Título Original: Nocturnus – Ascensão de Arcana, Tomo II
Autoria: Rafael Loureiro
Colecção: Via Láctea, nº. 83
Editora: Editorial Presença
Nº. Páginas: 179
Sinopse:
Neste segundo volume da Trilogia Nocturnus entramos uma vez mais num universo intenso de romance, aventura e emoções fortes. Passaram-se quase seis anos desde a derrota do tirado Alexandre Phoenix. Arcana floresce agora sob a regência de Janus MoonHunter. Mas, no seu íntimo, Daimon ouve ainda o sussurro que lhe segreda que algo está errado. Será que os 328 anos da sua existência estão a enlouquecê-lo lentamente? Um terrível acontecimento abate-se sobre os vampiros de Arcana: a Lei do Silêncio – “Não revelarás a tua verdadeira Natureza ao Homem” – é quebrada! A Daimon, Janus, Andrew, Lilia, Pandora e Ascelli juntam-se agora três outros vampiros, enviados a Arcana para ajudar a encontrar e punir aqueles que desafiaram quebrar a Lei. Mas também estes forasteiros guardam segredos, e estranhos acontecimentos levam Daimon a desconfiar que o culpado poderá estar mesmo a seu lado ...
Opinião:
Ascensão de Arcana era um livro que eu já ansiosamente aguardava fazia tempo. Li o primeiro volume desta trilogia, Memórias de um Vampiro, (a opinião pode ser lida aqui) em finais de Setembro do ano passado e até ao momento em que o segundo volume foi lançado a tortura da espera foi demais. A verdade é que entretanto o livro foi publicado mas a disponibilidade para o ler não se encontrava cá ... e por isso tive de aguardar mais tempo do que realmente esperava. Agora que finalmente o terminei, em pouco mais de um dia, posso expressar a minha opinião.
Neste segundo volume a história altera-se um pouco. A aventura permanece, assim como a desconfiança e o conflito, mas surgem três novos personagens: Terum Kassin, um vampiro sábio mas ao mesmo tempo louco, Charles Hawk, vampiro dotado de um porte altivo mas que esconde um passado e uma descendência por detrás de um nome falso, e Griffin RedSky, um vampiro de aspecto curioso que desconhece o que o seu antepassado e criador foi capaz de fazer aos seus Irmãos.
Com isto tudo, todos os vampiros que já nos tinham sido apresentados mais estes três, rumam a um silenciamento esperado e necessário quando a origem e a criação da sua espécie se torna pública. É assim que partimos para uma narrativa cheia de acção, peripécias e muito sentimento à mistura.
Confesso que parti para este livro com as expectativas muito em alta. Adorei o primeiro volume e como tal não esperava nada menos que um “magnífico” deste também. No entanto, e embora não tenha de todo desgostado do que li, penso que este volume ficou um bocado aquém do anterior. Senti um certo desenvolvimento na caracterização das personagens que já conhecíamos; Daimon demonstra claramente tudo o que está a sentir e a sua relação com Lilia favorece a narrativa. Janus mostra-se um pouco mais inocente e ingénuo do que aquilo que esperava e os restantes membros mantém as suas personalidades fortes e surpreendentes. Contudo, das três personagens que surgiram, penso que podia ter havido uma maior informação partilhada e ainda que isso tenha de certa forma acontecido, penso que não foi o suficiente. O mesmo falo de algumas das acções que ocorreram ao longo do livro. Senti que embora as coisas tenham sido explicadas, grande parte das missões se resolveram depressa demais, sem grandes complicações ou suspense.
Por fim, o último capítulo que se trata de facto de um Epílogo, deixa muita curiosidade no ar o que para mim é um aspecto bastante positivo. Ficamos algo renitentes e interessados em saber como Daimon e até mesmo Janus vão suportar o resto da eternidade que os acompanha.
Se gostaram do primeiro volume então recomendo que leiam este Ascensão de Arcana onde muitas das questões deixadas em aberto acabam por ser encerradas, abrindo outras. Embora tenha alguns aspectos menos positivos, não deixa de ser um livro interessante para quem gosta do género.
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