Título Original: Because You Are Mine
Autoria: Beth Kery
Editora: Saída de Emergência
Nº. Páginas: 299
Tradução: Teresa
Martins de Carvalho & Nanci Marcelino
Sinopse:
No instante em que Francesca e Ian se conhecem, a atração
é mútua; uma carga requintadamente física incendeia ambos. Para Ian, ela é o
tipo de mulher a que ele não resiste: inocente e pura. Para Francesca, ele é o
tipo de homem que ela mais teme e deseja: sombrio, extremo, autoritário, e
interdito. O que se passa entre eles não pode ser ignorado — apenas acatado,
evoluindo para um inevitável vínculo.
De um jato particular para um interlúdio em Paris, de um ousado encontro num museu público para a intimidade de um hotel de luxo, Francesca e Ian estão um com o outro sempre que o desejo se torna premente. Mas à medida que a relação deles fica mais intensa, Francesca descobre algo a respeito de Ian — e dela própria — que altera para sempre o jogo e os jogadores. É algo com que eles nunca contaram, algo que lhes faz girar as vidas, delirantemente fora de controlo…
De um jato particular para um interlúdio em Paris, de um ousado encontro num museu público para a intimidade de um hotel de luxo, Francesca e Ian estão um com o outro sempre que o desejo se torna premente. Mas à medida que a relação deles fica mais intensa, Francesca descobre algo a respeito de Ian — e dela própria — que altera para sempre o jogo e os jogadores. É algo com que eles nunca contaram, algo que lhes faz girar as vidas, delirantemente fora de controlo…
Opinião:
É palpável a febre que ainda
gira em torno do género erótico, e seja ele um romance histórico ou contemporâneo,
a curiosidade e o desejo são tais que continua a ser bastante difícil resistir
a mais um folhear de páginas sedutor. Ultimamente, admito muitos serem os
livros, dentro deste estilo, a passarem-me pelas mãos, mas é com agradável
surpresa e espanto que constato que, de entre esses tantos, existem outros
quantos que se destacam por alguma particularidade em especial—seja o enredo,
uma ou outra personagem, ou, simplesmente, a escrita.
Porque
és Minha trata-se de uma
narrativa encantadoramente luxuriosa que, de forma sublime, conjuga uma certa e
muito apreciada dose de romance amoroso com a selvajaria que o desejo
incompreendido e a fome desenfreada pode originar. Não se tratando de uma história
que oferece grandes novidades ao género, este é um livro que evidencio pelo
cuidado descritivo e pelos diálogos, muitas vezes, inteligentes.
Beth Kery não só foi uma
estreia em absoluto, como também uma surpresa extremamente deliciosa. Em nada
esperava encontrar um enredo bem construído e delineado, com uma junção exímia
de oito pequenas «histórias» a partilhar as atenções com um casal de
protagonistas que, embora um tanto ou quanto semelhante a tantos outros, ainda
assim se consegue distinguir individualmente—e em conjunto.
Narrativamente falando, são os
pequenos mas ultra intensos momentos de perdição e rendição um ao outro o
elemento que, efectivamente, cativa o leitor e o impulsiona a um virar de páginas
quase compulsivo. No entanto, estamos perante uma trama que se mostra algo
previsível—o que não é, de todo e neste caso em específico, algo negativo,
visto a beleza dos locais que o casal visita e a gradual confidência e conforto
que se vai gerando entre os dois ser o que verdadeiramente capta a atenção do
leitor, permitindo a este apreciar a qualidade do desenvolvimento e crescimento
tanto de Ian e Francesca como da própria história em si.
Enquanto uma das personagens
principais, gostei imenso de Francesca. Ela é destemida, corajosa e não tem
medo de fincar o pé e negar o que seja a Ian se essa acção não for, por
inteiro, do seu agrado e vontade. Acredito que esta qualidade decisiva e
puramente individualista seja algo que vá agradar a muitos leitores pois, contrariamente
ao esperado, Francesca é uma interveniente segura e completa em termos de
personalidade, não deixando de ser submissa no quarto mas sempre, sempre, sem
perder os traços que a tornam única. Quanto a Ian, este foi, igualmente, uma
figura poderosa, muito ao estilo do dominador comum neste tipo de narrativa,
mas com a particularidade de ser um pouco mais intenso, mais apaixonante, mais
impulsivo e soberano que os seus demais.
Não se tratando do género de
romance propício a todo e qualquer leitor, principalmente tendo em conta o tipo
de linguagem crua e explícita que expressa, ainda assim esta é uma obra
peculiarmente interessante e que, com o avançar de «livro para livro», vai
mantendo o seu público expectante relativamente à abertura de Ian para um
relacionamento futuro e à persistência de Francesca perante um amor que se
avizinha do mais difícil e sofrível possível.
Quanto a mim, esta não foi uma
leitura que se mostrou fácil e simples desde o começo, contudo, foi uma obra
que me conquistou gradualmente com o avançar da narrativa, e que me foi
prendendo ao relacionamento do casal e às pequenas histórias secundárias que
iam surgindo aqui e ali. Destaco, com especial fervor, o passado de Ian
relativamente ao estado mental da mãe, e a amizade de Davie que, embora nem
sempre usufruindo de uma presença assídua, ainda assim se fez sentir ao longo
de todo o livro.
Uma boa aposta por parte da Saída
de Emergência, num romance que é muito mais do que uma capa bonita e uma
sinopse atraente. Apesar de tudo, das atribulações iniciais e do tipo de história
«já conhecido», gostei.
1 comentário:
quero muito ler :)
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