Título Original:
The Twelve
Autoria: William Gladstone
Editora: Pergaminho
Nº. Páginas: 256
Tradução: Joana Assunção
Sinopse:
Este romance extraordinário e inesquecível conta a história de Max, um herói invulgar que é lançado pelo destino numa viagem à descoberta do segredo por detrás da antiga profecia Maia sobre o final dos tempos – previsto para 21 de Dezembro de 2012.
Em criança, Max vivia isolado num mundo feito de padrões numéricos e cromáticos, e só começou a falar aos seis anos de idade. Aos quinze anos sofreu uma experiência de quase-morte durante a qual tem uma visão que lhe revela os nomes de doze pessoas. Embora não consiga compreender o sentido desta revelação, Max sente que tem um significado profundo: todos Os Doze parecem estar ligados entre si e todos eles têm um papel a desempenhar no momento em que o mundo chegar ao fim.
Através de várias aventuras espectaculares em Jerusalém, Atenas, Londres, Índia, Istambul, China, Japão e México, vai sendo revelado aos leitores como Max e Os Doze cumprem a missão que o destino lhes reserva: descobrir o verdadeiro sentido da misteriosa data de 21 de Dezembro de 2012.
Estará a antiga profecia Maia correcta? Estará de facto próximo o fim do mundo tal como o conhecemos? Ou haverá um sentido oculto, mais profundo e misterioso, para esta profecia arcana?
Combinando elementos do thriller, do romance iniciático e da literatura esotérica, Os Doze é um dos livros mais invulgares e cativantes dos últimos tempos.
Opinião:
Os Doze é um daqueles livros que marca pela diferença. Abordando um tema que cada vez mais está na moda – o fim do mundo ditado pelo calendário maia – William Gladstone conseguiu criar uma narrativa incrivelmente fluida, com leves e interessantes pitadas de aventura, proclamando uma busca incessante pela sobrevivência da humanidade e pela descoberta efectiva d’ Os Doze (conjunto de pessoas cuja missão é unir-se e salvar a Terra da destruição).
Admito não ter estado à espera de um estilo narrativo extenso, pouco propício ao dialogo explícito mostrando, ao invés, um género de narrador sempre presente, que nos conta a história do seu personagem principal, Max, e respectivos companheiros como se de um conto de fadas se tratasse. Embora, ao princípio, este tenha sido um dos aspectos negativos que mentalmente apontei na leitura deste livro, uma vez chegado ao seu final, penso que se o mesmo tivesse sido escrito de maneira diferente o seu profundo impacto teria sido totalmente inverso e oposto. Agora, aponto com todas as certezas este aspecto como um dos pontos mais altos de toda a obra.
Outra das características positivas foi o facto de o escritor levar o leitor por todo um mundo de descoberta e misticismo com cidades e países como Londres, Índia, China, Jerusalém, etc., como pano de fundo. Adorei conhecer todos estes locais esotéricos e cheios de energia que nunca antes tinha sonhado existirem.
Penso que, acima de tudo, a aventura de Max é como que uma mensagem para que o leitor aprenda a viver a sua vida ao máximo, a aproveitar todas as oportunidades que lhe são dadas e a deixar-se embarcar por um destino já de si traçado. O importante, após a leitura deste livro, é acreditar que podemos ser melhores pessoas, melhores amigos, melhores pais, melhores irmãos, melhores tudo! E que, face um planeta que, a passos largo, caminha em direcção a uma desgraça universal, é necessário mudar alguma coisa para que 21 de Dezembro de 2012 não seja o final do mundo mas sim o começo de uma nova Era, com mais bondade e alegria.
Recomendo a leitura deste livro pela forte mensagem e profundo conhecimento que alberga. Não é todos os dias que, enquanto leitores e enquanto pessoas, nos podemos deixar levar por uma viagem e por uma aventura tão conhecedora e deslumbrante como esta. Foi, é e será, sem dúvida, um livro que me marcou.