domingo, 28 de fevereiro de 2016

Endgame 2 - A Chave do Céu, James Frey & Nils Johnson-Shelton [Opinião]




Título Original: Sky Key
Autoria: James Frey & Nils Johnson-Shelton
Série: Endgame, #2
Editora: Editorial Presença 
Colecção: Via Láctea, N.º 128
N.º Páginas: 464

Sinopse
Endgame está aqui. O mundo começa a desmoronar-se, a desintegrar-se, a enlouquecer. Ainda assim, os Jogadores continuam a jogar. A Chave da Terra foi encontrada. Restam duas chaves – e nove Jogadores. Há que encontrar as chaves mas apenas um Jogador pode vencer.
Aisling Kopp está em Queens, Nova Iorque e pensa ter encontrado uma forma de interromper o Jogo. Hilal ibn Isa al-Salt escapou por pouco a um ataque que o deixou terrivelmente desfigurado mas agora sabe algo que os outros Jogadores não sabem. Sarah Alopay encontrou a primeira chave, aliou-se a Jago e estão a vencer. Mas conseguir a Chave da Terra teve graves consequências para Sarah.


Opinião
E o jogo continua...
... Esta é uma daquelas trilogias que se destaca pela sua magnitude e pela sua originalidade em termos de conteúdo. Poucas narrativas se comparam à grandeza de pormenores, espaços reais e buscas, dentro do género young adult, que Endgame – A Chave do Céu oferece. Uma continuação que se encontra à altura do livro que a antecede, esta é uma história que deixará os seus leitores preocupados com as personagens, com o futuro do mundo que as rodeia, e com as possíveis estratégias sangrentas que possam surgir. 

A primeira chave, a Chave da Terra, encontra-se nas mãos da Sarah – que continua em companhia de Jago – mas a Chave do Céu, a próxima etapa neste perigoso e mortal jogo permanece uma incógnita... 
Não vou entrar em pormenores no que diz respeito ao enredo deste livro – não só para evitar cometer qualquer spoiler mas também porque esta é daquele tipo de obras cujo conteúdo se estende muito para lá da sinopse. Porém, posso dizer que a acção é uma constante e as surpresas estão ao virar da esquina, o que torna esta aventura uma leitura rápida, exigente e impulsiva. 

Quanto às personagens, ainda que Endgame – A Chave do Céu não se centre tanto no seu desenvolvimento como aconteceu na trama passada, focando-se, então, no desenrolar da acção e construção da história em si, estas continuam a crescer enquanto indivíduos aprendendo com as suas emoções – nem todas positivas – e as suas escolhas. Desta vez não consigo destacar uma que me tenha impressionado sobremaneira – o que advém, e muito, da falta de uma ligação forte, sensitiva até, entre mim, como leitora, e as personagens. Ainda assim, penso que se encontram todas mais ou menos ao mesmo nível de importância – afinal de contas, há ainda muito para se jogar. 

Esta não é uma opinião fácil para mim pois embora consiga entender o potencial deste enredo intricado e desta história onde está sempre a acontecer algo inesperado ou surpreendente, a verdade é que, numa opinião puramente pessoal, falta-lhe algo. Não sei se o problema de maior é a escrita, que soa demasiado cinematográfica e rápida, ao invés de algo um pouco mais introspectivo e elaborado – o que pode ser resultado de esta ser uma trilogia a dois – ou se das personagens em si e da minha falta de empatia para com elas. No entanto, Endgame – A Chave do Céu é, sem dúvida, uma leitura interessante com laivos de ficção científica que agradará às massas. 

Endgame - A Chave do Céu, James Frey & Nils Johnson-Shelton [Book Trailer]


O Endgame continua... 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Casamento de Conveniência, Jennifer Probst [Opinião]





                       Título Original: The Marriage Bargain 
Autoria: Jennifer Probst 
Série: Marriage to a Billionaire, #1
Editora: Quinta Essência 
N.º Páginas: 240 

Sinopse
Ele tem de casar para assumir a direção da empresa, ela precisa de dinheiro para salvar a casa. Assim, fazem um acordo com um desenlace inesperado.
O bilionário Nick Ryan não acredita no casamento e considera que o amor eterno é coisa de contos de fadas. As suas ações sempre se regeram pela lógica e pela razão. Como agora precisa de se casar para adquirir o controlo da sua empresa, estabelece um pacto com regras básicas: não se apaixonar, evitar qualquer envolvimento emocional e manter uma relação puramente formal.
Alexa, a melhor amiga da sua irmã, é o tipo de rapariga impulsiva e idealista capaz de lançar um feitiço para conseguir um homem. Mas também faria tudo pelos pais e agora eles precisam de dinheiro para pagar a hipoteca da casa da família. Assim, ambos chegam a acordo. Não deve ser assim tão difícil cumprir os requisitos de um casamento de conveniência que só tem de durar um ano, certo? Mas uma série de mal-entendidos, o aparecimento de coisas do passado, o destino e paixão vão intervir para desbaratar os planos de Nick e Alexa.


Opinião
Este romance foi uma surpresa logo ao virar da segunda página. Talvez tenha sido a capa, ou o facto de me ter atirado a ele sem saber do que se tratava, mas a verdade é que julguei, durante muito tempo, que este era um daqueles romances de época com pitadas de sensualidade. Claro que estava enganada. De histórico Casamento de Conveniência não tem nada – um cenário moderno, com personagens sensitivas e autoritárias, Jennifer Probst traz uma narrativa divertida sobre as potencialidades e exigências de um casal que pode ter mais em comum do que primeiramente aparenta. 

Adorei o pequeno, mas importantíssimo!, pormenor de Alexa ser proprietária de uma livraria e embora a poesia não seja o género que mais me atrai, toda a ambiência acolhedora do mundo dos livros transpareceu para fora da página e deixou-me com um sorriso no rosto. Gostei, também, da sua personalidade genuína e preocupada, com um intelecto capaz de colocar as suas reservas de lado em prol da segurança da sua família. A ligação que Alexa tem com esta última é forte, muito forte – e esse detalhe encontra-se presente ao longo de toda a narrativa transformando esta personagem numa figura altruísta e autêntica. 

Quanto a Nicholas fica a sensação de mudança, e crescimento pessoal, previsível neste tipo de romances sensuais. A urgência em encontrar uma noiva vai para além de qualquer propósito e a necessidade de estar no controlo, de levar as suas ideias e projectos para a frente, é o que o move, o que o faz agir. Este quase desinteresse pela sua potencial parceira de crime sofre uma revolução inimaginável face a perda de algo que nunca se imaginou a ser, ou a ter, o que o transforma no ‘homem de sonho’ não só de Alexa como da comum leitora. 

O enredo não é extraordinário nem inovador dentro do género mas a escrita simples e atractiva de Probst torna-o curioso e interessante quanto baste para que nem se dê pelo constante virar das páginas. Li esta história em duas assentadas, sempre sequiosa por saber que traquinice ou problemática ia surgir no caminho de Alexa e Nick, o que mostra o quão leve e divertida esta obra é. O final é resolvido em poucas linhas, o que me deixou um pouco surpresa, mas no geral Casamento de Conveniência é um início de série satisfatório e de entretenimento puro. 

Quero somente deixar uma nota em relação à tradução – ou potencial revisão – deste livro. Por diversas vezes vi a leitura um pouco estagnada não devido ao seu conteúdo mas sim ao modo como estava escrito no papel. Acho que a tradução não é das melhores e falta-lhe algum cuidado e atenção, um pouco mais de delicadeza na escolha das palavras, mas, ainda assim, Casamento de Conveniência é uma histórica que recomendo a qualquer leitora ávida de romances sensuais que queria experimentar uma das rainhas no género. 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Revelada a Capa, #5 - Frost Like Night, Sara Raasch

Foi ontem revelada a capa de Frost Like Night, o volume final da trilogia Snow Like Ashes, de Sara Raasch, que conta já com os títulos Snow Like Ashes e Ice Like Fire. E, oh meu Deus, como é absolutamente magnífica! Tenho a certeza que vai ficar fenomenal ao lado das outras duas que, de si, já são bastante apelativas. 

Esta foi uma das poucas trilogias que já iniciei este ano, e que embora não me tenha cativado sobremaneira em termos de escrita ou personagens, o mundo que personifica é, esse sim e sem dúvida, estupendo. Adorei a divisão dos reinos, com quatro reinos de estações sazonais únicas e quatro reinos com todas as estações do ano – como nós. 
Ainda não tive oportunidade de ler o segundo volume da trilogia, Ice Like Fire, mas com o lançamento de Frost Like Night agendado para este ano, tenho a certeza que esta vai ser uma daquelas séries que irei devorar até Dezembro chegar. 


Título: Frost Like Night
Autora: Sara Raasch 
Série: Snow Like Ashes 
Editora: HarperTeen
Data de Publicação: 20 Setembro, 2016
Formato: Hardback

Que venha ele. A sério, que venha mesmo. Estou entusiasmada, adoro a capa e acho que vai tirar fotografias daquelas bem bonitas. =) Gosto! 

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Os 100 - 21 Dias Depois, Kass Morgan [Divulgação]


Passaram 21 dias desde que os 100 chegaram à Terra.

Título: Os 100 - 21 Dias Depois 
Título Original: Day 21
Autoria: Kass Morgan
Série: Os 100, #2
Editora: Topseller
N.º Páginas: 288
PVP.: 16,99€

Sinopse
Há 21 dias, eles pensavam ser os primeiros humanos a pisar o solo terrestre em séculos. Há 21 dias, eles pensavam estar sozinhos e seguros. Mas a realidade era completamente diferente. E ninguém estava preparado para ela...
Nesta excitante aventura de Os 100, há segredos revelados, crenças postas em causa e relações testadas ao limite. Os 100 vão ser postos à procura e terão de se unir para sobreviver. 

«É fácil ficar preso a este enredo pleno de tensão, onde um grupo de jovens tenta criar uma nova sociedade na terra. Mas onde não deixa de haver espaço para a intriga e o romance.»
Publishers Weekly

Sobre a autora
Kass Morgan é licenciada pela Universidade de Brown, nos Estados Unidos, e tem um mestrado pela Universidade de Oxford. Trabalha como editora e vive em Nova Iorque. O seu bestseller Os 100 foi adaptado a série de televisão. 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Attachments, Rainbow Rowell [Opinião]




Título Original: Attachments 
Autoria: Rainbow Rowell
Editora: Orion 
N.º Páginas: 357 

Sinopse
It's 1999 and the internet is still a novelty. At a newspaper office, two colleagues, Beth and Jennifer, e-mail back and forth, discussing their lives in hilarious details, from love troubles to family dramas. And Lincoln, a shy IT guy responsible for monitoring e-mails, spends his hours reading every exchange.
At first their e-mails offer a welcome diversion, but the more he reads, the more he finds himself falling for one of them. By the time Lincoln realises just how head-over-heels he is, it's too late to introduce himself.
After a series of close encounters, Lincoln eventually decides he must follow his heart... and find out if there is such a thing as love before first sight.


Opinião
Verdade seja dita que nem sei bem por onde começar... 
... Este é um daqueles livros que tinha tudo para ser extraordinário – uma premissa divertida e inovadora, um leque de personagens interessante e repleto de potencial, e um retratar de uma época em que ainda se acreditava no ‘fim do mundo’ –, mas tudo o que de bom este romance poderia ter foi fortemente ofuscado por um arco narrativo duvidoso e demasiado estagnado, sem picos na acção, e uma escrita que poderia ser um pouco mais focada, mais no ponto, ainda que o humor característico de Rainbow Rowell esteja presente. Attachments não foi, por isso, nem de perto nem de longe, o que estava à espera, e embora esta seja a obra de estreia da autora confesso que as expectativas estavam em alta – principalmente depois de um Eleanor & Park e de um Fangirl que mesmo com alguns ‘defeitos’ foram leituras muito agradáveis – e a conclusão a que chego é que Rowell é mais assertiva a escrever young adult que adult

Tiro o chapéu à autora pela ideia absolutamente brilhante que serve de base a este livro. Toda a questão ética e moral em torno do trabalho de Lincoln cria uma atmosfera algo opressiva e mesquinha que nos tempos modernos dá ares de seu uso, e o posterior desabrochar de uma série de sentimentos românticos por uma das intervenientes principais transforma toda a situação em algo indiscutivelmente hilariante. 
Lincoln não tem como não ler a troca de emails entre Beth e Jennifer, nomeadamente quando estas persistem em discutir assuntos considerados perigosos pelas políticas da empresa. Assim, e como parte da sua responsabilidade enquanto técnico informático, Lincoln acaba por devorar email atrás de email, história atrás de história, ao mesmo tempo que desenvolve uma pequena obsessão por Beth. 

Feitas as contas, Attachments é o exemplo perfeito de tudo o que um romance cheio de potencial nunca deve ser – divertido no início, aborrecido no meio e em tudo inacreditavelmente abrupto no fim. Ficam as gargalhadas e as tiradas inteligentes do final dos anos 90, a leveza da correspondência entre Beth e Jennifer – ainda que por vezes sejam discutidos temas importantes – e o crescimento da personagem de Lincoln. Este último, no entanto, é possivelmente o pior protagonista criado por Rowell no sentido em que analisando as suas acções – ou falta delas –, os seus pensamentos e desejos, e as suas atitudes, tudo o que fica é uma perspectiva stalker face uma rapariga que está num relacionamento, que ele nunca viu, mas pela qual se apaixona perdidamente. É altamente positivo escrever sobre o mantra de que a aparência não é tudo mas há que delinear limites e neste caso a autora não conseguiu ser bem sucedida – nem na temática do amor ao primeiro parágrafo, nem em todas as outras que aborda, como a questão da amizade, de pais protectores ou de gravidezes interrompidas. 

Digam o que disserem, Attachments poderia ser bom – mas não é. O meio da narrativa estende-se por demasiado tempo, com descrições breves mas numerosas de situações que oferecem muito pouco ou nada à história e que no virar da última página não ganham qualquer sentido ou significado. E o fim... Nem vamos falar de um final que se resumiu em cinco páginas e que não tem nexo. Porém, suponho que os finais sejam o calcanhar de Aquiles de Rowell – basta ler Eleanor & Park... 

Viagem à Procura de Mim, David Arnold [Divulgação]


Tão comovente como hilariante, Viagem à Procura de Mim é o romance de estreia de David Arnold. 
Uma narrativa plena de diferentes histórias, tempos e lugares. 
Um livro aclamado pela crítica. 

Título: Viagem à Procura de Mim
Título Original: Mosquitoland 
Autoria: David Arnold
Editora: Topseller
N.º Páginas: 272
PVP.: 16,59€

Sinopse
Após o súbito divórcio dos pais, Mim Malone é arrastada da sua casa no norte dos EUA para o desolado sul, no Mississipi, onde passa a morar com o pai e a madrasta. Como se não bastasse estar a dar-se mal com a mudança, ainda descobre que a mãe está doente e pode precisar da sua ajuda. 
É então que decide fugir de casa e embarcar numa viagem de mais de 1500 quilómetros, de regresso à sua terra natal e à presença apaziguadora da mãe. Mas o caminho está repleto de perigos e de amizades inesperadas. 
Para se reencontrar, Mim vai ter de enfrentar demónios pessoais, pôr em causa as suas verdades e pisar as fronteiras da normalidade. 

«David captura a voz de uma adolescente de 16 anos com beleza e estilo. A sua prosa maravilha-nos à medida que revela as diferentes camadas da personagem principal durante a sua longa jornada.»
Book Page 

Sobre o autor
David Arnold mora nos Estados Unidos com a mulher (adorável) e o filho (agitado). Já trabalhou como músico e produtor freelancer, professor do pré-escolar, pai a tempo inteiro e empregado de café. 
Acredita no poder da gentileza e da comunidade. Gosta de molho pesto, dos Arcade Fire, de livrarias independentes, da Terra Média, de Elliott Smith e do Natal. Não gosta de azeitonas, de mentirosos e de meias molhadas. 
2009 Pedacinho Literário. All Rights Reserved.