segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Avozinha Gângster, David Walliams [Opinião]




Título Original: Gangsta Granny
Autoria: David Walliams (com ilustrações de Tony Ross)
Editora: Porto Editora
N.º Páginas: 256


Sinopse:
O nosso herói, Ben, adormece só de pensar que tem de ficar em casa da avó. Que seca! É a avozinha mais aborrecida de sempre: só pensa em jogar jogos de tabuleiro e comer sopa de couve. Mas há dois segredos que Ben desconhece:

• A sua avozinha é uma famosa ladra de joias.
• E toda a vida sonhou roubar as Joias da Coroa inglesa, e agora precisa da ajuda de Ben…


Opinião:
Adoro uma boa história intemporal — seja porque as suas páginas me levam à nostalgia do passado, seja porque o seu conteúdo narra, de forma simples e harmoniosa, uma verdade comum, uma acção palpável e concreta. Estas histórias tão especiais tendem, muitas vezes, a encontrar-se em livros direccionados para os mais jovens, para aqueles que ainda lutam contra a inevitabilidade do crescimento, contra a perda da inocência e contra a consciência dos actos. Avozinha Gângster será, certamente, uma obra divertida para os mais pequenos, recheada de sentimentos partilhados e gargalhadas felizes, mas para aqueles que se aventurarem por estas páginas com uma maturidade diferente, mais robusta, mais patente, então não somente os sorrisos serão uma certeza, quanto a reflexão sobre aqueles momentos passados com os mais velhos, com os pais, ou os avós, ou os bisavós, tornar-se-ão uma análise constante, numa digestão das traquinices, dos bons e dos maus momentos, e de todos os erros que, enquanto outrora jovens, cometemos para com essas pessoas que tanto amamos.

As linhas narrativas que perfazem esta história não poderiam ser mais simples — Ben é um jovem rapazito de onze anos que tem de ficar em casa da avó sempre que os seus pais, obcecados por um programa televisivo sobre danças de salão, têm de se ausentar de casa. O problema de Ben é que a sua avó não poderia ser mais aborrecida — de cabelo grisalho, dentes falsos e uma paixão louca por couve, nada há mais que fazer na sua casa que não jogar Scrabble e comer couve a todas as refeições (sopa de couve, quiche de couve, tudo e mais alguma coisa de couve). Mas a avó de Ben esconde um segredo... e esse mistério, envolto numa caixa de jóias que Ben encontrou por acaso, será o factor que unirá, com laços muito fortes, estas duas personagens.

As ilustrações de Tony Ross são maravilhosas, o que proporciona um toque muito próprio ao livro. Através delas o leitor é capaz de visualizar, ainda com maior certeza, todos os pequenos pormenores que fazem de Ben e da sua avó figuras tão absolutamente únicas. O diálogo de David Walliams é, igualmente, uma componente forte e muito interessante, dissertando, entre a leveza e a seriedade, o que de melhor existe nos laços familiares, e o que de pior se pode encontrar no alheamento das pessoas enquanto indivíduos. A escrita deste autor é muito boa, assertiva e inteligente, perfeita para os mais pequenos, mas também para os adultos é algo de peculiar e único.

Os temas que Walliams aborda podem parecer algo comuns e superficiais de início, mas não esquecendo que esta é, efectivamente, um livro para crianças, o que qualquer leitor mais graúdo tem de ter em mente é que por entre as levianas linhas de texto se encontram mensagens universais. Mensagens que o vão fazer pensar, e o vão fazer querer mudar.
Avozinha Gângster trata-se de um daqueles livros visualmente extraordinários que são excelentes para se ler aos mais pequenos antes do deitar. Trata-se de um livro que visa criar laços, não só na narrativa, entre Ben e a sua avó, mas também na vida real. Para Ben a sua avó transformou-se numa outra pessoa, numa heroína dos seus contos de diabrura, quando descobriu que esta era uma ladra de jóias, e foi no trespassar dessas histórias da juventude da sua avó, que o fascínio verdadeiramente se manifestou. Mas nem sempre as avós são aquilo que dizem aos netos, embora, numa constante, façam tudo e atravessem qualquer adversidade por eles, e é precisamente aí, nesse exacto ponto, que se encontra a beleza deste livro. Foi uma leitura muito especial, e ternurenta, e nostálgica para mim.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Recomendações Literárias #3



Ah, que já só faltam meros dias para o Natal! 

Para aqueles que ainda não compraram os presentes todos, espero que encontrem nesta minha última publicação de recomendações literárias algo que os interesse e suscite curiosidade. Dentro do género da fantasia, distopia e pós-apocalíptico, trago-vos hoje uma selecção bem singular e que, pelo menos a nível pessoal, é, sem sombra de dúvidas, muito, muito boa.
Se quiserem visitar o post das recomendações de young adult contemporâneo, new adult e middle grade, sigam este link; mas se preferirem dar uma espreitadela aos romances adultos do contemporâneo, erótico, histórico e época, sigam antes este link


Um livro que é um absoluto estrondo de emoções, de sensações e histerismo. A 5ª Vaga é um dos meus favoritos do ano e, como pós-apocalíptico que é, não poderia faltar nesta lista. Cassie, a nossa protagonista, é do mais vibrante e intenso possível, e as adversidades por que passa, em conjunto com a escrita encantatória do autor, tornam este livro num obrigatório a ler.

Esta é uma daquelas obras da distopia que deveria de fazer parte do sapatinho de todos os apaixonados por livros. Inteligente, bombástico e diferente, Puros retrata um mundo destruído que viu na metamorfose dos elementos e da natureza uma réstia de esperança. Monstruoso e provocador, esta é uma história que não vão querer perder.

Como nada do que tive o prazer de ler até agora, Gata Branca destaca-se pelo seu sentido de novidade, frescura e arte mágica. A forma como Holly Black explora a potencialidade sobrenatural desta história é fantástica, e as várias nuances mafiosas que personificam as figuras desta trama, assim como todos os pequenos e importantíssimos pormenores que vão sendo tecidos ao longo da narrativa, fazem deste livro um presente fantástico!

Outro dos favoritos do ano, Legend destaca-se pela simplicidade com que Marie Lu descreve o seu mundo distópico e as suas personagens complexas. A cumplicidade que existe entre os dois protagonistas é maravilhosa, e as surpresas que vão surgindo ao longo da história são outra das componentes fortes deste começo de trilogia.

Se existe um livro verdadeiramente especial, e único, e extraordinário dentro da fantasia, então esse livro é O Nome do Vento. A viagem de Kvothe não tem precedentes e as figuras que vai conhecendo e encontrando ao longo da sua demanda e aprendizagem são do mais peculiar e, no entanto, interessante que há.

Recomendar Divergente é como recomendar Os Jogos da Fome, no entanto, por a primeira ser a trilogia que li, por completo, até ao momento, é a que figura nesta lista. O mundo criado por Veronica Roth é magnífico, e sem igual, e extremamente curioso. Uma trilogia, e um primeiro volume, que valem muito a pena.

Um reconto ultra moderno, e com cyborgs, que veio revolucionar a conhecidíssima história da Cinderela. Cinder mantém-se no topo dos meus livros favoritos e, por isso mesmo, tinha de o recomendar. Único, altamente surpreendente e incrível, este livro é espectacular, e viciante, e um autêntico bálsamo para a alma. A não perder.

Tendo como pano de fundo a mitologia grega, Predestinados é o começo de uma trilogia fantástica que, sem dúvida, irá agradar a um vasto leque de leitores. Com deuses e semideuses, Josephine Angelini criou um delicioso emaranhado de lendas, e mitos, e adaptações modernas que é absolutamente fabuloso.

Indo buscar a temática dos colégios internos, A Floresta Mecânica é um daqueles livros que passou um bocadinho despercebido mas que é tão, mas tão bom. Enigmática, rebelde e controladora, esta história está imensamente bem construída e é uma pena que mais pessoas não a conheçam. Por isso mesmo, tinha de figurar nestas recomendações.

Um começo profundamente brilhante, Sob o Céu que Não Existe é perfeito para os fãs de ficção científica que procurem algo leve e diferente. As personagens principais são de tirar o fôlego e o mundo retratado por Rossi, sem igual. Altamente recomendado.

Por fim, deixo-vos com Raptada, o início da trilogia O Jardim Químico que viu ser lançado o terceiro e último volume no passado mês de Novembro. A escrita de DeStefano é fantástico, assim como a sua imaginação para criar realidades intricadas, e as suas personagens são enigmáticas e profundamente tocantes.

Espero, então, que estas minhas recomendações literárias tenham sido úteis na compra das vossas prendas de Natal — ou na conclusão das vossas wishlists. O propósito principal era mostrar-vos algumas das excelentes obras que se encontram actualmente no mercado, tanto a nível de novidades como de livros um pouco menos recentes, e para aqueles que não as conhecem, ajudar então a abrir os vossos horizontes.

Boas Leituras & Boas Festas!

sábado, 20 de dezembro de 2014

Passatempo Especial Natal — A minha outra metade, de Marianne Kavanagh


Chegou, finalmente, o dia de vos trazer mais um passatempo de Natal, de modo a alegrar esta época festiva. E como não há nada melhor que um pouco de magia em tempos natalícios, e que uma capa com inspirações invernais (ou, assim, mais ou menos), aqui fica ele.

Com o maravilhoso apoio da Topseller, o Pedacinho tem o prazer de oferecer um exemplar de A minha outra metade, de Marianne Kavanagh. Um romance divertido que explora os afectos e o conceito de alma gémea como nenhum outro.

Para se habilitarem a receber este fantástico prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios e, como já vem a ser habitual, que sejam seguidores do blogue.

As respostas às perguntas podem ser encontradas aqui, no blogue, ou aqui, no site da Topseller.


Regras do Passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 2 de Janeiro (sexta-feira).
3) Só é válida uma participação por pessoa e/ou email.
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado do mesmo será anunciado no blogue.
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte!



quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Recomendações Literárias #2



O prometido é devido!

E por isso trago-vos, hoje, as minhas recomendações literárias natalícias dentro do romance adulto. Vão encontrar de tudo um pouco, desde livros que foram lançados este ano a romances que já figuram nas prateleiras há algum tempo mas que não podem, de todo, ser esquecidos. Espero que, por entre a lista que se segue, esteja algum título que vos desperte a atenção — e já sabem, se clicarem no título do livro que se encontra escrito algures no texto, podem ter acesso às opiniões publicadas aqui no blogue sobre os mesmos. 


Sendo o meu favorito até ao momento, dentro do romance de época tinha de recomendar A Grande Revelação, de Julia Quinn. Os Bridgerton são das famílias mais cómicas, divertidas e excêntricas que conheço, dentro do género, e seria uma pena vocês não se deixarem deliciar por esta fabulosa série dos tempos da Regência Inglesa. Muito, muito bom.

Também dentro do romance de época, Madeline Hunter é outro dos nomes que guardo perto do coração. Os seus livros são enigmáticos, apaixonantes e, sem dúvida, viciantes pelo que Mil Noites de Paixão seria, somente, um excelente acréscimo caso este seja um género literário do vosso agrado.

Não existem muitos romances eróticos que eu diga: gostei e recomendo! A Submissa, de Tara Sue Me, é dos meus favoritos e daqueles que, caso tivesse de ler uma segunda vez, não hesitaria em fazê-lo. O papel de submissa/dominador está excelentemente bem explorado e toda a componente de menina inocente que cai nas agarras de homem sedutor não se encontra nestas páginas uma das razões pela qual gostei tanto. Caso ainda não conheçam, é um título certamente a explorar. 

Esta é uma das novidades deste ano — algo que não encontrarão muito por aqui, nestas recomendações — e que não poderia deixar de parte. Envolvidos tanto pode ser categorizado como um romance contemporâneo como um romance erótico pelo que acho que é de lhe se dar uma hipótese. Emma Chase inverte os papeis no que diz respeito à narração e, pela primeira vez, encontramos o nosso galã como protagonista. Diferente, e muito, muito bom.

Já li este livro há alguns anos e mesmo assim ainda me recordo dele, como se fosse ontem. Leila Meacham é uma escritora fantástica, que faz o leitor voar por entre as páginas dos seus livros, e este seu Rosas é dos melhores romances históricos que tive o prazer de ler. Extremamente bom.

Se gostam ou sentem-se intrigados pela história de Romeu e Julieta, então acreditem em mim quando digo que vão querer ler este livro. Julieta, de Anne Fortier, trata-se de um romance histórico como nunca li. Ligando a narrativa destes amantes da literatura com as nuances e descobertas da personagem principal, e tendo como pano de fundo as belas ruas de Siena, esta é uma história singular e muito, muito aconchegante.

Procuram um romance de cariz histórico com uma pontada de contemporâneo? Então O Segredo de Sofia é a escolha perfeita! Susanna Kearsley tem das escritas mais belas que já tive o prazer de ler e as suas histórias são sempre um intricado de romance com história. Um excelente livro.

Um dos meus livros favoritos de todo o sempre, Quando Sopr@ o Vento Norte é um livro que espero reler, e reler, e reler, e por isso mesmo é que se encontra aqui. Moderno e baseado na troca de emails, Daniel Glattauer explora os afectos entre dois personagens que tanto têm a partilhar online quanto o deveriam pessoalmente. Altamente recomendado por mim.

Querem um romance leve, interessante e que vos faça rir? Então espreitam a obra de David Safier. Dos três livros que se encontram actualmente publicados em terras lusas, Maldito Karma é o meu preferido – admito que tal possa ser por ainda não ter terminado o terceiro, mas pronto. Se pensam que as coisas más só vos acontecem a vocês, então esperem até lerem a inacreditável jornada de Kim Karlsen.

Capaz de fazer qualquer leitor verter lágrimas, Anna McPartlin é fenomenal e Estarás Sempre Comigo é dos meus romances favoritos da autora. Moderno, com uma escrita poética quanto simples, e pegando em temáticas difíceis e sofredoras, este é um daqueles livros que vão querer ler junto da lareira ou na companhia de um chocolate quente. Muito bom.

Não podia terminar esta lista de recomendações sem referir Sarah Addison Allen. Todos os livros desta autora são pura magia, mas O Jardim Encantado é dos que mais... encanta com a sua macieira mágica e as suas personagens únicas. Um livro que não podem deixar passar ao lado.


E estas são as minhas recomendações — para ofertas de natal a pessoas importantes para vocês ou para vocês mesmos — dentro dos géneros romance de época, romance erótico, romance histórico e romance contemporâneo. Espero que algum — ou muitos — destes títulos figurem nos presentes da vossa árvore de natal, e no fim de semana podem contar com as recomendações para fantasia e distopia young adult — para aqueles que, como eu, deixam a compra das ofertas de Natal para a última da hora.

Boas Leituras & Boas Festas!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A Grande Revelação, Julia Quinn [Opinião]




Título Original: Romancing Mister Bridgerton (Bridgertons #4)
Autoria: Julia Quinn
Editora: Edições ASA
N.º Páginas: 376

Sinopse:
O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz.
P.S.: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina.


Opinião:
Que nem um autêntico bálsamo para a alma, esta belíssima história de amor passada durante os tempos áureos da Regência Inglesa é, sem qualquer sombra de dúvidas, uma obra que fará as delicias de qualquer leitor — deslumbrando-o com as suas festas majestosas, vestidos pomposos e poses delicadas. Julia Quinn é já uma presença assídua na minha estante — e na minha vida de leitora — e esta sua Grande Revelação não poderia ter sido mais maravilhosa, emocionante e... inesperada. É nestas páginas que descobrimos, finalmente e ainda que com algum pesar, a identidade de tão enigmática e altamente popular figura, Lady Whistledown, ao mesmo tempo que vemos o desabrochar de um amor que se faz sentir há mais de uma década, e que sempre se julgou impossível de concretizar.

Penelope Featherington é, possivelmente, das personagens femininas mais estimadas e adoradas por entre todo o leque imaginário de Quinn. E Colin Bridgerton, enquanto galã de sorriso fácil e intenso olhar verde, não lhe fica, nem um pouco, atrás. Juntar estes dois intervenientes como casal protagonista de um enredo somente pode ser indicativo de um romance explosivo, absolutamente hilariante e de vício rápido. Encantada pelas nuances narrativas deste que é o quarto volume da série Bridgertons, vi-me perdida em igual medida entre a paixão de Penelope e a distracção de Colin, e o ritmo provocador pela aproximação da grande revelação que esta trama acolhe. Como se tudo isto não fosse suficiente, foi igualmente muito bom presenciar um lado diferente, mais artístico e preocupado, de Colin, e uma faceta protectora, extremamente amigável e feminina de Penelope. Juntos, estas duas personagens fazem o par ideal.

Não é novidade alguma o carinho que nutro por esta série de época, e por esta autora que, para mim, é incomparável. A sua escrita é tão extraordinária e deslumbrante, os seus diálogos são tão inspiradores e assertivos, e as suas descrição são tão reais e palpáveis que não há como não me deixar levar por uma antiguidade que não conheci mas que tão fortemente desejo desvendar de toda e cada vez que percorro as páginas de um dos seus romances. Os sorrisos são tão fáceis com esta autora, o riso é algo natural e o sentir de um coração apertado uma sensação constante, vibrante e muito, muito aconchegante. Para mim, ler um romance de Quinn — principalmente se for dedicado à família Bridgerton — é como desfrutar de um chocolate quente, em frente de uma lareira, com o correr da chuva lá fora e o conforto de uma manta soalheira. Não há nada melhor.

Como o meu grande favorito até ao momento, A Grande Revelação deixa o entusiasmo e as expectativas muito em alta para o volume que se segue, já publicado em terras lusas — Para Sir Phillip, Com Amor — e que vai pegar num dos muitos pormenores feiticeiros desta obra. Colin permanece como o meu Bridgerton de eleição, mas também Eloise arrecadou um pedaço do meu coração pela sua personalidade irreverente e espírito selvagem, assim como Penelope. Penelope surpreendeu-me em absoluto, e a descoberta da real identidade de Lady Whistledown veio, somente, intensificar o carinho e fascínio que nutro por tão misteriosa personagem. A Grande Revelação não poderia ter sido mais intricada, mais bela e mais cativante. Adorei. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Recomendações Literárias #1



Já fizeram as vossas comprinhas de Natal?

Ainda não? Então perfeito!
Hoje trago-vos algumas recomendações literárias natalícias — ainda que não directamente ligadas à temática/época festiva — dentro do contemporâneo jovem-adulto. Todos os livros que se seguem encontram-se publicados em terras lusas, o que quer dizer que só têm de correr à livraria mais próxima para os agarrar! E seja para oferecer como presente a vocês mesmos ou a um amigo ou familiar, somente desejo que nesta pequena lista de livros encontrem um ou mais títulos que seja/m do vosso agrado ou que, na pior das hipóteses, vos suscite algum interesse ou vos deixe curiosos.


Aos que esperam verter uma ou outra lágrima com um bom romance young adult contemporâneo, A Culpa é das Estrelas, do excêntrico John Green, é uma recomendação que vos faço sem quaisquer restrições.
Muitos já o leram e se deixaram apaixonar por estas páginas — pelas personagens únicas, e fortes, e belissimamente delicadas, e pelo modo como o autor retrata o amor jovem. Muitos já viram, também, a adaptação cinematográfica, com o mesmo nome, que foi lançada este Verão... mas esta minha recomendação vai para todos aqueles que ainda não folhearam esta história. Por favor, não o deixem de fazer ou oferecer. 

Elegante. Melódico. Acolhedor.
Se Eu Ficar, de Gayle Forman, trata-se de um romance, igualmente adaptado ao grande ecrã este ano, que retrata uma história extraordinária sobre o poder das nossas escolhas, sobre o amor que flui entre a família e amigos e sobre o que é que nos faz verdadeiramente felizes. Outro que recomendo sem restrições. 

Que surpresa. Que livro apaixonante, e encantador, e cheio de pequenas pérolas de carinho. Gostei imenso de A Todos os Rapazes que Amei, de Jenny Han, e gostava que muitas mais pessoas se deixassem levar por estas páginas. Esta autora é extremamente suave com as palavras, atenta com as personagens e exímia no retrato do comum. Uma prenda perfeita.

Antes de Vos Deixar é o melhor livro de Lauren Oliver – e disso não tenham dúvida. Seguindo o mesmo tipo de história/género de A Culpa é das Estrelas e Se Eu Ficar, este romance do contemporâneo é enternecedor, sufocante e muito, muito bom. Se nunca leram esta autora e têm curiosidade de conhecer a sua obra, então comecem por aqui. 

Este foge um bocadinho ao young adult por ser um middle grade mas acreditem quando digo que qualquer pessoa, de qualquer idade, irá encontrar nesta história uma lição de vida. Milagre, de R. J. Palacio, é um livro com uma mensagem bonita e marcante, que confronta temas delicados e que geram alguma controvérsia – doença, bullying, vontade de se ser normal. Um livro de apertar o coração, e que eu recomendo vivamente. 

Uma obra delicada, tocante e extremamente crua, Corações Gelados, de Laurie Halse Anderson não agradará a todos os leitores mas deixem-me que vos diga que não há leitura mais intensa, sofredora e marcante como esta. Senti raiva, senti alegria, senti medo, senti pena – este livro irá despertar toda uma imensidão de sentimentos e emoções e é precisamente por isso, e por alertar para a bulimia e para a anorexia, que o recomendo.

Querem uma leitura verdadeiramente rica em afectos, e momentos elegantes, e amores poéticos? Então peguem em Anna e o Beijo Francês, da deslumbrante Stephenie Perkins. Este é um livro delicioso, que leva o leitor para o seio de uma das mais belas cidades da Europa, Paris. Um dos romances mais fofos e ternurentos que tive o prazer de folhear. Altamente recomendado.

Mais uma vez fugindo ao young adult e indo para um contemporâneo new adult, ou seja, direccionado a um público ligeiramente mais velho, este é um livro que tanto tem de doce quanto de amargo. Um Caso Perdido - Hopeless, de Colleen Hoover, é uma narrativa que irá surpreender pela profundidade das personagens, e pelos pormenores que a tornam especial.

Para terminar, deixo-vos Quando Éramos Mentirosos, de E. Lockhart. Quanto menos souberem sobre este livro, melhor. Sei que é difícil recomendar, como prenda ou aquisição, um livro cujo conteúdo quero manter secreto, mas acreditem quando vos digo que irão ficar bastante mais surpreendidos com esta leitura se partirem para as suas páginas sem quaisquer ideias preconcebidas do que poderão encontrar. É muito bom, com um estilo de escrita único e muito gráfico, e uma personagem principal absolutamente espectacular.


E pronto, estas são algumas recomendações que vos deixo dentro do contemporâneo YA (young adult) NA (new adult) e MG (middle grade). Espero que entre esta pequena lista se encontrem títulos que ainda não conheçam, ou ideias perfeitas para oferecerem no Natal.

Ainda esta semana publicarei as recomendações de contemporâneos adultos, romances de época e fantasia/distopia YA. Se houver mais algum género que gostariam de ver aqui no blogue, com recomendações, não hesitem em dizer.

Boas leituras & Boas Festas!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Insurgente [Poster + Trailer Oficial]



Tinham prometido o lançamento mundial do trailer durante os anúncios de Mockingjay (Os Jogos da Fome – A Revolta) nas salas de cinema. Uns dias mais tarde, surgiu um teaser trailer... que muito deixou a desejar por retratar uma cena que, aparentemente — confesso que a minha mente já está um pouco enublada no que diz respeito ao conteúdo de Insurgente —, não consta no livro.
Hoje, finalmente, por entre quase uma semana de expectativa, de stills que somente visavam deixar água na boca, e de mais um teaser trailer que não veio, em nada, ajudar à ânsia pela qual os fãs da série já passavam... eis que surge o trailer oficial. 


Insurgente, com estreia marcada para Março, já tem algo mais a oferecer às multidões que seguem estes livros, e estes filmes, como a uma religião. Insurgente apresenta, em cerca de dois minutos de vídeo, o que muitos queriam ver, o que muitos receavam que acontecesse, e o que muitos fervorosamente aguardam. Se dá uma aparência de fidelidade às páginas que compõe esta história, lamento dizer que... ainda não sabendo ao certo, penso que não — irei, sem dúvida, reler a obra antes da estreia no cinema —, mas que está espectacularmente enquadrado, belissimamente representado e epicamente vibrante, isso está. Que venha Março. Que venha o filme.

A Minha Outra Metade, Marianne Kavanagh [Divulgação]


Se toda a gente tem uma alma gémea, onde estará a sua?

Título Original: For Once in my Life
Autoria: Marianne Kavanagh
Editora: Topseller
N.º Páginas: 304
PVP.: 17,69€

Sinopse
Tess e George podem muito bem ser as duas metades de um casal perfeito. 
Conheça a Tess. Uma rapariga jovem, obcecada por roupas vintage, presa a um trabalho que detesta. Desde a faculdade que namora com o maravilhoso, escultural e bem-sucedido Dominic, e tem um apartamento fantástico que partilha com a sua melhor amiga, Kirsty. Mas se a sua vida pessoal corre assim tão bem, porque é que se sente destroçada sempre que lhe perguntam pelo futuro? 
Conheça o George. Um músico de jazz brilhante, que passa quase tanto tempo a resolver as discussões entre os membros da sua banda, como passa com o seu pai enfermo. Pelo caminho, tenta corresponder às altas expectativas da sua melhor corretora, com quem nunca deveria ter casado. Para um tipo que sempre acreditou no romance, o lado prático e deprimente da vida dos vinte e tais é para ele um choque. George procura algo mais, e alguém especial. 
Se ao menos os seus caminhos se cruzassem? 
Siga Tess e George ao longo de uma década de maus namoros, jantares e festas caóticas, aniversários mágicos, empregos sem saída, relações desiguais, e muitos recomeços. A Minha Outra Metade é uma comédia moderna de costumes, de amizades e de desencontros, deliciosamente inteligente. 

Sobre a autora
Marianne Kavanagh foi directora da edição britânica da revista Marie Claire e colaborou com diversos jornais, revistas e sites, incluindo o Daily Telegraph e The Guardian. Vive actualmente em Londres e escreve uma coluna semanal sobre parentalidade para o site Parentdish. 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Bookish Cuties #2



Já lá vai bastante tempo desde a última — que, por sinal, foi também a primeiro — publicação desta rubrica. Perdoem-me!
Não é que não tenha maravilhas literárias para vos mostrar — dessas não faltam cá por casa, acreditem — é mesmo por este tipo de posts requerer um pouco mais de tempo, cuidado e trabalho que, nem sempre, tenho disponível em mãos. Mas deixemo-nos de frases tristes — isto porque tentarei, como seria de esperar, ser um pouco mais assídua na publicação de Bookish Cuties.


Hoje trago-vos a edição limitada de coleccionador do romance contemporâneo Fangirl, da autoria da brevemente conhecida em terras lusas, Rainbow Rowell.
Para os adeptos de leituras no original, tenho quase a certeza de que esta belíssima edição não é nenhuma novidade, mas aos que ainda não se aventuraram por esses universos, ou têm curiosidade mas gostariam de ter uma melhor percepção do que é uma edição especial, hardcover, de um livro em inglês, aqui fica este post.


Confesso-me louca por edições de capa dura. Para além de serem de uma beleza estonteante, são livros com uma maior durabilidade quando comparados com os paperbacks, que não só tendem a ser mais pequenos em tamanho, como o próprio nome indica, a capa é feita de papel maleável.
Quanto a este hardcover em particular, deixem-me que vos diga que estive bastante tempo para o comprar. Não é que não o adore — pois adoro —, nem que não tenha curiosidade — porque estou a morrer dela — mas, sendo uma special collector’s edition o que muitas vezes acontece, caso a pessoa não adquira o dito livro logo de início, é que este entra em temporárias vias de extinção. Umas vezes há, outras vezes não há.


Ainda não li nada de Rainbow Rowell — este tipo de situações são uma constante na minha aquisição de livros com capas bonitas —, mas encontro-me neste momento por entre as páginas de Eleanor & Park, que irá brevemente ser publicado em português, e este Fangirl será, igualmente, uma leitura a ser folheada muito rapidamente. Agora, digam-me lá que esta edição não está espectacularmente perfeita?


Esta vossa leitora está a organizar uma leitura conjunta deste mesmo livro, Fangirl, com início para Janeiro. Não importa que não tenham esta edição, ou mesmo que não possuam este livro em formato físico — os ebooks são mais do que bem-vindos! Se gostariam de participar, ou têm curiosidade com o conceito, sigam este link, aqui, e juntem-se a mim!

domingo, 7 de dezembro de 2014

A Todos os Rapazes que Amei, Jenny Han [Opinião]




Título Original: To All the Boys I’ve Loved Before (To All the Boys I’ve Loved Before #1)
Autoria: Jenny Han
Editora: Topseller
N.º Páginas: 272


Sinopse:
«Guardo as minhas cartas numa caixa de chapéu verde-azulada que a minha mãe me trouxe de uma loja de antiguidades da Baixa. Não são cartas de amor que alguém me enviou. Não tenho dessas. São cartas que eu escrevi. Há uma por cada rapaz que amei — cinco, ao todo.
Quando escrevo, não escondo nada. Escrevo como se ele nunca a fosse ler. Porque na verdade não vai. Exponho nessa carta todos os meus pensamentos secretos, todas as observações cautelosas, tudo o que guardei dentro de mim. Quando acabo de a escrever, fecho-a, endereço-a e depois guardo-a na minha caixa de chapéu verde-azulada.
Não são cartas de amor no sentido estrito da palavra. As minhas cartas são para quando já não quero estar apaixonada. São para despedidas. Porque, depois de escrever a minha carta, já não sou consumida por esse amor devorador. Se o amor é como uma possessão, talvez as minhas cartas sejam o meu exorcismo. As minhas cartas libertam-me. Ou pelo menos era para isso que deveriam servir.»


Opinião:
Não há, para mim, nada melhor que o aconchego de uma leitura ternurenta e rica em afectos e dilemas românticos adolescentes — principalmente se o dia lá fora se mostrar frio e chuvoso. É absolutamente maravilhoso, uma sensação inebriante até, encontrar histórias que marcam pela desigualdade das personagens, pela beleza e simplicidade da escrita, e pela peculiaridade dos temas abordados — ou, pelo menos, do momento inesperado em que tudo muda. A Todos os Rapazes que Amei é tudo isto e muito, muito mais — uma narrativa impressionista que aborda o comum de forma insigne, sem nunca perder o rumo do que é verdadeiramente importante, e do que todos nós, bem no íntimo, procuramos um dia encontrar.

Amar alguém distante é sofredor — Lara Jean sabe-o melhor do que ninguém. E é por isso que escreve as suas cartas de (des)amor sempre que se apaixona por um rapaz que deseja não mais sentir afecto por. Através da eternidade da tinta, Lara Jean coloca todos os seus sentimentos e emoções no papel, e assim que sela as suas promessas em envelopes simples endereçados a destinatários que nunca as verão, guardando-os na sua caixa de chapéus, a paixão que nutria por essas pessoas extingue-se. Mas e se, num acto de pura surpresa, essas cartas secretas e íntimas chegassem ao seu real destino? Como seria ver no rosto de todos esses antigos enamoramentos a reflexo e consequência das suas palavras?

Jenny Han tem uma escrita muito, muito inteligente — e o seu imaginário não se fica atrás. A forma como entrelaça todas as pequenas e deliciosas peças de um puzzle adolescente de proporções astronomicamente desastrosas é deveras impressionante, o que se traduz num romance divertido, leve e, sem dúvida, perfeito para leitores de corações quentes. As suas personagens são singulares e muito bem trabalhadas, ao mesmo tempo que o seu tom jovial e quase de confidência embala o leitor num percorrer de páginas veloz. As temáticas que discute são, também elas, uma componente atractiva — impopularidade, amores não correspondidos, incompatibilidades fraternais, ausência parental, vinganças levadas a cabo pelo calor do momento, amizades turbulentas e ausência familiar são, somente, alguns dos pontos tocados por Han, e parte do motivo pelo qual tão rapidamente me apaixonei por este livro.

Quanto às vidas que fazem pulsar de entusiasmo esta obra do contemporâneo, Lara Jean foi, para mim, quem mais se destacou e quem acabou por ser uma enorme surpresa. Adorei todas as suas pequenas particularidades — tanto a nível de feitio como de hábitos pessoais — que a transformaram numa personagem não só complexa como completa. A sua personalidade é embriagante e marcada por certos rasgos de genialidade, e a forma como se nota o seu crescimento ao longo do romance — o seu desabrochar para algo que começou como um contrato — é maravilhoso.
Também Josh e Peter K. foram figuras que me tocaram, dentro das personagens masculinas, assim como o pai de Lara Jean. Josh pela sua garra, impulsividade e persistência — mesmo perdendo, ainda que muito ligeiramente, o rumo dos seus sentimentos —, Peter pela novidade que oferece à trama e pela forma como encara a sua situação com Lara Jean, e o pai da nossa protagonista pelo carinho, dedicação e amor que demonstra, numa constante, ter pelas filhas.

Dizer que gostei muito de A Todos os Rapazes que Amei é um eufemismo. Estas páginas fizeram-me as delicias, encheram as minhas tardes de alegria e perpetuaram um sorriso carinhoso nos meus lábios. Muito possivelmente um dos melhores romances do contemporâneo young adult que li este ano — é deslumbrante a esse ponto! E deixem-me que vos diga que mal posso esperar pela continuação, que se chamará P. S. – Ainda te Amo, e que a Topseller já prometeu publicar em 2015 (previsão: Novembro). 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Entre as Páginas de... #8


... Black City, de Elizabeth Richards.


Acreditem que não é exagero quando escrevo aqui que, neste momento, me encontro entre as páginas de 4 livros diferentes (5, até, talvez?). Parece muito — é muito, na verdade — mas é algo que me acontece quando determinada leitura não me está a agarrar por aí além — agora imaginem a determinada leitura multiplicada por quatro!

Para o Entre as Páginas de hoje escolho Black City, de Elizabeth Richards. Infelizmente, esta é uma obra do sobrenatural (uma distopia vampírica) que ainda não se encontra publicada por terras lusas — mas cuja trilogia já se encontra completa no original —, mas assim que me chegou às mãos, esta manhã por sinal, não tive como resistir a pegar-lhe — além de que a edição ao vivo é linda, com aquela sensação de capa emborrachada. Continuando... tenho imensas saudades de ler um livro sobre ou com vampiros, e este pareceu-me o ideal por misturar um outro género que também adoro — a distopia. Ainda vou muito no início — o dia hoje não está a ser muito produtivo em leituras uma vez que o trabalho é imenso e aperta — mas, do que li até agora, estou a gostar. Tem uma vibe diferente, uma ambiência obscura e opressiva, com um pouco de experimentação científica pelo meio.

E vocês, que páginas devoram neste momento?

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

As Páginas Percorridas em Novembro



Sabem quando estão à espera que um mês seja excelente em (quantidade) de leituras, e depois chegam à contagem final e depararam-se com um número bem inferior ao que tinham planeado? Outubro foi um mês mau e embora Novembro tenha sido bastante melhor, até em termos de qualidade, ainda assim não foi suficiente — maldita reading slump que me atacou nos últimos dias do mês! Ainda assim, consegui devorar seis livros... o que não foi mau mas também não foi excelente.

Este é, para mim, uma das grandes surpresas do ano. Já andava para pegar na obra de Rick Yancey há bastante tempo mas desmotivada pela temática alienígena — que não é, de todo, a minha praia — acabei por adiar, e adiar, e adiar mais um bocadinho... até agora. Deixem-me que vos resuma este livro numa só palavra: WOW! Curiosos? 

Não sei se estão recordados mas aqui há uns tempos — um ano, dois talvez? — publiquei a opinião deste livro em inglês. Com a publicação de A Seleção por parte da Marcador, foi-me dada a oportunidade de voltar a reler esta história e sim... continuo a adorá-la! Uma distopia muito, muito leve com um conceito algo inovador e muito, muito televisivo. Adorava ver esta série adaptada ao grande ou ao pequeno ecrã — é um dos meus guilty pleasures. 

Depois de ter feito um trabalho com a aparição deste espectacular autor e comediante britânico para a faculdade, confesso que a vontade de folhear as suas obras, por mais infantis que sejam, era gigantesca. E graças à Porto Editora isso tornou-se possível — penso que realmente só precisava de um empurrãozito para passar do ‘tenho vontade’ para o ‘é hoje que o vou ler’. Avozinha Gângster foi uma belíssima surpresa, e é também um livro que recomendo vivamente — tanto aos mais novos como aos graúdos. Muito giro. 

Colin Bridgerton — preciso dizer mais? Este quarto volume da série Bridgerton de Julia Quinn foi tudo e ainda mais do que eu poderia alguma vez esperar. Adorei a história de Colin — o meu Bridgerton favorito — e de Penelope. Há qualquer coisa nos romances desta autora que me fascinam em absoluto... e talvez por isso este foi um dos grandes favoritos do mês. 

Protagonista excelente. História excelente. Escrita excelente. Tudo é excelente neste romance contemporâneo. Já antes havia lido uma obra da autora, em co-autoria com Siobhan Vivian, Burn for Burn, e não tinha saído desiludida por isso quando vi que este ia ser lançado por terras lusas não tive como lhe resistir. Opinião em breve. 

Holly Black não é nenhuma estranha na minha estante. Recentemente li o seu Doll Bones — do qual, embora seja mais infantil, gostei bastante — e por isso, quando surgiu a oportunidade de devorar este seu Gata Branca simplesmente não tive como resistir. E uau, que bela surpresa. Gostei imenso pela peculiaridade da história e intensidade do protagonista, e mal posso esperar por ler a sua continuação. Muito, muito bom. Opinião em breve.

E em Novembro foi isto — seis histórias muito boas, seis autores espectaculares e seis mundos que me deram um enorme prazer conhecer. Somente posso desejar que Dezembro seja igualmente bom...

E vocês, que páginas percorrem no penúltimo mês do ano?
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