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domingo, 21 de dezembro de 2014

Recomendações Literárias #3



Ah, que já só faltam meros dias para o Natal! 

Para aqueles que ainda não compraram os presentes todos, espero que encontrem nesta minha última publicação de recomendações literárias algo que os interesse e suscite curiosidade. Dentro do género da fantasia, distopia e pós-apocalíptico, trago-vos hoje uma selecção bem singular e que, pelo menos a nível pessoal, é, sem sombra de dúvidas, muito, muito boa.
Se quiserem visitar o post das recomendações de young adult contemporâneo, new adult e middle grade, sigam este link; mas se preferirem dar uma espreitadela aos romances adultos do contemporâneo, erótico, histórico e época, sigam antes este link


Um livro que é um absoluto estrondo de emoções, de sensações e histerismo. A 5ª Vaga é um dos meus favoritos do ano e, como pós-apocalíptico que é, não poderia faltar nesta lista. Cassie, a nossa protagonista, é do mais vibrante e intenso possível, e as adversidades por que passa, em conjunto com a escrita encantatória do autor, tornam este livro num obrigatório a ler.

Esta é uma daquelas obras da distopia que deveria de fazer parte do sapatinho de todos os apaixonados por livros. Inteligente, bombástico e diferente, Puros retrata um mundo destruído que viu na metamorfose dos elementos e da natureza uma réstia de esperança. Monstruoso e provocador, esta é uma história que não vão querer perder.

Como nada do que tive o prazer de ler até agora, Gata Branca destaca-se pelo seu sentido de novidade, frescura e arte mágica. A forma como Holly Black explora a potencialidade sobrenatural desta história é fantástica, e as várias nuances mafiosas que personificam as figuras desta trama, assim como todos os pequenos e importantíssimos pormenores que vão sendo tecidos ao longo da narrativa, fazem deste livro um presente fantástico!

Outro dos favoritos do ano, Legend destaca-se pela simplicidade com que Marie Lu descreve o seu mundo distópico e as suas personagens complexas. A cumplicidade que existe entre os dois protagonistas é maravilhosa, e as surpresas que vão surgindo ao longo da história são outra das componentes fortes deste começo de trilogia.

Se existe um livro verdadeiramente especial, e único, e extraordinário dentro da fantasia, então esse livro é O Nome do Vento. A viagem de Kvothe não tem precedentes e as figuras que vai conhecendo e encontrando ao longo da sua demanda e aprendizagem são do mais peculiar e, no entanto, interessante que há.

Recomendar Divergente é como recomendar Os Jogos da Fome, no entanto, por a primeira ser a trilogia que li, por completo, até ao momento, é a que figura nesta lista. O mundo criado por Veronica Roth é magnífico, e sem igual, e extremamente curioso. Uma trilogia, e um primeiro volume, que valem muito a pena.

Um reconto ultra moderno, e com cyborgs, que veio revolucionar a conhecidíssima história da Cinderela. Cinder mantém-se no topo dos meus livros favoritos e, por isso mesmo, tinha de o recomendar. Único, altamente surpreendente e incrível, este livro é espectacular, e viciante, e um autêntico bálsamo para a alma. A não perder.

Tendo como pano de fundo a mitologia grega, Predestinados é o começo de uma trilogia fantástica que, sem dúvida, irá agradar a um vasto leque de leitores. Com deuses e semideuses, Josephine Angelini criou um delicioso emaranhado de lendas, e mitos, e adaptações modernas que é absolutamente fabuloso.

Indo buscar a temática dos colégios internos, A Floresta Mecânica é um daqueles livros que passou um bocadinho despercebido mas que é tão, mas tão bom. Enigmática, rebelde e controladora, esta história está imensamente bem construída e é uma pena que mais pessoas não a conheçam. Por isso mesmo, tinha de figurar nestas recomendações.

Um começo profundamente brilhante, Sob o Céu que Não Existe é perfeito para os fãs de ficção científica que procurem algo leve e diferente. As personagens principais são de tirar o fôlego e o mundo retratado por Rossi, sem igual. Altamente recomendado.

Por fim, deixo-vos com Raptada, o início da trilogia O Jardim Químico que viu ser lançado o terceiro e último volume no passado mês de Novembro. A escrita de DeStefano é fantástico, assim como a sua imaginação para criar realidades intricadas, e as suas personagens são enigmáticas e profundamente tocantes.

Espero, então, que estas minhas recomendações literárias tenham sido úteis na compra das vossas prendas de Natal — ou na conclusão das vossas wishlists. O propósito principal era mostrar-vos algumas das excelentes obras que se encontram actualmente no mercado, tanto a nível de novidades como de livros um pouco menos recentes, e para aqueles que não as conhecem, ajudar então a abrir os vossos horizontes.

Boas Leituras & Boas Festas!

sábado, 13 de setembro de 2014

The Perks of Being a Londoner #2


13 de Setembro será sempre uma data importante para mim — ocorra esta numa sexta-feira (como no ano passado) ou num outro qualquer dia da semana. Marca, no meu calendário de vida, o dia e o mês em que viajei, com regresso incerto, para o Reino Unido. Hoje, comemoro um ano de lutas, de saudades infinitas e dores imagináveis, de momentos de pura alegria e de oportunidades imperdíveis. Hoje, celebro um ano de residência em terras de sua majestade, e por isso decidi escrever um Perks ligeiramente especial.

Londres, de entre tantas outras palavras, é sinónimo de arte e cultura. E uma das regalias de se viver em tão vibrante cidade, particularmente quando se é apaixonado por literatura, remete para os muitos autores (nacionais e internacionais) que visitam terras britânicas. Neste ano que hoje passa, tive o prazer e a felicidade de conhecer nove autores. Poderia ter conhecido muitos mais, mas estes nove representam um leque que em muito me agrada, e me deixa feliz.


Precisamente no dia em que aterrei em Londres (uma chuvosa sexta-feira 13), adquiri Styxx e abri as portas a conhecer uma das minhas mais curiosas autoras, Sherrilyn Kenyon. É verdade que há muito que deixei de ser a sua saga Predadores da Noite, não por não gostar mas pela falta de tempo e edições portuguesas que aqui não chegam, mas confesso que este não poderia ter sido um welcome mais especial — afinal de contas, quando poderia eu conhecer tão popular autora? 


David Levithan foi uma sessão de Q&A um pouco inesperada. Conhecia, somente de nome, parte da sua obra (este que, para além de escritor é, também, editor em Nova Iorque), mas nunca tinha lido nenhum dos seus romances. Com Will Grayson, Will Grayson a repousar na estante e o fascínio que Every Day tinha vindo a deixar, fechei os olhos e atirei-me de cabeça. Neste momento, Every Day é um dos meus contemporâneos favoritos, e Levithan um dos autores mais simpáticos e carismáticos que conheci. 


John Connolly foi, igualmente, uma surpresa. Tenho um dos seus livros fantásticos em casa (em Portugal) mas já tinha ouvido falar, e muito bem, desta sua nova série que se inicia com Conquest. Por isso, disse cá para mim: why not? Sem dúvida, um final de tarde muito gratificante. 


Já em 2014 (ou foi ainda em 2013? Hmmmm...) tive a oportunidade de ir a um evento cujas cabeças de cartaz eram Tanya Byrne (autora britânica) e Lauren Kate (autora americana), numa discussão sobre Literatura YA: USA vs. UK. Gostei imenso do evento o seu todo e, embora desconhecesse por completo Byrne, foi com enorme agrado que adquiri um dos seus livros e o trouxe para completar um pouco mais a estante. Quanto a Kate, sei que dispensa apresentações...


No Festival Gollancz, de entre tantos outros autores fantásticos, tive o prazer de trocar dois dedos de conversa e de escutar duas sessões de Q&A e entrevista com dois autores absolutamente fantásticos — Patrick Rothfuss e Joe Hill


Rothfuss é um dos meus escritores de fantasia favoritos e confesso que foi um bocadinho ‘sonho tornado realidade’ os breves momentos que passei na sua companhia. Quando a Hill, este é filho de Stephen King e um dos seus mais aclamados romances, Horns (Cornos, em português) vai ser adaptado ao cinema, com estreia prevista para este Halloween. Um dia inesquecível, é tudo o que tenho a dizer. 


Estive ainda com Lauren Oliver, autora da trilogia Delirium (o primeiro volume encontra-se já publicado em terras lusas), do contemporâneo Panic e do novo e fantasmagórico livro Rooms, de entre outros. Esta foi uma sessão muito intimista e agradeço imenso a oportunidade dada de conhecer esta autora que não só é fantástica como dedicou grande parte do seu tempo a conversar com os seus leitores. 


Finalmente, e há poucas semanas atrás, tive o prazer de conhecer a inesquecível Charlaine Harris. Descobri que a autora vinha cá um pouco em cima do acontecimento e embora estivesse um tempo terrível nesse dia, dou graças a me ter esforçado em sair da cama e ir conhecê-la, pois é de uma simpatia sem igual.

2013/2014 (de Setembro a Setembro) foi, sem sombra de dúvida, um ano literário extremamente gratificante para mim. Posso, somente, agradecer a todos estes autores, à cidade de Londres pelo fascínio e às fenomenais editoras por se esforçarem e trazerem até cá nomes do panorama mundial. Não foi um ano fácil... tratou-se de um ano de adaptação, de muitas saudades da família humana e da família animal, mas tenho consciência de que tais oportunidades nunca surgiriam noutro lugar. E, por isso mesmo, sinto-me grata. 

P.S. - Lamento pela pouca qualidade de algumas das fotos. Aconteceu, muitas vezes, o telefone e a luz não estarem do meu lado.

sábado, 17 de outubro de 2009

O Nome do Vento, Patrick Rothfuss







Título Original: The Name of the Wind
Autoria: Patrick Rothfuss
Colecção: 1001 Mundos
Editora: Gailivro
Nº. Páginas: 966


Sinopse:

“Chamo-me Kvothe. Resgatei princesas dos túmulos de Reis adormecidos, incendiei Trebon. Passei a noite com Felurian e parti com a sanidade e com a vida. Fui expulso da Universidade na idade em que a maioria dos alunos é admitida. Percorri caminhos ao luar que outros receiam nomear durante o dia. Conversei com Deuses, amei mulheres e compus canções que fazem chorar os trovadores. É possível que me conheçam.”

Assim se inícia uma história sem igual na literatura fantástica, uma história de um herói contada pela sua própria voz. É uma história de mágoa, uma história de sobrevivência, a história de um homem em busca o sentido do seu universo e de como essa busca e a vontade indomável que a motivou, fizeram nascer uma lenda.



Opinião:
Sinceramente? Nem sei por onde começar.

Li imensas criticas antes de comprar o livro. Estava algo renitente em adquiri-lo porque apesar de ser uma obra que desde logo prometia pelo seu imenso conteúdo criativo e inovador, também se falava muito em Harry Potter e Senhor dos Anéis, e por isso mesmo parte de mim começou a ponderar a ideia de que esta obra seria apenas a compilação de dois mundos distintos numa só história. Claro está que me enganei... E rapidamente percebi o porquê da menção destes dois universos mágicos e épicos; Harry Potter pela forte semelhança académica e mágica (ainda que um tipo de magia diferente), dotada de personagens jovens e de alguma forma ainda inocentes, e Senhor dos Anéis pelo imenso componente épico de lendas e mitos medievais, com criaturas e demónios estranhos, e línguas e terras fascinantes. Tudo isto em conjunto com uma série de aspectos singulares e únicos, misturado com personagens complexas, enigmáticas e divertidas, situações irreverentes e inesperadas, relacionamentos suspeitos e guerras e lutas pessoais e sangrentas, teria de resultar numa obra fascinante e de se louvar. Um dos melhores, se não mesmo o melhor, livros de literatura fantástica (e geral também) que li até hoje.

É complicadíssimo colocar o livro de lado. Apesar de extenso, o que de certa forma é habitual encontrar dentro deste género, a escrita fluida e a narrativa simples contribuem para que a cada capítulo o leitor queira saber mais e mais! Kvothe é simplesmente o personagem principal ideal: herói, pedinte, estudante, atento aprendiz de arcanista, inteligente, um verdadeiro artista... E depois outros personagens secundários mas verdadeiramente fascinantes e intrigantes como Bast, o seu discípulo já em vida adulta, e Elodin, o Mestre Nomeador, sabedor do Nome das coisas.
Um livro que tem tudo para ser um sucesso (e isso comprova-se pelo número de vendas e invejadas criticas e opiniões que se podem encontrar espalhadas pelo mundo fora) e que deixa no leitor uma curiosidade aguçada em descobrir as restantes aventuras de Kvothe no volume seguinte. Confesso que fiquei entristecida quando voltei a última página... Estava à espera de mais. Queria mais! E, no entanto, agora tudo o que nos resta (e me resta) é aguardar pela conclusão do seguinte volume que, pelo que entendi, será a narração do segundo dia de histórias e aventuras vividas por Kvothe.

Não quero revelar muito da história, aliás, não quero revelar nada para além do que escrevi porque acredito que isso só iria fazer com que o leitor desta opinião embarcasse na história com ideias já predefinidas do que iria descobrir e, verdade seja dita, a melhor forma de entrar nesta aventura é mesmo de mente aberta e espírito sossegado e preparado para encontrar de tudo! Uma obra que recomendo vivamente, sem qualquer tipo de reservas!

Espero ler algumas das vossas opiniões quando terminarem o livro. x)
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