sexta-feira, 29 de julho de 2011

45 Dias de Desafios Literários - Dia 8: Livro tão mau que consegue ser bom

Pode ser uma perspectiva algo inocente e ingénua mas... não creio que existam maus livros, quanto mais tão maus que conseguem ser bons. Existem sim gostos diferentes e géneros preferidos, pormenores que passam despercebidos ou que são descobertos por alguém mais atento e tipos de escrita, de abordagem, de personagens, de trama que agradam mais a uns e menos a outros. Livros maus? Nunca li. Li livros menos bons, que não me cativaram, de que não gostei assim tanto, que poria facilmente de lado, etc., contudo, e em toda a leitura que faço, seja ela qual for, tento sempre encontrar alguma qualidade em detrimento dos aspectos negativos. Penso nestes últimos, claro, e normalmente sou influenciada por eles mas, no fim de contas, faço sempre um esforço por retirar algo de positiva da leitura se não, não passaria de uma total e completa perda de tempo. Por isso... vou eleger um livro e uma série que, embora tenha gostado por este ou aquele motivo, não ache, no seu todo, assim nada de grande aparato. Posso até ter gostado deles na altura em que os li mas, tendo em vista o futuro e posteriores devaneios literários, não existem dúvidas de que ocuparão (se já não ocupam) lugares de menor destaque. E falo de: Hex Hall, de Rachel Hawkins e da Saga Luz e Escuridão, de Stephenie Meyer e cujo último volume, Amanhecer, nem sequer consegui terminar (ainda!).

Escolhi Hex Hall porque, ainda que seja uma leitura extremamente divertida e que me agradou pela sua leveza e descontracção, não deixa de ter um enredo bastante inferior em comparação com outros livros do género. Além de que achei tudo um pouco apressado, sem dar grande ênfase à parte mística que deveria de ser o mote principal do desenvolver da narrativa, sem grandes explicações ou informações perceptíveis e com uma linguagem um tanto ou quanto juvenil demais – aqueles “Iá” levaram-me à loucura! Mesmo assim, e como disse anteriormente, foi um livro que percorri num instante e que me fez soltar umas quantas gargalhadas... - vêem? Cá está o ponto positivo. 

A Saga Luz e Escuridão insere-se nesta categoria por ter gerado toda uma comunidade de fãs incontornáveis e excessivos, para além do suposto “mudou toda uma geração!” para a qualidade que efectivamente detém. Sim, quando li Crepúsculo fiquei automaticamente vinculada a uma história sedutora sobre um amor proibido entre uma humana com problemas emocionais e de auto-estima e um vampiro centenário desacreditado da sua condição sobrenatural e que só quer ser feliz... Pois. O problema é que, se formos a analisar esta saga como deve de ser, tudo se cinge somente a isso. Não tenho dúvidas de que cortaria muitos momentos demasiado introspectivos e repetitivos encontrados ao longo dos livros e que, muito provavelmente, alteraria um ou outro mas, no todo, e, novamente, embora tenha sido uma saga cujo primeiro e segundo volumes até me suscitaram um certo e algo elevado interesse, levando-me, inclusive, a seguir as adaptações cinematográficas, não creio que estejamos perante um conjunto de livros assim tão intelectual e literariamente superiores. Eclipse começa já a ser um pouco saturante e Amanhecer... bem, acho que nem vale a pena entrar por aí – demasiado ridículo.

2 comentários:

Ana das Pontas disse...

Quanto a Hex Hall concordo. Gostei do livro, é assim levezinho e fácil de ler, mas as personagens pareceram-me todas muito superficiais. Nota-se, claro, que é suposto haver outros volumes.

Quanto à saga Luz e Escuridão tenho uma opinião diferente da tua. Vi 1º o filme do Crepúsculo e nem achei nada de especial. Depois decidi ler o livro e adorei. É o melhor dos 4. A lua nova é uma verdadeira seca (desculpem a expressão forte, mas é mesmo). Os 2 últimos são bonzinhos. No entanto, o que admiro na escrita de Stephanie Meyer é a toda a capacidade de criar um mundo novo, cheio de clãs e pormenores que se conjugam e que faz com que não haja lapsos nenhuns como em Hex Hall. Estou a ler agora o guia oficial ilustrado da Saga Twilight e digo-te que estou a gostar ainda mais. É incrível como ela pensou em tudo mesmo, nas descrições mais minuciosas, como altura, cor de cabelo e olhos de personagens que só são mencionadas uma vez. Sem falar na atribuição de uma marca de carro a cada personagem e por aí fora. Enfim, ainda cotinuo a adorar esta saga.

Por falar nisso, estou curiosa para saber a tua opinião sobre um livro que saiu agora em Julho. Chama-se "Desejar", de Carrie Jones. Acho que ainda não o leste. Depois perceberás porque coloquei esta questão neste post. ;)

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Anónimo disse...

Olá
Olha o Hex Hall, não li, por isso não vou falar.
Quanto a saga luz e Escuridão, gostei do primeiro sim, lua nova lia só se tivesse com problemas em dormir, eclipse é interessante, e o amanhecer é aborrecido.
Mas em geral é uma saga interessante, nada por ai além, que eu acho que tinha tido para ser uma boa saga tem personagens interessante, no entanto as principais nem por isso, infelizmente. Mas ao longo dos livros é um pouco vira o disco e toca o mesmo, mas enfim.
Em relação a ser passada para o cinema, nunca percebi, há excelentes livros de vampiros que davam óptimos filmes e não vou dizer nomes para não chatear lol.
No entanto nunca percebi bem essa afirmação do "mudou toda a geração", talvez o falar tanto nela chega a chatear de tal maneira, depois vem a história na vista de outras personagens. A sério.
Para finalizar, é como dizes...Amanhecer tem tanta coisa ridícula que as vezes penso que li mal ou entendi mal a história e olha que li até ao fim.
Beijinhos

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