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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Lançamento Grey, com a Lua de Papel [Curiosidades]

Ninguém é indiferente a E. L. James nem à trilogia pela qual o seu nome se tornou um sussurro constante entre leitores. Quer se ama, quer se odeie, Fifty Shades é uma das séries mais lidas em todo o mundo, alcançando línguas, costumes e idades diversas, ao explorar o que de mais selvagem e primitivo o ser humano possui e ao espicaçar a curiosidade de tantas milhares de mulheres – e homens também, suponho – desejosos de uma leitura diferente, de algo que quebre a rotina e o convencional, e que os leve a não querer pousar um livro. 


Grey pode ser As Cinquentas Sombras de Grey na perspectiva do jovem e milionário Christian, mas há quem diga que é muito mais – como uma abertura para a mente obsessiva e demasiadas vezes impulsiva e ciumenta de um homem que nunca sonhou ver-se numa relação baseada no amor – e não somente no sexo.

À Lua de Papel – assim como ao Grupo LeYa – tenho a agradecer um final de tarde único, pontuado por uma ocasião muito especial, e que privilegiou esta vossa leitora com uma cópia final de Grey dois dias antes do seu lançamento oficial. Vários foram os momentos recheados de luxo e glamour, assim como de surpresas com a chegada, de helicóptero, de um Christian Grey ‘português’ que veio entregar, em primeira mão, às suas submissas um exemplar do seu mais recente livro. 

Entre champanhe, música e vários dedos de conversa, dia 8 de Setembro fica marcado, aos presentes, pelo ambiente festivo e altamente singular de um lançamento literário como nenhum outro em território nacional. A Lua de Papel soube como marcar a diferença e isso viu-se pela campanha publicitária com que ofereceu, a nove submissas, a oportunidade de integrar, e encabeçar, a festa, e por toda a comunicação social que por lá esteve, sempre a fotografar, sempre a filmar, sempre a exibir uma ambiência de riqueza e ostentação muito próprios de Mr. Grey. 

Para além de à editora, agradeço ainda à representante do Pedacinho que, como podem ver nesta fotografia, esteve mais do que bem acompanhada – pelo Mr. Grey mas não só! 

Aos mais esquecidos, relembro que Grey já se encontra à venda nos locais habituais desde dia 10 de Setembro, data que marca o aniversário de Anastasia Steele, ou, para os mais conhecedores desta série, Mrs. Grey. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

terça-feira, 25 de setembro de 2012

As Cinquenta Sombras de Grey, E. L. James [Opinião]




Título Original: Fifty Shades of Grey
Autoria: E. L. James
Editora: Lua de Papel
Nº. Páginas: 547
Tradução: Ana Álvares & Leonor Marques


Sinopse:

Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta - os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor?


Opinião:

O amor é uma coisa estranha. É um sentimento que não se mede, que não se vê, e que somente se sente, se agarra, se abraça e com o qual se enlouquece, se esquece, se aceita e se abdica. O amor é vitorioso, é etéreo. É profundo e, por vezes, extremamente físico. Mas o amor é também ciúme, é controlo. É uma tensão maravilhosa que se espalha pelo corpo, que desvaira a mente, que se camufla por trás de uma necessidade insana, irracional, se possuir, de ter. O amor...
O amor são cinquenta tonalidades de uma mesma emoção, de uma mesma alma. São cinquenta nuances de aquiescência, cinquenta vontades de um mesmo mistério, de uma mesma forma de prazer. São cinquenta sombras de... tudo.

As Cinquenta Sombras de Grey trata-se de uma narrativa sedutora, inebriante, sobre um casal de amantes improváveis, de amantes que se cruzaram por força e obra do destino e que, em conjunto, exploram os vários caminhos da intimidade através de uma relação pecaminosa recheada de dor e prazer. Entre a cedência de um e a carência do outro, esta é uma história envolvente, sôfrega, que transporta o leitor para o interior de uma afinidade promíscua, devoradora, onde a submissão e o domínio físico e mental são a base que move as personagens.
E. L. James coloca a qualidade do texto narrativo em segundo plano e, ao invés, centra-se na intensidade apaixonante e provocadora conferida ao desenvolvimento da trama em si. Nada é deixado ao acaso, tudo é sentido ao máximo, e, de forma simples, quase banal até, a autora guia o seu admirado espectador em torno da essência crua, da sexualidade pura, sentida pelo casal principal, instigando assim à leitura com sublimes contornos de descrições insinuantes e carnais acompanhadas por um estilo elementarmente fácil.

Feito de provocações, de emoções contraditórias, de recuos e avanços num sensualismo inteiramente novo tanto para uma como para a outra figura principal, este é um romance que prima pela carga emocional e dramática que cultiva. Ao longo das suas páginas muito é deixado a descoberto, mas também a real natureza que constitui Christian ou a falta de clareza que obscurece uma mente tímida e ingénua como a de Anastasia são enigmas, perguntas cuja resposta se encontra longe do leitor, escondida em dois volumes que ainda estão para vir.
Este é um livro persuasivo. É um livro que entorpece a mente, que aquece a alma e que deixa um burburinho na pele. É um livro provocador ainda que, ocasionalmente, ofereça alguns laivos de romance, de ternura, de conforto. Acima de tudo, trata-se de um enredo pontuado pelos desejos ardentes de uma personagem que se sente incompleta fora de um «quarto vermelho da dor», que se sente insatisfeita com a simplicidade da intimidade a dois, com o sabor a baunilha que a monotonia e o hábito podem conferir a um contrato, a um acordo puramente sexual tecido entre dois adultos. Porém, é também uma trama que evidencia a virgindade inexplorada e o frenesim da primeira paixão, do primeiro vislumbre de algo prazenteiro, de algo inesquecível. Uma fragrância única que mistura o poder da sexualidade de um homem dominante, de um homem rico e culto, com a inocência e singeleza de uma jovem estudante cuja aprendizagem está longe de se ver terminada.

De matizes modernas, com avanços tecnológicos claros em contraste com a simplicidade da mulher que muito pouco ou nada tem, As Cinquenta Sombras de Grey oferece incontáveis horas de uma leitura descontraída mas, e sempre, emotiva, sensacionalista. Acima de tudo, este é um livro sobre duas pessoas que não sabem ao certo como digerir um amor, uma afeição que cresce a olhos vistos. É um livro sobre um homem que não tem como deixar um passado tenebroso para trás, que não tem como esquecer. E sobre uma mulher que luta por um lugar especial, que luta por uma relação que perdure, que seja mais do que física, mais do que meramente sexual.
Quando a mim, confesso que estava à espera de algo mais, de algo ligeiramente diferente, mais cru, mais violento aos sentidos. Gostei dos contornos que a autora conferiu às suas personagens, apreciei o modo como desenrolou todos os acontecimentos em torno da obsessão de Christian, da sua necessidade premente de controlo, e simpatizei com a personalidade desta figura, com o seu modo de estar, de agir. Contudo, Anastasia não me conseguiu conquistar e, por isso, mesmo querendo ler o volume que se segue – As Cinquenta Sombras Mais Negras – admito a possibilidade de não ter sido tão «afectada» pela febre de Grey como, possivelmente, outras leitoras o foram. Ainda assim, a curiosidade persiste...

Uma aposta polémica por parte da Lua de Papel, que tem vindo a surpreender com algumas das suas publicações mais «extravagantes». Originando toda uma renovada moda na literatura romântica/erótica, não restam dúvidas de que este é um toque, um género e um fenómeno que veio para ficar. Apesar de tudo, das pequenas falhas próprias de uma primeira obra, de algumas semelhanças com uma das sagas mais famosas da fantasia juvenil – e de onde todas estas ideias surgiram –, e do reduzido cuidado para com a linguagem utilizada, posso dizer que gostei e que, em certa medida, aconselho a todos os leitores mais curiosos e sedentos por uma leitura diferente. 

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