Referência incontornável na vida cultural portuguesa, António Victorino d’ Almeida é conhecido sobretudo pela sua produção artística e literária (são muitas e variadas as suas incursões pelo mundo da música, do cinema, da literatura ou da televisão). Porém, Ao Princípio era Eu, a sua autobiografia, mais do que evocar todo esse percurso dá antes a conhecer o homem por detrás do profissional respeitado e multifacetado que é.
Mais do que revelar “o homem dos sete instrumentos”, como é conhecido, a autobiografia de António Victorino d’ Almeida mostra (em histórias e fotografias do seu álbum particular) o homem que era antes de se ter transformado naquilo que é hoje: uma das maiores figuras do panorama cultural português das últimas décadas. A infância, a juventude, a entrada na idade adulta, as primeiras paixões, está tudo nas mais de 600 páginas, fora extratextos, de Ao Princípio era Eu.
António Victorino Goulart de Medeiros e Almeida nasceu em Lisboa a 21 de Maio de 1940. Aluno de Campos Coelho, finalizou o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa com 19 valores e diplomou-se em Composição pela Escola Superior de Música da cidade de Viena.
Pianista, compositor e maestro, é ainda autor da adaptação para teatro musicado de A Relíquia, de Eça de Queirós, e realizou o filme A Culpa - primeira longa-metragem portuguesa a vencer um festival de cinema no estrangeiro (Huelva, 1980).
Como escritor, publicou, entre outros, Histórias de Lamento e Regozijo, Coca-Cola Killer, Um Caso de Biografia, Polissário, Tubarão 2000, Memória da Terra Esquecida, O Que é a Música, Toda a Música que eu Conheço (2 vols.), Os Devoradores de Livros e Músicas da Minha Vida.
Escreveu, apresentou e realizou mais de uma centena de documentários culturais para a televisão, foi membro do júri do Concurso de Piano de Moscovo e é actualmente Presidente do Sindicato dos Músicos Portugueses.
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