Título Original: Sky Key
Autoria: James Frey & Nils Johnson-Shelton
Série: Endgame, #2
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea, N.º 128
N.º Páginas: 464
Sinopse
Endgame está aqui. O mundo começa a desmoronar-se, a desintegrar-se, a enlouquecer. Ainda assim, os Jogadores continuam a jogar. A Chave da Terra foi encontrada. Restam duas chaves – e nove Jogadores. Há que encontrar as chaves mas apenas um Jogador pode vencer.
Aisling Kopp está em Queens, Nova Iorque e pensa ter encontrado uma forma de interromper o Jogo. Hilal ibn Isa al-Salt escapou por pouco a um ataque que o deixou terrivelmente desfigurado mas agora sabe algo que os outros Jogadores não sabem. Sarah Alopay encontrou a primeira chave, aliou-se a Jago e estão a vencer. Mas conseguir a Chave da Terra teve graves consequências para Sarah.
Opinião
E o jogo continua...
... Esta é uma daquelas trilogias que se destaca pela sua magnitude e pela sua originalidade em termos de conteúdo. Poucas narrativas se comparam à grandeza de pormenores, espaços reais e buscas, dentro do género young adult, que Endgame – A Chave do Céu oferece. Uma continuação que se encontra à altura do livro que a antecede, esta é uma história que deixará os seus leitores preocupados com as personagens, com o futuro do mundo que as rodeia, e com as possíveis estratégias sangrentas que possam surgir.
A primeira chave, a Chave da Terra, encontra-se nas mãos da Sarah – que continua em companhia de Jago – mas a Chave do Céu, a próxima etapa neste perigoso e mortal jogo permanece uma incógnita...
Não vou entrar em pormenores no que diz respeito ao enredo deste livro – não só para evitar cometer qualquer spoiler mas também porque esta é daquele tipo de obras cujo conteúdo se estende muito para lá da sinopse. Porém, posso dizer que a acção é uma constante e as surpresas estão ao virar da esquina, o que torna esta aventura uma leitura rápida, exigente e impulsiva.
Quanto às personagens, ainda que Endgame – A Chave do Céu não se centre tanto no seu desenvolvimento como aconteceu na trama passada, focando-se, então, no desenrolar da acção e construção da história em si, estas continuam a crescer enquanto indivíduos aprendendo com as suas emoções – nem todas positivas – e as suas escolhas. Desta vez não consigo destacar uma que me tenha impressionado sobremaneira – o que advém, e muito, da falta de uma ligação forte, sensitiva até, entre mim, como leitora, e as personagens. Ainda assim, penso que se encontram todas mais ou menos ao mesmo nível de importância – afinal de contas, há ainda muito para se jogar.
Esta não é uma opinião fácil para mim pois embora consiga entender o potencial deste enredo intricado e desta história onde está sempre a acontecer algo inesperado ou surpreendente, a verdade é que, numa opinião puramente pessoal, falta-lhe algo. Não sei se o problema de maior é a escrita, que soa demasiado cinematográfica e rápida, ao invés de algo um pouco mais introspectivo e elaborado – o que pode ser resultado de esta ser uma trilogia a dois – ou se das personagens em si e da minha falta de empatia para com elas. No entanto, Endgame – A Chave do Céu é, sem dúvida, uma leitura interessante com laivos de ficção científica que agradará às massas.
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