domingo, 6 de julho de 2014

Shadowfell, Juliet Marillier [Opinião]




Título Original: Shadowfell
Autoria: Juliet Marillier
Editora: Planeta Manuscrito
Nº. Páginas: 381


Sinopse:
Na terra de Alban, onde o jugo tirânico de Keldec reduziu o mundo a cinzas e terror, a esperança tem um nome que só os mais corajosos se atrevem a murmurar: Shadowfell. Diz a lenda que aí se refugia uma força rebelde que lutará para libertar o povo das trevas e da opressão.
E é para lá que se dirige Neryn, uma jovem de dezasseis anos que detém um perigoso Dom Iluminado: o poder de comunicar com os Boa Gente e com as criaturas que vivem nas profundezas do Outro Mundo. Será Neryn forçada a fazer esta perigosa viagem sozinha? Ou deverá antes confiar na ajuda de um misterioso desconhecido cujos verdadeiros desígnios permanecem por esclarecer?
Perseguida por um império decidido a esmagá-la e sem saber em quem pode confiar, Neryn acabará por descobrir que a sua viagem é um teste e a chave para a salvação do reino de Alban pode estar nas suas próprias mãos.


Opinião:
É com um certo peso no coração que começo a escrever esta opinião, e tudo porque, ao longo de todos estes anos enquanto ávida apreciadora de fantasia tenho somente escutado maravilhas sobre os mundos criados por Juliet Marillier, no entanto, agora que finalmente dei o ‘primeiro passo’ necessário à descoberta decidindo assim aventurar-me por algumas das suas páginas, não é com um sorriso no rosto e um brilho especial no olhar que termino esta leitura — é, e isso sim, com um pesar inimaginável e inigualável, uma vez que dificilmente voltarei a pegar numa obra desta autora, pelo menos num futuro próximo.

Estou desiludida. Muito, muito desiludida. Confesso que estava à espera de algo extraordinário, de uma viagem única pelas terras da fantasia épica e da magia, com personagens absolutamente encantatórias e um misto de criaturas fascinante — contudo, tudo o que encontrei foi uma escrita aborrecida, uma figura principal desprovida de quaisquer traços de personalidade e uma jornada que pouco ou nada me interessou. Nem mesmo o rico leque de personagens secundárias foi cativante o suficiente para me agarrar à leitura, e isso é dizer muito.

Honestamente, nem sei bem o que escrever sobre Shadowfell, a não ser que não cumpriu uma única das promessas que deixou latentes quanto ao seu conteúdo excepcional. Admito que a premissa que rege a história é interessante — a ideia de uma demanda quase impossível, altamente perigosa e capaz de salvar uma terra é algo que me impressiona, contudo, Neryn é fastidiosa com todos os seus pensamentos envolventes do seu estado sobrenatural, e das suas dúvidas quanto a Flint, e das suas incertezas quanto ao mundo em geral. Os diálogos, esses, foram parte da razão pela qual continuei a ler esta narrativa, sequiosa por um pouco de emoção, por uma descoberta, uma vingança, um engano... mas, até estes, ao fim de um tempo se tornaram maçadores, desprovidos de qualquer perturbação ou desordem ou outra sensação de entrega e mistério à trama em si.

A um nível inteiramente pessoal, penso que grande parte do problema deste livro poderia ter sido facilmente resolvido com o acréscimo de um segundo POV (point of view = ponto de vista), quem sabe até mesmo de Flint, proporcionando assim, à trama, um certo entusiasmo e novidade com vista a contrabalançar a monotonia que até os momentos de mais tensão experienciados por Neryn ao longo da sua viagem possuem. Talvez esta não tenha sido a melhor altura para ler esta obra e talvez esta não seja, também e mesmo, o melhor trabalho criativo da autora, porém, admito não dispor de grande vontade em continuar a folhear esta trilogia, com o segundo volume O Voo do Corvo. Os fãs de Marillier que me perdoem mas Shadowfell não foi, nem de perto nem de longe, o que eu esperava — e isto no mau, péssimo até, sentido.

2 comentários:

Bunny disse...

Vou-te ser sincera, começaste pela pior triologia que ela tem, conheço os livros todos deles, li tudinho inclusivé um que saiu na semana passada, e digo-te nada bate a saga sevenwaters....
lê a filha da floresta e vais ver que vais gostar, aí sim tens fantasia muito boa, mundo inimaginaveis... muito bom... esta triologia é muito... fraca

Pedacinho Literário disse...

Olá, Eve =)
Muita gente me tem dito que esta trilogia, quando comparada com a restante obra da autora, lhe fica muito atrás. Infelizmente, era o livro que tinha à mão e como andava curiosa já há tanto tempo pensei: porque não? Agora sinto aquela dificuldade em querer ler outra coisa da autora, sabes? Porque esta tentativa/experiência correu tão mal... Mas vou fazer um esforço e assim que possível vou experimentar a Saga Sevenwaters.
Obrigada pelo comentário! xD

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