Título Original: Romancing Mister Bridgerton (Bridgertons #4)
Autoria: Julia Quinn
Editora: Edições ASA
N.º Páginas: 376
Sinopse:
O coração de Penelope Featherington sofre por Colin Bridgerton há... não pode ser!?? ...mais de dez anos? Sim, essa é a triste verdade. Dez anos de uma vida enfadonha, animada apenas por devaneios apaixonados. Dez ingénuos anos em que julga conhecer Colin na perfeição. Mal ela sabe que ele é muito (mesmo muito) mais do que aparenta... Cansado de ser visto como um mulherengo fútil, irritado por ver o seu nome surgir constantemente na coluna de mexericos de Lady Whistledown, Colin regressa a Londres após uma temporada no estrangeiro decidido a mudar as coisas. Mas a realidade (ou melhor, Penelope) vai surpreendê- lo... e de que maneira! Intimidado e atraído, Colin vai ter de perceber se ela é a sua maior ameaça ou o seu final feliz.
P.S.: este livro contém a chave do segredo mais bem guardado da sociedade londrina.
Opinião:
Que nem um autêntico bálsamo para a alma, esta belíssima história de amor passada durante os tempos áureos da Regência Inglesa é, sem qualquer sombra de dúvidas, uma obra que fará as delicias de qualquer leitor — deslumbrando-o com as suas festas majestosas, vestidos pomposos e poses delicadas. Julia Quinn é já uma presença assídua na minha estante — e na minha vida de leitora — e esta sua Grande Revelação não poderia ter sido mais maravilhosa, emocionante e... inesperada. É nestas páginas que descobrimos, finalmente e ainda que com algum pesar, a identidade de tão enigmática e altamente popular figura, Lady Whistledown, ao mesmo tempo que vemos o desabrochar de um amor que se faz sentir há mais de uma década, e que sempre se julgou impossível de concretizar.
Penelope Featherington é, possivelmente, das personagens femininas mais estimadas e adoradas por entre todo o leque imaginário de Quinn. E Colin Bridgerton, enquanto galã de sorriso fácil e intenso olhar verde, não lhe fica, nem um pouco, atrás. Juntar estes dois intervenientes como casal protagonista de um enredo somente pode ser indicativo de um romance explosivo, absolutamente hilariante e de vício rápido. Encantada pelas nuances narrativas deste que é o quarto volume da série Bridgertons, vi-me perdida em igual medida entre a paixão de Penelope e a distracção de Colin, e o ritmo provocador pela aproximação da grande revelação que esta trama acolhe. Como se tudo isto não fosse suficiente, foi igualmente muito bom presenciar um lado diferente, mais artístico e preocupado, de Colin, e uma faceta protectora, extremamente amigável e feminina de Penelope. Juntos, estas duas personagens fazem o par ideal.
Não é novidade alguma o carinho que nutro por esta série de época, e por esta autora que, para mim, é incomparável. A sua escrita é tão extraordinária e deslumbrante, os seus diálogos são tão inspiradores e assertivos, e as suas descrição são tão reais e palpáveis que não há como não me deixar levar por uma antiguidade que não conheci mas que tão fortemente desejo desvendar de toda e cada vez que percorro as páginas de um dos seus romances. Os sorrisos são tão fáceis com esta autora, o riso é algo natural e o sentir de um coração apertado uma sensação constante, vibrante e muito, muito aconchegante. Para mim, ler um romance de Quinn — principalmente se for dedicado à família Bridgerton — é como desfrutar de um chocolate quente, em frente de uma lareira, com o correr da chuva lá fora e o conforto de uma manta soalheira. Não há nada melhor.
Como o meu grande favorito até ao momento, A Grande Revelação deixa o entusiasmo e as expectativas muito em alta para o volume que se segue, já publicado em terras lusas — Para Sir Phillip, Com Amor — e que vai pegar num dos muitos pormenores feiticeiros desta obra. Colin permanece como o meu Bridgerton de eleição, mas também Eloise arrecadou um pedaço do meu coração pela sua personalidade irreverente e espírito selvagem, assim como Penelope. Penelope surpreendeu-me em absoluto, e a descoberta da real identidade de Lady Whistledown veio, somente, intensificar o carinho e fascínio que nutro por tão misteriosa personagem. A Grande Revelação não poderia ter sido mais intricada, mais bela e mais cativante. Adorei.
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