quarta-feira, 21 de julho de 2010

Imperfeitos, Scott Westerfeld





Título Original: Uglies
Autoria: Scott Westerfeld
Editora: Vogais & Companhia
Nº. Páginas: 325
Tradução: Carla Nunes


Sinopse:

Num futuro não tão distante quanto isso, não há guerras, nem fome, nem pobreza. O mundo é perfeito. Todos são perfeitos. Pelo menos, depois de completarem 16 anos. Qualquer um pode ter a aparência de um supermodelo... e que mal haveria nisso?
Tally Youngblood mal pode esperar pelo seu décimo sexto aniversário, altura em que será submetida à cirurgia radical que a transformará de uma mera Imperfeita para uma deslumbrante Perfeita. Uns lábios bem delineados, um nariz proporcional, um corpo ideal... é tudo o que sempre quis. Já para não falar que uma vida de diversão nem paraíso de alta tecnologia espera por si.
Mas quando a sua melhor amiga decide virar as costas a esta vida perfeita e foge, Tally descobre um lado inteiramente novo do mundo dos Perfeitos – e que, por sinal, nada tem de perfeito. É então forçada a fazer a pior escolhe possível: encontrar a amiga e traí-la ou perder para sempre a possibilidade de se tornar Perfeita.
Seja qual for a sua decisão, a sua vida nunca mais será a mesma.


Opinião:

Este foi um daqueles livros que eu quis logo a partir do momento em que lhe pus a vista em cima. Adorei a capa, adorei a sinopse e tinha quase a certeza de que ia adorar o seu conteúdo, ou seja, comecei esta leitura com as expectativas muito lá em cima. Fiquei desapontada? Penso que não. Adorei? Também não. Posso dizer que gostei do que li mas foi uma daquelas leituras que, infelizmente, não me conseguiu encher as medidas. Foi-me muito difícil entrar na história e quando o fiz, foi ainda mais complicado encontrar um elo de ligação que me fosse prender do princípio ao fim.

Tally Youngbloog é uma jovem rapariga à beira dos seus dezasseis anos. Farta de ver todos aqueles que conhece viraram Perfeitos e mudarem-se para a cidade dos Recém-Perfeitos, começa a ansiar pelo dia em que também ela possa alterar o seu aspecto (que não a conforma) fazendo assim a cirurgia. No entanto, e quando pensa que tem de passar os restantes dias até ao seu aniversário sozinha, encontra uma amiga onde menos espera. Contudo, Shay é o seu aposto em quase tudo. Quase tudo porque a única coisa que efectivamente as une é o mesmo sentimento pela aventura e pela rebeldia. Fora isso, são completamente diferentes uma da outra – Tally quer tornar-se Perfeita o mais rapidamente possível e Shay não consegue entender que imperfeição vê Tally e, por isso, decide rebelar-se uma última vez fugindo da cidade e da cirurgia que se aproxima a passos vistos. É esta inesperada partida de Shay que põe Tally em apuros e que faz com que a verdadeira acção do livro se comece a desenrolar.

Não vou contar mais porque isso seria retirar o natural encanto que a escrita de Scott Westerfeld tem ao se ler cada palavra. Infelizmente, ainda não tive oportunidade de pegar na trilogia Midnighters mas pelo que tenho lido, estes dois mundos são completamente distintos.
Uglies é decididamente marcado por um forte conceito de sociedade e beleza. O que é Belo? E quem decide o que é Belo? É correcto transformar todos os jovens, todos os adultos, em meros fantoches desprovidos de pensamento próprio? Será isso suficientemente justificativo para que se viva num mundo sem guerra ou fome?
O que mais gostei neste livro foi a sua componente reflexiva. As semelhanças desta sociedade altamente tecnológica com a que hoje em dia vivemos é impressionante e como tal, ler esta história serve-nos de exemplo para reflectir na degradação estética a que cada dia caminhamos.
Gostei mesmo muito deste livro embora, como disse, não tenha sentido grande ligação com as personagens. É uma muito boa história. Criativa. Impulsiva. Fascinante. Uma novidade para mim. 

2 comentários:

Clube dos Livros disse...

Fiquei ainda mais curioso pelo livro :p

Guerreiro disse...

Infelizmente, o livro do Stephen King foi uma desilusão. Este autor é um dos meus preferidos, já li livros anteriores e adorei. E também gosto de vampiros. Mas esta história não me prendeu, nem me senti ligado com os personagens... Talvez seja por ser o segundo romance do autor, ainda em inicio de carreira. Mas, olha, o Rui do tal blog gostou. Pode ser que te sucede o mesmo. Não sei...

Relativamente à trilogia de beleza, estava curioso e agora com a tua opinião, também fiquei com o pé atrás... lol ;-)

Beijinhos e boas leituras também para ti!

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