Título Original: Conspiracy 365 – July
Autoria: Gabrielle Lord
Editora: Contraponto
Nº. Páginas: 191
Tradução: Carla Alves
Sinopse:
Libertar-se da rede de pesca é a mais pequenas das preocupações de Cal, pois esperam-no inúmeros perigos no cais. Ele consegue esquivar-se da policia, mas fica em dívida para com o capitão do barco, e o preço a pagar é bem alto. Afinal, como pode ele continuar a investigar o testamento de Piers Ormond enquanto anda a amanhar peixe para recuperar a sua liberdade?
Cal vê-se então obrigado a procurar a sua tia-avó, a única que o poderá ajudar a prosseguir na sua busca. Só que, com os capangas do Sligo no seu encalço, decerto que o jovem não será a única visita inesperada que Millicent terá. Uma tempestade sinistra está prestes a rebentar. Deverá Cal expor outro familiar ao perigo?
O relógio não pára...
Cada segundo pode ser o último...
Algum tempo de ausência depois, voltei a pegar nesta série convicta de que iria encontrar acção e uma ou duas pistas que não só conduzissem Cal mas também a mim para um pouco mais perto de descobrir todo o segredo em torno da família Ormond. Foi igualmente com saudade que me debrucei neste expectante e deliciosamente agitado mês de Julho, voltando a experienciar o que é estar na pele de um jovem de quinze anos cuja sobrevivência é constantemente dificultada. Cada vez mais certa de um desfecho negro para este rapaz, foi com curiosidade e uma certa adrenalina receosa, que percorri as páginas deste sétimo volume, esperando por que, novamente, Cal conseguisse escapar com vida. Escusado será dizer que Gabrielle Lord voltou a superar todas as expectativas, continuando, no seu tom jovem e cinematográfico, não só a cativar o público como, decerto, a ganhar novos seguidores.
Mesmo após quase morrer afogado, parece que a sorte não quer abandonar as costas de Cal. Apanhado numa rede de pesca e submetido às vontades do capitão do barco, o jovem Ormond consegue escapar à policia mas, em contrapartida, encontra-se indeterminadamente preso ao trabalho árduo de carregar caixotes e mais caixotes de peixe. Quando finalmente vê uma oportunidade de fuga, Cal aproveita-a ao máximo e, com todas as suas forças, apressa-se a alojar-se no mais requintado tecto que encontrou desde que se viu prisioneiro da mentira que o persegue. Será com a ajuda de Boges e de Winter que, uma vez mais, Cal tentará solucionar alguns dos enigmas que não só o têm vindo a pôr em perigo como também levaram a pessoa que mais adorava no mundo – o seu pai. Conseguirá ele sobreviver a mais um mês?
Gostei bastante desta sétima abordagem a todo o drama e secretismo envolvente da vida de tão jovem rapaz. Passeando por diversos cenários, centrando-se nas personagens que verdadeiramente elevam a série e mostrando um pouco mais de raciocínio e descoberta no que diz respeito ao Enigma, à Jóia e à Singularidade de Ormond, Conspiração 365 – Julho, é, certamente, uma boa adição de suspense e envolvimento por parte do público numa saga poderosamente alucinante e, sem dúvida, perfeita para iniciar muitos jovens no mundo da literatura.
Fica uma devida menção para a contínua relação de desconfiança entre Boges e Winter onde, gradualmente, o próprio leitor vai tendo a oportunidade de criar as suas próprias conclusões; para a sempre presente aglomeração de todas as peças do puzzle e que, indubitavelmente, se torna imprescindível pelo facto de somente ser lançado um livro por mês e, claro, para as surpresas totalmente inesperadas que vão surgindo um pouco ao longo de todo o livro, com especial destaque para o final do enredo onde um dos males começa a apresentar uma outra forma...
Foi sinceramente agradável e entusiasmante voltar a rever algumas personagens que, ao longo de todos estes meses, me têm vindo a conquistar pelos mais variados motivos e é por isso que, nos próximos dias, conto actualizar as opiniões em atraso desta brilhante série juvenil criada pela mente imaginativa de Gabrielle Lord e editada pela sempre diferente e única Contraponto.
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