Título Original: Goddess
Autoria: Josephine Angelini
Editora: Planeta Manuscrito
N.º Páginas: 328
Tradução: Inês Castro
Sinopse:
Após libertar por acidente os deuses do seu cativeiro no Olimpo, Helena tem de encontrar uma forma de os voltar a aprisionar, sem dar origem a uma guerra devastadora. Mas os deuses estão zangados.
Para piorar a situação, o Oráculo revela que um tirano diabólico se esconde no seu seio e que fomenta a discórdia entre o grupo outrora sólido de amigos.
Uma conclusão convincente de Josephine Angelini da trilogia Predestinados magistralmente tecida, em que uma deusa se deve elevar acima de tudo e de todos para mudar um destino que foi escrito nas estrelas.
Opinião:
Já perdi a conta aos dias que se passaram sem a companhia de personagens como Helena e Heitor. Já perdi a conta aos suspiros, aos desejos e anseios por voltar a percorrer páginas onde estas figuras são princesas e guerreiros. Já perdi a conta aos momentos, instantes de puro sofrimento, de profunda saudade, em que recordo uma ou outra ocasião vivida entre páginas, num mundo extraordinário de deuses e deusas, de habilidades excepcionais e humanos encantadores, de perigos constantes e guerras iminentes. Já perdi a conta... a tudo. Porque sem o mundo criado por Josephine Angelini, sinto que a minha sabedoria enquanto leitora tanto se tornou mais rica quanto mais pobre. É uma nostalgia imensa aquela que me percorre neste momento, e uma mágoa, uma tristeza sofredora que sei que não me deixará tão cedo. Quem me dera que existissem mais volumes nesta trilogia, mais narrativas entrelaçadas em histórias personificadas de indivíduos galantes, mais teias políticas enraizadas na mitologia de Tróia e dos Gregos, mais... simplesmente mais. E mais. E mais, e mais, e mais...
Consigo pressagiar pelo ritmo e velocidade a que estes meus dedos passam por estas minhas teclas que esta não será uma opinião comum — esta será, e para isso não me restam dúvidas, uma opinião de alguém que não consegue expressar, em meras linhas, em poucas palavras, a magnitude que Predestinados, enquanto trilogia, enquanto um todo grandioso, significa para o género em que se insere. É absolutamente estupenda, maravilhosa, a capacidade de Angelini em transformar mitos que são para nós conhecidos, que se encontram sabidos quase na ponta da língua, em algo completamente novo, e inovador, e renovado, e... excelente. Angelini possui um dom raro em escritores de fantasia, um dom que tem o poder, a força de agarrar um leitor e o manter cativo para sempre. E Deusa... Deusa é o culminar perfeito para dois volumes admiráveis de caminhos ficcionais que nunca esperei vir a encontrar um dia. Deusa é um romance paranormal especial, extremamente peculiar e decididamente único, e sobre o qual me é absolutamente impossível dissertar em pormenor, pois seria quase um sacrilégio fazê-lo. Deusa é, e isso sim, uma obra que foi escrita para ser saboreada por leitores seus conhecidos, por apaixonados desse mundo fantástico e por Angelini criado, e não para ser ditado numa opinião. Se estão familiarizados com esta trilogia, não deixem de descobrir a recta final que a transforma numa das minhas favoritas de todo o sempre. E se não estão, por favor emendem esse engano, essa falha. Predestinados trata-se de uma trilogia sem igual que todo o enamorado por fantasia mitológica, por romance paranormal com intensas camadas de acção, e perigo, e caminhos que não podem ser cruzados, deve folhear. Confesso que não poderia recomendar, mais altamente, esta trilogia.