terça-feira, 13 de julho de 2010

Errar é Divino, Marie Phillips




Título Original: Gods Behaving Badly
Autoria: Marie Phillips
Editora: Editorial Presença
Colecção: Lado B
Nº. Na Colecção: 5
Nº. Páginas: 281
Tradução: Ana Mendes Lopes


Sinopse:

Se os deuses são imortais, onde será que vivem e o que será que fazem em pleno século XXI?
A resposta poderá  surpreendê-lo. Sim, os deuses do Olimpo estão vivos, mas, como os seus poderes já não são o que eram porque já ninguém os venera, o seu dia-a-dia é muito pouco lisonjeiro. Forçados a coabitar numa casa decrépita em Londres há já vários séculos, vêem-se também obrigados a dedicar-se a ocupações terrivelmente mundanas: Artemisa passeia cães, Dionísio é DJ numa discoteca, Afrodite atende chamadas eróticas e Apolo trabalha como apresentador de televisão. Mas por causa de uma briga entre estes dois últimos, nada vai voltar a ser como dantes. Afrodite pede a Eros que dispare uma das suas setas contra Apolo para se vingar dele... e o caos instala-se. Apolo apaixona-se por uma mera mortal e, quando os dois mundos chocam, as consequências são hilariantes. Errar é Divino é um romance encantador e inteligente que lhe proporciona inúmeros momentos de boa disposição.


Opinião:

Errar é Divino foi um livro que me suscitou interesse e curiosidade a partir do momento em que li a sua sinopse. Deuses do Olimpo a viver em condições precárias juntamente com humanos? Só podia ser sinónimo de uma coisa – uma história divertida e propícia ao riso incontrolado.

Essencialmente o livro conta a história dos vários Deuses do Olimpo e do seu modo de vivência agora que vivem na Terra, juntamente com os humanos. Centra-se especialmente em três Deuses – Apolo, Artemisa e Afrodite, e em dois mortais – Alice e Neil.
A peripécia chega-nos quando Afrodite persuade o seu filho Eros, que se converteu ao catolicismo, a lançar uma das suas setas de amor contra Apolo. Este, indefeso ao poder do outro Deus, acaba por se apaixonar por Alice, que é uma humana, e que, por sua vez, se vê bastante próxima de Neil. Pelo meio disto, levamos com situações descritivas das profissões dos novos Deuses – Artemisa dedica a sua vida aos animais, desta vez passeando cães; Dionísio deixa de fabricar exclusivamente vinho e dedica-se, também, à musica; Afrodite faz uso da sua sensualidade e sexualidade para atender uma linha erótica privada; e Apolo é, momentaneamente, apresentador de TV (fazendo parte de um programa chamado “O Oráculo de Apolo” – será coincidência?).  

No seu mais puro conteúdo, é uma história divertidíssima e nova. Uma lufada de ar fresco no meio de tantos vampiros, lobisomens, zombies e anjos, e como nunca antes tinha lido uma ficção acerca de Deuses do Olimpo, foi para mim também uma novidade.
Gostei do enredo. Da escrita simples. Da leitura frenética. Ri-me imenso mas infelizmente a narrativa chegou a um certo ponto que, na minha opinião, se tornou mais séria e perdeu um pouco da sua alegria inicial. Contudo, não deixa de ser um livro bastante leve e engraçado, óptimo para o Verão. Uma muito boa aposta da Presença. 
Recomenda-se. 

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