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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O Teorema Katherine, John Green [Opinião]



Título Original: An Abundance of Katherines
Autoria: John Green
Editora: ASA — Livros com Sentido
N.º Páginas: 272


Sinopse:


Dezanove foram as vezes que Colin se apaixonou.
Das dezanove vezes a rapariga chamava-se Katherine. Não Katie ou Kat, Kittie ou Cathy, e especialmente não Catherine, mas KATHERINE. E das dezanove vezes, levou com os pés. Desde que tinha idade suficiente para se sentir atraído por uma rapariga, Colin, ex-menino prodígio, talvez génio matemático, talvez não, doido por anagramas, saiu com dezanove Katherines. E todas o deixaram. Então ele decide inventar um teorema que prevê o resultado de qualquer relacionamento amoroso. E evitar, se possível, ter o coração novamente destroçado. Tudo isso no curso de um verão glorioso passado com o seu amigo Hassan a descobrir novos lugares, pessoas estranhas de todas as idades e raparigas especiais que têm a grande vantagem de não se chamarem Katherine.


Opinião:
Uma Katherine.
Duas Katherine.
Três Katherine.
...
O número mágico é dezanove, embora seja no três que se encontra a solução. É em dezanove que a sorte muda, e em dezanove que o terror ‘K’ termina. Foram dezanove as tentativas, e dezanove os erros. Dezanove as possibilidades de romance, e dezanove os estágios de sofrimento e solidão. Dezanove as Katherine, raparigas comum cuja única singularidade, a única partícula de fascínio numa fórmula sem resolução reside, precisamente, na construção do nome... Katherine. Não Catherine. Não Kathy. Mas Katherine.

Existe algo de transcendente no imaginário de John Green. Um qualquer fragmento de excelência, de perspicácia ímpar que vai muito para lá do que outros escritores do mesmo género têm a oferecer. Green é quase como uma força da natureza por si só, com uma intelectualidade fora de série e uma criatividade literária que toca o coração do leitor, que não deixa nada nem ninguém passar indiferente. Green é talentoso. Green é especial — e isso revê-se nas suas histórias que destacam as mais simples e, por vezes, efémeras fragilidades do ser humano sem, por um único instante, cair no ridículo ou no inacreditável. Green é impressionante, e talvez seja por isso, pela sua espontaneidade, pelo seu sarcasmo contagiante, que até as obras que não são tão profundas, que não levantam tanta filosofia, que não emanam tanta emoção, são igualitariamente notáveis. Este seu O Teorema Katherine não é nenhum A Culpa é das Estrelas, mas oh como ainda assim leva ao sonho, e à ambição, e ao companheirismo muito próprio do seu estilo como escritor.

Colin Singleton tem um problema, um problema grave. Com um coração que só se deixa apaixonar por raparigas de nome Katherine, é um absoluto terror quando a décima nona rejeição advém daquela que ele julgava ser a tal, daquela que ele amou como nenhuma outra. Até para Hassan, o seu melhor amigo, está claro que esta não vai ser uma recuperação fácil, e é por isso que decide ‘convidar’ Colin numa aventura que levará os dois aos confins do Tennessee, e que os marcará eternamente, tanto pelas curiosidades que a própria terra de Gutshot tem para oferecer, como pela aventura em si, pela experiência e pelas peculiaridades que ambos viverão.

Gostei bastante deste pequeno, grande romance contemporâneo — como é já habitual de algo vindo das mãos de Green — mas admito não me ter emocionado tanto quanto com outras obras do autor. Talvez tal se deva ao próprio rumo da história, esta mais propícia à narrativa de amor sem final feliz, à obsessão por se encontrar uma solução plausível, matemática até, que leve ao momento Eureka experienciado por todos os génios. Não deixa de ser um livro que toca em elementos de grande emoção, tanto positiva quanto negativa, como o bullying, a traição afectiva, religião ou sentimento de algo que está em falta. Nisso John Green é mestre. Todas as suas obras podem ter um humor característico, uma ligeireza insinuante, mas a quantidade de sentimentos que se encontram retratados, a quantidade de verdades descritas, não há como lhes fugir. John Green é imenso nessa sua particularidade, e é isso que o transforma num dos grandes nomes da actualidade.

Fica a vontade de ler o seu restante trabalho. Depois de ter percorrido A Culpa é das Estrelas — duas vezes! — e À Procura de Alaska, cresce o desejo de folhear os restantes títulos, Cidades de Papel e Will Grayson, Will Grayson, nem que seja pela quase curiosidade mórbida em ver que pequenas pérolas mais tem ele para oferecer. É que é nos pequenos detalhes que John Green brilha realmente, e isso nota-se, neste seu O Teorema Katherine, em pormenores como as notas de rodapé e o capítulo final em que a fórmula matemática de Colin, ou, por outras palavras, o teorema Katherine, é explicado ao leitor comum. Verdadeiramente impressionante.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Entre as Páginas de... #4


... O Teorema Katherine, de John Green.


John Green!, é o primeiro pensamento que me ocorre quando penso no nome Katherine. E quando junto dezanove Katherines numa só variável, O Teorema Katherine é o que surge. E que raio de teorema este é!
Vou, sensivelmente, a meio do livro. Não tenho tido muito tempo livre para ler — e aquele que estou a usar agora sei que devia de o estar a usar noutras coisas —, mas enfim. As letras da versão que estou a folhear são muito, muito pequeninas e por isso acho que a leitura não está a fluir tão bem quanto esperava. Ainda assim, é uma história de entretenimento puro e com o seu quê de extraordinário. Até ao momento, consigo dizer, sem resistências, que este não é o meu contemporâneo favorito do autor — após um À Procura de Alaska fenomenal e um A Culpa é das Estrelas brilhante, as expectativas estão bastante em alta —, mas isso ainda pode mudar! Vamos ver como corre o resto da leitura. 

P.S. — A capa da versão portuguesa é tão, mas tão linda! Adoro-a!

sábado, 11 de maio de 2013

Pedacinho picks... ASA


Ainda antes de saber que, muito em breve, iria existir uma versão portuguesa, este foi um livro que mantive debaixo de olho durante algum, bastante, tempo. Não me perguntem o que foi, o que é, que tanto me atraiu, continua a atrair, para ele, pois tudo o que sei é que desde a sua capa original à sinopse contemporânea com curiosos laivos de fantasia, tudo neste romance grita "lê-me!" e como eu não sou leitora de ignorar tais pedidos fervorosos, resistir a esta edição seria, é, algo completamente impossível. 
O Tempo Entre Nós, a escolha da Pedacinho, para o corrente mês de Maio, com carimbo ASA/Livros com Sentido.

O Tempo Entre Nós
Tamara Ireland Stone

Sinopse: 
Anna é uma jovem de 16 anos em 1995, ferozmente determinada a assegurar uma bolsa de estudo de desporto, para poder sair da sua cidade pacata e enfadonha e finalmente viajar pelo mundo. Bennett tem 17 anos em 2012, vive em São Francisco e tenta controlar a sua capacidade de viajar pelo tempo - um dom incrível mas também uma maldição imprevisível, que constantemente ameaça separá-lo das pessoas que ama. 
Quando um pequeno erro de cálculo coloca em perigo a sua irmã Brooke, Bennett dá por si a três mil e duzentos quilómetros e dezassete anos de distância - no mundo de Anna. Enquanto procura por Brooke, Bennett é atraído de modo estranho e inevitável para Anna, mas, por mais desesperado que Bennett esteja para ficar com Anna, a sua incontrolável situação irá inevitavelmente mandá-lo de volta ao lugar a que pertence - e Anna ficará sozinha, presa no tempo que os separa. 

Sobre a autora:
Tamara Ireland Stone é amiga dos animais. Leitora ávida. Doida por engenhocas. Alegremente encravada nos anos 90. Escreve ficção sobre coisas como viagens, música, romance e pessoas normais com talentos extraordinários. 
O seu romance de estreia, O Tempo Entre Nós, está publicado em dezasseis línguas e vai ser adaptado ao cinema. 

domingo, 3 de março de 2013

Corações Gelados, Laurie Halse Anderson [Opinião]





Título Original: Wintergirls
Autoria: Laurie Halse Anderson
Editora: ASA
Nº. Páginas: 227
Tradução: Susana Serrão


Sinopse:

«Eu sou aquela rapariga.
Eu sou o espaço entre as minhas coxas, a luz do sol a derramar-se entre elas.
Eu sou a auxiliar de biblioteca que se esconde na "Fantasia".
Eu sou a aberração de circo enclausurada em cera.
Eu sou os ossos que eles querem, ligados num molde de porcelana.»

Viajei na terra dos Corações Gelados devido às inúmeras leitoras que me escreveram a contar a sua luta com distúrbios alimentares, automutilação e sensação de andarem perdidas. A sua coragem e sinceridade puseram-me no caminho para encontrar Lia e ajudaram-me a compreender a sua devastação. Embora não seja uma história da vida real, Lia foi inspirada nessas leituras, e por isso lhes estou muito grata. 


Opinião:

Faz tempo desde a última vez em que me senti assim relativamente a um livro. E verdade seja dita, não me passou, sequer, pela cabeça que uma história como esta tivesse a capacidade de me reduzir a meras cinzas, a lágrimas contidas, a um desespero revoltante e a pequenos e ínfimos pedaços de mim mesma. Esta é uma obra poderosa que retrata uma cavernosa vida em palavras; é uma personagem principal arrebatadora que facilmente poderia ser a nossa melhor amiga, uma filha ou uma irmã, uma prima. E é precisamente esse sentido de realidade próxima, de autenticidade forte, que leva este romance a um completo e renovado nível de emoções e angústias. Ele não é unicamente bom, nem fantástico. É uma obra que salvou – e que continuará a salvar – vidas. É uma bíblia. Uma fabulosa história ficcional que poderia retratar a nossa própria vida. Sem dúvida, um dos melhores livros que li até hoje... mesmo não tendo gostado assim tanto de Grita – o que é dizer muito para qualquer fã de Laurie Halse Anderson.
E essa acabou por ser uma das razões iniciais que me deixou algo renitente em pegar neste Corações Gelados. Talvez porque o achei demasiado rápido, talvez pelo seu estilo de escrita não me ter cativado por aí além, a verdade é que não sei, mas, para mim, houve – e ainda há – qualquer coisa que está em falta em Grita. E precisamente por isso, estava receosa em encontrar o mesmo tipo de enredo, de escrita, de personagem neste novo romance. Mas como estava enganada. Tão, tão enganada.

Se tivesse de descrever este livro, diria que é inacreditavelmente cru e tão intensamente cruel, mas da forma mais bela e comovente possível. A escrita é assombrosamente lírica e Lia... Lia é uma rapariga com tantos problemas, enclausurada num corpo que não deseja, numa mente que a tormenta, que tudo o que faz, tudo o que pensa ou imagina é expressado de forma tão extenuante e esmagadora que o próprio leitor, rapidamente incapaz de encontrar forças para a encorajar, para a apoiar, só ambiciona poder ajudá-la a abrir os olhos para a realidade que a vida é, ao invés de a permitir continuar a contar calorias e a medir quão maciças são as suas coxas e anca.
A voz de Lia é intoxicante! Tantas vezes me senti dormente face a ela, desprovida de todas as emoções e sensações, mas sempre atenta aos seus desejos, aos seus objectivos, ao mesmo tempo que me via tão imensamente atraída para a sua mente, para os seus pensamentos e personalidade contrita. Acredito que Lia era, somente, uma rapariga assustada, repleta de medo. Medo de acabar como a Cassie e de desiludir todos aqueles que acreditava não quererem saber dela. Medo de falhar a sua promessa, de ir contra a sua própria e doentia vontade. Medo de sofrer, de se magoar, de sentir toda aquela avassaladora dor emocional e, por isso, em vez de abraçar o bom e o mau, focou-se exclusivamente em tornar-se a mais magra, em fornecer o mínimo e indispensável de vida ao seu corpo de modo a que nada mais tivesse importância e que a sua mente continuasse frágil o suficiente para se proteger de qualquer tipo de amargura. Acredito que a morte de Cassie foi o final da linha, para Lia, a bala na arma que mantinha próxima da cabeça desde o momento em que a conhecera, em que se conhecera a si mesma – e isso é tão maravilhosamente perturbador.

Esta não é uma leitura fácil. Na verdade, trata-se de um livro que é tudo menos fácil, confortável ou simples, tanto que por diversas vezes tive de o pousar para pode respirar fundo, acalmar-me e voltar a concentrar a mente. É, realmente, uma leitura que afecta, que mói, que impressiona. E sei o quanto me foi difícil manter estável, não exprimir o quão revoltada me ia sentido com Lia e a sua família – principalmente com o seu pai, que poderia se importar mais, fazer mais – mas também me esforçava por recordar que a realidade é assim mesmo. As pessoas encontram-se demasiado cegas e centradas em si mesmas e nos seus problemas, pelo que este tipo de lutas, de doenças são muitas vezes confundidas com aborrecimentos na escola ou com um rapaz, ou ainda como sendo frutos de um mau dia – quando são tão mais que isso.
Acredito amplamente que gostei tanto de Corações Gelados precisamente por ser uma leitura difícil sobre uma história extremamente dura. Pois se tudo fosse simples e se Lia, sofrendo de anorexia e automutilação, fosse representada ainda assim como uma rapariga feliz e popular, com certeza que este livro não teria o mesmo impacto que ao retratá-la como tantas raparigas o são na vida real. E espero sinceramente, do fundo do coração, que todas essas raparigas pelo mundo fora que actualmente se encontram a lutar contra a doença ou que ainda sofrem em agonia pelo pensamento de que não comer é a solução, descubram neste romance, nesta história, a força e a coragem necessárias para ultrapassar todos os obstáculos e dificuldades. E lembrem-se de que não estão sozinhas. Lembrem-se de que são fortes. E sejam mais. Desejam ser muito mais que uma mera concha vazia.

«As minhas mãos leem um mapa em braille feito de osso, a começar pelos seios vazios crivados de veias azuis como rios engrossados pelo gelo. Conto as costelas como contas de um terço, a murmurar encantamentos, os dedos enrolados na caixa ossuda. Quase podem tocar no que se esconde lá dentro.», pág. 182

«Sou um fracasso a comer, sou um fracasso a beber, sou um fracasso a não me cortar em bocadinhos. Sou um fracasso na amizade. Sou um fracasso em amor fraterno e amor filial. Sou um fracasso ao espelho e na balança e ao telefone. Ainda bem que estou estável.», pág. 187

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Novidade ASA - «Corações Gelados», Laurie Halse Anderson


Depois de Grita
chega-nos Corações Gelados...

Título: Corações Gelados
Autoria: Laurie Halse Anderson
N.º Páginas: 232

Lançamento: 26 de Fevereiro
PVP.: 16,90€

Sinopse: «Eu sou aquela rapariga.
Eu sou o espaço entre as minhas coxas, a luz do sol a derramar-se entre elas.
Eu sou a auxiliar de biblioteca que se esconde na "Fantasia".
Eu sou a aberração de circo enclausurada em cera.
Eu sou os ossos que eles querem, ligados num molde de porcelana.»

Viajei na terra dos Corações Gelados devido às inúmeras leitoras que me escreveram a contar a sua luta com distúrbios alimentares, automutilação e sensação de andarem perdidas. A sua coragem e sinceridade puseram-me no caminho para encontrar Lia e ajudaram-me a compreender a sua devastação. Embora não seja uma história da vida real, Lia foi inspirada nessas leituras, e por isso lhes estou muito grata. 

Sobre a autora:
Laurie Halse Anderson é uma autora de bestsellers, presença frequente no top do The New York Times, que escreve livros para pessoas de todas as idades. Conhecida por abordar temáticas difíceis com frontalidade, sensibilidade e humor, já recebeu e foi nomeada para muitos prémios. Grita foi finalista do National Book Award. Em 2009, Laurie foi agraciada com uma distinção da YALSA - The Young Adult Library Services Association, por mérito na edição de livros para jovens e adultos. 

Da mesma autora:


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vamos todos ACREDITAR?


Em qualquer altura mas, especialmente agora, com a aproximação do Natal, chega uma época festiva que celebra o espírito familiar e... solidário! Por isso, seja crente, ACREDITE, e participe activamente nesta recolha de alimentos a favor de uma causa beneficiária que tem como inspiração A Culpa é das Estrelas, uma magnífica obra de John Green, editada pela Livros com Sentido.


Nunca permita que se deixe de ACREDITAR!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Resultado do (4) Passatempo - "A Culpa é das Estrelas", John Green


E chega ao fim mais um passatempo comemorativo do aniversário do Pedacinho! Com o muito estimado apoio da ASA/Livros com Sentido, estava a sorteio três exemplares de um dos mais brilhantes romances deste ano, A Culpa é das Estrelas, do genial John Green.
Sem mais demoras, os vencedores são:

27. Daniela (…) Pereira
156. Susana (…) Caetano
213. Sandra (…) Alves

Parabéns às felizes contempladas! Espero que gostem tanto desta história verdadeiramente emotiva, enternecedora e divertida, quanto eu gostei.
Mas aos que não ganharam, nada de desespero! Muitos mais passatempos virão

Boas leituras!

domingo, 16 de setembro de 2012

(4) Passatempo "A Culpa é das Estrelas", John Green


E deixo-vos hoje o quarto de dez passatempos celebrativos do terceiro aniversário do Pedacinho Literário! Lembrem-se que estes são passatempos curtos, de três dias, por isso, estejam atentos!

Em colaboração com a ASA/Livros com Sentido, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer três exemplares de um dos melhores livros deste ano, A Culpa é das Estrelas, da autoria de John Green.

Para participar e se habilitar a ganhar um destes fantásticos exemplares, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios.
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo! 

As respostas podem ser encontradas aqui e aqui

Regras do Passatempo:
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 de 18 de setembro (terça-feira).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletas serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio, de exemplares enviados por si e/ou pela editora em questão.



Boa sorte a todos!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Culpa é das Estrelas, John Green [Opinião]




Título Original: The Fault in Our Stars
Autoria: John Green
Editora: ASA
Nº. Páginas: 253
Tradução: Ana Beatriz Manso


Sinopse:

Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita. 

Opinião:

Este não é um livro fácil, simples.
Não é um livro onde o mundo é pintado a cor de rosa, onde as barreiras da comunicação, da clareza e da vivência são transponíveis, são destruídas num piscar de olhos. No entanto, é, certamente, um livro marcante. Um livro que nos suspende o fôlego, que nos aperta o coração, que nos faz derramar mil e uma lágrimas rebeldes de compaixão, de dor e agonia, de revolta. Esta é uma leitura incrível, extremamente emocional, extremamente carismática na sua abordagem crua a um tema tão real, tão complexo, tão pouco falado desta forma. Uma leitura que ficará... para sempre.

A Culpa é das Estrelas trata-se de uma narrativa transcendente sobre um pequeno grupo de personagens peculiares, invulgares em coragem e determinação, que batalham, diariamente, contra o alastrar de um mal real, de um mal perceptível, corrosivo. Pungente, emotiva e primorosa, esta é uma obra audaz no que diz respeito à perspectiva oferecida ao leitor, por parte de um autor ousado e supremamente inteligente, e sensitiva pela carga emocional que transmite, que perdura ao longo de todo o folhear das páginas, umas vezes camuflada por atitudes destemidas, outras bem à frente dos olhos em acções compassivas, mas sempre, sempre presente.
John Green, atrevo-me a dizer, escreve com o coração, mexe com os sentimentos e brinca com a ironia das situações mais críticas, dos momentos mais graves, instantes ténues, que se atravessam no longo – embora, por vezes, algo curto – caminho que é a vida. Green não simplifica, Green não esconde, somente opta por outras vias, percorre outras estradas, outras linhas de pensamento, de descrição, de diálogo para ir de encontro, isso sim, a um final comum que se mostra absolutamente extraordinário.

As mais insólitas surpresas são aquelas que se encontram mesmo ao virar da esquina ou, neste caso em particular, no interior de um Grupo de Apoio aos Miúdos com Cancro. E a única forma de nos passarem ao lado, de as perdermos, a essas oportunidades sem igual, é se nos recusarmos a olhar. Se insistirmos em não sentir, se acreditarmos imperiosamente de que não somos merecedores delas. Durante parte da leitura, foi assim que encarei Hazel – uma jovem excepcional, de uma inteligência apaixonante, que não se deixava abrir, que não deixava ninguém entrar com medo de se tornar um estorvo emocional. Mas Augustus é de uma beleza intelectual incrível, e os seus encantos, o seu dom de excelência com a palavra, foram a ruptura no casulo de Hazel, de onde emergiu a mais bela, generosa e nobre das borboletas. Nunca antes percepcionei um amor assim, tão intenso e acolhedor, tão comovente e frágil, e essa, essa sim é a essência de todo este livro.

Há que sorrir face as enfermidades da vida. Persistir nos sonhos que escondemos dos outros. Acreditar que podemos ser melhor, que podemos ter esperança. Amar como se o amanhã não existisse, como se fosse o último instante no tempo e... viver. Principalmente, viver, mesmo quando a dor é demasiado forte, mesmo quando a doença leva de arrasto o que mais nos completa, mesmo quando continuar parece impossível...
A persistência de Hazel, a revolta de Isaac, a explosão de estrelas que é Augustus, em conjunto com o desespero dos pais, o abandono dos amigos, são somente alguns dos elementos que ficarão gravados no meu coração e, com certeza, também nos daqueles que se atreverem a dar uma oportunidade a este romance. Não pensem que este é um livro sobre cancro... acreditem que esta é uma história sobre sobreviventes, sobre um amor estelar, sobre amizades inestimáveis, sobre vidas cujo propósito é persistir, aceitar e amar.

Não consegui evitar chorar no decorrer desta leitura, assim como não consegui evitar sorrir, gargalhar. John Green é, verdadeiramente, um escritor especial, um escritor abrasivo, inteligente, perspicaz, e com um sentido de oportunidade e de humor tão «no ponto» que quase, quase, se torna irrisório ler o que seja após uma obra sua. À Procura de Alaska fez-me apaixonar e valorizar o conceito de amizade, A Culpa é das Estrelas deixou-me, simplesmente, de rastos. E, confesso ainda, que pela primeira vez fui assolada por uma vontade irresistível de voltar a percorrer as páginas e os contornos de um livro, deste livro... algo que nunca antes aconteceu.

Uma aposta sublime, inesquecível, enternecedora por parte da Livros com Sentido, num autor que não só é um fenómeno, como escreve sobre temas importantes, temas profundos sobre e para pessoas. Para mim, um dos melhores romances do ano... num livro deveras impressionante e que, dificilmente, irei esquecer. Brilhante.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Novidade ASA - "A Culpa é das Estrelas", John Green


Perspicaz.
Arrojado.
Irreverente. 
Cru. 

Título: A Culpa é das Estrelas
Autoria: John Green
N.º Páginas: 256

Lançamento: 3 de Setembro
PVP.: 15,90€

Sinopse: Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita. 

A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.

Sobre o autor:
John Green é autor de vários bestsellers do The New York Times. Recebeu o Michael L. Printz Award e o Edgar Award. Foi por duas vezes finalista do L. A. Times Book Prize. Os seus livros foram traduzidos em mais de vinte línguas. John é também cocriador, com o seu irmão Hank, do vlogbrothers, uma série de vídeos on-line que já foram visionados mais de 100 milhões de vezes. 

Imprensa:
«Muito perto da genialidade. Simplesmente devastador.»
Time Magazine

«John Green não é apenas um autor. É uma vedeta multimédia que se apresenta perante auditórios de mil lugares de fãs aos gritos.»
Los Angeles Times

Do mesmo autor:

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Resultado do Passatempo - "Milagre", R. J. Palacio


O momento de anunciar mais um vencedor chegou, finalmente. A prémio, está um exemplar de um dos mais belos e emotivos livros que tive o prazer de ler este ano, Milagre, de R. J. Palacio. E com o apoio da ASA/Livros com Sentido, este magnífico título vai para:

31. Ana Rita (...) Pereira

Muitos parabéns, Ana Rita! Acho que vais gostar desta leitura. Eu, pelo menos, adorei! 

Aos que não ganharam desta vez, não desesperem. Muitas mais oportunidades virão no futuro...

Boas leituras! 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Milagre, R. J. Palacio [Opinião]



Título Original: Wonder
Autoria: R. J. Palacio
Editora: ASA
N.º Páginas: 362
Tradução: Leonor Marques


Sinopse: 

August nasceu com uma deficiência genética que faz com que o seu rosto seja completamente deformado. Quando nasceu, os médicos não tinham esperança de que sobrevivesse, mas sobreviveu. Vários anos e muitas cirurgias depois, August vai, aos dez anos, enfrentar o maior desafio da sua vida. A escola. 
Contado a várias vozes, é uma história emotiva das dificuldades que tem de superar uma criança com uma terrível deformação e um relato do milagre que é a vida. 


Opinião:

Ser-se diferente pode ser uma dádiva. Possuir algo que nos distinga dos demais, que nos torne únicos, belos na nossa própria e inconfundível essência. Mas, por vezes, quando essa divergência se manifesta exclusivamente no nosso rosto, nas nossas definições genéticas, na nossa má sorte e linhas, características, individualidades faciais, a monstruosidade, o desprezo alheio e a arrogância, o constante mal dizer e afastar do olhar, pode tornar-se uma naturalidade comum, um costume do dia a dia. Um sofrimento perpétuo. 

Milagre trata-se de um romance extremamente envolvente e sentimental, profundo. Mesmo sendo retratado a várias vozes, de um grupo restrito, pequeno e distinto de protagonistas jovens, tenros em idade, nota-se, bem presente ao longo das páginas, o sentimento de angustia, de receio e crueldade, de abandono, de solidão, de mágoa mas também de amor incondicional, de alegria e amizade para com um protagonista especial, singular... excepcional!
R. J. Palacio é fabulosa na medida em que nada é deixado ao acaso, e em que tudo tem um significado e uma carga emocional forte, compacta. A forma como demonstra através de acções, de palavras e gestos, até que ponto uma criança pode ser cruel, pode ser má e agoísta, intencionalmente, é incrível e para um leitor pouco acostumado a este género de obras - e até ao que as lê com frequência - pode, inclusive, tornar-se uma leitura revoltante, excessiva, dominante. 
Eu revoltei-me. Eu senti-me magoada, sensibilizada. Eu sofri por uma personagem que, embora aqui seja ficcional e faça parte de um mundo familiar honesto e carinhoso, com facilidade poderia ser um vizinho meu, um parente próximo ou um amigo que não teria, tendo em conta os valores e a moral da sociedade de hoje em dia, o mesmo tipo de apoio, de cedência parental, de amor eterno e incondicional. 

Existem mil e um tipos de personagens, mil e uma «pessoas» que, assiduamente, percorremos, descobrimos, conhecemos. Rostos anónimos, invisuais, intocáveis que vivem em páginas experientes, emotivas, sentimentais. E depois, num patamar superior, inigualável, existem personagens como August - impossíveis de descrever, dotadas de uma beleza incrível, incomparável, impensável até! Intervenientes únicos com uma capacidade inexplicável, assombrosa, de tocar no íntimo dos seus leitores. Neste caso, August é um menino sofredor, um menino que somente deseja ter um rosto normal, uma vida normal. Mas, ainda assim, é uma criança que não deixa de ser compassiva e aceite de si mesma, alguém que, mesmo não se sentindo incluido, integrado, mesmo tendo medo, não deixa de ser extraordinário. 
Via encontrou, também, um lugar especial no meu coração pela sua atitude de irmã mais velha, de protectora sem igual, de força arrebatadora, de alguém que serve de exemplo, alguém que, mesmo cometendo erros, mesmo tendo consciência de que é afectada pela deformação do irmão, mesmo assim não se deixa ir abaixo, não se deixa ser julgada, não permite alterar, modificar, moldar a pessoa que verdadeiramente é. E Via... Via brilha, Via é resplandecente, é luminosa e é, acima de tudo, um ser, uma personagem abençoada em tantas formas, em tantos meios, que será impossível passar despercebida. 

De cariz mais secundário, existem três outras vozes merecedoras de referência, seja pela simplicidade e amizade que oferecem, ou pelo egocentrismo e crueza, barbaridade, com que encaram o que é «diferente», o que é desconhecido. 
Jack é o protótipo ideal de um amigo fiel, de um amigo, um companheiro de aventuras, de trabalho, que está ao nosso lado para nos apadrinhar, nos ajudar e divertir. Contudo, não deixa de ser uma criança, um jovem, e, por isso, encontra-se sujeito às influências das «más» parcerias, do engano, do que é dito ser certo, ser correcto, numa comunidade estudantil. Já Summer, por seu lado, é precisamente como o seu nome indica - um verão quente mas refrescante, significativo mas moderado, uma brisa revolucionária e intelectual. Uma rapariga que não olha ao que os outros dizem, pensam ou fazem, e que não resiste a unir-se a August numa amizade improvável mas que deixará marcas para todo o sempre de ambos. Por fim, Justin. Odioso, cruel, mau. Um jovem feio por dentro, podre, que só se sente bem quando consegue atingir os mais fragilizados, os que não têm meios de defesa, de luta. Um miúdo arrogante, mimado - como muitos hoje em dia - que só vem provar que, não só a educação recebida em casa, pelos pais, é determinante no crescimento e atitudes pessoais como também, e acima de tudo, que a malícia, que a desumanidade e a frieza é passível de existir nos mais pequenos, nos mais «inocentes», e não somente nos adultos. 

Pessoalmente, eu adorei este livro. Amei estas personagens, as suas fraquezas, as suas buscas. Sofri com elas, batalhei ao lado delas, aprendi frente a elas e penso que tudo isso se nota. Não só Milagre foi uma leitura agradável, inesperada é certo, que me rejuvenesceu, me abriu os olhos para uma outra faceta da humanidade, da sociedade, como igualmente foi uma aprendizagem que me marcou, me revoltou, me emocionou, me fez ser alguém diferente, mais atento, mais cuidadoso, mais benevolente. Um livro que quero ler outra vez, um dia mais tarde, quando a certeza da bondade se tornar volúvel, inconstante no meu pensamento, no meu coração. Um romance lindíssimo, com uma carga emocional magnífica e uma linguagem tão simples, tão marcante, tão encantadora quanto mágica, quanto poética. Uma leitura que pode - e irá, certamente - ser desfrutada por qualquer idade, qualquer tipo de leitor, qualquer curioso que não resista a um relato impressionante de uma realidade que poderia muito bem ser a nossa. 

E para mim, é precisamente isso que a Livros com Sentido significa, simboliza. Uma colecção singular, especialmente tocante, emotiva. Uma colecção que aborda temas do real, temas polémicos e que, mais cedo ou mais tarde, têm de ser folheados, têm de ser interiorizados, assistidos. Estas são apostas, são livros e histórias que comovem e entusiasmam, que fazem chorar e fazem rir, que permitem ir mais além, mais longe, conhecer mais, crescer mais. Sem dúvida, uma colecção que me faz sempre ansiar pela próxima publicação, pela próxima aventura surpreendente, que me faz comover, impressionar em cada livro, em cada linguagem, em cada retrato. Uma colecção... única. Perfeita. Verdadeiramente excepcional. 
Mais uma excelente aposta da ASA, numa chancela de histórias que têm sentido, que servem um propósito e que ficam connosco para a vida. Irrepreensivelmente brilhante, numa narrativa que se traduz num forte, muito forte candidato ao meu top 10 deste ano. Adorei. 

Novidade ASA - "Irmãs de Verão", Judy Blume


Uma história inesquecível de duas mulheres e das amizades que definem uma vida.

Título: Irmãs de Verão
Autoria: Judy Blume
N.º Páginas: 352

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,90€

Sinopse: Vix Leonard tem doze anos quando conhece a estonteante e temerária Caitlin Somers. À medida que os dias de aventuras ousadas dão lugar a noites de descobertas íntimas, Vix e Caitlin aproximam-se ainda mais, graças às dificuldades do processo de crescimento, ao refúgio na sensação de pertencerem a alguém e ao pacto de Nunca Serem Vulgares... Até ao verão arrasador em que um rapaz da terra altera tudo. 
Anos mais tarde, a vida separa-as, mas a marca da amizade que as uniu mantém-se. Quando Caitlin pede a Vix que regresse a Martha's Vineyard para o seu casamento, Vix sabe que não se recusará a ir. Quer compreender o que aconteceu nesse verão em que tudo foi destruído... e porque é que a sua melhor amiga ainda tem o poder de lhe partir o coração. 

Sobre a autora:
Os vinte e três romances escritos por Judy Blume, incluindo os bestsellers do New York Times que foram Wifey e Smart Women, venderam mais de oitenta milhões de exemplares em todo o mundo e foram traduzidos para vinte e seis idiomas. 
Judy Blume passa os seus verões em Martha's Vineyard com a família. 

Imprensa:
«Quente como uma brisa de verão, tão nostálgico como uma balada de James Taylor. Lembram-se? Judy Blume também se lembra. Como era doce.»
Chicago Tribune

«Uma história excepcional e enternecedora que consegue deixar o leitor a rir e a chorar... por vezes em simultâneo... Blume cria uma maravilhosa tapeçaria de personagens.»
The Denver Post

«Ela captura na perfeição a amizade antiga entre mulheres. Os personagens de Blume ficam connosco depois de acabado o livro, provando assim o seu talento como escritora.»
The Seattle Times

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Passatempo "Milagre", de R. J. Palacio


Em colaboração com a ASA/Livros com Sentido, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar do maravilhoso livro Milagre, da autoria de R. J. Palacio.

Para participar e se habilitar a ganhar este fantástico livro, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios. 
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo!


As respostas às questões podem ser encontradas aqui e/ou aqui!


Regras do Passatempo:

1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 19 de julho (quinta-feira).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio, de exemplares enviados.



Boa sorte!

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