Mary Balogh estreou-se
em terras lusas com o romance Uma Noite
de Amor, fruto de uma paixão estonteante pela era da Regência Inglesa e
pelos costumes e normas que a alta sociedade, desse período histórico, apresentava.
A graça, os movimentos suaves, a delicadeza feminina são alguns dos factores
que completam as heroínas desta fabulosa autora que, nascida no País de Gales,
actualmente residente no Canadá e com quase 100 romances e novellas publicados, continua a fazer furor por entre os apreciadores
do Romance Histórico.
Do seu extenso currículo,
destaca-se o prémio Romantic Times Career Achievment Award for Regency Short
Stories, ganho em 1993. Forte aposta por parte das Edições ASA, esta é uma
autora que, com certeza, continuará a dar que falar por entre leitoras
portuguesas. Também da autora, encontra-se já publicado o deliciosamente romântico
e divertido Um Verão Inesquecível, segundo
volume de uma das suas mais apreciadas séries – Bedwyn Family Connected. Para
breve, fica a promessa de lançamento de uma nova história, um novo conflito
amoroso.
O Pedacinho
esteve à conversa com a autora, de modo a descobrir um pouco mais sobre as suas
motivações e processos criativos e, claro, sobre os seus dois romances já
publicados em português. Aqui fica a entrevista traduzida, seguida da versão original.
Espero que gostem.
Quem é Mary Balogh? Pode contar-nos um pouco sobre si?
Cresci no País de Gales
e mudei-me para Saskatchewan, no Canadá, após terminar a universidade, num
contrato de dois anos como professora. Conheci o meu futuro marido, um
rendeiro, após o meu primeiro ano e acabei por ficar. Ensinei Língua e
Literatura Inglesa, a nível do secundário, durante vinte anos e fui directora
da escola em três desses anos. Sempre adorei ler e sempre quis ser escritora.
Quando, finalmente, o meu terceiro filho iniciou a escola, comecei a escrever
durante a noite, como um hobby. O meu
primeiro livro, A Masked Deception,
foi publicado em 1985. Desde então, tenho publicados quase 100 romances e
novellas, que são vendidos em todo o mundo. Todos eles são histórias de amor,
romances históricos, e a sua maioria tem acção durante a Regência Inglesa. A
partir de 1988 foi-me possível escrever a tempo inteiro. Vivo com o meu marido
numa pequena cidade rural, durante o verão, e na cidade de Regina, durante o
inverno. Temos três filhos adultos, cinco netos e uma bisneta. Ler continua a
ser o meu passatempo favorito.
Li que gosta de escrever desde tenra idade. Como foi ver o seu sonho
tornado realidade?
Receber a chamada de
uma editora, em Nova Iorque, a dizer que tinha lido e adorado o meu livro e que
me queria oferecer um contrato de dois romances foi, definitivamente, um dos
mais entusiasmantes dias da minha vida, seguido de perto pelos dias em que vi a
capa e, finalmente, a versão final do livro.
O que gosta mais de ser escritora?
Adoro a oportunidade de
trabalhar em casa e ao meu próprio ritmo. Porém, a melhor parte é mesmo ser
capaz de sonhar histórias durante todo o dia e ganhar a vida assim!
E o que gosta menos?
Bem! Tenho mesmo de
pensar sobre o assunto. Será que existe algum aspecto sobre a escrita de que não
goste? De momento, não consigo lembrar-me de nada. Mesmo após todos estes anos,
continua a ser um trabalho de sonho.
Alguma vez considerou a hipótese de escrever sobre outras coisas, num outro
registo, fora do Romance Histórico?
Não. Escrevo o que
gosto e não tenho qualquer desejo de mudar isso, embora leia todos os estilos e
géneros literários. Também penso que os leitores ganham afeição por certos
escritores pois sabem o que esperar deles. Regra geral, os leitores não gostam
que os seus autores favoritos mudem de estilo e comecem a escrever algo
completamente diferente.
Na sua opinião, o que é mais importante: um leque interessante de
personagens ou um enredo versátil e apaixonante?
Um enredo forte é
importante, claro, mas nos meus livros, o enredo é sempre algo que cresce a
partir das personagens e do desenvolvimento da relação amorosa em si. Não estou
particularmente interessada em contar uma história por contar. Estou
interessada nos dois amantes, nos seus conflitos internos e externos, no amor
que gradualmente cresce entre eles.
Escrever Romance Histórico deve requerer muita pesquisa. Como é que prepara
o pano de fundo dos seus livros? E como é que foi explorar o mundo da Regência
Inglesa no seu primeiro romance publicado, A
Masked Deception?
Porque sempre fui uma ávida
leitora, nunca tive de fazer muita pesquisa extra. Ou pelo menos, tal nunca me
pareceu como pesquisa! Adoro ler sobre História assim como biografias, ficção e
pormenores interessantes sobre as temáticas que leio. Ainda o faço,
actualmente. Visto que grande parte dos meus romances tem acção na mesma época,
o mesmo tipo de pesquisa adequa-se a todos eles. No entanto, existem sempre
coisas novas a descobrir. E fico muito feliz quando aprendo algo novo.
Ainda guarda a máquina de escrever antiga de onde os seus primeiros cinco
livros ganharam vida?
Não, não sou
sentimentalista nem coleccionadora. Há muito que ela se foi! Mas serviu-me bem
nos meus primeiros cinco livros. Escrevia à mão e depois dactilografava-os na máquina
de escrever. Agora ESSA sim foi uma parte da escrita que não me agradou muito.
É seguro afirmar que em Uma Noite de
Amor, Lily é a personagem dominante, ao invés de Kilbourne?
Gosto que exista um bom
balanço entre os heróis e heroínas dos meus livros. Se tenho um herói ou heroína
particularmente complicado, tento fazer o outro igualmente forte de modo a que
ele/ela não se torne numa mera página em branco para o outro. Se a Lily se
destacou como a mais dominante, certamente não foi essa a minha intenção. Mas
consigo perceber o porquê de dizeres isso. Ela teve de ultrapassar muito até se
conseguir inserir no mundo de Neville, e o seu passado foi bem mais traumático
do que o dele.
Durante o período da Regência foi sempre importante ser-se a dama perfeita,
ter-se uma certa elegância? Nem mesmo Lily foi capaz de resistir a esse estilo
de vida e conhecimentos durante muito tempo...
Penso que se um autor
decide centrar um livro num certo período histórico, é importante que se
mantenha fiel às expectativas e convenções dessa era. Os meus heróis e heroínas
são da classe alta da Regência Inglesa. Por isso têm de ser senhores e senhoras
correctos. O que não quer dizer que não possam também ser indivíduos singulares
com os seus pontos fortes e fracos, e idiossincrasias. Eles até podem ser
rebeldes, a um certo ponto. Mas as minhas heroínas não são mulheres do século
XXI sob disfarce. São senhoras da Regência.
Um Verão Inesquecível, trata-se de um romance equilibrado, especialmente no que diz respeito ao
casal central. Foi intencional? Tendo em consideração as personalidades de
Lauren e Kit?
Sim, é o que tento
fazer em cada livro que escrevo e que penso ter conseguido atingir bastante bem
em Um Verão Inesquecível. Embora à
superfície aparentem ser muito diferentes, Kit e Lauren são iguais na medida em
que são capazes de dar amor mas são incapazes de o aceitar. Ambos necessitam de
aceitar o passado, compreender que são passíveis de serem amados. Ambos
precisam de baixar as suas defesas e aprender a confiar no amor que o outro tem
a oferecer. Na minha opinião, são um equilíbrio de opostos.
Lauren e Lily são duas personagens muito fortes, embora delicadas. Pensa
que esse é um factor necessário no Romance Histórico? Talvez por ser um género
maioritariamente lido por mulheres e também devido à facilidade que estas têm
de se relacionar com a/s heroína/s e o enredo?
Penso que todas as heroínas
precisam de ser fortes ou os leitores não serão capazes de se identificarem com
elas, ou simpatizarem com elas, ou preocuparem-se com elas. Mas têm de ser
fortes duma forma historicamente credível. As senhoras da Regência não tinham
muita liberdade. Não tinham muitas escolhas no que podiam fazer com as suas
vidas. E mesmo uma heroína moderna tem de ser vulnerável ou, novamente, os
leitores não conseguirão simpatizar totalmente com ela. Se não existe nada para
elas serem fortes, então a sua força não é realmente necessária. Penso que o
ideal é uma boa harmonia entre força e vulnerabilidade.
O Kit é um rebelde incurável. Foi uma personagem divertida de escrever?
Devo confessar que, entre ele e o Neville, ele certamente soou mais...
divertido e sedutor.
Sim, gostei do Kit.
Gostei do seu lado simples, da sua habilidade de procurar e encontrar o lado
divertido da vida. Mas repara que esse é um equilíbrio que vai contra o seu
interior mais obscuro. Durante grande parte do livro, o Kit está longe de ser
um homem feliz. A sua natureza desprendida camufla a dor que sente. Foi esse
pormenor que o tornou tão fascinante de escrever.
The Proposal é o próximo volume na série – The Bedwyn Prequels. O que podemos esperar
dele?
The Proposal é sobre a história
de Gwen, Lady Muir’s. Ela é viúva e aleijada. Sabemos que ela perdeu um filho
no mesmo acidente em que se lesionou. E depois o seu marido morreu. Na sua história
podem esperar descobrir mais sobre o seu casamento e a sua relutância em
casar-se novamente. Também podem esperar encontrar um herói – Hugo Emes, Lord
Trentham – que muitos leitores consideram um dos melhores que escrevi. O livro é
o primeiro numa nova série de sete romances sobre seis homens e uma mulher que,
no seu todo, formam os membros do The Survivors Club (O Clube dos
Sobreviventes), pessoas que foram magoadas durante as guerras napoleónicas e
que passaram vários anos juntas a recuperar nas terras de um duque inglês. Hugo
é o primeiro desse grupo a ter a sua história contada. Ele teve um colapso
nervoso após cumprir com sucesso uma missão de extraordinária bravura.
Qual é o seu herói/heroína favorita de sempre? E porquê?
O meu herói favorito é
Mr. Darcy, de Orgulho e Preconceito.
Ele é o exemplo perfeito de um cavalheiro orgulhoso e altivo e que, em todo o
caso, é capaz do amor mais assombroso e da simpatia mais inesperada. E é
totalmente fiável. A minha heroína favorita é, provavelmente, Jane Eyre, uma
governante muito jovem que se encontra perdidamente apaixonada por um homem que
lhe pode oferecer tudo, mas capaz de o rejeitar por uma questão de princípio, honestidade
e honra que são mais importantes para ela que a simples gratificação dos
sentidos. Ele é altamente admirável e, ainda assim, uma pessoa perfeitamente
aceitável.
Pode dar alguns conselhos a jovens escritores que lutam contra o pesadelo
da «página em branco»?
O único conselho que
dou a escritores é que escrevam. Não acredito que exista outro grupo de pessoas
mais hábeis a procrastinar, que encontre desculpas para colocar de lado o que
querem fazer do que futuros escritores. Esqueçam as desculpas e escrevam! A página
e branco há de se encher. Assim como a seguinte, e a seguinte...
E, para finalizar, gostaria de deixar uma mensagem aos seus leitores
portugueses?
Tenho estado perplexa
com a atenção que tenho recebido de pessoas de Portugal – como esta entrevista,
por exemplo. E acabei de receber uma cópia da edição portuguesa de Um Verão Inesquecível com um marcador muito
bonito, lá dentro. A capa é lindíssima! Tal como o livro. Sinto-me honrada e
apenas posso esperar que os leitores achem o conteúdo tão bom quanto o pacote.
Obrigado a todos.
Deixo um enorme obrigado à autora, Mary, pela extrema simpatia e paciência que, claramente, teve de ter para responder a todas as minhas perguntas. Com igual intensidade, agradeço à ASA pela oportunidade inesquecível de folhear o intelecto criativo desta autora sem igual dentro do seu género.
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Who is Mary Balogh? Can you tell us a bit about yourself?
I grew up in Wales and moved to Saskatchewan,
Canada, on a two-year teaching contract after I finished university. I met my
future husband, a farmer, after the first year and stayed. I taught English
language and literature to high school students for twenty years and was a
school principal for three of those. I have always loved reading, and I always
wanted to be a writer. Finally, when my third child started school, I started
writing in the evenings as a hobby. My first book, A MASKED DECEPTION, was
published in 1985. Since then, I have had almost 100 books and novellas
published, and they have sold all over the world. All of them are historical
love stories, and most of them are set in Regency England. By 1988 I was able
to write full time. I live with my husband in a small rural town during the
summers and in the city of Regina during the winters. We have three adult
children, five grandchildren, and one great-granddaughter. Reading is still my
favorite hobby.
I read that you’ve loved writing since a very young age. How was it to
finally see that dream come true?
Receiving that phone call from an editor in New
York saying that she had read and loved my book and wanted to offer me a
two-book contract was definitely one of the most thrilling days of my life,
closely followed by the days on which I saw the cover and, finally, the finished
book.
What do you enjoy the most about being a writer?
I love being able to work in my own home and in my
own time. The very best part, though, is to be able to dream up stories all day
long and earn a living out of it!
And the least?
Well! I have to really think about this. Is there
anything about writing that I don't like? I can't think of anything at the
moment. Even after all these years, it is still a dream job.
Have you ever considered writing something else, some other style, outside
the Historical Romance genre?
No. I write what I love and I have no desire to
change even though I read all sorts of genres and styles of book. I think too
that readers become attached to certain authors because they know what to
expect from them. On the whole, readers don't like their favorite authors to
change course and start writing something quite different.
In your opinion, what’s more important: an interesting cast of
characters or a very versatile and passionate plot?
A strong plot is important, of course, but in my
books plot is always something that grows out of the characters and the
developing love relationship. I am not really interested in telling a story in
itself. I am interested in the two lovers, in their internal and external conflicts,
in the love that gradually builds between them.
Writing Historical Romance must require a lot of research. How do you
prepare the background of your books? And how was it to explore the world of
Regency England in your first published novel, A Masked
Deception?
Because I have always read a great deal, I really
didn't have to do very much extra research. Or at least, it didn't really feel
like research! I love reading history and biography as well as fiction and
absorbed details from everything I read. I still do. Because most of my books
are in the same era, of course, the same body of research covers them all.
However, there are always new things to be learned. I am always delighted to
discover something I did not know before.
Do you still keep your ancient typewriter from where your first five
novels were brought to life?
No, I am not a sentimentalist or a hoarder. It is
long gone! But it served me well for my first five books. I wrote longhand and
then typed the books into the typewriter. Now THAT was a part of writing I did
not much enjoy!
Is it safe to say that in One Night for Love, Lily
is the dominant main character, instead of Kilbourne?
I like to hit a balance between my heroes and
heroines in all my books. If I have a particularly troubled hero or heroine, I
try to make the other equally strong so that he/she does not become a mere
cardboard foil for the other. If Lily stands out as the more dominant, it was
certainly not my intention. But I can see why you would say that. She had a
great deal to overcome before she could fit into Neville's world, and her past
was far more troubled than his.
In the Regency era is it always important to be the perfect lady, to
have certain elegance? Not even Lily resisted that sort of lifestyle and
knowledge for long…
I think if an author chooses to set a book in a
certain historical era, she ought to stick with the expectations and
conventions of that era. My heroes and heroines are upper class people of
Regency England. They must, then, be proper ladies and gentlemen. That does not
mean they cannot be individuals too with their own strengths and weaknesses and
idiosyncrasies. They can even be rebels to a certain extent. But my heroines
are not 21st century women in disguise. They are Regency ladies.
A Summer
to Remember is a very balanced book, specially regarding the central couple.
Was it intentional? Having in consideration both Kit and Lauren’s
personalities?
Yes, that which I try to do in every book I
achieved rather well in A SUMMER TO REMEMBER. Kit and Lauren are equally able
to give love and equally unable to accept it, though they seem on the surface
to be very different from each other. Both need to come to terms with their
past, to understand that they are lovable. Both need to lower their defences
and learn to trust the love that the other has to offer. They are a balance of
opposites, I think.
Lauren and Lily are very strong, although delicate, characters. Do you think
that is a necessary asset in a Historical Romance? Maybe because it is a genre
mainly read by women and also due to its easiness for them to relate with the
heroine/s and the plot?
I think all heroines need to be strong or readers
of any age will not be able to identify with them or sympathize with them or
care about them. But they have to be strong in a historically believable way.
Regency ladies did not have a great deal of freedom. They did not have many
choices in what they could do with their lives. And even a modern heroine has
to be vulnerable or again readers will not fully sympathize with them. If there
is nothing for them to be strong about, then their strength is not really
necessary. A balance of strength and vulnerability is the ideal, I think.
Kit is like a perpetual rebellious. Was he fun to write? I must say that
between him and Neville, he sure sounded more… amusing and seductive.
Yes, I liked Kit. I liked his sunny side, his
ability to seek and find the fun in life. But note that it is balanced against
the darkness of his inner life. Kit is far from a happy man through much of the
book. His carefree nature masks his pain. It is that fact that made him such a
fascinating character to write.
The
Proposal is the next title in this series – The Bedwyn Prequels. What
can we expect from it?
THE PROPOSAL is Gwen, Lady Muir's story. She is
widowed and she is lame. We know that she lost a child in the same accident
that left her lame. And then her husband died. In her story you can expect to
find out more about her marriage and her reluctance to remarry. You can also
expect to find a hero--Hugo Emes, Lord Trentham--whom many readers consider one
of my best. The book is the first in a new seven-part series about six men and
one women who together make up the members of The Survivors' Club, people who
were wounded during the Napoleonic Wars and spent several years together
recuperating on the estate of a British duke. Hugo is the first of them to have
his story told. He had an nervous breakdown after successfully accomplishing a
mission of extraordinary bravery.
Who is your favourite romance hero/heroine of all times? And why?
My favorite romance hero is Mr. Darcy of PRIDE AND
PREJUDICE. He is the perfect example of a proud, starchy gentleman who is
nevertheless capable of extraordinary love and unexpected kindness. And he is
utterly dependable. My favorite heroine is probably Jane Eyre, a very young
governess, passionately in love with a man who can give her everything, but
able to reject it all because principle and honesty and honor are more
important to her than simple gratification of the senses. She is a thoroughly
admirable and yet perfectly likeable person.
Can you give some advice to young writers who fight against the whole «blank
page» nightmare?
The only advice I ever give to writers is to write.
I don't think there can be any other group of people more able to procrastinate,
to find excuses to put off doing what they want to do than would-be writers.
Forget the excuses and write! That blank page will fill up. So will the next
and the next...
And finally, would you like to leave a message to your Portuguese readers?
I have been astonished at the
attention I have been paid by people from Portugal--this interview, for
example. And I have just received a copy of the Portuguese edition of A SUMMER
TO REMEMBER with a pretty bookmark inside it. The cover is beautiful! So is the
book. I feel honoured and only hope that readers will find the contents as good
as the package. Thank you to all of you.
I want to give a big thank
you to Mary, for all her sympathy and patience for answering to all my
questions. It was amazing, thank you (once again!)!
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