domingo, 31 de janeiro de 2016

Snow Like Ashes, Sara Raasch [Opinião]




Título Original: Snow Like Ashes
Autoria: Sarah Raasch
Série: Snow Like Ashes, #1
Editora: Balzer + Bray
N.º Páginas: 416 

Sinopse
Sixteen years ago the Kingdom of Winter was conquered and its citizens enslaved, leaving them without magic or a monarch. Now, the Winterians’ only hope for freedom is the eight survivors who managed to escape, and who have been waiting for the opportunity to steal back Winter’s magic and rebuild the kingdom ever since.
Orphaned as an infant during Winter’s defeat, Meira has lived her whole life as a refugee, raised by the Winterians’ general, Sir. Training to be a warrior—and desperately in love with her best friend, and future king, Mather — she would do anything to help her kingdom rise to power again.
So when scouts discover the location of the ancient locket that can restore Winter’s magic, Meira decides to go after it herself. Finally, she’s scaling towers, fighting enemy soldiers, and serving her kingdom just as she’s always dreamed she would. But the mission doesn’t go as planned, and Meira soon finds herself thrust into a world of evil magic and dangerous politics – and ultimately comes to realize that her destiny is not, never has been, her own.


Opinião
Durante meses e meses andei à procura do momento certo para me entregar à leitura deste romance da fantasia. E nem quis acreditar quando a oportunidade surgiu em meados deste mês, numa leitura conjunta à qual deixo o meu agradecimento – o empurrão extra que indubitavelmente precisava para finalmente retirar este livro da estante. 
Snow Like Ashes é um daqueles raros exemplos em que não consigo sequer colocar em palavras o quanto ansiava, e desejava, ler. Com uma capa magnífica, que me fascina de toda a vez que olho para ela, e elementos fantásticos que me deixaram mais do que curiosa, folheá-lo seria uma questão de tempo, ainda que a expectativa, essa, fosse sempre crescendo, e crescendo, e crescendo. 

O mundo que Sara Raasch criou neste que é um sonho seu de criança é mais do que suficiente para me agradar e deixar satisfeita. Adoro, por completo, a divisão entre reinos sazonais e reinos repletos de estações, e a forma como a magia se encontra dividida pelos oito, exercendo o seu poder e atracção, e tomando um lugar de destaque neste primeiro volume da trilogia. 
Winter foi destruído pela força e ganância sombrias de Angra, Shadow of the Seasons e rei de Spring. Todos os habitantes que não pereceram face a determinação bruta dos soldados de Spring encontram-se agora escravos em campos de trabalho espalhados por todo o reino. Somente 25 pessoas sobreviveram ao ataque que matou Hannah, rainha de Winter, mas não o seu herdeiro directo. E dessas 25 almas, algumas já foram apanhadas pela morte que Angra persiste em oferecer aos Winterians. 
Meira nasceu em Winter mas toda a sua vida cresceu em cidades dispersas e tendas improvisadas. Sir é a pessoa que mais quer agradar, e Mather o futuro rei que não consegue esquecer. Até que uma série de acontecimentos muda tudo... e Snow Like Ashes mostra o potencial da criatividade de Raasch numa história que oferece um pouco de tudo. 

Fora toda a componente envolvente do mundo que Raasch criou para esta obra, e que uma vez mais friso que me deixou absolutamente vidrada, o resto do todo deixa um pouco a desejar. O início deste enredo é algo abrupto, recheado de informação que poderia ter sido disponibilizada mais espaçadamente, e de indecisões pessoais de Meira que se mostram repetitivas. A partir do instante em que Spring entra na acção, como parte integrante do texto, o entusiasmo e interesse crescem e a vontade de continuar a percorrer as páginas intensifica-se. Porém, Meira continua uma protagonista algo instável, com fortes mutações a nível de pensamento, e gestos, momentos de destaque e protagonismo, que se resolvem demasiado depressa dada toda a história, e dúvidas, e receios que a envolve. 

Outro ponto menos satisfatório e que veio deixar um sabor algo agridoce é o triângulo amoroso que se inicia em Snow Like Ashes e que, aparentemente, irá passar para o livro que se segue, Ice Like Fire. Mather é o futuro rei e por isso compreende-se a distância que tem de haver entre dois adolescentes que sempre se conheceram e que cresceram juntos, mas gostava que a autora tivesse dado um pouco mais de destaque a esta personagem e que a mesma se tivesse mostrado mais – mais da sua personalidade, mais dos seus defeitos, mais do que de si é pretendido. Já Theron, o outro lado do triângulo, é aquele tipo de príncipe cujo passado algo sofrido o tornam a figura perfeita. Quase que fica a sensação de que Theron é da maneira que é propositadamente, que a sua paixão pela arte, e o seu amor pelo que é correcto, e a sua virtude para com o seu povo foram assim ditados para que o leitor pendesse a sua balança para o lado dele – e talvez por isso, não me convenceu por completo. Secretamente, admito que desejo que Theron se revele o absoluto contrário do que é, ou que mostre um lado menos exímio, mais duvidoso e misterioso. Há que ter esperança! 

Raasch tem uma escrita detalhada e rica, como eu gosto de encontrar num romance de fantasia a roçar o épico, e um modo de transmitir o pensamento interno da sua protagonista muito transparente e real. Ainda assim, gostava que tivesse havido mais consistência e que o uso da repetição fosse ligeiramente inferior, com um pouco mais de pormenor em momentos mais rápidos e um pouco menos de realce em introspecções que já anteriormente tinham servido o seu propósito. 
No final de contas, fica uma sensação de satisfação. Não foi um começo extraordinário nem aquilo que verdadeiramente estava à espera, mas o mundo cumpre o que promete, as personagens têm bastante potencial e a escrita de Raasch é distinta o suficiente para me manter interessada. Os pequenos pormenores em torno da magia e das linhagens são magníficos e o desfecho permite antever uma trilogia que ainda tem muito para dar.

«Someday we will be more than words in the dark.»

Snow Like Ashes, Sara Raasch [Book Trailer]


Um mundo absolutamente extraordinário, que vale a pena conhecer. 

sábado, 30 de janeiro de 2016

Um Caso Tipicamente Inglês, Elizabeth Edmondson [Divulgação]

Elizabeth Edmondson está de volta ao mercado português com mais um deslumbrante romance

Título: Um Romance Tipicamente Inglês
Autoria: Elizabeth Edmondson
Série: Selchester, #1
Editora: ASA
N.º Páginas: 368
PVP.: 16,90€

Sinopse
Numa encantadora vila rural inglesa, o Castelo de Selchester definha. A II Guerra Mundial terminou há pouco, e nos imponentes salões restam apenas os ecos de glórias passadas. É um destino pouco apetecível para Hugo Hawksworth, oficial dos Serviços Secretos a quem é confiada a missão de organizar os arquivos do castelo. O jovem chega acompanhado pela irmã mais nova, Georgia, por quem é responsável desde a morte dos pais. Ambos antecipam uma estadia entediaste e desconfortável. 
Estão enganados. 
A vida no campo é uma surpresa. Rodeados de aristocratas altivos e grandiosas mansões, empregados excêntricos e vizinhos indiscretos, os irmãos sentem que mergulharam noutra era. Mas rapidamente se deparam com segredos, intrigas familiares, uma ou outra traição e... o esqueleto do Conde de Solchester, cujo desaparecimento numa noite de tempestade permanecia envolto em mistério. A polícia encerra o caso sem grandes demoras. Hugo, no entanto, não se deixa convencer. Com a ajuda de Freya Wrytun, a tentadora sobrinha do conde, lança-se numa investigação cujas sombrias implicações irão agitar todos os que o rodeiam. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A Pura Verdade, Dan Gemeinhart [Opinião]




Título Original: The Honest Truth
Autoria: Dan Gemeinhart
Editora: Editorial Presença 
Colecção: Diversos, N.º 313
N.º Páginas: 256

Sinopse
Mark é um rapaz normal em quase todos os sentidos. Tem um cão que dá pelo nome de Beau, e Jessie, a sua melhor amiga. Gosta de fotografia e de escrever poemas no seu caderno. O seu sonho é escalar um dia uma montanha. Mas há algo nele que o torna uma criança diferente das outras. 

Mark está doente. Tem uma doença da qual muitos não recuperam e que o obriga a constantes idas a hospitais e a fazer tratamentos. Por tudo isto, Mark decide fugir de casa. Leva consigo a sua máquina fotográfica, Beau e um plano: alcançar o cume do monte Rainier, mesmo que isso signifique a última coisa que irá fazer.


Opinião
Estava mesmo a precisar de um livro assim – que me inundasse o espírito de alegria, me fizesse encarar a vida com outros olhos, me ensinasse uma lição como nenhuma outra igual e me fizesse abraçar o mundo com um renovado sorriso e sentimento de esperança. A Pura Verdade é como um ensinamento para miúdos e graúdos, cuja história, intemporal, deixa a mensagem de que tudo é possível, de que o sangue e a amizade são vitais, de que o amor é, muitas vezes, incondicional, e de que vale sempre a pena lutar, acreditar na nossa vontade, nos nossos sonhos. 

Mark está doente. Metade da sua vida foi passada em hospitais e tratamentos. Mas ainda assim guarda o sonho de um dia cumprir a promessa que fez ao seu avô, a de subir uma montanha e, no topo dessa longa e árdua escalada, decidir o seu próprio futuro – ser dono de si mesmo. 
A Jessie, Mark deixa um adeus especial – afinal de contas, não há mentiras nem segredos entre melhores amigos. Aos seus pais, uma simples nota. A Beau, o seu pequeno mas destemido companheiro de quatro patas, deixa a promessa de uma vida em conjunto até ao fim. Ao mundo, Mark deixa a exclamação de mostrar que ainda é capaz, que não precisa de ninguém e que irá subir ao topo do monte Rainier. E essa é a pura verdade. 

Ainda sinto o coração quente devido a esta história alternada entre duas perspectivas – a primeira pessoa de Mark nesta que será uma aventura de uma vida, e a terceira pessoa dos seus pais e de Jessie que aguardam, em desespero, um sinal de que tudo irá correr bem e de que Mark irá, eventualmente, voltar para casa. 
A voz do nosso protagonista é abrasadora – e rapidamente se torna impossível o leitor não se compadecer com a situação que vai desvendando aos poucos. A coragem, a determinação e a vontade em lutar por mais que Mark demonstra no decorrer da história são impressionantes e é, no mínimo, inspirador. Nem por um segundo Mark questiona o seu propósito, e nem por um instante Mark coloca, seriamente, a hipótese de voltar para a segurança do presente que odeia, embora ame as pessoas que estão à sua volta. A sua condição é especial e ao longo do caminho até ao seu destino Mark encontra uma série de intervenientes, e situações, de cortar a respiração e que o ajudarão a crescer enquanto pessoa. E que crescimento ele sofre

Adorei cada pormenor que Dan Gemeinhart criou em torno da sua história e das suas personagens. A reviravolta final, aquele momento que nos faz completar o ciclo de A Pura Verdade, foi genial, e confesso que não poderia ter havido melhor desfecho que não aquele da incerteza – e esta é uma incerteza que eu não quereria de outra maneira. 
Gemeinhart tem uma escrita bela, quase poética, que embeleza e enriquecer sobremaneira o tipo de narrativa que quer trespassar. Para os mais jovens, este é um livro simples mas que lhes ensinará mil e uma lições sobre a vida. Para os adultos, esta é aquele tipo de obra que não se esquece, e que se quererá passar de geração em geração. Uma aventura deslumbrante de um rapaz de doze anos e do seu cão em busca de uma liberdade etérea. Uma história de amizades inquebráveis, promessas escritas no tempo –, de paz e emoções, de desejos e quereres, de tudo o que é impossível mas está absolutamente ao alcance da nossa vontade. Ah, e de haikus. E essa é a pura verdade. 


Para mais informação ou aquisição desta obra, visite o site da Editorial Presença, aqui.

A Pura Verdade, Dan Gemeinhart [Divulgação]


Uma história extraordinária sobre a aventura de um jovem rapaz doente com o seu cão em busca da verdade no topo do monte Rainier. 

domingo, 24 de janeiro de 2016

The Rest Of Us Just Live Here, Patrick Ness [Opinião]




Título: The Rest Of Us Just Live Here
Autoria: Patrick Ness
Editora: Walker Books 
N.º Páginas: 352

Sinopse
What if you aren’t the Chosen One?
The one who’s supposed to fight the zombies, or the soul-eating ghosts, or whatever the heck this new thing is, with the blue lights and the death?
What if you’re like Mikey? Who just wants to graduate and go to prom and maybe finally work up the courage to ask Henna out before someone goes and blows up the high school. Again.
Because sometimes there are problems bigger than this week’s end of the world, and sometimes you just have to find the extraordinary in your ordinary life.
Even if your best friend is worshipped by mountain lions.


Opinião
É um poderoso murro no estômago quando as promessas exteriores de um livro criam expectativas gigantescas que o conteúdo não consegue, nem de longe e nem de perto, alcançar. É precisamente assim que me sinto de toda a vez que penso em The Rest Of Us Just Live Here – uma ânsia horrorosa face a indiferença que esta história deixou em mim. 
A premissa por trás deste romance young adult é magnífica. Nunca antes me tinha deparado com uma trama que gira em torno do que se encontram à volta d’O Escolhido em detrimento dos actos heróicos do grande protagonista da obra. Penso que esta foi uma ideia de génio, e que poderia ter sido tão mais bem explorada, e desenvolvida, se nos dedos de outro escritor. 

Não vos consigo explicar o quão curiosa estava com esta obra – nem a tamanha desilusão quando, ao fim de mais de 100 páginas, cheguei à conclusão de que a história em si não me ia levar a lugar nenhum. A escrita nada tem a ver com a minha absolutamente perfeita e encantadora primeira experiência com Patrick Ness – Sete Minutos Depois da Meia-Noite trata-se de um livro que guardarei sempre com especial fervor –, mostrando-se estática, demasiado simples e directa, repleta de clichés; e as personagens, bidimensionais e sem qualquer vinco de personalidade, não me tocaram, não me sensibilizaram, nem tão pouco espicaçaram em mim aquela curiosidade essencial para que uma leitura se torne um acto agradável. 

Penso que em linhas gerais The Rest Of Us Just Live Here é uma sátira aos inúmeros romances contemporâneos e de fantasia que se focam na ideia do The One e no quão comum esta figura se apresenta embora possua habilidades extraordinárias que o levará a salvar o mundo. Porém, não houve um único elemento de interesse que verdadeiramente enriquecesse esta obra e que a fizesse destacar-se das demais. É de louvar a diversidade que Patrick Ness colocou no seu enredo, mas tendo em conta a sua quantidade e o seu grau de qualidade e real desenvolvimento, quase que coloco a questão de esta componente ser, também, uma sátira no sentido em que Ness aborda toda uma série de temas importantes, como a homossexualidade, doenças mentais, problemas de ansiedade e de pertença, quando, tantas outras obras, não versa sobre nenhum. É como se todas as variáveis que tornam um romance diverso estivessem presentes nesta obra, mas sem nenhuma ser explorada a sério.

Este livro foi tão meh que, sinceramente, nem sei bem o que mais escrever sobre ele. Demorei demasiado tempo a percorrê-lo e acreditem que só o terminei pois até à última página guardei a esperança de que algo diferente, e único, e indiscutivelmente singular acontecesse e mudasse por completo a minha opinião sobre a leitura. 
O enredo em si é aborrecido, sem quaisquer picos de conflito e interesse; as personagens não têm mais do que uma camada de personalidade; a escrita é fraca com diálogos demasiado juvenis para a faixa etária do livro; e o intuito da obra, a mensagem final, continua um verdadeiro mistério para mim. Não sei o que é que se passou pela cabeça de Patrick Ness quando decidiu escrever esta ideia desta forma tão... meh. Estou desiludida, muito desiludida. 

Os 100, Kass Morgan [Divulgação]

«Misterioso e excitante, uma combinação perfeita de Os Jogos da Fome com O Deus das Moscas.»
Booklist

Título Original: The 100
Autoria: Kass Morgan
Série: Os 100, #1
Editora: Topseller
N.º Páginas: 288
PVP.: 16,99€

Sinopse
Há muito tempo, a superfície da Terra foi arrasada por uma guerra nuclear. Os poucos sortudos que conseguiram sobreviver refugiaram-se a bordo da Colónia, uma estação espacial que orbita o planeta. 
Cem anos após ter sido a salvação da Humanidade, a Colónia está em perigo. Os aparelhos que garantem a renovação do oxigeno na estação espacial estão a falhar, e não há como os substituir. A última esperança da Humanidade reside em 100 jovens seleccionados entre criminosos, para regressar à superfície da Terra e descobri se o planeta pode de novo ser habitado. 
Depois de tanto tempo, estes serão os primeiros humanos a pisar a Terra. Mas estação na verdade sozinhos? Terão todos os seres vivos perecido durante o longo inverno nuclear, ou será que algo se esconde nas sombras das grandes florestas que agora cobrem toda a Terra?

«É fácil ficar preso a este enredo pleno de tensão, onde um grupo de jovens tenta criar uma nova sociedade na terra. Mas onde não deixa de haver espaço para a intriga e o romance.»
Publishers Weekly

Sobre a autora:
Kiss Morgan é licenciada pela Universidade de Brown, nos Estados Unidos, e tem um mestrado pela Universidade de Oxford. Trabalha como editora e vive em Nova Iorque. O seu bestseller Os 100 foi adaptado a série de televisão. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Revelada a Capa, #3 - Caminhos Sombrios, Sandra Brown

Esta é uma daquelas revelações exclusivas que me dá um enorme prazer trazer-vos, e que conta com o apoio da Quinta Essência, a quem eu agradeço a oportunidade. 

Gosto imenso das capas da Sandra Brown. Seguem um estilo muito próprio, que trazem ao de cima os perigos que o conteúdo, nas páginas, guarda. Adoro as cores deste visual em particular, e da sensação gélida que transmite – realmente, não haveria uma melhor época sazonal para lançar esta beldade. 


Título: Caminhos Sombrios 
Autoria: Sandra Brown
Editora: Quinta Essência 
N.º Páginas: 412
Data de Publicação: 2 Fevereiro, 2016

Sinopse
Emory Charbonneau é uma grande pediatra, respeitada enetre os colegas e estimada pela sociedade. Depois de uma discussão com o marido, Jeff, a jovem médica prepara-se para uma maratona e desaparece nas montanhas da Carolina do Norte. Quando Jeff comunica o seu desaparecimento à polícia, todas as pistas que Emory deixou desapareceram. O nevoeiro e o gelo põem um fim às buscas. 
Emory recobra a consciência, com um misterioso ferimento na cabeça, num local estranho. E na companhia de um homem cujo passado é tão sombrio que el não quer sequer dizer-lhe o seu nome. Sem telefone, sem internet, sem ninguém por perto, mas movida pelo medo, Emory está determinada a escapar a todo o custo do cativeiro. 
Inesperadamente, no entanto, os dois têm um encontro perigoso com pessoas que seguem um código de justiça própria. No centro da disputa está uma jovem desesperada a quem Emory não pode virar as costas, mesmo que isso signifique violar a lei. 
Quando o esquema do marido é revelado e o FBI se aproxima do seu captor, Emory começa a perguntar-se se o homem sem nome não será, na verdade, o seu salvador. 


Embora não seja autora que leia com frequência, é mais do que presença assídua na estante. Fiquei curiosa com este novo romance de Sandra Brown, e a capa só veio espicaçar ainda mais a vontade que tenho de pegar nesta história... em breve! 

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Fala-me de Um Dia Perfeito, Jennifer Niven [Opinião]




Título Original: All The Bright Places
Autoria: Jenniver Niven
Editora: Nuvem da Tinta
N.º Páginas: 360

Sinopse
Violet Markey vive para o futuro e conta os dias que faltam para acabar a escola e poder fugir da cidade onde mora e da dor que a consome pela morte da irmã. Theodore Finch é o rapaz estranho da escola, obcecado com a própria morte, em sofrimento com uma depressão profunda. Uma lição de vida comovente sobre uma rapariga que aprende a viver graças a um rapaz que quer morrer. Uma história de amor redentora.


Opinião
Há livros com uma capacidade extraordinária de destruir os seus leitores. 
No virar da última página, não sei o que se tornou de mim. As lágrimas eram mais do que muitas, o desespero intenso, sufocante, e a dor inexplicável. Fala-me de um dia perfeito não é, decididamente, um romance para corações sensíveis – como o meu! – mas é uma daquelas histórias intemporais, com temas que deveriam de ser mais frequentemente explorados, e que fala de uma realidade que nos atinge a todos, de uma ou de outra maneira. 

Este não foi um começo fácil. Jennifer Niven tem uma escrita bonita, que embala o seu leitor e que o faz esquecer do constante, e por vezes quase frenético, virar da página. A jovialidade, simpatia e humor da autora em si – que já tive o prazer de conhecer em pessoa – transparece em cada linha, e em cada frase deste enredo, e esse conforto insubstituível faz com que o leitor se emocione e se deixe ligar não somente com as temáticas retratadas como com as próprias personagens que tanto, mas tanto têm a oferecer. 

Theodore Finch não é uma figura comum. A sua excentricidade é bela, e poética, e absolutamente mental, talvez até mesmo doente, mas o seu íntimo, a sua força, a sua determinação são imbatíveis e o seu amor pelo excepcional, pelo misterioso, pelo tantas vezes incompreendido é, sem dúvida, contagiante. Ao início confesso que me foi um pouco difícil entender a sua personalidade, a sua extravagância, mas assim que me deixei levar pelos caminhos incertos e emoções turbulentas não houve como voltar atrás e vi-me, então, irremediavelmente apaixonada por esta personagem. 

Violet Markey é o reverso da medalha de Finch, sendo tudo o que este não é e aceita não ser. Popular, conscienciosa e em tudo cuidadosa, Violet segue a vida em bicos de pés com medo de que tudo à sua volta se desmorone – ainda mais do que já desmoronou. Mas é maravilhoso ver o seu desabrochar com a ajuda de Finch, ver o seu despertar para a vida, a sua vontade crescer, a sua normalidade voltar, o seu eu voltar a ser um eu completo e não somente um fragmento do que outrora foi. 

Estas duas personagens são a verdadeira alma e o real coração deste livro e sem ambas, sem as particularidades de cada uma, sem os seus desgostos, e os seus medos, e as suas manias, e os seus problemas, nada seria igual. 
Um autêntico tumulto de emoções, Fala-me de um dia perfeito aborda temas que o enriquecem ainda mais. Desde o suicídio juvenil, a desgostos familiares, passando por mortes precoces, bullying, agressão dentro do seu familiar, problemas do foro mental e a única e indescritível aventura da descoberta de si mesmo, este é um daqueles romances young adult que oferece muito para lá do entretenimento, muito para lá do que é bonito na idade jovem, e muito para lá do que genuinamente significa estar-se vivo. 

Houve um momento neste livro que arrasou por completo comigo – que me marcou, que me asfixiou, que fez o meu coração saltar uma batida e correr atrás do desconhecido. Esse momento, esse devastador instante, ainda que tenha dado lugar a um conjunto de páginas inquestionavelmente enternecedores, foi o que realmente me fez apaixonar por este livro. Eu já sabia que isso acontecer, conseguia senti-lo cá no íntimo, e nota-se que Niven vai deixando pequenas peças desse puzzle ao longo da sua história, mas quando aconteceu... não sei. Não quis acreditar, não quis continuar a ler, não quis aceitar que pudesse mesmo acontecer e essa sensação é o que de mais extraordinário um livro pode incidir num leitor. Niven encheu-me o coração de amor, e de beleza intricada, e de singularidades, e depois despedaçou-o impiedosamente – e eu adoro-a por isso. 

Fala-me de um dia perfeito trata-se de um romance que todo o jovem – adulto ou não – deveria de ler. Ensina que todos os dias podem ser perfeitos se estivermos dispostos a isso, e que quando temos um problema, quando não nos sentimentos confortáveis na nossa pele e na nossa mente, que devemos de procurar ajuda, e alivio, mesmo que essa liberdade se reproduza em algo incompreensível e misterioso. 

«Tu és todas as cores numa, com o brilho máximo.»

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Revelada a Capa, #2 - A Court of Mist and Fury, Sarah J. Maas

Foi hoje revelada a capa de A Court of Mist and Fury, sequela de A Cort of Thorns and Roses, de Sarah J. Maas, e deixem-me que vos diga que estou agradavelmente surpreendida. 

Adoro a capa de A Court of Thorns and Roses, principalmente a edição americana que se encontra com um estilo mais trabalhado e curioso, e embora o mesmo volte a acontecer com o segundo da série, devo dizer que adoro os tons, adoro a escolha do azul, e adoro todo o instinto épico que provém de tão apelativa imagem. 


Título: A Court of Mist and Fury 
Autoria: Sarah J. Maas 
Série: A Court of Thorns and Roses, #2
Editora: Bloomsbury US
N.º Páginas: 640
Data de Publicação: 3 Maio, 2016
Formato: Hardback 

Ainda não li o primeiro volume desta série – está, neste momento, à espera de vez na estante – mas tendo em conta que o lançamento de A Court of Mist and Fury está, razoavelmente, para breve, talvez esteja na altura de mudar o status de to be read para currently reading. 

sábado, 9 de janeiro de 2016

Entre as Páginas de... #16

... The Rest of Us Just Live Here, de Patrick Ness 


Não sei bem o que pensar deste livro. 
Faltam menos de 100 páginas para o derradeiro momento final e neste momento sinto-me absolutamente dividida entre o gostar e o não gostar tanto assim. Se por um lado adoro que esta seja uma espécie de sátira às inúmeras obras young adult onde existe um herói – com poderes sobrenaturais ou não –, por outro lado não consigo perceber onde é que o autor quer efectivamente chegar com esta narrativa, humor à parte, e qual a verdadeira história do livro. 
Estou dividida. Muito dividida. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Fala-me de Um Dia Perfeito, Jennifer Niven [Book Trailer]


Poderoso. Enternecedor. Comovente. 
Um romance imperdível de uma nova voz no mundo YA – embora não no universo literário – que visa mostrar como cada momento, cada breve instante, tem de ser vivido ao máximo. 

Quem já aventurou por estas páginas? 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Revelada a Capa, #1 - Heartless, Marissa Meyer

Iniciamos hoje uma rúbrica nova neste cantinho de pedaços de histórias, porque ano novo requer publicações novas. Revelada a Capa será uma rúbrica nacional e estrangeira, focada nas capas que vão sendo divulgadas, anteriormente à sua publicação no mercado, de livros que me interessam particularmente ou que apresentam algum tipo de particularidade curiosa. Inspirada em tantas outras rúbricas do género, Revelada a Capa não poderia começar da melhor forma... 

... Marissa Meyer é uma das minhas autoras favoritas, e a grande eleita dentro da fantasia retelling. Heartless será o seu mais recente romance fora da série Crónicas Lunares e podem encontrar em mim uma leitora (e fã) bastante entusiasmada. Aqui fica a capa, revelada hoje. 


Título: Heartless
Autoria: Marissa Meyer 
Editora: Feiwel & Friends 
N.º Páginas: 464
Data de Publicação: 8 Novembro, 2016
Formato: Hardback

Segundo a Entertainment Weekly, Heartless trata-se de um standalone, o primeiro da autora, que contará a história da Rainha de Copas, do universo literário de Alice no País das Maravilhas, mas numa época anterior à de Alice e a sua toca do coelho. Estou beyond words! 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Resultado do Passatempo Natal - Vermelho Como o Sangue + A Pura Verdade

Ano novo, resultado de passatempo em atraso... 

   

A sorteio esteve um exemplar do título Vermelho Como o Sangue, de Salla Simukka, mais um exemplar do título A Pura Verdade, de Dan Gemeinhart. Uma dupla bem interessante de leituras que visa agradar um vasto leque de leitores. 

Quero agradecer a todos os que participaram no passatempo e dizer que, caso não tenham saído vencedores, mais oportunidades virão no futuro. O segredo é nunca deixar de participar! 

Sem mais demoras, este prémio vai para: 
79. Marcos (...) Figueiredo, Proença-a-Nova

Os meus mais sinceros parabéns ao vencedor. 
Espero que desfrute de excelentes momentos na companhia destas páginas. 

sábado, 2 de janeiro de 2016

Confess, Colleen Hoover [Opinião]




Título: Confess
Autoria: Colleen Hoover
Editora: Atria 
N.º Páginas: 306


Sinopse
Auburn Reed has her entire life mapped out. Her goals are in sight and there’s no room for mistakes. But when she walks into a Dallas art studio in search of a job, she doesn’t expect to find a deep attraction to the enigmatic artist who works there, Owen Gentry.
For once, Auburn takes a risk and puts her heart in control, only to discover Owen is keeping major secrets from coming out. The magnitude of his past threatens to destroy everything important to Auburn, and the only way to get her life back on track is to cut Owen out of it.
The last thing Owen wants is to lose Auburn, but he can’t seem to convince her that truth is sometimes as subjective as art. All he would have to do to save their relationship is confess. But in this case, the confession could be much more destructive than the actual sin…


Opinião
De todos os romances de Colleen Hoover que tive o prazer de folhear, este é, muito possivelmente, aquele cuja ideia base e essência mais me agradou e fascinou. Adorei, em absoluto, toda a componente envolvente das confissões e do facto de a autora anunciar, no começo da obra, que estas não são, de todo, imaginárias e, em tudo, reais. A ambivalência dos segredos e das confissões presente nesta trama é algo que me fascina, pois mostra o verdadeiro carácter do ser humano e o modo como este se comporta no mundo real. Em Confess, Hoover levou esta temática a todo um completo novo nível e construiu, de forma sublime, um enredo perspicaz, envolvente e com um sabor muito especial a autenticidade. 

Gostei bastante das personagens deste livro. Auburn é uma protagonista de peso, interessante e que sabe cativar o leitor com os seus dilemas, acções e problemas familiares – assim como com os sentimentos que inexplicavelmente e tão rapidamente vê crescer por Owen. Nota-se um desabrochar da sua maturidade e da sua posição no mundo ao longo de todo o enredo e foi verdadeiramente único presenciar o seu ‘último acto de amor’, não somente para si e para o seu futuro mas também pelo bem estar de outros. 
Quanto a Owen, ainda que este não seja o meu protagonista masculino favorito de todos os romances de Hoover, a sua tenacidade é implacável e por isso não tive como não me deixar levar pela sua beleza interior e artística. Adorei a curiosidade ligada ao seu nome – sempre que anunciar a presença de Deus daqui para a frente irei lembrar-me deste livro, não há como o evitar – e as suas intenções, sempre genuínas, sempre misteriosas e sempre um tanto ou quanto sonhadoras. 

A arte presente nesta edição de Confess é absolutamente avassaladora. Admito que é um estilo que me atrai sobremaneira, subjugando o real e uma camada imaginária e colorida do que perfeito deverá ser. Gostei imenso das descrições dos quadros, das cores, dos tons, das pinceladas, dos significados e ainda mais das confissões que lhes deram vida. Algumas dessas confissões são arrasadoras e não há como não pensar nestas pessoas e no modo como as suas existências estão marcadas para todo o sempre, mas as confissões boas, os momentos enternecedores presentes em algumas delas, dão uma nova luz à obra e ao quotidiano de pessoas ‘normais’, comuns, enriquecendo a máxima de que tudo se encontra nos pormenores. 

Os romances desta autora são sempre um bálsamo para a minha alma, um refúgio para quando me quero esconder do mundo e um novo abrir de portas quando a ressaca literária ataca. Sou completamente apaixonada pela sua escrita – sempre viciante, sempre no ponto e na atitude certa –, pelas suas personagens – martirizadas por passados e presentes reais, palpáveis –, e pelos seus pormenores. Confesso que o twist relativamente ao que se passa na vida de Auburn não foi uma surpresa para mim. Já tinha ponderado essa possibilidade muito devido ao começo do livro e à ligação que esta mantinha com certas pessoas, mas não estava à espera do significado por trás do quadro que Auburn guarda de Adam, a última peça que recebeu deste. Isso sim apanhou-me desprevenida e fez com que um sorriso saudável e sabedor, carinho até, se desenhasse nos meus lábios. 

Escusado será dizer que Hoover será sempre uma autora à qual recorrei em qualquer momento da minha vida. Nos momentos tristes e nos instantes felizes, Hoover é sempre uma boa aposta e mal posso esperar por continuar a descobrir a sua imaginação, a sua escrita e as suas personagens. Gostei imenso deste livro e (uma vez mais) confesso que se encontra muito perto do meu favorito da autora, Amor Cruel (Ugly Love no original). Um excelente prenúncio neste começo de ano... só me resta esperar que todas as leituras sejam tão boas como esta. 
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