segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Acácia - Ventos do Norte, David Anthony Durham



Título Original: Acacia – The War with the Mein
Autoria: David Anthony Durham
Editora: Saída de Emergência
Nº. Páginas: 339
Tradução: Maria Correia


Sinopse:

Leodan Akaran, rei soberano do Mundo Conhecido, herdou o trono em aparente paz e prosperidade, conquistadas há gerações pelos seus antepassados.
Viúvo, com uma inteligência superior, governa os destinos do reino a partir da ilha idílica de Acácia. O amor profundo que tem pelos seus quatro filhos, obriga-o a ocultar-lhes a realidade sombria do tráfico de drogas e de vidas humanas, dos quais depende toda a riqueza do Império. Leodan sonha terminar com esse comércio vil, mas existem forças poderosas que se lhe opõem.
Então, um terrível assassino enviado pelo povo dos Mein, exilado há muito numa fortaleza no norte gelado, ataca Leodan no coração de Acácia, enquanto o exercito Mein empreende vários ataques por todo o império. Leodan, consegue tempo para colocar em prática um plano secreto que há muito preparara. Haverá esperança para o povo de Acácia? Poderão os seus filhos ser a chave para a redenção?


Opinião:

Apaixonei-me por Acácia – Ventos do Norte ainda antes de lhe ter pegado, pela primeira vez. Segui, avidamente, as publicações da Saída de Emergência no Facebook e procurei opiniões e comentários que intensificassem ainda mais a minha vontade de me debruçar em tão promissora história. Ao virar da última página, posso dizer que a espera valeu bem a pena.
David Anthony Durham soube construir o seu mundo e as suas personagens, apresentando nesta primeira parte do primeiro volume da trilogia, um universo complexo, bem pensado e estruturado, com uma base sólida de apresentação e localização. Ficando o leitor a conhecer os vários povos que habitam um pouco por todo o reino, torna-se muito mais fácil para este seguir as passadas das personagens que perfazem esta obra e o próprio decorrer da narrativa. Escrito com entusiasmo, dedicação e amor, Acácia pode não ser totalmente “algo de novo” dentro do género mas uma coisa é certa, o aborrecimento ao longo da leitura está longe de aparecer e a curiosidade em saber no que é que todas as pequenas e (quase) insignificantes acções e pormenores criadas pelas personagens irão dar permanece activa do principio ao fim.

O conceito que rege a história não é complicado. Temos um Império que é governado por um rei que de soberano pouco tem – de mãos e pés atados em várias frentes, quase nada é aquilo que ele pode efectivamente mudar. Concentrando-se assim no tempo que tem de despender com os filhos e nas longas horas de relaxamento, Leodan Akaran sofre pelas possíveis consequências que as suas acções (ou falta delas) poderão originar no futuro. Os filhos, esses, vivem na inocência face os horrores que estabelecem a base da economia sobre a qual o império prospera, vivendo unicamente para o pai e para o destino que os aguarda. Porém, um perigoso assassino encontra-se a caminho da bela Acácia com o objectivo de assassinar o rei e, com ele, leva a promessa de uma guerra premeditada e assombrosamente avassaladora. Conseguirá este homem chegar junto do rei? E se a guerra despoletar, o que será de Acácia e dos seus amados filhos? Os ventos sopram vindos do norte... e não auguram nada de bom.

Um dos pontos fulcrais que estimula o interesse em redor desta obra é, claramente, a qualidade histórica e social do mundo que David A. Durham retrata, tornando este não só uma leitura intricada como chamativa. A apresentação dos locais, povos, costumes e crenças religiosas permite que o leitor vá juntando, aos poucos, as várias peças que constituem este tão intrigante enredo assim como, em parte, se vá apercebendo das semelhanças que este mundo épico tem com o nosso actual. Estas dádivas, oferecidas em primeira mão pelas personagens, fazem parte de um interesse comum em querer conhecer os muitos pilares sobre os quais os vários intervenientes foram moldados assim como entender o porquê da necessidade do Mein em destruir Acácia, o que, em suma, é a maior fatia do bolo nesta primeira parte.

A forma como o livro está organizado é outro dos aspectos positivos. Com capítulos curtos e dedicados, em exclusivo, a cada uma das personagens de maior reverência, a fluidez da leitura é permanente, o que ajuda o leitor no período inicial de habituação ao cenário onde se desenrola a acção, tal como à tomada de consciência das motivações, pensamentos e sentimentos que movem as personagens e que, mais cedo ou mais tarde, irão influenciar o decorrer da narrativa.

Relativamente às personagens em si, embora estejamos perante um primeiro volume introdutório, começam já a surgir algumas questões e ambiguidades em redor das mesmas. A vontade em conhecer mais sobre elas e sobre o futuro que as espera, principalmente em relação aos quatro irmãos Akaran, é gigantesca e isso sucede maioritariamente devido ao véu que ainda permanece muito rente ao chão e que, por isso, não permite que se conheça o impacto que os recentes acontecimentos verdadeiramente teve em quem os viveu – de perto ou de longe.
Dou destaque a Leodan pelos conflitos interiores que vive ao longo da primeira metade do livro e que serve de tormento ao próprio leitor, fazendo-o sentir-se impotente e inútil; Thaddeus pela duplicidade que desempenha confundido o leitor e levando a que este constantemente se questione sobre a autenticidade das acções da personagem; Hanish pela revolta que sente, em sintonia com o seu povo, e pela audácia em engendrar um plano maquiavélico cujo intuito se cinge em derrubar Leodan do trono; e, um pouco mais a nível pessoal, Dariel pelo crescimento e espírito rebelde e destemido que acaba por o atingir com a idade e Corinn pelo lado sombrio que, lentamente, começa a vir ao de cima.

Para terminar e numa vertente negativa, não posso deixar de referir a infelicidade que foi ver o primeiro volume de Acácia dividido em duas partes, principalmente por o livro terminar quando a “verdadeira” história começa a ganhar forma. Pelo número de páginas que cada uma das partes terá, penso que não faz grande sentido esta divisão, contudo, espero que este factor não seja motivo para que muitos leitores amantes deste género não se deixem levar pelas maravilhas de um reino que muita brutalidade ainda terá pela frente. Eu, adorei este livro. A capa é espectacular, as personagens são interessantes e o conteúdo deixa grandes promessas no ar. A meu ver, mais uma excelente e promissora aposta da Saída de Emergência, a não perder. 

domingo, 30 de outubro de 2011

Resultado da 5.ª Prenda de Aniversário - "A Família Radley", Matt Haig

E aqui fica o resultado de mais um passatempo!, que, com a vossa colaboração, se transformou num enorme sucesso!

Os dois exemplares do livro A Família Radley, do autor Matt Haig e gentilmente cedidos pela Contraponto, vão para:

124. Liliana Mónica (...) Martins
177. Hélder Filipe (...) Barbosa

Muitos parabéns aos felizes contemplados!

Parabéntos e boas leituras!

Novidade ASA - "As Meninas dos Chocolates", Annie Murray

Três mulheres cujas vidas são marcadas pela amizade, a guerra e o amor por uma criança.

Título: As Meninas dos Chocolates
Autoria: Annie Murray
N.º Páginas: 496

Lançamento: 31 de Outubro
PVP.: 17,50€

Sinopse: Edie, Ruby e Janet são amigas e dedicam-se a fazer chocolates na famosa fábrica Cadbury, em Inglaterra. As suas vidas poderiam ser de sonho, não fossem as atribulações familiares e a eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Edie casa muito jovem. A sua fé no futuro é ilimitada mas o destino tem outros planos para ela. Com apenas dezanove anos, Edie enfrenta a guerra sozinha e tomada pela dor após a perda do marido e do filho. Até que uma noite, durante um bombardeamento, uma criança abandonada é deixada ao seu cuidado…
Entretanto, a sua jovial amiga Ruby, apesar do medo de ficar solteirona, acaba por se casar com Frank, desconhecendo o seu carácter temperamental.
E há também Janet - inteligente, bondosa e atraída pelos homens errados. Profundamente magoada pela sua última relação amorosa, Janet está convencida de que nunca mais se apaixonará.
Mas David, a criança que Edie acolhe, conquista o coração de todos. E quando tem idade suficiente para questionar a sua verdadeira identidade, David vai novamente transformar as suas vidas e proporcionar-lhes algo com que nunca sonharam …
Três mulheres cujas vidas são marcadas pela amizade, a guerra e o amor por uma criança.

Sobre a autora:
Annie Murray nasceu no Berkshire, em Inglaterra, e estudou Inglês no St. John's College, em Oxford. Em 1991, ganhou o She/Granada TV Short Story Competition e, em 1995, o seu primeiro romance, Birmingham Rose, entrou directamente para as listas de bestsellers. Tem quatro filhos e vive actualmente em Reading. 
Para mais informações sobre a autora pode consultar o site www.anniemurray.co.uk e também o blogue Chocolate para a Alma.

Novidade ASA - "O Assassinato de Roger Ackroyd", Agatha Christie

Um dos romances favoritos da autora Agatha Christie, escrito pela mesma.

Título: O Assassinato de Roger Ackroyd
Autoria: Agatha Christie
N.º Páginas: 240

Lançamento: 31 de Outubro
PVP.: 12,90€

Sinopse: Roger Ackroyd sabia de mais. Sabia que a mulher que amava envenenara o primeiro marido, um homem extremamente violento, e suspeitava que ela era vítima de chantagem. Quando ela é encontrada morta, ele não se conforma com o relatório médico que aponta para suicídio por overdose. Ackroyd desconfia de algo bem mais sinistro e quer encontrar respostas para as inúmeras perguntas que pairam ameaçadoramente no ar. Mas alguém está disposto a impedi-lo. Nem que, para tal, tenha de o matar.
Em Fevereiro de 1972, Agatha Christie escreveu uma carta ao seu editor. Nessa missiva, incluída nesta edição especial, a Rainha do Crime elegeu os dez livros de sua autoria de que mais gostava. O Assassinato de Roger Ackroyd, considerado um «favorito de sempre» pela autora, foi originalmente publicado em 1926 na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Foi adaptado para o teatro em 1928, tendo também sido transposto para o cinema em 1931 e para a televisão em 1999.

Sobre a autora:
Agatha Christie nasceu Agatha May Clarissa Miller, em Torquay, na Grã-Bretanha, em 1890.
Em 2000, a 31st Bouchercon World Mystery Convention galardoou Agatha Christie com dois prémios: ela foi considerada a Melhor Escritora de Livros Policiais do século XX e os livros protagonizados por Hercule Poirot a Melhor Série Policial do mesmo século.

À Solta na Noite, Sherrilyn Kenyon



Título Original: Unleash the Night
Autoria: Sherrilyn Kenyon
Editora: Chá das Cinco
Nº. Páginas: 239
Tradução: Eduardo Fernandes


Sinopse:

Wren Tigarian era apenas uma cria órfã quando foi levado para o Santuário. Muitos vêem-no como uma aberração — uma mistura proibida de duas espécies, pelo que se tornou um solitário, isolando-se tanto do contacto com os Predadores do Homem como com os humanos. Até conhecer Marguerite Goudeau.
Filha de um notável senador dos EUA, Marguerite detesta a farsa social em que é obrigada a viver. Contudo, não tem outra opção senão tentar adaptar-se a um mundo onde se sente uma estranha.
O mundo dos humanos nunca devia contactar com o dos Predadores do Homem, que habitam a seu lado, invisíveis, desconhecidos, indecifráveis. Mas para que possa proteger Marguerite, Wren terá de combater não apenas os humanos que nunca aceitarão a sua natureza animal, como também os Predadores do Homem que o querem ver morto. É uma corrida contra o tempo num mundo de magia sem fronteiras que lhes poderá custar não apenas a vida, mas a alma...


Opinião:

A Saga dos Predadores da Noite é das minhas colecções favoritas de todos os tempos, dentro do género, e que maior deleite me tem proporcionado descobrir. Adoro as personagens, a dinâmica dos enredos, a intensidade das relações retratadas, o perigo que está constantemente ao virar da esquina e os mistérios que abundam num número incontável de páginas. Sherrilyn Kenyon, a par de tantas outras autoras, conseguiu revolucionar o género paranormal sensual com vampiros sedentos de uma paixão avassaladora e que se apresentam bastante mais complexos e, por vezes, humanos do que primeiramente imaginado. À Solta na Noite não é excepção. Com uma trama impulsiva, selvagem e dominadora, este é um romance que vem novamente dar destaque a outra espécie de predadores – os Predadores do Homem –, que muita curiosidade deixaram num volume passado onde Vane encarnou o papel de personagem principal.

Wren é um híbrido receado e desprezado por muitos, que aprecia o seu espaço e sossego e que preza a independência e solidão que desde cedo angariou para si mesmo. No entanto, tudo muda quando Marguerite “Maggie” Goudeau, juntamente com um grupo de amigos, decide homenagear o recente desaparecimento de Nick no bar favorito deste – e que é, precisamente, onde Wren despende a maior parte das suas horas entre mesas por levantar e copos por lavar. Quando os dois trocam um olhar especulativo, fica claro o peso e importância que terão, daí em diante, na vida um do outro e como se tudo isso não fosse preocupante o suficiente, o amor e a paixão que rapidamente partilharão poderá ser mortífera... tanto para a presa como para o predador.

Um dos pontos mais atraentes neste nono volume da série é, sem sombra de dúvida, o afastamento de todos os problemas e confusões que habitam as vidas comuns dos Predadores da Noite e, principalmente, de Acheron permitindo, desse modo, ao leitor debruçar-se com maior intensidade e devoção numa perspectiva individual de uma espécie divina um pouco diferente e selvagem mas igualmente interessante – os Predadores do Homem. Com À Solta na Noite, o véu sobe uns quantos centímetros mais desvendando alguns pormenores extra que perfazem desta gama de predadores, animais especiais e únicos. Ficamos, então, a conhecer também o modo de funcionamento dos chamados refúgios onde as duas espécies rivais – Arcádios e Katagaria – podem coexistir amigavelmente assim como a forma como os híbridos são vistos na sociedade actual.
Embora tenhamos a presença de algumas personagens já nossas conhecidas, a nível secundário, e que são (ou foram) predadores da noite, a verdade é que a essência feroz que caracteriza a espécie retratada permanece intacta ao longo de toda a narrativa, gradualmente impulsionando o leitor a querer descobrir mais do que perfaz o mundo de tão instáveis animais (e humanos).

A paixão partilhada entre as personagens principais e que involuntariamente impele o leitor a devorar página atrás de página é, como tem vindo a ser habitual, uma das características mais fortes da escrita e enredo de Sherrilyn Kenyon. Com tormentas do passado e inconstâncias sociais e familiares no futuro, Wren e Maggie terão de ultrapassar uma série de obstáculos pessoais – e não só – para conseguirem uma oportunidade de experienciar, em primeira mão, o que é amar verdadeiramente. Serão os medos, as dúvidas e o incontornável “não consigo viver sem ti” que tomarão as rédeas de um autêntico jogo do rato e do gato, isto é, de uma caçada sem fim.

Para finalizar, fica a nota que impulsionará os leitores amantes desta saga e que ainda não se decidiram a ler À Solta na Noite de que, mesmo mudando de cenário e de predadores, a essência do mundo criado por Kenyon e do amor que intensamente enternece e cativa a atenção de quem tem por hábito ler estas páginas, mantém-se, se não mesmo intensifica-se, apelando assim à contínua curiosidade que cada volume inevitavelmente suscita. Fica o “querer saber mais” e o sorriso nos lábios que indica uma leitura agradável, satisfatória e, para alguns – certamente para mim o foi – impulsiva.
Uma excelente saga da Chá das Cinco que, dedicando-se ao feminino, continua a deslumbrar com as suas apostas. 

sábado, 29 de outubro de 2011

Novidade Planeta - "A Torre de Vigia", Ana María Matute

Um singular romance de cavalaria, narrado na primeira pessoa e situado num mítico reino medieval, mágico e sensual

Título: A Torre de Vigia
Autoria: Ana María Matute
N.º Páginas: 224

Lançamento: Já disponível
PVP.: 18,80€

Sinopse: Decorrendo numa Idade Média mítica, mágica e sensual, trata-se de um singular romance de cavalaria, onde se narram, na primeira pessoa e com uma sensibilidade moderna, os anos de formação e de aprendizagem de um jovem cavaleiro, no decurso de um enredo repleto de heroísmo, superstição e barbárie.

A descoberta do mundo e os conflitos inerentes, a memória, a saudade e a dificuldade para estabelecer relações na infância e na adolescência marcam os primeiros anos do jovem cavaleiro, preso a um mundo onde tudo se rege por instintos primários e febris e no qual o amor, o ódio, a violência, a solidão, a crueldade e a nostalgia, alternando-se, desvelam um universo inquietante e misterioso, sem deixar de se revelar selvagem e passional.

Sobre a autora:
Ana María Matute (Barcelona 1925) recebeu os prémios literários mais prestigiados pela sua obra, na qual figuram os romances Los Abel, Fiesta al Noroeste, Pequeño teatro, Los hijos muertos, Primera memoria, Los soldados lloran de noche, Olvidado Rey Gudú e Aranmanoth. Membro da Real Academia Española e da Hispanic Society of America. Em 2007 foi galardoada com o Premio Nacional de las Letras. Em 2009 a Planeta publicou Paraíso Inabitado. A 27 de Abril de 2011 recebeu o Prémio Cervantes, o mais prémio concedido da literatura em castelhano, corolário de uma carreira brilhante.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Passatempo "A Melodia do Amor", Lesley Pearse

Em  colaboração com as Edições ASA, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar do livro A Melodia do Amor, da espantosa e adorada autora Lesley Pearse.

Para participar basta responder correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo e preencher todos os campos obrigatórios.
Por favor, tenham as regras do passatempo em conta!

As respostas podem ser encontradas aqui e/ou com a ajuda de qualquer motor de busca. 

Regras do Passatempo: 
1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 de 3 de Novembro (quinta-feira).
2) Só é válida uma participação por pessoa e e-mail.
3) Participações com respostas erradas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio no correio de exemplares enviados pela mesma e/ou pela editora. 


Boa sorte a todos!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Paixão Numa Noite de Inverno, Eloisa James



Título Original: An Affair Before Christmas
Autoria: Eloisa James
Editora: Quinta Essência
Nº. Páginas: 381
Tradução: Maria Dulce Guimarães da Costa & Maria Manuela Novais Santos


Sinopse:

Num Natal fabuloso, Lady Perdita Selby, Poppy para amigos e família, conheceu o homem que pensou ir amar para sempre. O diabolicamente atraente duque de Fletcher era o marido perfeito para a inocente e bela inglesa, e o seu casamento foi o mais romântico que ela alguma vez vira. Quatro anos mais tarde, Poppy e o duque tornaram-se o alvo das atenções da alta sociedade... mas, por trás de portas fechadas, a chama do seu amor extinguia-se. Relutante em perder a mulher que continua a desejar, o duque está determinado a voltar a conquistar os deleitáveis afectos da sua encantadora noiva... e a ultrapassar os dias impetuosos do primeiro amor com uma sedução verdadeiramente pecaminosa.


Opinião:

Com uma capa deslumbrante e um título sugestivo, Eloisa James apresenta, na sua estreia em território português, um romance histórico delicado, envolvente e recheado de personagens fortes, decididas e, sem dúvida, marcantes. Evidenciando-se pelas exuberantes descrições, capítulos curtos que apelam à leitura compulsiva e diversidade de personalidades intervenientes, esta é uma autora inteligente que sabe como cativar um leitor experiente no género e que, facilmente, o mantém agarrado às suas páginas do principio ao fim.

Dotado de um estilo de escrita suave e complacente, Paixão Numa Noite de Inverno acolhe uma história interessante sobre um casal que há muito deixou de partilhar a chama e essência dos primeiros meses de verdadeiro amor e contacto para se deixar cair na rotina diária de mais um par de duques, de Inglaterra. Esse sentimento tão profundo e necessário à felicidade de um homem e de uma mulher que se encontram unidos pelo casamento, será a base de muita e complicada disputa, luta e cedências mas que, no seu íntimo, servirá de base e motivo a um relacionamento mais forte e sólido, até, quiçá, inquebrável.

Poppy apaixonou-se numa mágica noite de Paris, em plena época natalícia – a quadra mais bonita que, anualmente, envolve a cidade. Ao duque de Fletcher, aconteceu o mesmo. Perdidos de amor um pelo outro, os dois partem para Londres não só em busca de um futuro promissor como de uma belíssima vida em conjunto. No entanto, a educação de Poppy faz com que esta não compreenda, não aceite nem tenha a capacidade de desfrutar dos prazeres mais básicos e comuns de um casal e, por isso, Fletcher vê-se forçado a enveredar por outras opções, talvez até com outras mulheres.
Será Fletcher capaz de resistir ao mais, simples, inocente e acolhedor encanto feminino? E terá Poppy vontade suficiente de mudar?

O que mais me atraiu neste romance foram as personagens. Tão distintas entre si, estas têm a habilidade de levar o leitor tanto a odiá-las do mais fundo do coração como a amá-las com todo o seu ser, passando igualmente por sentimentos de compaixão, ternura e mesquinhez. Acredito que, acima de tudo, são todas estas intervenções que verdadeiramente enaltecem a obra, elevando esta a todo um diferente e emocionante nível.
Poppy é uma mistura de emoções estrondosa ao se apresentar como uma mulher apaixonada e devota mas inexperiente e de cabeça feita – pela mãe –, assim como, mais para o fim, com uma postura adulta, feminina e de pura mulher no mais sensacional do termo. A sua transformação e crescimento são indescritíveis e, por isso mesmo, extremamente apelativos.

Fletcher conquista pelo seu temperamento controlado e vontade de mudança para com Poppy, mesmo que, para isso, se tenha de remodelar numa pessoa completamente diferente. A sua persistência e profunda devoção são as características que melhor o definem e que, consequentemente, mais suspiros femininos fazem soltar. Um homem espantoso e um duque de invejar.
Jemma é a melhor amiga que queremos ter sempre por perto. Extravagante, conquistadora e sem qualquer tipo de escrúpulos ou receios, é uma personagem que intriga, afeiçoa e deslumbra. Uma autêntica mulher de armas que irá provar, a tudo e todos, aquilo de que é capaz – e não só de nome!

Lady Flora aprisiona por trazer, ao de cima, o pior que existe no íntimo de cada um de nós. Encarnando o diabo em pessoa, ela é uma mulher de ideias fixas e muitos complexos e que não olhará a meios para atingir os seus fins, principalmente se a integridade física da sua filha estiver em causa. Horrível, supérflua e infernal, é o tipo de personagem que consciencializa pelo lado negativo.
Finalmente, não posso deixar de referir o magnífico duque de Villiers. Um homem fragilizado, inteligente e muito, muito sedutor que me conquistou logo à primeira aparição. Uma personagem secundário, sem dúvida, a ter em conta.

Aparte das personagens, dou ainda destaque às eximias descrições de época, vestuário e costumes e à notável paixão e dedicação que Eloisa James depositou neste seu romance. Paixão Numa Noite de Inverno é um romance formoso, com uma história de amor bonita e um desenlace curioso que, certamente, irá apelar a um vasto leque de leitores, principalmente leitoras. Uma excelente aposta da Quinta Essência, que continua a deslumbrar os seus leitores com narrativas cheias de esplendor!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Novidade Livros d'Hoje - "O Casamento do Ano", Laura Lee Ghurke

Da mesma autora de Prazeres Proibidos e A Cama da Paixão

Título: O Casamento do Ano
Autoria: Laura Lee Guhrke
N.º Páginas: 368

Lançamento: Já disponível
PVP.: 13,89€

Sinopse: Beatrix Danbury sempre teve a certeza de que iria casar com William Mallory. Amava-o desde sempre e nunca duvidou que ele a amasse também. Mas quando Beatrix o obriga a ter de escolher entre uma vida a dois ou o seu sonho de sempre, ele decide-se pela última hipótese... a duas semanas do casamento.
O regresso do Duque...
William estava certo de que Beatrix o receberia de braços abertos. Os seis anos que haviam passado desde que a deixara, não tinham feito desaparecer o seu amor por ela. O problema é que Beatrix estava prestes a casar-se com outro homem. Alguém previsível e em quem sentia que podia confiar... alguém que era o oposto do seu antigo noivo.
Conseguirá William impedir o casamento do ano e ter Beatrix de volta, ou será tarde demais?

Sobre a autora:
Laura Lee Guhrke formou-se em Administração de Empresas na Boise State University. Depois de trabalhar sete anos em publicidade, algum tempo como fornecedora de comida e alguns anos a dirigir os escritórios das empresas de construção e desenvolvimento de seus pais, percebe que escrever é bem mais divertido. Vencedora do prestigiante prémio RITA, atribuido pela associação Romance Writers of America a romances históricos, é uma das autoras mais respeitadas deste género. Neste momento está a preparar o seu décimo oitavo romance histórico. Em Portugal, a Livros d'Hoje, já editou, em 2009, Prazeres Proibidos e, em 2010, A Cama da Paixão

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Novidade ASA - "Maligna", Joanne Harris

Da mesma autora de Chocolate, Vinho Mágico, Cinco Quartos de Laranja, A Praia Roubada, Na Corda Bamba, Danças & Contradanças, Valete de Copas e Dama de Espadas, Xeque ao Rei, Sapatos de Rebuçado e O Rapaz de Olhos Azuis.


Título: Maligna
Autoria: Joanne Harris
N.º Páginas: 352

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,90€

Sinopse: Algo dentro de mim recorda e não esquecerá...
Alice e Joe têm em comum a paixão pela arte - ela é pintora e ele é músico - e, em tempos, estiveram também unidos pelo amor que sentiam um pelo outro. As suas vidas seguiram diferentes rumos, mas o reencontro é inevitável. Joe tem agora uma nova namorada, Ginny, que provoca em Alice uma intensa perturbação. A beleza etérea e singular de Ginny repele-a, e o seu sinistro grupo de amigos atemoriza-a.
Os hábitos estranhos da jovem deixam Alice suficientemente inquieta para levar a cabo uma investigação por conta própria. E o que descobre vai mudar tudo. Ginny tem em seu poder um velho diário que conta a trágica história de amor de Daniel Holmes e Rosemary Virginia Ashley, cujo poder de sedução não conhece limites. Só que Rosemary morreu há meio século… mas o seu magnetismo não está certamente extinto.
À medida que as histórias se entrelaçam, passado e presente fundemse; Alice apercebe-se de que o seu ódio instintivo em relação à nova namorada de Joe pode não se dever apenas ao ciúme, já que algo em Ginny a arrasta irremediavelmente para um universo de insondável obsessão, vingança, sedução e sangue…

Sobre a autora:
Joanne Harris nasceu no Yorkshire, em 1964, de mãe francesa e pai inglês. Conheceu um retumbante sucesso internacional que a adaptação ao cinema de Chocolate (com Juliette Binoche e Johnny Depp) só veio intensificar. Com Fran Warde, é co-autora dos livros A Cozinha Francesa e Do Mercado para a sua mesa - Novas Receitas da Cozinha Francesa. Maligna foi o seu primeiro romance, agora publicado numa edição revista pela própria autora. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Novidade Planeta - "O Príncipe da Neblina", Carlos Ruiz Zafón

Um diabólico príncipe capaz de tornar realidade qualquer desejo... 
a um elevado preço!

Título: O Príncipe da Neblina
Autoria: Carlos Ruiz Zafón
N.º Páginas: 208

Lançamento: Já disponível
PVP.: 17,76€

Sinopse: O primeiro livro da trilogia Nebilna.

Um diabólico príncipe que tem a capacidade de conceder e realizar qualquer desejo... a um preço muito elevado.
O novo lar dos Carver, numa remota aldeia da costa sul inglesa, está rodeado de mistério. Respira-se e sente-se a presença do espírito de Jacob, o filho dos antigos donos, que morreu afogado.
As estranhas circunstâncias dessa morte só se começam a perceber à medida que os jovens Max, a irmã Alicia e o amigo Roland vão descobrindo factos muito perturbadores sobre uma misteriosa personagem de seu nome… o Príncipe da Neblina.

Sobre o autor:
Carlos Ruiz Zafón nasceu em Barcelona em 1964. Inicia a sua carreira literária em 1993 com El Príncipe de la Niebla (Prémio Edebé), a que se seguem El Palacio de la Medianoche, Las Luces de Septiembre (reunidos no volume La Trilogía de la Niebla) e Marina. Em 2001 publica A Sombra do Vento, que rapidamente se transforma num fenómeno literário internacional. Com O Jogo de Anjo (2008) regressa ao Cemitério dos Livros Esquecidos. As suas obras foram traduzidas em mais de quarenta línguas e conquistaram numerosos prémios e milhões de leitores nos cinco continentes. Actualmente, Carlos Ruiz Zafón reside em Los Angeles, onde trabalha nos seus romances, e colabora habitualmente com La Vanguardia e El País.

Resultado do Passatempo - "Darling Jim - O lado negro da sedução"

E chegou ao fim mais um fabuloso passatempo! Obrigado a todos os que participaram e assim, habilitaram-se à oportunidade de ganhar um exemplar de uma das mais importantes e grandes apostas, na ficção internacional, da Editorial Presença! Espero que estejam curiosos para saber o vencedor... e que quem teve a sorte de ser o premiado, que esteja desejoso de deitar as mãos a este fantástico livro! Assim, aqui fica o resultado!

O exemplar do livro Darling Jim – O lado negro da sedução, do autor Christian Mørk e gentilmente cedido pela Editorial Presença, vai para:

94. Jorge Manuel (...) Martins!

Muitos parabéns ao feliz contemplado! Espero que desfrute, ao máximo, desta magnífica leitura.

Parabéns e boas leituras!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aposta Indecente, Matilda Wright



Título: Aposta Indecente
Autoria: Matilda Wright
Colecção: Tiara
Editora: Livros d’Hoje
Nº. Páginas: 239


Sinopse:

Paris, 1854. Um dos homens mais ricos de França, o marquês de Villeclaire tem uma vida luxuosa e despreocupada, onde não falta nada que o dinheiro e a sua posição social possam pagar. Mulheres, jogo, festas, caçadas, palácios...
Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa altura em que uma nuvem negra tolda os dias do belo marquês, prestes a casar, contra a sua vontade, com Blanche de Belfot.
A vida de Louis de Villeclaire desmorona-se...
Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está a mentir. Mas quem? Porquê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens.
Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do Vale de Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.


Opinião:

Apaixonei-me pela intensidade desta colecção ao fim das primeiras páginas de Só te amo até terça-feira. Com A Paixão, viajei aos confins do mundo sofrendo por um amor proibido entre uma donzela e um pirata arrebatador e, finalmente, com Aposta Indecente, deixei-me enfeitiçar pelas luxuosas festas parisienses, os costumes e a aristocracia que, há tento tempo, fizeram de Paris uma cidade requintada e deslumbrante.
Feminino, encantador e de fazer estremecer o coração, é assim que encaro o final da leitura deste estonteante romance. Diversificando os temas, épocas e cidades, é fantástica a forma como o leitor continua agarrado e imensamente a ansiar por pegar nestas pequenas e românticas pérolas que, recentemente, invadiram o mercado literário nacional.
O que mais me agradou neste livro, e talvez seja por isso que o elejo como o meu favorito da colecção, até ao momento, e um dos mais estimados dentro do género, foi a destreza da autora em contrariar o comum cenário londrino, com o seu tempo inconstante e posturas rígidas, pelas brilhantes e sumptuosas vielas de Paris.

Louis de Villeclaire é um homem que há muito abandonou a juventude e inocência dos seus vinte anos mas que, ainda assim, preza a sua liberdade pelo que faz os possíveis por se manter afastado dos casamentos delineados de Paris. Ao invés, prefere galantear-se com bom vinho, magníficas mulheres, festas pomposas e longas e divertidas caçadas com os amigos. Numa aposta indecente, deixou-se seduzir pelo escandaloso aumento da sua fortuna e quando tomou consciência da incluída posse de Catherine Duvernois, viúva do seu adversário, nada o poderia ter preparado para os problemas do coração que daí adviriam.
Catherine Duvernois é uma jovem senhora que, em tão poucos anos de existência, passou já por uma série de torturas físicas e psicológicas nada próprias do seu verdadeiro estatuto social. E nem quando pensava estar finalmente livre das obrigatoriedades a que fora subjugada pelo seu pai e, posteriormente, pelo seu marido, o sossego e a paz desejados vieram em seu socorro. Agora, nas mãos de um dos homens mais ricos de toda a França, Catherine terá somente duas opções: ou se submete, também, à vontade do incrivelmente atraente Louis de Villeclaire, ou faz, de tudo, por se proteger, fugir e encarcerar-se num local onde o medo e a pobreza passarão a ser o seu futuro até ao fim dos seus dias.
Qual dos dois caminhos ela escolherá? E, até que ponto, se deixará Louis seduzir pelos encantos naturais de tão jovem viúva?

As personagens são, sem dúvida, uma das componentes mais fortes deste enredo. Louis é especialmente viciante devido à sua personalidade irreverente e, decididamente rebelde face a postura em não querer, de todo, assentar transformando-o assim num partido altamente desejado por muitas senhoras da alta sociedade parisiense capazes de tudo para o seduzir, encurralar e até mesmo forçar a casar com as suas filhas. Catherine, por seu lado, ainda que parcialmente apagada durante parte da narrativa, capta a atenção do leitor pela sua força, maturidade e instinto de sobrevivência. Mesmo nos tempos mais negros em que a felicidade parece estar bem lá no fundo do tenebroso túnel, Catherine esforça-se por encontrar algum alento e descontracção que a ajudem a encarar o resto do dia.
No campo secundário, temos outros intervenientes deveras interessantes e apelativos como é o caso da própria Blanche de Belfort que face a sua disparatada personalidade e espírito enganador incita o leitor a conspirar contra o seu maquiavélico plano; ou o grupo masculino do qual Louis faz parte, composto por Pierre de Forchemont, Gaston de Montblanc, Laurent de Juy e Marcel Bachelard que, no conjunto, formam um séquito humorístico bastante aliciante e apreciável; ou ainda Marie de Thievenaz com o seu lado mais maternal para com Louis e até Catherine, suscitando assim uma empatia instantânea entre personagem e leitor ou, ainda, a pequena Sophie com a sua fragilidade inerente, tagarelice constante e alma enternecedora.

Os cenários, esses, são magníficos! Matilda Wright encaminha o leitor tanto pelo luxo de Paris com os seus bordéis e festas para um leque restrito de participantes como pela modesta mas igualmente requintada vista do Vale de Loire, com as suas paisagens idílicas e sossego típico do campo. As descrições dos locais e acção são estupendas, conferindo uma sensação bastante palpável da realidade de tirar, por completo, o fôlego ao leitor que, no seu íntimo, só desejava poder, também ele, experienciar em primeira mão.

Escrito com uma beleza avassaladora, Aposta Indecente trata-se de uma obra que não conseguirá parar de ler até ao virar da última página. E mesmo assim, quando arrumar o livro na estante e se deixar levar pelo quotidiano da vida e por outras leituras, continuará a sentir a presença de tão intensos personagens e ofuscante autora. Aposta Indecente exerce um fascínio no leitor complicadíssimo de explicar, mas não há dúvidas de que está lá, bem embrenhado no fundo do coração de toda a mulher que se deixar deliciar com tão fantástica narrativa. Mais uma excelente aposta da Livros d’Hoje, que vem integrar uma colecção que, a mim, já me conquistou há muito.

Novidade 1001 Mundos - "Deusa do Mar", P. C. Cast

Da autora bestseller da série Casa da Noite

Título: Deusa do Mar
Autoria: P. C. Cast
N.º Páginas: 384

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,50€

Sinopse: Christine Canady, CC, é sargento da Força Aérea e no dia do seu 25.º aniversário, já depois de uns quantos copos de champanhe a mais, faz uma dança em cima do balcão do bar pedindo à deusa da terra um pouco mais de magia na sua vida.
No dia seguinte, o seu voo com destino ao médio oriente, num C-130, termina num desastre com o avião a despenhar-se no Oceano. Quando pensava que o seu destino estava traçado e a sua morte era certa, ela apercebe-se de que está a respirar debaixo de água e se encontra perante a mais bela sereia que poderia imaginar. 
Concedendo à sereia o desejo de ser humana, elas trocam de consciência e em breve CC vê-se imersa nas intrigas da corte das sereias, e com dificuldade em resistir aos encantos do pretendente real. 
Mas, o desejo de voltar a terra vai fazer com que CC se cruze com o cavaleiro dos seus sonhos, vendo-se envolvida num arrebatador triângulo amoroso. 

Sobre a autora:
P. C. Cast nasceu no Midwest, e cresceu em permanente viagem entre Illinois e Oklahoma, onde se apaixonou por cavalos da raça Quarter e por mitologia. Depois de terminar o liceu ingressou na Força Aérea Norte-Americana e começou a escrever. Terminada a sua comissão na Força Aérea, lecionou em liceus durante quinze anos até se retirar para se dedicar à escrita a tempo inteiro. As suas obras já venceram inúmeros prémios. Cast vive em Oklahoma com a sua fabulosa filha, o seu gato mimado e os seus adoráveis Scotties.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Darling Jim - O lado negro da sedução, Christian Mørk



Título Original: Darling Jim
Autoria: Christian Mørk
Editora: Editorial Presença
Coleccção: Grandes Narrativas, N.º 515
Nº. Páginas: 312
Tradução: Manuela Madureira


Sinopse:

Darling Jim é um romance de estreia soberbo, que entretece com mestria thriller psicológico, suspense romântico, mistério policial, terror, lendas de cariz popular e contos de fadas e sobrenaturais num enredo coeso e fascinante. Tudo começa com o aparecimento dos cadáveres de duas irmãs e da tia de ambas, assassinadas numa casa de Malahide. O mistério que envolve a sinistra descoberta parece insolúvel, mas quando Niall, um jovem carteiro, descobre o diário de uma das irmãs e decide fazer uma investigação por conta própria, a verdade começa a ver à luz do dia. Uma história de amor trágica e um bardo dos tempos modernos parecem ter estado na origem dos crimes. Malicioso e irresistível, um romance que nos fala dos perigos de nos apaixonarmos pela pessoa errada. 


Opinião:

Uma narrativa sedutora, uma história perturbante – em palavras simples, é deste modo que caracterizo Darling Jim, obra de estreia do autor dinamarquês Christian Mørk.
Dotado de uma linguagem lírica e cativante, ainda que, por vezes, o autor se deixe levar pelo entusiasmo que a própria escrita de um romance origina no seu criador, Darling Jim é uma obra com todo o potencial para entreter um leque diversificado de leitores, pois, nas suas páginas, podemos encontrar um pouco de todos os géneros, desde a infinita busca por um assassino até às incompreensões e devoções de um amor impossível. Dividido em perspectivas e diários, é o modo como está escrito que verdadeiramente apela à curiosidade do leitor que, ao debruçar-se no enredo, não pode deixar de constantemente se questionar sobre os caminhos percorridos por tão carismáticas personagens femininas e predadores homens.

Tudo começa com o aparecimento de duas irmãs e respectiva tia, mortas. Terá sido suicídio? Talvez assassinato? O que terá acontecido?
A dúvida e receio pelo pior instalam-se logo ao fim dos primeiros parágrafos quando, tão perfeita e delicadamente, é apresentada uma vila pacífica onde é comum o carteiro entrar nas casas das pessoas para um cafezito matinal. No entanto, dentro dessa suposta normalidade, reside uma pequena contrariedade na pele de uma mulher “estrangeira” que se faz passar por cordeiro quando, o mais provável, é ser... um lobo.
Pelas principais vozes de Fiona e Róisín, o leitor vai descobrindo lentamente as peças que perfazem este inquietante puzzle de imenso poder psicológico, em que não só três vidas foram ceifadas e muitas perguntas ficaram para responder no que diz respeito ao motivo de tal atrocidade como, de igual modo, se esconde a palavra-chave de todo o crime, num segredo terrível sobre lendas, mitos e um homem sedutor de nome Jim.

O ponto forte do enredo reside no poder e força das duas protagonistas. Os seus diários são estonteantemente sufocantes, tanto no discurso dos perigos sentidos como do ambiente familiar e de união pelo qual passaram e, consequentemente, sofreram. É também nos diários que a verdadeira acção do livro se desenrola, sendo assim, e obrigatoriamente, estas as duas componentes que, sem dúvida, mantém o leitor preso à leitura.
Relativamente a outras personagens, e a nível pessoal, fiquei consideravelmente agradada com Aoife. O seu espírito rebelde e o facto de não se importar, nem um pouco, com o que os outros pensam, foi um dos aspectos que mais me atraiu. Contudo, confesso não ter ficado completamente satisfeita com o seu desfecho. A expectativa era para algo grandioso, impossível de acontecer, inacreditável... infelizmente, ficámo-nos por uma situação complicada, sim, mas algo previsível tendo em conta os acontecimentos passados.
Gostei igualmente das irmãs Fiona e Róisín, principalmente desta última visto possuir um espírito irreverente e algo inquieto, colocando-se, inúmeras vezes, à beira do próprio abismo. Finalmente, também fiquei minimamente deleitada com Jim, nomeadamente no que diz respeito à sua emocionante habilidade de contador de histórias.

Fica também um destaque merecido para a capa que, com o vermelho misturado nos tons sépia, capta a atenção do leitor com relativa facilidade. Em junção com um título sugestivo e uma sinopse apelativa, Darling Jim seduz duplamente pela critica estrangeira e promete apelar não só à consciência de quem se atrever a debruçar-se pelas suas páginas como, igualmente, abalar o íntimo até do mais calmo dos leitores.

Quero ainda agradecer à Editorial Presença pelo convite e oportunidade de ler este livro bem antecipadamente da sua data de lançamento, assim como pelo convívio e troca de ideias, comentários e opiniões possibilitados pela página criada especificamente para a publicação e orientação do pequeno leque de leitores desta obra. Só tenho pena que a iniciativa não tenha tido o melhor desfecho, visto algumas das normas colocadas pela editora não terem sido plenamente cumpridas. 


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