domingo, 26 de maio de 2013

Um Desastre Maravilhoso, Jamie McGuire [Opinião]




Título Original: Beautiful Disaster
Autoria: Jamie McGuire
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 340
Tradução: Maria das Mercês de Sousa


Sinopse:

A Boa Rapariga:
Abby Abernathy não bebe, não pragueja e trabalha muito. Está enterrada no nefasto passado, mas, quando entra no colégio, os seus sonhos de um novo começo sofrem um desafio numa noite.
O Mau Rapaz:
Travis Maddox, sensual, atlético e coberto de tatuagens é exactamente o que Abby precisa – e quer – evitar. Ele passa as noites a ganhar dinheiro num clube de combate e os dias no colégio Lothario.
Desastre Iminente? …
Intrigado pela resistência de Abby ao seu charme, Travis entra na sua vida por uma aposta. Se perder, deverá viver em celibato durante um mês. Se Abby perder, terá de viver no apartamento de Travis por um período semelhante.
…Ou o Princípio de Algo Maravilhoso?
Travis não faz ideia de que encontrou uma parceira de jogo à altura. Ou será o princípio de uma relação obsessiva que irá conduzi-los a um território inimaginável…


Opinião:

Quando, quase por acidente, tropeçamos num romance capaz de nos tirar, em absoluto, o fôlego, o que fazer para recuperar, novamente, a sanidade que nos foi roubada?
Este livro é um vício autêntico, um diamante eximiamente lapidado de forma a mostrar, ao leitor, uma história quase encantatória de uma relação problemática que poderia, claramente, ocorrer não só nos dias de hoje—muito para além do papel—como, e também, entre duas pessoas nossas conhecidas. Descrevendo situações delicadas e temas actuais, esta é uma leitura obrigatória dentro do novíssimo género NA—New Adult—que tem vindo, cada vez mais, a dar que falar.

Um Desastre Maravilhoso é como uma borboleta monarca que outrora foi uma simples e singela lagarta solitária, mas que agora se exibe num reino de completa excelência e deslumbre, através de uma ligação memorável entre dois seres que partilham um sentimento em comum—amor. Uma viagem arrepiante, mas inesquecível, aos meandros clandestinos dos combates ilegais e das dúvidas internas que não cessam devido a um passado que luta por não ser esquecido.
Jamie McGuire não só apresenta uma abordagem fresca e diferente ao romance contemporâneo, como igualmente foca assuntos pertinentes da sociedade actual sem nunca descurar a ficção que torna estas histórias tão atractivas ao leitor—e neste aspecto, em particular, refiro-me à componente romântica que fortemente pontua o texto. Com um estilo narrativo fluído e acessível, esta é uma autora que dá primazia aos sentimentos e às consequências que daí podem advir. E mesmo com alguns momentos descritivos de maior intensidade, esta é uma leitura absolutamente encantadora na medida em que nada é deixado ao acaso e tudo é transmitido, com clareza, ao leitor.

Uma aposta. É uma mísera, irreflectida aposta a alavanca necessária que dá origem a toda uma série de problemas e conflitos pessoais entre duas pessoas desconhecidas até ao momento em que decidem, por obra do destino, partilhar um mesmo espaço durante um mês. Mas o conforto que advém da companhia mutua rapidamente se transforma num sentimento, numa ligação mais profunda, e embora a amizade seja algo imprescindível e que nenhum dos dois está disposto a abdicar, o coração não resiste a bater mais forte e, assim, a despertá-los para todo um renovado mundo de experiências e vivências em conjunto.
Travis Maddox não é, claramente, o tipo de personagem que se consegue esquecer com facilidade. Ele é duro e cru, arrogante e impulsivo, mas há qualquer coisa nele que, ao mesmo tempo, se mostra delicada e frágil, como uma faceta única e íntima que se encontra resguardada por baixo da máscara agressiva que criou para si mesmo. E esse seu lado mais sensível e carente, mais carinhoso e protector tanto pode ser uma benesse como, e isso está bem presente ao longo do livro, uma maldição e uma receita para o desastre. Abby Abernathy, ou, para alguém especial, Pidgeon, por seu lado, é uma personagem que se encontra a passar por uma fase algo perturbadora, transformadora até, da sua vida, pois mesmo tendo consciência das várias inconsistências, a nível psicológico, que a sua possível relação com Travis possa e, certamente, iria originar, ele é um rapaz, o rapaz, que lhe roubou a clareza de pensamento e, como tal, fácil não será nenhuma das escolhas—principalmente as decisivas—que terá pela frente. Mas como resistir ao irresistível?

America e Shepley são, em igual medida, personagens geniais e extremamente bem caracterizadas e inseridas na história. A relação que partilham entre si é do mais bela e afectuosa possível, mesmo quando pontuada por altos e baixos. Para Abby, America é a amiga que sempre a apoio e que nunca a deixará na mão, e para Travis, Shep é o primo que não o deixa fugir da pessoa que este está destinado a ser. Quase como a sua consciência em forma física, Shep é, também, e juntamente com America, muita da força que une este casal volúvel e improvável.
Narrativamente falando, Um Desastre Maravilhoso detém uma espontaneidade impressionante e que em muito atrai o leitor, pois este acaba por nem dar pela passagem das páginas. Com momentos de adrenalina pura, de intensidade romântica e de ciúme extremo, esta é uma trama que apresenta uma versatilidade gigantesca de emoções e características e que, em muito, se deixa levar pela surpresa do que irá acontecer a seguir.

Pessoalmente, adorei este livro. A forma como a história se inicia captou, por completo, a minha atenção, pela estranheza—em termos de ambiência—de um cenário e acção absolutamente inovadores neste género de romance. E mesmo tendo passado já algum tempo desde esta minha leitura, muitos são os momentos que guardo com estima—como, por exemplo, o incêndio ou a reunião em casa dos Maddox.
Uma capa maravilhosa com um interior de proporções desastrosas, esta é uma aposta brilhante por parte da Planeta Manuscrito, num estilo de literatura adulta sem demasiada sensualidade ou drama. Aconselho vivamente.

sábado, 25 de maio de 2013

Passatempo «A mãe não deixa contar», Cathy Glass


Em colaboração com a Editorial Presença, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar do livro A mãe não deixa contar, da conceituadíssima autora de histórias reais, Cathy Glass.

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico livro, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios. 
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo!

As respostas às questões podem ser encontradas aqui e/ou aqui/Editorial Presença!

Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 2 de Junho (domingo)
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio ou atraso, no correio, de exemplares enviados.


Boa sorte!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pedacinho picks... Planeta Manuscrito


Se existe fantasia juvenil, relativamente recente, que me conquistou por completo... então essa foi/é a magnífica trilogia de Josephine Angelini. Misturando, de forma exímia, romance com mitologia greco-romana, mas numa vertente extremamente actual, estes são livros maravilhosos que se lêem assim, de um só fôlego. 
Sonhos Esquecidos, outra das escolhas da Pedacinho, para o corrente mês de Maio, com carimbo Planeta Manuscrito.

Sonhos Esquecidos
Josephine Angelini

Sinopse: 
Helena Hamilton é o único Rebento que consegue descer ao Mundo dos Mortos e enfrenta uma tarefa quase impossível. Durante a noite vagueia pelo Hades, para tentar deter o ciclo infindável de vingança que amaldiçoou a família. Durante o dia esforça-se por superar a fadiga que lhe consome com rapidez a saúde mental. Sem Lucas a seu lado, Helena não tem a certeza de possuir forças para continuar. No momento em que está prestes a atingir o ponto de ruptura, um novo Rebento misterioso vem socorrê-la. Divertido e valente, Oríon escuda-a dos perigos do Mundo dos Mortos. Mas o tempo está a esgotar-se, um inimigo implacável conspira contra eles e as Fúrias continuam a clamar por sangue. 
Quando o mundo grego antigo colide com o mundo mortal, a vida protegida de Helena em Nantucket desliza para o caos. Mas a tarefa mais díficl será esquecer Lucas Delos. A saga emocionante de Josephine Angelini torna-se ainda mais intricada e fascinante quando surge um triângulo amoroso inesquecível e o ciclo eterno de vingança se intensifica. 

Sobre a autora:
Josephine Angelini nasceu no Massachusetts e é a mais nova de oito irmãos. Filha de um verdadeiro agricultor, Josie formou-se na Tish School de artes cénicas da Universidade de Nova Iorque, especializando-se nos clássicos. 
Vive em Los Angeles com o marido, guionista... e ainda sabe conduzir um tractor. 


Pedacinho picks... Editorial Presença


Não é a primeira vez que esta autora se cruza no meu caminho (literário), e talvez por isso, e também por se tratar de uma excelente e muito interessante escrita num registo mais palpável e real, é que não resisti a esta novidade. Histórias absolutamente comoventes, que me fazem reflectior, enquanto leitora, sobre as várias realidades desconhecidas que povoam este nosso mundo. 
A mãe não me deixa contar, a escolha da Pedacinho, para o corrente mês de Maio, com carimbo Editorial Presença. 

A mãe não me deixa contar
Cathy Glass

Sinopse: 
Esta obra é baseada na história real do pequeno Reece de sete anos, 
último retirado aos pais biológicos e encaminhado para famílias de acolhimento ao abrigo de uma ordem judicial. Cathy Glass é a sua quarta cuidadora num período de apenas um mês. O comportamento da criança revela-se desde logo agressivo, hiperactivo e caótico. Cathy começa a mudar o comportamento do rapazinho à medida que vai conquistando a sua confiança, mas apesar dos seus esforços não consegue chegar às raízes profundas que perturbam Reece. 


Sobre a autora:
Cathy Glass é o pseudónimo literário de uma mãe de acolhimento de nacionalidade britânica, que como autora tem tido uma presença constante nos lugares cimeiros das tabelas de vendas, desde que publicou Infância Perdida em 2007. A sua experiência de cerca de 25 anos, durante os quais trabalho como uma centena de crianças em situações problemáticas, é a sua fonte de inspiração para escrever livros comoventes que invariavelmente conquistam o público. A Presença publicou já, desta autora, além de Infância Perdida e Quero a Minha Mãe, disponívels na colecção «Grandes Narrativas», o título A Menina Mais Triste do Mundo, que o leitor pode encontrar na colecção «Vidas D'Escritas». 



terça-feira, 21 de maio de 2013

Insurgente, Veronica Roth [Opinião]





Título Original: Insurgent
Autoria: Veronica Roth
Editora: Porto Editora
Nº. Páginas: 371
Tradução: Pedro Garcia Rosado


Sinopse:

A tua escolha pode transformar-te - ou destruir-te. Mas qualquer escolha implica consequências, e à medida que as várias fações começam a insurgir-se, Tris Prior precisa de continuar a lutar pelos que ama - e por ela própria. O dia da iniciação de Tris devia ter sido marcado pela celebração com a fação escolhida. No entanto, o dia termina da pior forma possível. À medida que o conflito entre as diferentes fações e as ideologias de cada uma se agita, a guerra parece ser inevitável. Escolher é cada vez mais incontornável... e fatal. Transformada pelas próprias decisões mas ainda assombrada pela dor e pela culpa, Tris terá de aceitar em pleno o seu estatuto de Divergente, mesmo que não compreenda completamente o que poderá vir a perder.
A muito esperada continuação da saga Divergente volta a impressionar os fãs, com um enredo pleno de reviravoltas, romance e desilusões amorosas, e uma maravilhosa reflexão sobre a natureza humana.


Opinião:

Admito, não sei como começar esta opinião. Insurgente será sempre um livro especial, que guardarei eternamente no coração, como uma das viagens literárias mais emocionantes e arrebatadoras que tive o prazer, o imenso deleite, de folhear. Após um Divergente que em tudo se mostrou viciante e exímio na exploração de um novo conceito de mundo distópico povoado por facções, nada em mim me poderia alguma vez ter preparado para a continuação que, surpreendentemente, veio a ser ainda mais magnífica. As expectativas eram muitas—e muito altas—mas as saudades sentidas por um casal de protagonistas absolutamente irrepreensível e por uma sociedade constantemente suportada pelo peso da surpresa e da curiosidade, eram ainda maiores. Todas estas páginas depois, é com um certo sentimento agridoce que guardo o livro na estante, desejosa pela publicação do terceiro e último volume da trilogia mas, ao mesmo tempo, algo irrequieta pela rápida aproximação do final de uma história simplesmente espectacular.

Insurgente é como um contínuo esfregar de sal numa ferida aberta—dói, magoa enquanto mói, mas quando o ardor passa, quando a sensibilidade volta, é o alívio mais extraordinário que se pode imaginar. O que quero dizer com isto é muito simples, esta obra roça admiravelmente a perfeição pela abordagem inovadora que faz à história. Enquanto leitores, somos muitas vezes levados, aquando da leitura, a fantasiar possíveis saídas, caminhos prováveis e escolhas decisivas, mas de toda a vez que julgamos saber o que vai acontecer a seguir, Roth destabiliza a narrativa e leva-nos por destinos ainda mais perigosos, inconsistentes e improváveis. E é esta beleza instável, que se alastra por uma quantidade imensa de situações enlouquecedoras, o que transforma Insurgente num livro tão único, e de tão intensa excelência e mestria.
Veronica Roth pode ser ainda uma escritora jovem, inexperiente no que diz respeito à indústria literária, mas na sua mente navegam já histórias espectaculares com mil e um contornos inesperados, e com personagens, sem dúvida alguma, inesquecíveis. A sua escrita singela e ritmada é uma característica por si só invulgar, mas são as pequenas surpresas no seu estilo bastante singular parte do encanto que torna as suas ideias, a sua criatividade descrita no papel, ainda mais apelativa para o leitor. Com diálogos extremamente inteligentes e um conceito narrativo muito próprio e profundo, esta é uma autora que rapidamente se tornou numa das minhas favoritas, e cujas obras, certamente, irei seguir com afinco.

Infelizmente, não há muito que possa ser «dito» sem, assim, divulgar demasiado da história, pelo que tentarei o meu melhor em somente abordar a essência das personagens/enredo e das várias temáticas, mensagens até, ricamente presentes no texto. É que este é um livro com uma alma muito forte e inebriante, e que só depois de lido, depois de reflectido, é permitido ao leitor verdadeiramente entender todas as pequenas e grandes nuances emocionais, todas as escolhas psicológicas, todos os instantes de medo e tortura, de morte e dor, de breves sorrisos e alegrias.
Em termos de trama, Insurgente segue a mesma linha de acção do seu precedente, mas, desta feita, as noções de sobrevivência, guerra e segurança são levadas a todo um outro extremo de significados. Tantos são os momentos de alto risco, de reflexos rápidos, de escolhas que nem sempre vão de encontro ao que realmente se quer, se deseja, e a conjunção dessas situações chave que conduzem a tantas outras de enorme tensão e sufoco, com a instabilidade emocional e psicológica de uma Tris marcada pela morte do seu melhor amigo, e de um Quatro que vê surgir uma sombra do seu passado, fazem com que esta história não só se limite a provocar as personagens e as suas vontades, como também a que o leitor se torne escravo desses mesmos elementos.
Foi francamente agradável conhecer um pouco mais das outras facções e da forma como estas se relacionam quando estão num espaço que é seu, e assim, igualmente perceber quão quebrada se encontra a sociedade que viu a faixa erudita da mesma erradicar—ou, pelo menos, tentar—uma das comunidades mais altruístas e simples, ao ponto de terem de tomar uma posição estratégica que, em alguns casos, vai inteiramente contra as suas «regras». Contudo, foi também bastante interessante percepcionar o impacto que toda essa instabilidade teve não só nas mentes individuais de Tris e Quatro como, e principalmente, na relação afectiva que ambos partilham.

O maior crescimento, ainda assim, continua presente nas personalidades deste casal embriagante, mas, e também, nos intelectos de tantos outros intervenientes mais secundários que, mesmo assim, visam enriquecer—de forma extraordinária—o enredo.
Gostei, particularmente, de Caleb—ainda que me tenha enganado bastante bem—, de Marcus—pela persistência em procurar o que é correcto—, e de Evelyn—que sempre me deixou com a pulga atrás da orelha. Mas, de forma idêntica, muitas outras figuras me fizeram as delicias, tais como Lynn—pela personalidade errática—, Uriah—que continua a fazer-me sorrir—, e Peter—que, aos meus olhos, se redimiu por completo! Porém, dúvidas não restam de que são Beatrice e Tobias os dois elementos que verdadeiramente impressionam, e o modo como foram desenvolvidos em Insurgente, mesmo com as falhas de comunicação, a falta de confiança, e a necessidade primitiva de conforto um do outro, mesmo com todos estes ínfimos pormenores que, momentaneamente, desgraçaram uma das relações mais bonitas que encontrei num romance do género, eles persistiram e, com eles, fica a esperança de um futuro—talvez—um pouco mais promissor. Não tenho qualquer aspecto negativo a apontar a estes dois, e penso que o modo como as coisas acabaram por correr não só foi o menos esperado, como o único que alguma vez poderia ter lugar. (aquele final ainda me deixa toda arrepiada!)

Não consigo expressar, por palavras, todas as emoções que senti ao longo da leitura—foram tantas e tão distintas, que ainda agora sou um turbilhão de sentimentos e pensamentos que não se conseguem ordenar. As mensagens de dor e sofrimento estão bem presentes na narrativa, mas também as de amizade e amor, as de carinho e entreajuda, e, principalmente, as de que nunca devemos ser mais do que aquilo que somos, e que devemos sempre, sempre confiar no nosso instinto, diga este o que disser. Arrependimento é algo que não existe, e viver o hoje, em detrimento do amanhã ou do ontem, é imprescindível.
Penso que está bastante palpável o quanto adorei este livro. Veronica Roth possui o dom inigualável de fazer as pessoas sentirem tudo o que as suas personagens sentem, e de, mesmo em tempos de guerra, quererem entrar no mundo de Divergente e de Insurgente e simplesmente viver lado a lado com todas aquelas vidas que tanto admiram. Possivelmente, a leitura de 2013 (a não ser que Allegiant, o último volume da trilogia, venha parar às minhas mãos antes do final do ano).

Uma aposta maravilhosa por parte da Porto Editora, numa das trilogias distópicas mais bem consigas da actualidade. Mal posso esperar por mais surpresas destas, recheadas de peculiaridades comportamentais geniais e de escritas absolutamente perfeitas. Adorei. E recomendo sem quaisquer reservas.

Book Trailer - Insurgente, Veronica Roth



A sequela que não quererá perder!

Resultado do Passatempo «A Rainha», Meg Clothier


Hoje trago-vos o resultado de mais um passatempo, e a promessa de outro que estou quase, quase a lançar! Assim, a sorteio esteve um exemplar do romance histórico A Rainha, da autora Meg Clothier, uma aposta muito boa por parte da Planeta Manuscrito. E com o apoio desta magnífica editora, o Pedacinho tem o prazer de oferecer este livro a... :

89. Alda (...) Moreira

Parabéns à feliz contemplada!
Espero que esta seja uma leitura do seu inteiro agrado. Quanto a mim, ainda não tive oportunidade de ler o exemplar que descansa na minha estante, mas é algo que espero corrigir muito em breve. 
Aos que não ganharam desta vez, nada de desesperos, mais oportunidades encontram-se já a caminho...

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pedacinho picks... Quinta Essência


Anna and the French Kiss, só o título é propício à criação de suspiros, não concordam? Acontece que não consigo precisar o momento em que primeiramente me deparei com este romance, somente me lembro de que andava a explorar a questão do YA Contemporâneo, mas quando o encontrei, simplesmente não o consegui tirar debaixo de olho. O que acabou por se transformar em mais uma novidade que me deixou super entusiasmada com a notíci de ser publicada, também, em português. 
Anna e o Beijo Francês, uma das escolhas da Pedacinho, para o corrente mês de Maio, com carimbo Quinta Essência.

Anna e o Beijo Francês
Stephanie Perkins

Sinopse:
Anna Oliphant tem grandes planos para o seu último ano em Atlanta: sair com a melhor amiga, Bridgette, e namoriscar com um colega no cinema onde trabalha. Por conseguinte, não fica muito contente quando o pai a envia para um colégio interno em Paris. As coisas começam a melhorar quando ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz deslumbrante - que tem namorada. Ele e Anna tornam-se grandes amigos e as coisas ficam infinitamente mais complicadas. Irá Anna conseguir um beijo francês? Ou algumas coisas não estão destinadas a acontecer?


Sobre a autora:
Stephanie Perkins trabalhou sempre com livros - primeiro como vendedora, depois como bibliotecária e agora como romancista. Adora café, contos de fadas, música alta, caminhadas, chá de jasmim e fazer sestas. E beijar. 
Stephanie e o marido moram nas montanhas do Norte da Califórnia.

sábado, 18 de maio de 2013

Delírio, Lauren DeStefano [Opinião]





Título Original: Fever
Autoria: Lauren DeStefano
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 231
Tradução: Nuno Daun e Lorena


Sinopse:

Rhine e Gabriel fugiram da mansão, mas o perigo nunca ficou para trás.
Para Rhine de dezassete anos, a arriscada fuga do casamento polígamo parece ser o princípio do fim. A evasão leva Rhine e Gabriel a uma armadilha sob a forma de uma feira popular, cuja dona mantém várias raparigas prisioneiras, Rhine acaba de fugir de uma prisão dourada para se meter noutra ainda pior.
A jovem acaba por percorrer um cenário tão sombrio como o que deixou há um ano - que reflecte os seus sentimentos de medo, desespero e desesperança.
Com Gabriel a seu lado está decidida a chegar a Manhattan para se encontrarem com Rowan, o irmão gémeo, mas a viagem é longa e perigosa e o que Rhine espera que seja uma segurança relativa revelar-se-á muito diferente.
Num mundo onde as raparigas só vivem até aos vinte anos e os rapazes até aos vinte e cinco, o tempo é precioso e Rhine não tem como escapar nem iludir o excêntrico sogro Vaughn, que está determinado a levá-la de novo para a mansão... a todo o custo.
Nesta sequela de Raptada, a heroína tem de decidir se a liberdade vale a pena, pois tem mais a perder do que nunca.


Opinião:

Estou ainda tão desolada, tão assoberbada de emoções contraditórias, pensamentos insinuantes e reflexões perdidas acerca deste livro que, por mais incrível que pareça, não estou certa de saber o que escrever sobre ele. Não vos quero estragar a imensa surpresa que é esta continuação, depois de um primeiro volume tão espectacularmente bom, mas a verdade é que sei não existirem palavras suficientes para descrever o que este livro, o que esta obra é na sua real essência. Por isso, se ainda não percorreram as fatídicas páginas da trilogia de Lauren DeStefano, encarem esta minha opinião como um convite a fazê-lo, um convite a perderem-se num mundo tão sujo, tão poluído mentalmente, que ser-se mulher é o maior perigo que se pode, alguma vez, enfrentar.

Delírio é como um devaneio constante, como uma febre que não mata mas desgasta, consome toda e qualquer réstia de esperança, de felicidade, que existe no universo medonho e claustrofóbico de uma personagem inconformada com o seu próprio destino. Delírio é a ferida que não sara, a cabeça que não cessa de rodopiar, a visão turva que não recupera da nauseante sensação de perda de controlo, perda dos sentidos. Delírio é o meio que oferece algumas respostas, que destila tantas outras perguntas e que permite, ao leitor, fazer uma escolha—a de querer mesmo, ou não, saber a verdade escondida para lá de uma nação perdida, e de uma mansão assombrada pela morte que percorre cada um dos seus corredores.
Lauren DeStefano expressa a sua incalculável imaginação e criatividade de um modo tão natural e apelativo, que rapidamente se torna tarefa impossível colocar a sua narrativa de lado. A sua escrita é fresca e absolutamente empática—algo fabuloso no que diz respeito à transmissão, para o leitor, de todos os receios e desejos sentidos por parte das personagens—, mas também o seu estilo é intrigante ao conferir a dose certa de suspense e intriga a uma história que, por si só, tem já tanto para dar.

Nada poderá, alguma vez, ser fácil, num mundo onde a Nova Geração se vê persistentemente confrontada com a iminência da morte e com o aparecimento repentino, insuspeito, dos primeiros sintomas do vírus, e talvez seja por isso que a jornada encetada por Rhine e Gabriel seja tão impressionantemente devastadora. E é este pequeno elemento de falsa esperança e constante movimento que transforma Delírio numa leitura alucinante, pelos meandros de uma feira das vaidades opressiva e desafiadora, e pelo regresso a um dos locais mais assustadores e odiados pela nossa protagonista.
Rhine continua a ser uma figura que transmite força e esperança, e que se deixa levar pela preocupação genuína que sente pelos outros, mas nem o seu intelecto díspar e coragem sem igual a livram de quaisquer fragilidades, e é por isso que esta é a personagem que mais impressiona e mais cresce quando quebrada pelo choque do nada, do desaparecido. Mas Gabriel, mesmo não conhecendo o mundo exterior, mesmo não sendo detentor da firmeza de Rhine, é um porto seguro, um conforto que não amolece e uma companhia que se aprende a amar, e que de tudo fará para proteger os que mais lhe são queridos. De cada vez que relembro todos aqueles momentos de tortura física e psicológica, e do apoio que cada um prestou, nunca abandonando o outro, nunca desistindo daquele que se transformou no mais precioso de todos, é um sorriso que sinto aflorar-me os lábios e uma fé, uma esperança que penso, que acredito de que tudo vá ficar bem.

Oh, tantos são os elementos que permitem esta obra brilhar no meio de tantas outras distopias, e isso deve-se também, em parte, aos intervenientes secundários que enriquecem a narrativa despoletando algumas das situações mais inebriantes e perigosas. Nunca esquecerei a destemida Lilac que roubou um pedaço do meu coração, nem tão pouco a sua querida e pequena Maddie, portadora de uma inteligência aguçada mesmo quando retardada por algumas, poucas, malformações; nunca esquecerei Claire pelo carinho que nutre por cada uma das suas crianças, nem de Silas pela aparência enganadora que emana, principalmente quando o seu interior é tão, tão doce; e muito menos esquecerei Deirdre ou Cecily, Linden ou Vaughn.
Também as mensagens e temas abordados são factores de extrema importância—e até algo ambiciosos—para o desenrolar da história. E se a narrativa em si não for suficiente para impressionar, com certeza que a imensidão conflituosa de temáticas surpreenderá e, acima de tudo, fará o leitor pensar e reflectir em tudo o que leu e desvendou. Desde a pobreza extrema à revolução de uma sociedade que está em guerra consigo mesma, passando pela perseguição desenfreada e pela exploração, sem quaisquer pudores, do sexo feminino, estes são somente alguns dos elementos explorados neste romance distópico e que deixará muitos dos seus leitores com pele de galinha.

Adorei, adorei este livro—nota-se, certo?—e a verdade é que mal posso esperar por deitar as mãos ao terceiro e último volume desta trilogia que já me cativou por completo—aliás, espero que a Planeta não demore muito a lançá-lo.
Toda a ambiência sinistra e obscura que envolve a mansão de Vaughn e as experiências que ele faz nos corpos das suas empregadas e das noivas de Linden, todo o perigo envolvente da Feira Popular com as intenções dúbias de uma Madame que, no seu íntimo, é incapaz de amar e confiar, e todos os sintomas e consequências provocados pelo Sangue-de-Anjo e por uma doença inteiramente desconhecida retratam alguns dos meus momentos favoritos não somente em termos de acção mas, e principalmente, em termos emocionais e psicológicos. E é por instantes narrativos como estes que a minha admiração pelo género e, aqui, em particular, por Lauren DeStefano é tão grande e especial.

Uma aposta absolutamente brilhante e peculiar por parte da Planeta Manuscrito, num estilo que se encontra em actual expansão e que já conquistou uma enorme parcela de fãs, e numa história perfeita para os fãs de obras como Cinder, de Marissa Meyer ou Desaparecidos, de Michael Grant. Cinco estrelas!

Pedacinho picks... Planeta Manuscrito


Eu não vos disse que este iria ser um mês absolutamente enlouquecedor no que diz respeito a novidades literárias? Pois aqui está mais uma que, quando soube que ia ser editada por cá, até fiquei com os olhinhos a brilhar. Por acaso já tinha tido a oportunidade de a ler, e por isso é que sei o quão boa realmente é, dentro de um género que se encontra, actualmente, em grande expansão - o NA (New Adult), pelo que estou à espera que seja, já, um sucesso de vendas. 
Um Desastre Maravilhoso, outra das escolhas da Pedacinho, para o corrente mês de Maio, com carimbo Planeta Manuscrito. 

Um Desastre Maravilhoso
Jamie McGuire

Sinopse: 
BOA RAPARIGA
Abby Abernathy não bebe, não pragueja e trabalha muito. Abby acredita que está enterrada no nefasto passado, mas, quando entra no colégio, os seus sonhos de ter um novo começo sofrem um desafio numa noite. 

MAU RAPAZ
Travis Maddox, sensual, bem-constituído e coberto de tatuagens é exactamente o que Abby precisa - e quer - evitar. Ele passa as noites a ganhar dinheiro num clube de combate e os dias no conhecido colégio Lothario. 

DESASTRE IMINENTE?
Intrigado pela resistência de Abby ao seu charme, Travis entra na sua vida por uma aposta. Se perder, deverá viver em celibato durante um mês. Se Abby perder, terá de viver no apartamento de Travis por um período semelhante. 

OU O PRINCÍPIO DE ALGO MARAVILHOSO?
De qualquer maneira Travis não faz a mínima ideia de que encontrou uma parceira de jogo à altura. Ou será o princípio de uma relação obsessiva e intensa que irá conduzi-los a um território inimaginável... 

Sobre a autora:
Jamie McGuire autopublicou Um Desastre Maravilhoso, que conseguiu ser bestseller do New York Times e do USA Today. É também autora da série Providence. Licenciou-se no Northern Oklahoma College e em Ciência Aplicada e Radiografia e vive com as duas filhas no Oklahoma. 
Jamie é escritora a tempo inteiro e trabalha actualmente em vários projectos. 

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Blog Tour: Comes the Night by Norah Wilson & Heather Doherty [Spotlight]



Hey guys!
Today we have one more cool Book Tour stop, this time for Comes the Nigh, a new paranormal series by Norah Wilson and Heather Doherty.
Here you'll ind some information about the book and authors. Hope you enjoy it!

Title: Comes the Nigh (Book 1 in the Casters Series)
Author: Norah Wilson & Heather Doherty
Genre: Paranormal

Book Description:
How far would you go to escape your own personal teenage hell? Would you run away, break away from everything you knoweven your own body?
Alex Robbins, Brooke Saunders and Maryanne Hemlock could not be more different, yet they all have something in commondeep soul-searing pain. They are also all students at Streep Academy, a boarding school just one step away from juvie, where they've come to complete high school. The three have been relegated to Harvell House, the residence reserved for the hardest cases, the so-called Rejects from Reject Row. 
In the forbidden attic of the old Victorian house-turned-residence, the girls discover the diary of Connie Harvell, a young woman who was confined and abused there some 50 years ago. In the end, Connie's attic prison couldn't help hernot completely. She found a way out. At least a dark part of her did. And after reading her diary, the girls discover they can escape at will too. A terrifying, thrilling flight from their bodies and their troubles. 
But God help them, their pain isn't all they leave behind when they join with the night.
And God help anyone who's wronged them...


About the authors:
Norah Wilson is a Kindle best-selling author of romantic suspense and paranormal romance. She lives in Fredericton, New Brunswick, Canada, with her husband, two adult children, dog Chloe, and kitty, Ruckus. 
Heather Doherty fell in love with writing while taking creative writing courses with Athabasca University. Motivated by her university success, and a life-long dream of becoming a novelist, she later enrolled in the Humber School for Writers under the mentorship of David Adams Richards. Her first literary novel was published in 2006. While still writing dark literary (as well as not-so-dark children's lit), she is beyond thrilled to be writing paranormal/horror with Norah. Heather lives in Fredericton, New Brunswick with her family. (No pets, but I swear Norah's dog, Chloe, calls me Aunt Heather). 
Together, Heather and Norah write dark, edgy, frightening young adult paranormal/horror. 

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terça-feira, 14 de maio de 2013

Lissa Price em Lisboa!


Conhecem Lissa Price?


E o título Destinos Interrompidos, diz-vos alguma coisa?

Não?

Então acreditem em mim quando vos digo que, para além de não quererem, de todo, perder este livro absolutamente assombroso e de uma profundidade negra e distópica espectacular, o que não vão mesmo, mesmo, mesmo querer deixar escapar é a oportunidade de terem o vosso exemplar autografado pela a autora! E sabem o que é que a Lissa me contou, em tom de confidência? Que tem não só muitas surpresas a revelar, como algumas lembranças e personalizações para vos oferecer—e surpreender! Sim, sim. Lissa Price encontra-se já por terras lusas e para além de dividir o seu tempo entre conhecer a nossa bela capital e responder a algumas perguntas de bloggers curiosos, o que ela quer mesmo, o que verdadeiramente mais deseja, é estar com todos vós, seu fãs, frente a frente. Por isso, se estiverem em Lisboa, apareçam na sessão de lançamento de amanhã (15/05), a realizar-se pelas 18h30 na Fnac do Colombo. Não vão mesmo querer perder esta oportunidade, prometo que vai ser memorável!


domingo, 12 de maio de 2013

The Summer I Became a Nerd, Leah Rae Miller [Review]





Author: Leah Rae Miller
Publisher: Entangled Teen (2013)
Pages: 276
Format: ARC


Description:
On the outside, seventeen-year-old Madelyne Summers looks like your typical blond cheerleader—perky, popular, and dating the star quarterback. But inside, Maddie spends more time agonizing over what will happen in the next issue of her favorite comic book than planning pep rallies with her squad. That she’s a nerd hiding in a popular girl's body isn’t just unknown, it's anti-known. And she needs to keep it that way.
ummer is the only time Maddie lets her real self out to play, but when she slips up and the adorkable guy behind the local comic shop’s counter uncovers her secret, she’s busted. Before she can shake a pom-pom, Maddie’s whisked into Logan’s world of comic conventions, live-action role-playing, and first-person-shooter video games. And she loves it. But the more she denies who she really is, the deeper her lies become…and the more she risks losing Logan forever.


Review:
I don’t remember having this much fun reading a contemporary since... well, since a very long time actually. The Summer I Became a Nerd got me into laugh mode to-the-point-my-tummy-would-hurt right from the first few pages, and that was a sensation that accompanied my until the very end. Several are the reasons why this is such an awesome, amazing book. The writing style is simple and utterly funny, the main character is one of the most adorable of young teens I’ve ever read, and the plot itself is quite interesting for all the little twists and turns that bump in to Maddie’s way of becoming her true self. When you hide behind a popular curtain, it can never be easy to go back to what you were, right?

I, personally, am not a big fan of comic books, but somehow the author caught my full attention, even when she was using comic stories I know nothing about as references and analogies to her own story. In fact, those we some of my favourite moments mainly due to a certain hilarious and easy vibe strongly present throughout the book. The truth is that this ends up being a really funny and relaxed read, especially ‘cause of the way it matches perfectly all these nerdy topics with a more social concern, seeing that Maddie is a geek of heart but does not want to be, again, a social pariah. She’s this smart, incredibly popular, beautiful girl who does her best to keep the cooler side of her personality a secret instead of simply embracing it, with fear of being rejected by her peers, but her love for everything comic related and her curiosity towards this little candy-shop-like called The Phoenix are going to be her demise, and that’s when the true fun begins! Plus, Logan is so adorkable! He actually is the kind of guy I would admire in High School ‘cause he doesn’t care about what anyone thinks of him or of what he likes, but at the same time, he has this vulnerability that makes him even cuter to the eye and to the heart. And he’s really talented too, which also helps. And, together, they both make the sweetest couple ever, so of course I would be rooting for them all the way!

Ultimately, The Summer I Became a Nerd is a very cool, summery like, type of book. Perfect for all ages and all kinds of readers, this is the ideal story for a beach day or to enjoy in somewhere sunny. Full of awesomeness, with extremely nerdy activities and characters that will stick with you, us, for a long time, this book is also a must-read due to the highly recommended messages that brings up to the surface. Don’t try to be someone you’re not, and don’t hide yourself because of what High School kids can or will do to you. Confront them and embrace your true self… being you a nerdy kid, a popular jock or cheerleader, or the one who no one ever remembers. It doesn’t matter now and sure won’t matter later, ‘cause High School is so not the worst thing you’ll face in your life. So heads-up!


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