Título Original: Sailing to Capri
Autoria: Elizabeth Adler
Editora: Quinta Essência
Nº. Páginas: 338
Tradução: Inês Castro
Sinopse:
Daisy Keane embarca no Blue Boat...
Quando o magnata inglês Sir Robert Waldo Hardwick morre de forma misteriosa num acidente de viação, deixa uma carta a nomear seis pessoas que suspeita lhe tenham desejado a morte. Daisy Keane e o investigador Harry Montana juntam-se para levar os suspeitos (e os outros convidados como manobra de diversão) num fabuloso cruzeiro pelo Mediterrâneo, com todas as despesas pagas pelo falecido Sir. Robert. O mistério aumenta à medida que vão aportando em Monte Carlo, Saint-Tropez e Sorrento. E as reviravoltas inesperadas são apenas o princípio.
... e inesperadamente encontra o homem da sua vida.
Por fim, chegam à bela Villa Belkiss em Capri, onde será lido o testamento de Sir Robert... e o assassino desmascarado.
Com a beleza da paisagem do Yorkshire, as estâncias do Mediterrâneo e o magnífico iate de cruzeiro, mais a atracção intensa entre o solitário Harry Montana e a desconfiada Daisy, as paixões inflamam-se e o encanto da Villa Belkiss deslumbra. Ninguém escreve viagens maravilhosas ou suspense como Elizabeth Adler.
Opinião:
A minha estreia na escrita e nos mundos de Elizabeth Adler não podia ter sido melhor. Em Viagem a Capri encontrei um romance fabuloso, narrado de uma forma simples e muito directa, com elaboradas e belíssimas descrições paisagísticas e diferentes pontos de vista dentro de um vastíssimo leque de personagens, com um suspense quase sempre presente mas apresentado de uma forma algo romântica, o que acaba por, constantemente, se tornar rejuvenescedor e interessante.
Quando Sir Robert Hardwick vislumbra uma Daisy Keane deslocada e “perdida”, não resiste à tentação de oferecer uma boa refeição a uma mulher bonita. O que Daisy não sabe é que, durante esse jantar, toda a sua guarda e controlo vai ser posta à prova. Agradado com o que encontra, Robert deixa na mesa a proposta de trabalho da sua vida – sem marido, sem dinheiro e a ter de se governar sozinha, Daisy deixa-se socumbir aos desejos de Robert e aceita trabalhar para ele. O que daí advém rapidamente se transforma em algo mais do que uma mera relação empregado/empregador; Daisy e Robert tornam-se muito mais íntimos e chegados e, facilmente, acabam por se amar um ao outro. Contudo, como a vida não é eterna, algo inesperado acontece: Robert morre num acidente de viação, nos Estados Unidos, numa noite em que Daisy se encontra impossibilitada de o acompanhar. Escapando então à morte, cabe a Daisy realizar o último desejo de Robert – convidar seis pessoas que ele acredita terem sido capazes de o matar e levá-los num cruzeiro até Capri onde, durante a viagem, com a ajuda de Harry Montana, um investigador, Daisy terá de descobrir qual o verdadeiro culpado. Somente no último dia o seu testameno será lido, um factor importante que veio ajudar a aliciar os suspeitos a embarcar nesta fantástica e paradisíaca aventura.
Viagem a Capri deixou-me completamente inspirada pelas suas descrições e paragens e incrivelmente rendida a toda a trama e mistério que se desenvolve em redor das personagens. É espantosa a forma como Elizabeth Adler acaba por, de alguma maneira, dividir o seu romance em duas partes distintas: numa primeira parte encontramos uma narrativa discreta, focada em Daisy, nas consequências que esta terá de enfrentar com a morte de Robert, e na complicada tensão que rapidamente se origina entre ela e Harry Montana, enquanto que numa segunda parte é-nos mostrado todo um incrível mundo de sabores, odores e beleza, com um suspense intricado à mistura, decididamente centrado na perspectiva de deixar o leitor quase a pular do sofá por descobrir o assassino e saber o conteúdo do testamento, ainda que continuamente delineado em redor do relacionamento conturbado inicialmente apresentado.
Elizabeth Adler conseguiu surpreender-me. Não estava, de todo, à espera de encontrar uma obra cujas magníficas descrições, personagens divertidos e misteriosos, e escrita “policial” com um tão claro toque de romance fosse pregar-me ao sofá a percorrer página atrás de página como se o amanhã não existisse. Adorei esta aventura e espero, num futuro próximo, ter oportunidade de ler os restantes romances desta maravilhosa escritora. Fiquei deliciada com esta capa e totalmente satisfeita com uma narrativa capaz de tanto fazer o leitor suster o fôlego como de se lhe aquecer o coração.
Aconselho a autora e, principalmente, aconselho o livro.
5 comentários:
Permita-me a minha opinião acerca deste livro. Acabei de o ler e não partilho da sua opinião. Salvam-se as descrições dos variados ambientes e mesmo aí, a escrita parece um pouco forçada.
Não o considero um romance, nem um policial porque nem como romance, nem como policial me satisfez.
Fraquinho, muito fraquinho.
Olá, Soneca
Cada um é como cada qual e, assim sendo, é normal que as opiniões sobre livros iguais sejam, efectivamente, diferentes. Eu gostei do livro, tal como referi na opinião. No entanto, não sou grande conhecedora do trabalho da autora pelo que, acredito, que possam haver outros livros dela no mercado melhores que este. No entanto, para mim foi um romance que me proporcionou belas horas de leitura. Porém, aceito a sua opinião, embora não concorde com ela. :)
Olá!
Obrigada por ter respondido!
Tem toda a razão quando diz "cada um é como cada qual...". Que seria do amarelo se todos gostassem do azul, não é?
Continuação de boas leituras! :)
Eu adorei este livro! Li-o todo num dia e no dia seguinte fechava os olhos e parecia que "via" as personagens, de tal maneira elas se tornaram reais para mim! toda a ideia de contrução da história, está fantástica! Já é o 2º livro que li desta autora: casamento em Veneza- também é fantástico, tanto pelo enredo como pela construção das personagens!
Joana,
Este foi o primeiro que li da autora e também gostei imenso, principalmente por esses aspecto que referiste - realismo nas personagens e descrições. Estou curiosa com a autora e actualmente tenha cá em casa, em lista de espera, "Encontro na Provença".
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