Chegou, finalmente, o momento
de revelar quem irá receber em casa um exemplar de Desaparecidos, Fome e Mentiras. Neste que foi o primeiro
Especial – Michael Grant – posso revelar que, mesmo havendo a possibilidade de
a resposta em questão não ser, inteiramente, real, a verdade é que tem um humor
muito profundo e característico e, como tal, eu não lhe consegui resistir.
Assim sendo, o Pedacinho,
após análise de todas as participações recebidas, e com o inconfundível apoio
da Planeta Manuscrito, anuncia que a pessoa vencedora é:
João Paulo (...) Mira
Deixo-vos ainda com a resposta
escolhida:
«Desde há algum tempo que tenho duas mulheres, sou
casado com uma e vivo em união de facto com outra, nenhuma delas sabe da existência
da outra e cada uma vive numa casa diferente em cidades diferentes mas não
muito longe entre si. Vou-me dividindo entre as duas e utilizo o meu emprego, sou
director numa empresa de investimentos, como desculpa para estar com uma em vez
da outra dizendo que fui em viagem de negócios por uns dias. Já inventei que
fui para Roma, Paris, Abu Dhabi e até Madagáscar. Tenho no escritório uma caixa
cheia de jóias para ir oferecendo às duas nas ocasiões especiais para não correr
o risco de oferecer uma jóia igual às duas e até tenho um apelido íntimo
diferente para as duas, para que quando falarem de mim com as amigas não haver
perigo de alguém descobrir que sou a mesma pessoa, enfim tenho tudo controlado
ao milímetro. Recentemente uma amiga de uma das minhas mulheres descobriu o
esquema só que como achou uma certa graça não contou nada a ninguém e acabamos
por nos envolver, ou seja passei a ter 2 mulheres e uma amante. Passou a ser um
pouco mais difícil manter 3 mulheres ao mesmo tempo mas tenho conseguido
resolver todos os problemas, uma vez por exemplo apeteceu-me ir ao encontro da
minha amante só que, se com uma das mulheres não havia problema pois
"supostamente" estava em Nova Iorque, com a outra era mais difícil
pois estava em casa, então tive a ideia de dizer que ia a uma reunião de emergência
no escritório com um grupo de japoneses e saí mal sabendo que ela ficou
desconfiada e seguiu-me de carro. Felizmente reparei a tempo e ainda do interior
do meu carro peguei no telemóvel, pedi a um conhecido meu dono de uma agência
de figurantes para enviar para o meu escritório uma data de tipos de ascendência
asiática vestidos de fato e gravata, pedi ao meu assistente para tratar do
resto e fui em direcção da empresa. quando a minha mulher entrou de rompante na
sala e viu a suposta reunião a acontecer mesmo, a cara que ela fez foi
hilariante e durante uma semana fez-me as vontadinhas todas como pedido de
desculpas por ter desconfiado de mim.
É esta a minha mais escandalosa e inimaginável
mentira para a qual ainda vou precisar de muita inteligência e muito jogo de
cintura para manter, desejem-me sorte ;).»
Boas leituras!
2 comentários:
Creio que o vencedor devia era ir escrever um livro, ou uma novela mexicana.
Que bela imaginação
Nada como um que homem tão cheio de recursos e dinheiro,e com mulheres ao pontapé, para criar uma tragi-comédia grega!!!ahahahah
É mesmo, Rita. Mas seja verdade ou ficção, lá que gostei da forma como o autor deste pequeno texto expôs a sua situação, gostei. :) eheheh
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