie, lançada pelas mãos da Disney.

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico prémio, basta que responde correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios. 
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo!

As respostas podem ser encontradas aqui e/ou aqui!

Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 de 8 de Novembro (quinta-feira).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletas serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio e/ou atraso, no correio, de exemplares enviados por si e/ou pela editora em questão.


Boa sorte a todos!

Resultado do Passatempo «Especial Mary Balogh»


Chegou, finalmente, o momento de anunciar o vencedor de mais um Especial, e que irá receber, com o inconfundível apoio da ASA, um exemplar de Uma Noite de Amor e Um Verão Inesquecível, da romântica Mary Balogh.
Após um enorme debate entre quatro possíveis contemplados, decidiu-se que a vencedora deste passatempo é:

Sandra (...) Vidigal

Deixo-vos ainda com a resposta escolhida:

« Um amor inesquecível é...
... um olhar que nos faz perder no tempo;
... um toque que nos cobre o pensamento;
... um afecto que se perpetua pelo nosso ser;
... um sorriso que nos afecta mesmo sem querer.

Um amor inesquecível é...
... uma sensação que nos cobre por inteiro;
... uma palavra que nos incendeia que nem lume num isqueiro;
... uma paixão avassaladora, inebriante;
... um beijo que nos arrebata de rompante;

Um amor inesquecível é...
... uma busca que não prescindo;
... um sentimento pelo qual luto com afinco;
... um galanteio que um dia espero atingir;
... um conforto que não mais me faça fingir.»

Parabéns à feliz contemplada!
E aproveito ainda para agradecer a todos os participantes pelas belas e criativas respostas recepcionadas. Infelizmente, não podem vencer todos mas, em contrapartida, iremos ter outro Especial a iniciar muito, muito em breve! Fiquem atentos.

Boas Leituras!

Novidade D. Quixote - "Frankenweenie", Tim Burton


A adaptação literária da mais recente obra de Tim Burton chegou, finalmente, a território português!

Título: Frankenweenie
Autoria: Tim Burton «Disney»
N.º Páginas: 212

Lançamento: Já disponível
PVP.: 11,90€

Sinopse: Preparem-se para conhecer o Victor, um miúdo super inventivo que adora criar experiências científicas e filmes em 3D. Preparem-se para conhecer o Sparky, o cão do Victor - a estrela dos seus filmes e o seu melhor amigo. Certo dia, porém, um terrível acidente leva a vida do Sparky e toda a alegria de Victor. É então que, numa noite de desgosto sem fim, o Victor começa a ter uma ideia. Se resultar, poderá mudar tudo e trazer de volta o seu melhor amigo. 

Quarta em Imagens


E esta semana trago-vos... E. L. James!, com as sensualíssimas «Cinquenta Sombras de Grey»


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sedução Intensa, Lisa Kleypas [Opinião]




Título Original: It Happened One Autumn
Autoria: Lisa Kleypas
Editora: 5 Sentidos
Nº. Páginas: 352
Tradução: Cláudia Ramos e Helena Ramos


Sinopse:

Quatro jovens da sociedade elegante de Londres partilham um objectivo comum: usar os seus encantos femininos para arranjarem marido. E assim nasce um ousado esquema de sedução e conquista. Num refinado baile londrino, Lillian Bowman depressa descobre que a sua educação tipicamente americana não está propriamente na moda. E encontra no insuportável Marcus, Lord Westcliff, o seu crítico mais implacável. Pena que seja um excelente partido... Quando Lillian cai acidentalmente nos braços de Marcus, vê-se chocada e consumida por uma súbita paixão por um homem que julgava detestar. O tempo parece parar e o corpo da jovem cede ao erotismo do momento, descobrindo sensações que nem sonhava existirem... Marcus, conhecido pela sua constância, também se vê perdido num turbilhão sensual. Cada toque de Lillian é pura tortura, cada beijo o faz gemer por mais. Mas como pode ele pensar em aceitar uma mulher tão pouco adequada para sua noiva?


Opinião:

A essência inebriante de um perfume especialmente talhado ao gosto refinado de uma americana alma rebelde, é o começo de uma viagem estonteante pelos bravios campos de um amor intenso, selvagem e arrebatador. Com um pouco de Senhora da Noite e umas gotas de um ingrediente mágico e secreto, esta fragrância requintada será o objecto máximo de um dos mais escaldantes e vertiginosos assomos de paixão, numa sociedade britânica que se enaltece pela pureza e serenidade inatas da sua aristocracia.

Sedução Intensa trata-se de um divertidíssimo e embriagante romance sobre as atribulações amorosas de um casal de personagens excepcionalmente arrogante e convicto, numa continuação fabulosa de um começo de série, no mínimo, inesquecível. Seguindo as passadas da irreverente Lillian Bowman, o leitor vê-se a par com as situações mais escandalosas e, no entanto, aprazíveis que uma jovem dama alguma vez poderia provocar, ou instigar, num dos condados mais apetecíveis e cobiçados pelas ladies em idade casadoira.
Lisa Kleypas escreve maravilhosamente, num ritmo ameno e agradável que tanto denota a importância dos costumes de época ao descrever, com detalhe e primor, vestuário e iguarias gastronómicas como, e em igual medida, evidencia a individualidade das personagens e o que de melhor – e, por vezes, de pior – se pode encontrar em cada uma delas. Utilizando um estilo muito próprio e adequado ao género, Kleypas é o tipo de escritora que rapidamente cativa o seu leitor, em muito devido à delicadeza, suavidade e subtileza com que constrói, e agracia, a sua narrativa.

Saber que Lillian Bowman é a estrela feminina deste título é, já por si, um dos elementos mais atractivos de todo o enredo, mas descobrir, posteriormente, que Westcliff é o homem a si destinado, qual mal imperioso, é, sem dúvida, a cereja no topo de um bolo bem pecaminoso e divertido. O facto de Kleypas ter decidido juntar estas duas personagens tão agressivas entre si, tão distintas e, contudo, tão iguais só poderia culminar numa trama repleta de picardias, beijos roubados e desalentos familiares, o que, por outro lado e para mim, simboliza o que de melhor emoldura estas personalidades no romance, a singularidade com que se complementam e, consequentemente, se auxiliam no que de menos bom cada uma possui. Lillian é o ímpeto da rebeldia e da destreza, que nem um leãozinho indomável, numa sociedade que se rege pelos ideais mais restritos, controlados e graciosos, ao passo que Westcliff é um dominador implacável, senhor da razão e da lógica que nem por sombras se deixará levar pelas fragilidades do coração. Mas dúvidas não restam de que, no final, e juntos, estes dois formam o casal mais improvável e, porém, mais absolutamente fascinante de sempre.

Igualmente valorizáveis são os pequenos pormenores que enriquecem sobremaneira a narrativa, como é o caso do frasco de perfume de Lillian que coloca todas as encalhadas em verdadeiro alvoroço dadas as suas propriedades mágicas, dos aparentemente inocentes mas fervorosos desejos de Daisy, formulados à beira do poço na Herdade dos Westcliff, e que, de alguma forma, têm uma tendência impressionante em se tornarem realidade ou, por exemplo, daquela fabulosa garrafa de água ardente cuja pêra que lhe deu sabor, adquiriu as conotações mais engraçadas e divertidas alguma vez lidas. Estas singulares pérolas de entretenimento e construção narrativa são lindíssimas e, a meu ver, somente visam gratificar o enredo em si.
Outra importante questão é, similarmente, os variados temas que se encontram presentemente abordados e que, de uma maneira ou de outra, acabam por tecer uma certa aparência de frivolidade numa sociedade que se guia pelos mais altos valores éticos e morais. As obrigações, quais requisitos de sangue azul, que recaem nas costas dos homens mais abastados, como é o caso de Westcliff, assim como as pressões decididamente familiares e que muitas vezes vão em contrário aos anseios mais profundamente sentidos, a desvalorização dos estrangeiros e menos endinheirados nos circuitos sociais, as amizades incólumes e visceralmente verdadeiras e a busca por um título, por um futuro melhor, por parte da camada casadoira são, meramente, algumas das temáticas que se podem ver discutidas aos olhos de uma autora elegante e graciosa.

Quanto a mim, penso estar patente a minha adoração e enorme estima não, unicamente, por esta série mas, e principalmente, pela autora em si. Dona de uma inteligência e beleza narrativa sem igual, Kleypas confere um elevadíssimo grau de romance e afecto a páginas que se mostram sempre divertidas e propícias ao riso. Com uma pitada de mistério e violência que, a nível pessoal, só visa criar um dado nível de suspense bastante apreciado neste tipo de romances de época, e um final que me deixou sequiosa pelo próximo volume, somente me resta dizer que Sedução Intensa é um verdadeiro bálsamo para a alma, que aquecerá inúmeros corações como aqueceu o meu.

Uma glamorosa aposta da 5 Sentidos, uma chancela Porto Editora, que tem vindo a surpreender com as poucas – mas excelentes – publicações que lança para o mercado luso. Decididamente, um livro a não perder e que aconselho, vivamente, a todas as apreciadoras de um bom romance histórico com os seus laivos de sensualidade.

Novidade 5 Sentidos - "Rendida", Sylvia Day


29 de Outubro: é este o dia em que chega às livrarias portuguesas, com a chancela da 5 Sentidos, o sucesso internacional Rendida (Bared to You, na versão original), de Sylvia Day, um dos mais falados nos blogues e nas redes sociais. Esta obra integra uma série intitulada Crossfire, cujas narrativas eróticas foram descritas como «aventuras excitantes», pela Publishers Weekly, e «maravilhosamente divertidas», pela Booklist.
Sylvia Day é uma autora bestseller do The New York Times e várias vezes finalista do prémio RITA (Romance Writers of America). Publicou em e-book, com grande sucesso, a trilogia Crossfire, que despertou o interesse das maiores editoras internacionais. Rendida tem direitos vendidos para mais de trinta países e uma primeira tiragem, só nos Estados Unidos da América, de um milhão de exemplares. Desde que foi publicado, ocupa, juntamente com As Cinquenta Sombras de Grey, os primeiros lugares dos principais tops de vendas mundiais. 
A chancela 5 Sentidos conta, até ao momento, com dois títulos: Desejo Subtil e Sedução Intensa, que integram uma série dedicada a Lisa Kleypas, intitulada À Flor da Pele. Rendida é o primeiro livro da série Crossfire, constituída por obras da autora Sylvia Day. 

Título: Rendida
Autoria: Sylvia Day
N.º Páginas: 352

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,60€

Sinopse: Gideon Cross apareceu na minha vida como uma luz na escuridão. 
Um homem lindo, fascinante, um pouco louco e muito sedutor. A atracção que sentia por ele era diferente de tudo o que tinha experimentado até então. Eu desejava-o como a uma droga que me enfraquecia dia após dia. Gideon encontrou-me fragilizada e carente e entrou facilmente na minha vida. Descobri que também ele tinha os seus próprios demónios. Tornámo-nos o espelho um do outro: éramos o reflexo das nossas mais profundas cicatrizes e... desejos. Este amor transformou-me, mesmo que ainda hoje continue a rezar para que os pesadelos do passado não voltem para nos atormentar. 

Sobre a autora:
Sylvia Day é autora bestseller de uma dezena de romances, habituée nos tops do New York Times, USA Today e outros igualmente relevantes a nível internacional. O seu percurso profissional diversificado inclui a colaboração num parque de diversões e como especialista em língua russa e interrogadora para os serviços secretos do exército norte-americano. 
Com mais de uma dezena de livros publicados, a escritora dedica-se agora a tempo inteiro à escrita, tendo sido galardoada com prémios prestigiantes como RT Book Reviews Reviewers' Choice Award, o EPPIE Award, o National Readers' Choice Award, o Readers' Crown, além de ter sido várias vezes finalista do reconhecido RITA Award of Excellence

Imprensa:
«Sendo verdade que Rendida tem muito em comum com As Cinquenta Sombras de Grey, Rendida é uma história mais completa, mais bem escrita. As personagens são mais sólidas e o enredo é mais sensual. É um romance erótico que não pode perder.»
Romance Novel News

sábado, 27 de outubro de 2012

Raptada, Lauren DeStefano [Opinião]




Título Original: Wither
Autoria: Lauren DeStefano
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 250
Tradução: Irene Daun e Lorena & Nuno Daun e Lorena


Sinopse:

Graças à ciência moderna, todos os recém-nascidos são bombas-relógio genéticas – os homens só vivem até aos vinte e cinco anos e as mulheres até aos vinte. Neste cenário desolador, as raparigas são raptadas e forçadas a casamentos polígamos para que a raça humana não desapareça.
Levada pelos Colectores para se casar à força, Rhine Ellery, uma rapariga de dezasseis anos entra num mundo de riqueza e privilégio. Apesar do amor genuíno do marido Linden e da amizade relativa das suas irmãs-esposas, Rhine só pensa numa coisa: fugir, encontrar o irmão gémeo e voltar para casa.
Mas a liberdade não é o único problema. O excêntrico pai de Linden está decidido a encontrar um antídoto para o vírus genético que está prestes a levar-lhe o filho e usa cadáveres nas suas experiências. Com a ajuda de um criado, Gabriel, pelo qual se sente perigosamente atraída, Rhine tenta fugir no limitado tempo que lhe resta.


Opinião:

A morte é o fim que qualquer ser humano tem como certo, como algo adquirido, mas quando a foice invisível ataca em idades jovens, idades que ainda se encontram a florescer, a aprender, a crescer, a sensação de impotência, de desespero, é tal que não somente nos assola por dentro ao pensar na perda que se aproxima, como leva qualquer um aos mais atrozes actos possíveis.

Raptada trata-se de uma distopia indiscutivelmente arrepiante, onde o conceito de moralidade humana, de integridade social, é colocado de parte de modo a dar lugar à sobrevivência extrema, ao poder absoluto, ao controlo total. Pelos olhos da protagonista, Rhine, o leitor vê-se embarcar na mais alucinante viagem pelos podres da consciência e das acções do ser humano, e pela incapacidade de escape, de fuga face um aprisionamento forçado, ainda que glamoroso, cujo único propósito se cinge a gerar descendência, seja de que forma for, com que idade for, com quantas esposas for.
Lauren DeStefano é uma jovem autora e isso sente-se na sua escrita ainda que, no entanto, esta se mantenha sempre activa, sempre interessante e curiosa. Porém, notam-se algumas falhas de primeira obra, algumas descrições que poderiam ter sido reduzidas, algumas escolhas talvez menos felizes, mas esses momentos mais «mornos» não são o suficiente para lhe retirar o mérito de um conceito absolutamente inovador e atractivo e de um estilo que se afigura muito próprio e que, sem dúvida, detém muita margem de crescimento, o que, para mim, é algo muito positivo.

O cenário quase apocalíptico, dotado de uma atmosfera pontuada pelo terror da inconstância do futuro, pela perseguição constante face os menos favorecidos, e pela manipulação e falsidade que se sente um pouco por todo o lado, em conjunto com um leque de personagens femininas extremamente forte e complexo na sua essência, nos seus «objectivos» de vida e própria vivência, tornam esta uma leitura não só compulsiva como – e principalmente – intricada.
Rhine tem uma determinação inabalável. A sua capacidade de tocar o íntimo de Linden, mesmo sendo este um homem magoado, é impressionante e o modo como ela própria reage perante esses sentimentos algo contraditórios, arrebatadores, essas necessidades, mantendo-se firme no seu propósito, no seu desejo, é deveras interessante. Em contraste, Jenna é a mais correcta, a menos preocupada, aquela que encara a clausura como um meio para atingir um fim – a morte. E é essa sua sensibilidade, esse seu empenho e, ao mesmo tempo, casualidade, que rapidamente a transforma no fantasma que está destinada a ser, na voz da razão que revitaliza a ocasional desorientação de uma Rhine assoberbada pela grandeza e sumptuosidade da riqueza recém-adquirida. Cecily, por seu lado, é a eterna criança que se viu obrigada a crescer dadas as circunstâncias «comuns» da vida, dada a sua beleza e espírito jovem, idade jovem, e que, subitamente, se viu subjugada à vontade extrema que a trouxe ali, o precioso receptáculo que o seu corpo frágil, inocente e adolescente é suposto ser. Esta foi uma fusão que me tocou particularmente devido à conjugação perfeita que o trio representa, embora as suas personalidades sejam tão díspares, tão singulares. Uma combinação bastante arrojada, intrusiva.

É imperativo gerar descendência. É crucial ser-se superior, procurar uma cura, buscar uma forma de prolongar a existência das gerações vindouras, da comunidade presente, antes que os «mais velhos», os mais sábios, também sucumbam. E é essa urgência, a par com a revolta do cancro que assola almas tão jovens e imaculadas, o ímpeto que move uma leitura, de si, já verdadeiramente compulsiva. Cada pormenor conta. Cada segundo é importante, cada momento deve ser vivido ao máximo, desfrutado ao máximo. Mas, ao mesmo tempo, existe a contrapartida de, inesperadamente, de forma abrupta, sermos destituídos daquilo que nos torna «nós», sermos afastados daqueles que mais amamos e atirados para uma «vida» opressiva e controlada a rédea curta. Esse impacto social, esse entrave emocional e pressão mental são o que torna Raptada uma leitura obrigatória para todos os amantes de livros diferentes, de histórias que contam um pouco mais, que vão além da mera exposição escrita.

A nível pessoal, esta foi uma narrativa que me arrebatou por completo, que me provocou inúmeros arrepios, que me deixou abstraída no perigoso e mortal mundo de Rhine muito após o virar da última página. Mas o que mais me cativou foram, mesmo, as personagens. Belissimamente construídas, todas elas tão distintas, apresentam um temperamento único, uma série de particularidades, hábitos e desejos especiais, e a forma como a autora conseguiu dar importância a cada uma delas torna-as, para mim, um verdadeiro bálsamo de leitura. Embora gostasse de não ter sido cingida «quase» a uma só perspectiva, isto é, tivesse vivido mais confrontos e revoluções sociais, mais disparidades distópicas, esta foi uma trama que convenceu e que se «soube vender». E, sem dúvida, trata-se de um livro que só veio reforçar a minha admiração – e adoração – por este estilo tão avassaladoramente destrutivo, obscuro, monstruoso.

Uma aposta tenebrosa e muito potente, intensa, por parte da Planeta Manuscrito que, ultimamente, tem apostado forte nos vários ramos que constituem o universo do fantástico. Um livro maravilhoso que todo e qualquer leitor que aprecie uma boa trama apocalíptica não poderá perder. Gostei mesmo muito. 

Novidade Planeta - "A Sua Última Duquesa", Gabrielle Kimm


O que aconteceu a Lucrécia de Médici?

Título: A Sua Última Duquesa
Autoria: Gabrielle Kimm
N.º Páginas: 336

Lançamento: Já disponível
PVP.: 19,95€

Sinopse: Quando Lucrécia de Médici, de dezasseis anos, casa com o quinto duque de Ferrara, Afonso d'Este, imagina que a vida com o seu vistoso marido será idílica. Mas mal ela sabe que é um homem muito complicado. O casamento é fértil em dificuldades desde o início e, à medida que o tempo passa, Lucrécia torna-se cada vez mais distante. 
Para Afonso, a pressão aumenta quando o Vaticano ameaça reclamar o seu título se o casal não consegur gerar um herdeiro. Só a amante, Francesca, parece capaz de domar a sua fúria crescente. Mas o ressentimento de Afonso para com a sua duquesa depressa se torna insuportável, e começa a urdir um plano inacreditável para fugir aos seus problemas. Um plano com consequências nefastas que culmina com o desaparecimento até hoje questionado pelos historiadores. 

Sobre a autora:
Gabrielle Kimm nasceu na Escócia e cresceu em Sussex. Tem licenciatura em Inglês e Literatura e um mestrado em Escrita Criativa. Desde criança que gosta de escrever e o sonho de um romance sempre a perseguiu. Divide o seu tempo com a escrita e o ensino. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Passatempo "O Sedutor", Madeline Hunter


Em colaboração com a fenomenal ASA, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar de um dos mais cativantes romances deste ano, O Sedutor, da autora Madeline Hunter.

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico prémio, basta que responde correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios. 
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo!

As respostas podem ser encontradas aqui e/ou aqui!

Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 de 4 de Novembro (domingo).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletas serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio e/ou atraso, no correio, de exemplares enviados por si e/ou pela editora em questão.


Boa sorte a todos!

Novidade ASA - "O Grande Amor da Minha Vida", Paullina Simons


O começo de uma trilogia que promete arrebatar corações!

Título: O Grande Amor da Minha Vida
Autoria: Paullina Simons
N.º Páginas: 688

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,90€

Sinopse: Tatiana vive com a família em Leninegrado. A Rússia foi flagelada pela revolução, mas a vidade mais cosmopolita do país guarda ainda memórias do glamour do passado. Bela e vibrante, Tatiana não deixa que o dramatismo que a rodeia a impeça de sonhar com um futuro melhor. Mas este será o pior e o melhor dia da sua vida. O dia fatídico em que Hitler invade a Rússia. O dia assombroso em que conhece aquele que será o seu grande e único amor. 
Quando Tatiana e Alexander se cruzam na rua, a atracção é imediata. Ambos sabem que as suas vidas nunca mais serão as mesmas. Ingénua e inexperiente, Tatiana aprende com o jovem soldado os prazeres da paixão e da sensualidade. Atormentado pela guerra e pela incerteza quanto ao futuro, Alexander descobre a doçura dos afectos. É um amor que pode destruir a família de Tatiana. Um amor que pode significar a morte de todos os que os rodeiam. Ameaçados pela implacável máquina de guerra nazi e pelo desumano regime soviético, Tatiana e Alexander são arremessados para o vórtice da História, naquele que será o ponto de viragem do século XX e que moldará o mundo muderno. 

Sobre a autora:
Paullina Simons nasceu em 1963 em Leninegrado, na antiga União Soviética, e emigrou para os Estados Unidos aos dez anos. Durante a sua infância sonhava em ser escritora. Após concluir o seu curso universitário em Ciência Política, trabalhou como jornalista financeira e tradutora, até concretizar o seu sonho de menina. O seu primeiro romance foi publicado e tornou-se imediatamente num sucesso internacional. 
Vive actualmente em Nova Iorque com o marido e os quatro filhos. 

Novidade ASA - "O Sedutor", Madeline Hunter


Madeline Hunter volta às livrarias portuguesas, com o começo de mais uma série que promete sensualidade e muito, muito romance!

Título: O Sedutor
Autoria: Madeline Hunter
N.º Páginas: 368

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,90€

Sinopse: Diane Albret é órfã e passou a maior parte da sua vida num colégio interno. Sem mais família, está habituada a receber apenas uma visita: Daniel St. John, o seu irresistível tutor. Ao longo do tempo, ele visitou-a sempre uma vez por ano. Mas o seu mais recente encontro reserva-lhe uma surpresa: Daniel esperava encontrar uma menina e Diane é já uma bela e carismática mulher. Ele aceita retirá-la da clausura do colégio e levá-la consigo para Londres. Porém, ambos têm planos que preferem manter em segredo. 
Diane está decidida a descobrir o que se passou com a sua família, que nunca chegou a conhecer. Só Daniel pode revelar o que ela tanto deseja saber, mas ele tudo fará para que o passado permaneça secreto, pois os seus efeitos representam uma ameaça fatal para a vida de ambos. Por seu lado, Daniel está subtilmente a usar a inocência da sua protegida para uma vingança que planeia há mais de uma década. Mas a crescente proximidade entre ambos ameaça dificultar-lhe os planos e, pouco a pouco, eles apercebem-se de que têm mais em comum do que julgavam. Poderá um novo amor triunfar sobre ódios antigos?

Sobre a autora:
Madeline Hunter publicou o seu primeiro romance em 2000. Escreveu já vinte romances histºoricos e ganhou por duas vezes o prémio RITA, da Romance Writers of America, com Stealing Heaven em 2003 e Lessons of Desire em 2008. Quase todos os seus livros figuram na lista dos mais vendidos do USA Today e é uma das autoras favoritas da publicação Romantic Times. As suas obras encontram-se traduzidas para doze línguas, tendo vendido seis milhões de exemplares. Para além de Os Pecados de Lord Easterbrook, no catálogo da ASA figuram outros dos seus romances como As Regras da Sedução, Jogos de Sedução e Casamento de Conveniência. Doutorada em História da Arte, dá aulas na universidade. 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Novidade Contraponto - "Monster High 2 - Os Zombies do Lado", Lisi Harrison


Os monstros mais divertidos de sempre estão... de volta!

Título: Monster High 2 - Os Zombies do Lado
Autoria: Lisi Harrison
N.º Páginas: 216

Lançamento: Já disponível
PVP.: 15,50€

Sinopse: Cleo está furiosa com Frankie e Melody: não param de lhe roubar o protagonismo e estão a passar a sua reportagem de moda para segundo plano, com um filme em que os DAR vão ser os protagonistas. 
Frankie deixou-se levar por Brett uma vez e jura a si mesma que isso não vai voltar a acontecer. A verdade é que não tem outra opção, pois Bekka continua agarrada ao ex como película aderente. Contudo, quando Brett surge com um plano que podia ajudar os DAR a obterem a liberdade, as faíscas entre os dois soltam-se e Bekka não olha a meios para apagar as chamas... mesmo que isso implique destruir toda a comunidade de monstros.
O relógio não pára... Melody tem um prazo limitado para salvar o namorado, Jackson, de ser denunciado por Bekka, desejosa de vingança. No entanto, Cleo está a dificultar as coisas aos DAR... um grupo com o qual Melody suspeita ter mais em comum do que alguma vez pensara. 

Sobre a autora: 
Reconhecida autora de romances juvenis, Lisi Harrison nasceu no Canadá e trabalhou durante doze anos na MTV como guionista, desde então dedica-se exclusivamente à escrita literária e vive em Laguna Beach, na Califórnia. 

Da mesma série:


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Quarta em Imagens


Esta semana trago-vos... Lisa Kleypas!, com a fabulosamente romântica e divertida série «À Flor da Pele». 


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Entrevista a Eloisa James, autora de «Milagre de Amor»



Eloisa James estreou-se em terras lusas com Paixão Numa Noite de Inverno, deixando a promessa vindoura de muitos mais romances históricos recheados de humor e emoção. Autora de mais de vinte obras, James é também professora universitária de Literatura Inglesa, deixando transparecer, assim, a sua grande paixão por Shakespeare. Casada com um genuíno cavaleiro italiano, Eloisa James divide o seu tempo entre a família e o grande amor que sente pela escrita e pela leitura. Em Portugal, sob a tutela da apaixonante Quinta Essência, a autora conta já com três romances publicados, estando o quarto a caminho. Depois de Paixão Numa Noite de Inverno, as leitores podem encontrar duas belíssimas histórias baseadas em contos de fadas – O Beijo Encantado e, mais recentemente, Milagre de Amor.

O Pedacinho esteve à conversa com a escritora de modo a descobrir um pouco mais sobre a sua vida literária e pessoal. Deixo-vos a entrevista traduzida, assim como o original um pouco mais em baixo. Espero que gostem. 

Na sua opinião, qual é o componente mais importante num romance? São as personagens, o enredo, talvez um outro elemento?
Penso que seja o final feliz. O romance tem um ritmo e uma promessa que me atrai. Sei que o mundo é um lugar frio e duro; perdi a minha mãe e tenho um filho doente crónico. Mas – e este é um grande mas – também sei que o amor e a alegria fazem toda a diferença. O romance lembra-me que se existe um padrão no universo, é o de que tem uma forma redonda e muito amor. De vez em quando, todos nós devemos lembrar-nos disso e os romances oferecem-nos esse presente.

Milagre de Amor é muito dinâmico e divertido, e a Eloisa citou, de facto, que Piers possui algumas das peculiaridades do Dr. Gregory House, da série House, por isso, a minha questão é a seguinte: deixa-se inspirar pela sua vida pessoal e pelo mundo real? E quanto dessa inspiração se encontra nos seus livros? Ou provém tudo da sua imaginação?
Encontro inspiração em dois sítios; primeiro e mais importante, na minha própria vida, como sugeriste. As emoções fortes encontradas nos romances têm de prover das emoções dos próprios autores. E segundo, inspiro-me muito através das minhas leituras. Estou constantemente a ler – dentro do meu género e fora da literatura, ficção e não-ficção. Penso que essa é a forma mais valiosa que um autor tem de usar o seu tempo. Nunca se sabe quando vamos estar a ler algo e, de repente, surge uma ideia para um livro. Até pode acontecer enquanto se lê o jornal! Para o meu irritante doutor, inspirei-me num episódio da série House que apanhei numa viagem de avião. Por isso, nunca se sabe.


Como é que molda as suas personagens de forma a que elas encaixem na ideia base do conto de fadas em que está a trabalhar? E esse processo difere, de alguma forma, das suas outras séries históricas?
O processo difere porque tenho de trabalhar com as ideias do conto de fadas ao mesmo tempo. Deixa-me dar-te um exemplo do The Duke is Mine, que será publicado em Portugal dentro em breve, se é que já não o foi. Duke é o terceiro livro na minha série de contos de fadas; este reescreve o conto de A Princesa e a Ervilha, a história de uma princesa que surge no meio de uma noite chuvosa, e que é posta à prova para se saber se é, ou não, uma princesa «verdadeira» - o mais famoso conto que envolve uma pilha de colchões no topo de uma ervilha.
Em A Princesa e a Ervilha, a rapariga que chega a meio de uma tempestade, acaba por ser uma princesa “perfeita”. Por isso, ao moldar as minhas personagens, pensei muito sobre o que é que a “perfeição”. Olivia, a minha heroína de The Duke is Mine, em contraste, é bastante imperfeita; ela é impertinente, rude e cheiinha. A sua irmã, Georgiana, em contrapartida, é “perfeita”. Num sentido profundo, The Duke is Mine é sobre a perfeição e o que isso significa. Olivia encontra-se dividida entre o duque, que sofre de uma inabilidade de expressar emoções, tipo Aspergers, e que se centra na lógica, e o seu noivo, Rupert, que é todo emoções com quase nenhuma lógica.
O processo de criação das personagens difere dos meus outros romances históricos, porque dispenso mais tempo a pensar na premissa interna do conto de fadas, e isso é o que dita o tipo de personagens que crio.

Desde e porque se tornou uma escritora publicada, qual foi a coisa mais fantástica, estranha e inesperada que lhe aconteceu?
Tornei-me amiga de outros escritores! Sabia que o mundo estava cheio de pessoas sentadas às suas secretárias a ditar histórias mas nunca me imaginei, verdadeiramente, como sendo uma delas até ao momento em que fui publicada e as comecei a conhecer. Agora tenho uma rede de amigos fantástica que me contactam dia e noite. Falamos sobre as nossas vidas, sobre os nossos romances, personagens, e carreiras. Tem sido uma prenda fantástica (e inesperada)!

Pode dar alguns concelhos a jovens escritores que sonham um dia virem a ser publicados?
Simplesmente atirem-se, talvez com uma cena em mente, e trabalhem a partir daí. Os jovens escritores gastam demasiado tempo a criar sinopses detalhadas e a mataram a sua criatividade no processo. Grande parte do meu melhor trabalho, em termos de enredo, ocorreu-me a meio de um livro. Deixa-te ser criativo e cria novas ideias para personagens e enredos, mesmo que já tenhas escrito grande parte do livro. A revisão é a ferramenta mais importante para um escritor.

Gostaria de deixar uma mensagem aos seus leitores portugueses?
Estou a soprar-vos grandes beijos e espero poder conhecer-vos um dia!


Deixo um grande obrigado à autora, pela extrema simpatia e toda a disponibilidade prestada, assim como à Quinta Essência por trazer escritas tão belas e românticas ao nosso país. 

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 In your opinion, what’s the most important component in a romance? Is it the characters, the plot, something else maybe?

I think it’s the happy ending.  Romance has a rhythm and a promise to it that appeals to me.  I know the world is a tough and cold place; I’ve lost my mother and I have a child with a chronic illness.  But—and this is a big but—I also know that love and joy make all the difference.  Romance reminds me that if there’s a pattern to the universe, it’s one shaped around and by love.  We can all use that reminder now and then, and romances give us that gift.

When Beauty Tamed the Beast is so incredibly funny and dynamic, and you’ve actually stated that Piers has some of the peculiarity of Dr. Gregory House from House M.D. series, so my question is: do you get a lot of inspiration from your own personal life and from the real world? And how much of that goes into your books? Or does everything come from your imagination?
I find inspiration in two places:  first and foremost, from my own life, as you suggest. Strong emotions in novels need to spring from an author’s own emotions.  Second I get a lot of inspiration of reading.  I read all the time—in my genre and out of lit, fiction as well as non-fiction.  I think that's the most valuable use of an author’s time. You never know when you'll be reading along and suddenly come up with an idea for a plot.  It even happens reading the newspaper!  I got the inspiration for my cross doctor when I caught an episode of House M.D. on an airplane.  So you never know.

How do you shape your characters to fit in the basic idea of the fairy tale you are working on? Does that process somehow differ from your other historical series?
The process differs because I have to work with the ideas of the fairy tale at the same time.  Let me give you an example from The Duke is Mine, which will be coming out in Portugal shortly, if it’s not already published.  Duke is the third in my series of fairy tales; this one rewrites the fairy tale “The Princess and the Pea,” the story of a princess who arrives in the middle of the rainy night and is put through a series of tests to see whether she is a “real” princess—the most famous of which involved a pile of mattresses on top of a pea. 
 In The Princess and the Pea, the girl who arrives in the middle of a rainstorm turns out to be a “perfect” princess.  So in shaping my characters, I though a lot about what “perfection is.  Olivia, my heroine from The Duke is Mine, by contrast, is quite imperfect; she’s impudent, bawdy, and plump. Her sister Georgiana, by contrast, is “perfect.”  In a deep sense, The Duke is Mine is about perfection, and what that means.  Olivia is torn between a duke with an Aspergers-like inability to express emotion, who relies on logic, and her fiancé Rupert, who is all emotion with almost no logic. 
The process of creating characters differs from my other historicals, because I spend time thinking about the internal premise of the fairy tale, and that dictates the kind of characters I make up.

What’s the most wonderful, odd and unexpected thing that happened to you since and because you became a published author?
I made friends with other writers!  I knew the world was full of people sitting at their desks spinning stories, but I didn’t really picture myself as one of them until I was published myself and began meeting them.  Now I have a network of wonderful friends who email me day and night.  We talk about our lives, but also about our novels, characters, and careers.  It’s been a great (and unexpected) gift!

Can you give some advice to young writers who dream about getting published one day?
Just jump in, perhaps with one scene in mind, and work from there.  Young writers spend far too much time making up detailed synopsis and killing off their own creativity in the process.  Most of the better stuff I write, plotwise, has occurred to me half way through a book.  Let yourself be creative and come up with new ideas for characters and your plot, even if you’ve already written most of the book.  Revision is the most important tool for a writer.

Would you like to leave a message to your Portuguese readers?
I’m blowing you all a big kiss and a hope to meet you some day!


Thank you so much Eloisa, for all your kindness and sympathy.

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