sexta-feira, 25 de março de 2011

hush, hush, Becca Fitzpatrick



Título Original: hush, hush
Autoria: Becca Fitzpatrick
Editora: Porto Editora
Nº. Páginas: 319
Tradução: Alcinda Marinho


Sinopse:

Apaixonar-se não fazia parte dos planos de Nora Grey. Nunca se sentira atraída por nenhum dos rapazes da sua escola, apesar da insistência de Vee, a sua melhor amiga.
Então, aparece Patch. Com um sorriso fácil e uns olhos que mais parecem trespassar-lhe a ama, Patch seduz Nora, deixando-a completamente indefesa.
Mas, após uma série de encontros assustadores com Patch, que parece estar sempre onde ela está, Nora não consegue decidir se há-de cair-lhe nos braços ou fugir sem deixar rasto.
Em busca de respostas para o momento mais confuso da sua vida, Nora dá consigo no centro de uma antiga batalha entre imortais. E quando é chegada a altura de escolher um rumo, a opção errada poderá custar-lhe a vida.


Opinião:

hush, hush é revigorante, intenso e profundamente penetrante. Embora aborde uma temática actualmente muito em voga, os anjos, penso que, dentro de uma escala mais adolescente e juvenil, é um romance que promete e cumpre. Temos outras obras às quais podemos comparar esta estreia de Becca Fitzpatrick, não só dentro do mesmo tema como em “áreas” diferentes da literatura fantástica, mas, pessoalmente, penso que esta obra tem muito conteúdo e muitos pormenores em que se destaca. Apesar de as suas personagens principais serem adolescentes do 10.º ano de escolaridade, a mentalidade e a abordagem apresentada no romance é bastante adulta e madura. Os problemas, esses, são comuns a todos os mortais — tudo se resume a um amor que não deveria de existir e a uma fatalidade cada vez mais difícil de executar —, e mesmo assim é incrível a forma como a escrita suave e delicada de Fitzpatrick tem o poder de não só cativar como involuntariamente persuadir o leitor a continuar a demanda da leitura até ao fim.

Nora Grey é a típica adolescente americana com a leve excepção de nunca antes se ter sentido verdadeiramente apaixonada. Tem boas notas, uma amizade vincada com Vee (o seu oposto mas, ao mesmo tempo, praticamente sua gémea), uma casa só para si e perspectivas futuras enraizadas e decididas. Por isso, quando algo invulgar como a troca de lugares na aula de Biologia a faz sentar-se juntamente com o rapaz novo lá da escola, sedutoramente atraente e de sorriso fácil, e que, inexplicavelmente, parece saber tudo sobre ela, Nora toma gradualmente consciência de que a sua vida não mais será a mesma. É nesse momento, quando conhece o bonito Patch, que os horrores e os sustos começam — Nora é perseguida, agredida, pressionada e ameaçada —, e nem quando tudo parece recomeçar a entrar na ordem, ela se sente menos assustada. O problema é que os seus sentimentos para com Patch são uma confusão dos diabos. Tanto sente receio do seu passado obscuro e perigoso como, ao mesmo tempo, basta um olhar ou um sorriso para que os joelhos falhem e a respiração pare. A acrescentar uma melhor amiga desvairada que só aceita encontros invulgares com um aluno e um ex-aluno de uma escola rival que as duas conheceram num café, um professor de Biologia que, ao mesmo tempo, é treinador de educação física e que, como tal, não parece ter as ideias todas no lugar, e uma arqui-inimiga que passa o seu maravilhoso tempo a antagonizar Vee, Nora Grey vê-se subitamente rodeada de dúvidas, assombros e muito, muito medo.
Apesar de a sinopse dar a ideia errada de que a história de todo o livro se centra, exclusivamente, no romance crescente entre Nora e Patch, a verdade é que a narrativa tem muito mais para oferecer a um leitor que goste do tema dos anjos e que, de igual forma, não se importe de reviver a juventude de uma rapariga algo vulnerável e, por vezes, confusa. Todo o mistério envolvente é arrepiante, e quando o leitor julga ter encontrado o desfecho da história, eis que algo novo e inesperado acontece. Até à última página a acção é arrebatadora, incansável, inesgotável, e o ritmo é intenso, impaciente. Gostei dos segredos escondidos no armário de todas as personagens, pois não é só Patch quem constantemente aparenta guardar assuntos inacabados e, de preferência, esquecidos. Todas as personagens, umas de forma mais evidente outras menos, fazem um esforço enorme por resguardar aquelas pequenas particularidades que receiam ser descobertas, e que neste livro se traduzem em pormenores muito interessantes.

hush, hush foi, para mim, uma leitura agradável e rápida. Logo ao fim do prólogo já estava mais que agarrada à história e quando o começo propriamente dito provoca uma ou duas gargalhadas verdadeiras, fica difícil esconder o agrado e o impulso que a leitura alberga. Um livro que mistura mistério e romance, horror e amor, num equilíbrio perfeito, e uma história onde os anjos não são bem o que e quem aparentam ser…  
Gostei. 

4 comentários:

Volturi Guard disse...

li este livro há cerca de um ano e amei, acho impossivel não ficarmos apaixonadas pelo Patch :)

e o segundo também é excelente ;)

Pedacinho Literário disse...

É verdade, o Patch é sensacional. Gostei deste e estou a adorar o primeiro ... em breve postarei a opinião. :)

Obrigada pela visita ;)

Juanitah Nunes disse...

adquiri este livro mal foi lançado em Portugal e desde então que me tornei uma enorme fã! nunca mais e' outubro para o silence chegar a casa :P

Papaiach disse...

Estou ansiosa que chegue o silêncio a Portugal, adorei o crescendo e o Hush Hush.
E adoro o Pash!

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