Título Original: The Left Hand of God
Autoria: Paul Hoffman
Editora: Porto Editora
Nº. Páginas: 396
Sinopse:
A sua chegada foi profetizada. Dizem que ele destruirá o mundo. Talvez o faça ...
“Escutem. O Santuário dos Redentores, em Shotover Scarp, é uma mentira infame, pois lá ninguém encontrará santuário e muito menos redenção.”
O Santuário dos Redentores é um lugar vasto e isolado – um lugar sem alegria e esperança. A maior parte dos seus ocupantes foi levada para lá ainda em criança e submetida durante anos ao brutal regime dos Redentores, cuja crueldade e violência têm apenas um objectivo – server a Única e Verdadeira Fé. Num dos lúgubres e labirínticos corredores do Santuário, um jovem acólito ousa violar as regras e espreitar por uma janela. Terá talvez uns catorze ou quinze anos, não se sabe ao certo, ninguém sabe, e há muito que esqueceu o seu nome verdadeiro – agora chamam-lhe Cale. É um rapaz estranho e reservado, engenhoso e fascinante. Está tão habituado à crueldade que parece imune a ela, até ao dia em que abre a porta errada na altura errada e testemunha um acto tão terrível que a única solução é a fuga.
Mas os Redentores querem Cale a qualquer preço ... não por causa do segredo que ele sabe mas por outro de que ele nem sequer desconfia.
Opinião:
O Braço Esquerdo de Deus foi, para mim, uma muito agradável surpresa. Tanto que nem dei conta do contínuo adiar da leitura até chegar ao fim e pensar: bolas ... quero mais! É um livro com uma escrita agressiva, rude e viciante. Capta a atenção logo pela sua capa e o interior não desilude nem um bocadinho.
Toda a história dos Redentores é fantástica e brilhante, altamente credível e, ao mesmo tempo, revoltante. O Império dos Materazzi, pessoas frias, idealistas e demasiado valorizadas, está muito bem construído e caracterizado. Contudo, confesso que certas partes, ao longo da história, se vão tornando algo monótonas ou cansativas pelas extensas descrições que o autor faz mas, nem um capítulo depois, já a acção voltou e a aventura que é seguir os passos de Cale, Henri Vago e Kleist assume a liderança das nossas emoções.
Gostei particularmente dos personagens: jovens rapazes fortes, habituados a lidar com uma dor e um sofrimento que não lhes devia nunca ser dirigido e, acima de tudo, dotados de uma persistência e coragem de se louvar. Não posso deixar de comparar Cale, o personagem principal, a Kvothe do livro O Nome do Vento, não pelos dotes mágicos deste último mas pela personalidade e traços fortes e destemidos que detinha em si.
Apesar das imensas páginas e de alguns comentários um pouco menos satisfatórios que fui encontrando pela internet acerca do conteúdo deste livro, posso dizer que O Braço Esquerdo de Deus lê-se muitíssimo bem e que é impossível não chegar ao final e ficar incrivelmente surpreendido. Os capítulos finais são um pulsar de adrenalina completo, com pormenorizadas e essenciais descrições e decisões que nos fazem prender o peito. Admito que não estava nada à espera do desfecho que este primeiro livro (de uma trilogia) teve e por isso mesmo não hesito em recomendá-lo sem quaisquer reservas.
Resumidamente, adorei lê-lo. Tem uma narrativa forte, com uma base muito bem delineada logo deste o início. Uma escrita perturbante. Personagens magníficas e apaixonantes, com passados terríveis e futuros que se mostram ser mais terríveis ainda. Basicamente, tem tudo o que um livro deste género precisa para se tornar grande.
A quem o ler, espero que goste tanto ou mais que eu. Sem dúvida uma aventura a não esquecer.
9 comentários:
Isso é que é entusiasmo! Estou a menos de 100 páginas do fim e também estou a gostar bastante.
Estou muito curiosa com o desfecho da história de Cale e dos seus amigos.
É mesmo Sofia. :) Gostei bastante da história e das emoções que o autor quis transmitir e apesar de não ser uma narrativa com episódios totalmente novos e frescos, mesmo assim acho que não vai desagradar aos adoradores de literatura fantástica.
Bem ... Vejo que estás quase a terminar a tua leitura. Depois quero saber o que achaste. :)
Devo estar no último quarto da história e estou a adorar. O seu comentário é tudo o que eu acho, tirando a parte da descrições que não acho demasiadas. Também recomendo sem reserva alguma.
Um ótimo livro, agradabilíssimo!!! Alguns trechos, como o próprio personagem, me fez lembrar o livro Capitães da Areia de Jorge Amado.
hum ja tenho o livro, acabadinho d echegar a minha prateleira, espero que nao me arrependa de o ter comprado e que realmente seja um bom livro com uma boa historia!! quem ja leu pode-me dar umas dicas...eheh
Um livro que me agarrou desde a 1ª página até à última.
Uma leitura fácil e muito agradável, cheia de aventuras e encruzilhadas nas vidas dos personagens; tal como gosto.
Estou ansioso por ler o 2º livro.
excelente pARA QUANDO O PROXIMO???
Super... estou em espera de continuaçao
apaixonante!
ainda estou apenas com 150 paginas lidas, e nao consigo parar tanto que nao resisti e ja vim procurar mais sobre este autor. adivinho emoçao,suspense e algum romançe.
Nao me sai da cabeça a cada paragrafo que leio como seria esta historia num grande ecran. bem sei que perde sempe o seu misticismo que está atraz da imaginaçao de cada um, mas faz-se por ai tanta coisa mediocre que tenho a certeza que valeria a pena.
um conselho a quem por aqui passa, foram os 17€ mais bem empregues que gastei nos ultimos tempos.
é optimo seros recompensados com um livro destes depois de um dia de trabalho, um momento de solidao, ou qualquer esforço de que nos arrependesmos de ter feito, folhear algumas paginas desta historia faz-nos esqueçer tudo isso rapidamente. é por isso que leio e este livro consegue ter esse efeito sem duvida alguma.
parabens paul....
Enviar um comentário