Autoria: Rei Abdullah II da Jordânia
N.º Páginas: 384
PVP.: 18,90€
Sinopse: É praticamente inédito um rei ainda no poder escrever as suas memórias, abordando sem rodeios os problemas mais críticos que enfrenta. O rei Abdullah II decidiu fazê-lo agora por um sentimento de grande urgência, pela convicção de que a janela da paz entre Israel e os Palestinianos se fecha a grande velocidade. Governando a Jordânia há doze anos, o seu país desempenha um papel central nos debates estratégicos sobre o conflito israelo-árabe, o Iraque, o Irão e o terrorismo. Ele próprio é um actor incontornável nas negociações de bastidores.
O rei Abdullah II escreve em A Nossa Última Esperança que conseguir a paz não é o seu único desafio. “Entre os nossos maiores desafios encontram-se a reforma política e a melhoria das nossas economias. Precisamos de aprender a fazer aquilo que o resto do mundo quer comprar e subir o nível de vida dos nossos povos”. A única forma eficaz de combater o extremismo é, sustenta o monarca, providenciando empregos e educação adequada. “Não conseguimos suportar tantos jovens rapazes desempregados”. O papel das mulheres também não escapa à sua análise. “É inaceitável que metade da sociedade se veja privada dos seus direitos, que metade da força produtiva seja forçada a ficar em casa”, escreve.
Mas é na hipótese de “associação destes parceiros potenciais como geradores de uma potência económica regional”, no impacto que isso teria sobre a paz, que o soberano revela o seu pensamento profundamente visionário. “Pensemos num mundo onde a capacidade empresarial israelita, o profissionalismo jordano, o empreendedorismo libanês e o nível educativo dos palestinianos pudessem ser combinados eficazmente”.
“Fizemos muitos nos últimos onze anos, mas sou o primeiro a admitir que o caminho a percorrer ainda é longo. Infelizmente, a política tem evoluído de forma um pouco tímida, andando dois passos para a frente e um para trás. A reforma económica tem sido uma prioridade para mim… Acredito desde sempre que não é possível atingir todo o seu potencial enquanto não fizer parte de uma agenda de reformas políticas, sociais e administrativas mais abrangentes… Sei que o futuro da Jordânia dita que caminhamos para uma crescente democratização”, escreve o Rei Abdullah.
Desde que chegou ao poder, assistiu a quatro guerras, acreditando, por isso, que chegou o momento da verdade. Os palestinianos aguardaram durante demasiado tempo, e pacientemente, pela promessa de que os Acordos de Oslo se traduziriam num Estado soberano. Mas a sua paciência está a esgotar-se. Intimista, intenso, sem barreiras e cheio de histórias surpreendentes, A Nossa Última Esperança é um apelo fervoroso a que se tomem as difíceis – mas necessárias – decisões para instaurar uma paz duradoura antes que seja demasiado tarde.
As receitas de A Nossa Última Esperança revertem integralmente para um fundo destinado à atribuição de bolsas a jovens carenciados que desejem entrar para a Academia Real.
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