terça-feira, 30 de setembro de 2014

Passatempo de Aniversário — O Império Final, de Brandon Sanderson


Em comparação com os três anteriores passatempos, é verdade que este está bastante atrasado. Perdoem-me! Porém, também a Saída de Emergência se juntou à festa do 5.º aniversário do Pedacinho, com um livro do fantástico muito, muito especial.

Para sorteio está um exemplar de O Império Final, de Brandon Sanderson. Esta obra é uma das melhores dentro do seu género, e, por isso, um livro que não quererão perder!

Para se habilitarem a receber este fantástico prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios e, como tinha já mencionado, que sejam seguidores do blogue.

As respostas às perguntas podem ser encontradas no excerto da obra disponibilizado pela Saída de Emergência, aqui.




Regras do Passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 11 de Outubro (sábado).
3) Só é válida uma participação por pessoa e/ou email.
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado do mesmo será anunciado no blogue.
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte!


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Duas Irmãs, Um Duque, Eloisa James [Opinião]




Título Original: The Duke is Mine
Autoria: Eloisa James
Editora: Quinta Essência
N.º Páginas: 368


Sinopse:
Ele é um duque em busca da noiva perfeita. Ela é uma senhora... mas está longe de ser perfeita.
Tarquin, o poderoso duque de Sconce, sabe perfeitamente que a decorosa e elegantemente esguia Georgiana Lytton dará uma duquesa adequada. Então, porque não consegue parar de pensar na sua irmã gémea, a curvilínea, obstinada e nada convencional Olivia? Não só Olivia está prometida em casamento a outro homem, como o flirt impróprio, embora inebriante, entre ambos torna a inadequação dela ainda mais clara. Decidido a encontrar a noiva perfeita, ele afasta metodicamente Olivia dos seus pensamentos, permitindo que a lógica e o dever triunfem sobre a paixão... Até que, na sua hora mais sombria, Quin começa a questionar-se se a perfeição tem alguma coisa a ver com amor. Para ganhar a mão de Olivia ele teria de desistir de todas as suas crenças e entregar o coração, corpo e alma...
A menos que já seja demasiado tarde.


Opinião:
Já fazia algum tempo desde a última vez que tinha lido um bom romance histórico com pitadas de sensualidade. Confesso que, inclusive, sentia saudades dos inconfundíveis cenários vitorianos de uma época que tanto me fascina, assim como dos diálogos cuidados e elegantes que as suas personagens constantemente perpetuam. Várias são as autoras deste género literário que exercem um certo deslumbramento em mim, mas Eloisa James encontra-se, sem dúvida, no topo dessa lista — as suas histórias são uma surpresa incessante, e Duas Irmãs, Um Duque não é excepção.

Algo que esta autora faz — e muito bem, por sinal — é a construção das suas personagens. Estas são sempre independentes entre si, com personalidades singulares e mentalidades astutas, que lutam por um futuro melhor, uma vida em harmonia com a felicidade e o amor, num mundo que vê a mulher como uma figura sem força e sem opinião própria — tal como uma verdadeira lady. Todas estas componentes são particularmente perceptíveis neste romance, uma vez que a própria Miss Olivia é de uma braveza impressionante, dotada de um sentido de humor sem igual e de uma maneira de ser nada comum de uma senhora da alta sociedade — que, embora não seja um título herdado de família, é, e isso sim, uma lição moral e educacional que lhe foi imposta desde muito tenra idade. Por seu lado, o duque de Sconce apresenta uma personificação mais comedida, dado um passado traumatizante e um futuro que se mostra desprovido de emoção, mas que, no seu íntimo, guarda uma paixão e um leque de sensações imensuráveis, à espera da oportunidade perfeita para emergir.

O enredo deste romance segue as mesmas linhas narrativas que as anteriormente publicadas obras da autora, apresentando, então, ambas as personagens principais com os problemas que possuem em mãos, assim como um pequeno leque de intervenientes secundários. Em Duas Irmãs, Um Duque, a novidade surge pela dualidade de um par de irmãs gémeas se encontrar em luta por um mesmo partido do sexo oposto — pois ainda que somente uma delas expresse as suas intenções externamente, é bastante patente a batalha interna que a outra, já prometida a um outro homem, compadece dentro de si. As nuances conflituosas que embalam a trama desta história são abundantemente interessantes, assim como as reviravoltas inesperadas que ocorrem em território francês, mas são as atitudes das personagens e os conflitos que vão surgindo por parte de uma mão de figuras que verdadeiramente aliciam e despertam esta história.

Como seria de esperar, adorei conhecer as personagens que vivem este romance. Olivia é absolutamente hilariante, um espírito selvagem que prima pela irreverência e pelo modo em como não se enquadra na sociedade vitoriana. Georgiana, a sua irmã gémea, é o aposto de Olivia. Uma alma discreta, simples e que se evidencia pela sua inteligência. Quin (o duque de Sconce) é um homem magoado, moldado aos requisitos da mãe, mas que encontra, no seu par, uma sede de viver que nunca antes saboreou. E Rupert... Rupert é um poeta negado por uma mente quebrada, um estratego nato e homem de um coração enorme.

Admito sentir-me bastante satisfeita com as ocorrências desta história, assim como um pouco mais completa no que diz respeito à beleza deste género literário. Julgo que matei um pouco das saudades mas, também é verdade que me sinto tentada a devorar mais uma ou outra obra do tipo. Gostei imenso deste romance, e mal posso esperar pelos dois volumes que faltam neste recontar de contos de fadas de Eloisa James. Já tivemos a oportunidade de ler sobre A Bela Adormecida, e sobre A Bela e o Monstro. Duas Irmãs, Um Duque conta uma versão moderna e alterada de A Princesa e a Ervilha. Que conto de fadas virá a seguir? 

sábado, 27 de setembro de 2014

A Caminhar para o Desastre, Jamie McGuire [Opinião]




Título Original: Walking Disaster
Autoria: Jamie McGuire
Editora: Planeta Manuscrito
N.º Páginas: 400


Sinopse:
Travis Maddox perdeu a mãe quando ainda era criança. O conselho que lhe deu na hora da despedida foi: «Ama intensamente... Luta ainda mais intensamente...»
Travis Mad Dog Maddox é um lutador clandestino, oriundo de uma família de vários irmãos, mais velhos e duros. Mau rapaz por definição, todas as noites leva para casa uma rapariga diferente. Até conhecer Abby Abernathy...
Mal-afamado em todo o campus devido às suas relações com as mulheres, não é de surpreender que Abby rejeite os avanços de Travis; o máximo que aceita é ser sua amiga. No entanto, Travis está decidido a lutar pelo seu coração...


Opinião:
Travis Maddox. Lembram-se dele?
Impulsivo. Rebelde. Um tanto ou quanto mulherengo — okay, extremamente mulherengo. Agressivo. E perdidamente apaixonado por Abby Abernathy. Diz-vos alguma coisa?
Se Um Desastre Maravilhoso foi um autêntico, e excitante, e extraordinariamente deslumbrante cataclismo de se ler, A Caminhar para o Desastre oferece o que muitos leitores desejaram ao virar da última página do livro que se lhe antecede — a perspectiva de Travis naquele que é um dos mais belos e tenazes pedaços de história da sua vida.

As linhas temporais e narrativas que compõe este romance new adult desenlaçam-se pelos acontecimentos já previamente retratados em Um Desastre Maravilhoso, desta feita com a visão, pensamentos e dilemas de Travis Mad Dog Maddox ao invés da intervenção, na primeira pessoa, de Abby. O que Jamie McGuire também presenteia ao leitor, e que rapidamente se transforma em algo inteiramente novo, são uns quantos pequenos momentos mais pessoais, íntimos e conflituosos de Travis e do seu dia-a-dia com Shep, Mera ou mesmo Trenton, que possibilitam então ao leitor melhor compreender algumas das atitudes mais irascíveis e tresloucadas desta personagem em relação a Abby e a umas tantas figuras mais secundárias como, por exemplo, Parker Hayes. Assim, o submundo das lutas, a inconstância das apostas, a loucura das festas e do álcool, e a inquietude dos muitos erros de julgamento, das intermináveis discussões e dos eternos momentos de tensão carnal entre Travis e Abby continuam a ser o pano de fundo deste romance, com o acréscimo de uma muito apreciada entrada livre na mente da personagem que fez um incontável número de leitoras suspirar, eu incluída — Travis.

Não é novidade alguma que gostei imenso de Um Desastre Maravilhoso, e por isso é-me absolutamente impossível não sentir o mesmo tipo de emoções e sensações em relação a este A Caminhar para o Desastre. Mesmo com todas as suas falhas de carácter, Travis persiste em ser uma personagem pela qual nutro um carinho enorme, e são precisamente todos os seus pequenos grandes defeitos que o tornam, efectivamente, perfeito aos meus olhos — e aos de Abby. Muitas das suas acções, no decorrer do momento, não são, de todo, passíveis de ser justificadas mas uma vez que se entra no mecanismo da sua mente, e se percebe as suas intenções e tudo o que se encontra por trás da várias nuances da sua personalidade não há como não o aceitar pelo que verdadeiramente é — um brutamontes impulsivo com um coração de ouro.

Outras das surpresas deste romance — e que me fez, por completo, as delícias — foi o epílogo que Jamie McGuire apresenta no fim do livro, e que mostra um pequeno momento repleto de significado onze anos mais tarde. Um presente que vem espicaçar a curiosidade do leitor, ao mesmo tempo que o sossega pelo futuro que as duas personagens construíram juntas. Agora fica a vontade de continuar a ler mais da autora — que tem uma escrita incrivelmente encantatória e viciante —, seja no mundo dos irmãos Maddox, com A Beautiful Wedding ou Beautiful Oblivion, seja num universo à parte, com Red Hill. Tudo o que sei é que quero mais. Muito, muito mais.

Lágrima, Lauren Kate [Book Trailer]



Uma das minhas actuais leituras é Lágrima, de Lauren Kate. Gosto imenso deste book trailer, criado pela editora inglesa da autora. Confessem... ficaram intrigados? 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Aqui e Agora, Ann Brashares [Opinião]




Título Original: The Here and Now
Autoria: Ann Brashares
Editora: Editorial Presença
Colecção: Noites Claras, N.º 22
N.º Páginas: 272


Sinopse:
Seguir as regras.
Lembrar-me do que aconteceu.
Nunca me apaixonar.
O mundo de onde vim está em ruínas.
Estamos aqui para evitar a destruição da humanidade.
Mas se não seguirmos As Regras, tudo o que é importante desaparecerá: Amigos. Famílias. Sonhos. Amor.
O Ethan não pode nunca descobrir o meu segredo.
Que não vim de outro lugar.
Que vim de um outro tempo.


Opinião:
Sabem aquelas leituras improváveis mas agradáveis, quase espontâneas ao ponto de nem se dar pelo veloz percorrer das páginas, que se devoram que nem puro mel mas que, ao mesmo tempo, deixam um rasto de reflexão por onde passam? Livros que são jovens, inocentes até, mas tão cheios de significados, e motivos, e razões para se ser mais e se ser melhor que pura e simplesmente provocam no leitor sentimentos que este não estava, de todo, à espera de encontrar?
Esta foi a minha estreia com a escrita de Ann Brashares, num romance direccionado para a camada mais jovem do young adult, que se apresenta recheado de paixões proibidas, revoltas decisivas e mudanças que podem provocar o fim ainda antes de tudo começar.

A Terra, tal como a conhecemos, está a morrer — e com ela, os seus habitantes. De entre todas as metamorfoses naturais provocadas pela mão humana nasce um mosquito cuja picada é capaz de dizimar populações inteiras — é, pois, necessário que medidas extraordinárias sejam tomadas. Por forma a então salvar-se a raça humana de um fim definitivo, um grupo de pessoas é enviado para trás no tempo até onde se julga ser (ainda) possível reverter as condições que regem o futuro — só que existem regras. Regras que ninguém pode quebrar. Regras que Prenna, assim como todo o restante círculo comunitário a que pertence, tem forçosamente de seguir. Regras às quais esta não resiste a ignorar.

A premissa que rodeia esta história é, sem dúvida alguma, deveras interessante e apelativa — toda a questão envolvente do tempo ‘real’ de Prenna e do que o presente de Ethan pode oferecer, em possibilidades e sobrevivência, enquanto que se explora a questão das viagens no tempo é o suficiente para agarrar o leitor — porém, não é tudo. O romance que Prenna e Ethan permitem desenvolver entre si possui, também, o seu quê de cativante, principalmente tendo em conta as Regras da sociedade de Prenna. Estas duas personagens formam uma dupla imbatível — como equipa, eles estão dispostos a ir até onde for necessário de modo a obter respostas, a quebrar o ciclo destrutivo que afectará a Terra num futuro não tão longínquo quanto isso, e a descobrirem o que realmente sentem um pelo outro.

As temáticas abordadas são extremamente curiosas — gostei, em particular, da leve nuance científica que a autora oferece na explicação do futuro de Prenna —, no entanto, penso que por vezes Ann Brashares se deixou perder na questão romântica em detrimento da acção (planetária) presente. Fiquei, igualmente, muito satisfeita com a ideia de que alterar-se algo no momento actual pode afectar, ainda que de modo desconhecido, o futuro, mesmo quando este se encontra registado em forma impressa — fez-me lembrar um pouco o ‘efeito borboleta’ e toda a teoria do caos, temas que me fascinam. Gostava, sinceramente, que a autora tivesse explorado um pouco mais esta questão, quem sabe até inserindo mais umas quantas páginas de narrativa — uma vez que Aqui e Agora trata-se de um romance relativamente breve. Não sendo esse o caso, esta é uma história que certamente agradará pela rapidez com que se percorre, e pela abordagem menos complexa da autora — levantando, ainda assim, temas pertinentes. Gostei.

Para adquirir ou ler mais informações sobre o livro Aqui e Agora, consulte aqui.

Resultado do Passatempo de Aniversário — O Espectacular Momento Presente, de Tim Tharp + Aqui e Agora, de Ann Brashares


O primeiro passatempo do quinto aniversário terminou há meia dúzia de dias e, por isso, chegou o momento de anunciar o vencedor, que levará para casa este espectacular prémio que contou com o imprescindível apoio da Editorial Presença, a quem eu muito agradeço.

  

Para sorteio esteve um pack com um exemplar de O Espectacular Momento Presente, de Tim Tharp, e um exemplar de Aqui e Agora, de Ann Brashares. Dois romances young adult distintos mas que sem dúvida abordam temáticas pertinentes.

Quero, então, agradecer a todos os que participaram neste passatempo, tanto aos seguidores novos como as que já são da casa. E caso não tenham ganho hoje, não se preocupem pois não só estão mais dois passatempos no ar como outros se encontram já planeados para um futuro breve.

Assim, sem mais demoras, este prémio vai para:
163. Mafalda (...) Tomaz, de Eiras

Parabéns, Mafalda! Espero que desfrutes destas excelentes leituras e um email seguirá dentro em breve.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Entre as Páginas de... #7


... Lágrima, de Lauren Kate.


Confesso que já andava para começar a leitura deste romance do paranormal há imenso tempo. Talvez por não ter gostado nada por aí além de Anjo Caído — e por não ter terminado a tetralogia — este livro tenha demorado o seu tempo a sair da estante e a passar para a pilha dos a ler. No entanto, admito que até estou a gostar bastante do desenrolar desta história, e cativada o suficiente para querer saber mais e mais. Não tinha grandes expectativas, é verdade, mas estou contente por finalmente ter dado uma oportunidade a Lágrima

E vocês, que histórias devoram neste momento?

O Império Final, Brandon Sanderson [Divulgação]


Primeiro volume de uma nova série de um dos autores que mais sucesso teve nos últimos anos na fantasia.

Título Original: Mistborn
Autoria: Brandon Sanderson
Editora: Saída de Emergência
N.º Páginas: 624
PVP.: 22,00€

Sinopse
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estranha magia dos metais — a Alomancia — que o transforma num "nascido das brumas", alguém capaz de invocar o poder de todos os metais. 
Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã Skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final... 

Sobre o autor:
Brandon Sanderson é uma estrela em ascensão na fantasia norte-americana conhecido pela sua saga Mistborn e por ter terminado a série de fantasia épica A Roda do Tempo de Robert Jordan, após o seu falecimento. Em 2010, iniciou uma nova série de fantasia, Stormlight Archive, com o título The Way of Kings, além de outras séries direccionadas para o público jovem-adulto. Dá aulas de escrita criativa e participa em podcasts sobre escrita e o género fantástico. 

sábado, 20 de setembro de 2014

O Espectacular Momento Presente, Tim Tharp [Opinião]




Título Original: The Spectacular Now
Autoria: Tim Tharp
Editora: Editorial Presença
Colecção: Noites Claras, N.º 20
N.º Páginas: 344


Sinopse:
Aos dezassete anos, tudo o que Sutter Keely deseja é desfrutar do espectacular momento presente. É o tipo que anima qualquer festa, cheio de charme e humor, o herói em busca de si próprio, com um coração puro mas a fazer as escolhas erradas. De repente, Sutter tem a sensação de que todos os seus amigos estão a caminhar em direcção a futuros promissores... Mas para Sutter continua a bastar o espectacular momento presente. Uma típica história de passagem da adolescência para a idade adulta, com a mistura certa de tragédia e comédia, sobre um jovem que tenta encontrar o seu próprio caminho impulsionado por um misto de compaixão e recusa em relação à realidade da vida adulta.


Opinião:
Vive o presente.
Abraça o bizarro.
Estas são, muito possivelmente, as duas frases que ficam marcadas no leitor após terminar O Espectacular Momento Presente, e são, também, as que melhor o caracterizam. É verdade que por vezes nos esquecemos de olhar e experienciar ao máximo o momento que estamos a viver e, ao invés, nos deixamos dispersar pelo que poderá acontecer no futuro ou pelo que já ocorreu no passado. É igualmente verdade que o bizarro sofre da tendência de assustar a pessoa comum, mas que por vezes se transforma em algo extraordinário e absolutamente inesquecível. Tim Tharp mostra, com a história de Sutter Keely, que o momento presente é fascinante e deve ser levado a sério, e que o bizarro não pode ser afastado, ou apagado, pois é a particularidade que define cada um de nós.

Em certa medida, este é um livro sem uma história palpável — embora muitos dos acontecimentos descritos produzam fortes sensações de realismo e veracidade. Um livro que serve o propósito de expor a vivência de Sutter ao mesmo tempo que lida com uma série de problemas inerentes à adolescência. Um livro que não tem um final definido, que não oferece uma conclusão mas que permite dar asas à imaginação do leitor — e, principalmente, um livro que preenche pela voz cativante do seu protagonista. Sutter pode não ser uma pessoa perfeita, mas o seu carisma é contagiante e a sua atitude, ainda que muitas vezes moldada pelo álcool, mostra matizes de bondade e simpatia. Porém, os erros que comete e as oportunidades que perde transformam-no em alguém que somente quer viver o presente, e cujo presente se encontra fortemente toldado pela bebida.

Confesso que queria muito de ter gostado deste livro. Sutter trata-se de uma personagem que agarrou a minha atenção por breves momentos, mas cuja força e crescimento inexistentes fez com que a perdesse. A sua dependência alcoólica e o seu estilo de vida não conseguiram criar empatia em mim, e por mais brilhante e humorística que a sua personalidade seja, rapidamente os seus traços de esplendor e refulgência se viram apagados pela incompreensão e não vontade em querer fazer algo da sua vida. Ele diz-me para viver o presente, e eu digo-lhe que o presente não merece ser vivido se não existir o mínimo propósito de criar um futuro melhor. Ele diz-me para abraçar o bizarro, e eu digo-lhe que o bizarro não merece carinho e atenção se for para simplesmente existir, para simplesmente viver.

Quando um livro não tem a capacidade de me preencher, é-me difícil dissertar sobre ele. As palavras tornam-se insuficientes para assinalar tudo o que, numa perspectiva pessoal, de errado se encontra na história, e quando olho para O Espectacular Momento Presente, todas estas dificuldades adquirem um peso extra pois as temáticas embora sejam algumas e até mesmo interessantes — incompreensão, dependência, abandono parental, impopularidade —, aquilo que verdadeiramente define a personagem principal e a impede de crescer e tornar-se alguém é a única coisa que simplesmente me custa a aceitar — a perda de vontade, e a não aceitação de que se tem um problema grave. Cometer erros é uma atitude humana, mas é no aprender com eles que realmente reside a fórmula mágica, e se há algo que o capítulo final deste livro mostra, é que Sutter pura e simplesmente não tem salvação possível — porque não a quer.

Espero que por eu não ter gostado deste romance young adult que isso não seja motivo para que, pelo menos, se deixam levar pela curiosidade de saber se a vossa opinião está em concordância com a minha. O gosto é algo que não se define e que é diferente de pessoa para pessoa, por isso, se eu não gostar de algo não quer dizer que vocês não vão gostar. Penso que, pelas temáticas abordadas, este é um livro que merece atenção e uma oportunidade. Afinal de contas, trata-se de uma história curiosa e diferente contada por um protagonista sem igual — contudo, a mim não me convenceu. Admito que tenho pena, muita pena mesmo.

Para adquirir ou ler mais informações sobre o livro O Espectacular Momento Presente, consulte aqui.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Passatempo de Aniversário — Caos Maravilhoso, de Margaret Stohl & Kami Garcia + O Bruxo, de Michael Scott


Os passatempos estão a sair devagar mas garanto-vos que não estão esquecidos! A terceira editora a juntar-se à festa do 5.º aniversário do Pedacinho é a 1001 Mundos/Edições ASA, e com o seu apoio trago-vos um pack de dois livros absolutamente fantásticos!

 

Para sorteio está um exemplar de Caos Maravilhoso, de Margaret Stohl & Kami Garcia, e um exemplar de O Bruxo, de Michael Scott. Estes dois livros irão para um único vencedor, por isso não percam esta oportunidade! 



Para se habilitarem a receber este fantástico prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios e, como tinha já mencionado, que sejam seguidores do blogue.

As respostas às perguntas podem ser aqui, aqui e/ou no blogue da 1001 Mundos, aqui.


Regras do Passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 29 de Setembro (segunda-feira).
3) Só é válida uma participação por pessoa e/ou email.
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado do mesmo será anunciado no blogue.
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte!


terça-feira, 16 de setembro de 2014

Os Jogos da Fome: A Revolta — Parte 1 [Trailer Completo]



Foi lançado ontem, a uma escala mundial, o primeiro trailer oficial e completo de Os Jogos da Fome: A Revolta — Parte 1. 
Confesso-me bastante entusiasmada com esta adaptação e com os eventos retratados, assim como com todas as emoções que lutam por vir à tona no que envolve esta trilogia. Penso que esta vai ser uma primeira parte verdadeiramente vibrante e aterradora, cheia de surpresas, reviravoltas, perigo e emoções fortes. 

Nos cinemas em Novembro, 2014

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Envolvidos, Emma Chase [Opinião]




Título Original: Tangled
Autoria: Emma Chase
Editora: Topseller
N.º Páginas: 256


Sinopse:
Ele é rico, incrivelmente atraente e arrogante. Ela é fantástica, lindíssima e ambiciosa. Irão chocar um com o outro ou acabar envolvidos? Drew Evans trabalha diariamente em negócios de milhões e seduz todas as mulheres de Nova Iorque com um único sorriso. Se a vida lhe corre tão bem, então porque é que está fechado em casa há sete dias, a sentir-se miserável e deprimido? Ele vai dizer a toda a gente que está com gripe, mas a verdade não é bem essa. Quando Katherine Brooks é contratada para trabalhar com Drew no banco de investimento do pai, a sua vida de playboy, habituado a ter tudo o que quer, dá uma volta de 180º. A competição profissional a que ela o sujeita irrita-o, a atração que sente por ela é perturbadora e a sua aparente inabilidade para conquistá-la é exasperante. Seja como for, Drew tem uma única regra inquebrável na sua vida: não se envolver com colegas de trabalho. Mas será que Drew vai ser capaz de resistir a Kate? E como é que uma única mulher pode transformar o mais sedutor e bem-sucedido dos Don Juans num pobre homem desesperado?


Opinião:
Sabem aquela sensação meio estranha, meio inexplicável de quando encontram um livro que de tão diferente e único que é rapidamente se transforma num absoluto pote de gargalhadas? E mesmo quando se julgam preparados a pousá-lo na mesinha de cabeceira ou na mesa de apoio, sentem um aperto insuportável no estômago e voltam com todas as decisões atrás, adiam o que quer que tinham planeado fazer, e devoram página sobre página, sequiosos por mais sorrisos, mais lágrimas felizes, e mais gargalhadas? De certo que sabem do que falo, e deixem-me que vos diga que esta foi exactamente a minha experiência com o romance Envolvidos.

A premissa que envolve o enredo desta história não é, de todo, inovadora. Difícil será encontrar o leitor que ainda não se tenha deparado com uma obra que se foca na demanda de um mulherengo em busca dos afectos de uma mulher especial, forte e decidida, que sabe estar fora do seu alcance — nesse aspecto, Envolvidos não oferece nada de novo. Contudo, Emma Chase foi absolutamente perspicaz ao contar a narrativa do ponto de vista masculino, e não do feminino a que tantos leitores já estão habituados. Através do pensamento e olhos de Drew, é-nos narrada a sua aventura e a sua transformação de homem devorador de mulheres a homem de uma mulher só. Os vários momentos que a autora retrata são, também, distintos à sua própria maneira, seja ao iludirem a personagem principal na ideia de que as mulheres são um ser demasiado complicado, seja na perspectiva conflituosa e algo intrincada em que a própria acção do romance se desenvolve. Confesso que por diversos instantes dei por mim embalada num tão incontrolável ciclo de gargalhadas que não só as lágrimas escorriam pela minha face como a barriga acusava algumas dores inesperadas — e não há sensação mais maravilhosa do que a de um livro a encher-nos a alma de sentimentos bons.

Dizer que gostei imenso da personagem de Drew é, quase, um eufemismo. A princípio foi-me algo difícil consolidar a ideia de que a figura masculina seria a voz de um romance que eu sabia, de antemão, ir ser do meu agrado. No entanto, a forma como Chase descreve o intelecto e mente de Drew é incondicionalmente soberba, e não há como lhe resistir. Aliás, encontro-me muito perto de afirmar que o pensamento e espírito masculinos, ou pelo menos de uma boa parte dos homens, é precisamente como o de Drew, e talvez por não estar acostumada a ser confrontada, tão directamente, com tamanhas verdades e loucuras, encontrei neste romance uma absoluta pérola entre conchas vazias.
Quanto a Kate, essa é mulher de uma garra incrível e foi muito bom ver como a sua personalidade forte moldou o dia-a-dia de Drew. Gostei bastante do modo como esta enfrentou, por diversas vezes, tão másculo homem — principalmente nos momentos em que o intelecto, a esperteza e a vingança estiveram presentes —, mas foi igualmente interessante e aprazível assistir ao seu próprio desenvolvimento e aos sentimentos em muito negados que acabaram por se fortalecer sozinhos e deixá-la numa situação algo complicada.
De entre os intervenientes secundários, que ainda são alguns, destaco a pequena Mackenzie (sobrinha de Drew) e o seu jarro dos impropérios — confesso que não há menina mais astuta que ela.

Vejo Envolvidos como um romance de várias frentes — tanto pode ser saboreado num clima mais ameno e fresco pela sua jovial camada de hilaridade, quanto num belo sofá em frente de uma lareira ou por baixo de uma manta dado o seu lado mais atrevido e sensual. Seja em que ambiente for, Emma Chase apresenta uma história que marca pela diferença e que deixará o seu leitor inteiramente satisfeito e a morrer pela continuação (mas, atenção, este é, também, um livro que funciona muito bem sozinho). Por tudo isto e muito mais que ficou por escrever, recomendo Envolvidos a todos os leitores e sem quaisquer restrições — leiam este romance que vale bem a pena.  

Caos Maravilhoso, Margaret Stohl & Kami Garcia [Divulgação]


Às vezes, não há apenas uma resposta ou uma escolha.

Título Original: Beautiful Chaos
Autoria: Margaret Stohl & Kami Garcia 
N.º Páginas: 432
PVP.: 19,90€

Sinopse
Ethan Wade julgou estar a habituar-se às estranhas coisas impossíveis que se desenrolavam em Gatlin. Porém, agora que Ethan e Lena voltaram para casa, estranho e impossível assumiram novos significados. Enxames de gafanhotos, um recorde de calor e tempestades devastadoras arrasam Gatlin enquanto Ethan e Lena tentam perceber as consequências do Chamamento de Lena. Até a família de Lena é afectada — e as suas habilidades começam a falhar perigosamente. Com o tempo, uma questão torna-se clara: o que — ou quem — terá de ser sacrificado para salvar Gatlin? 
Para Ethan, o caos é uma distracção assustadora, mas bem-vinda. Ele está de novo a ser perseguido nos sonhos, mas desta vez não por Lena — e tudo o que o assombra segue-o para fora dos sonhos até à sua vida quotidiana. Ainda pior, Ethan está gradualmente a perder pedaços de si — esquecendo nomes, números de telefone, e até memórias. Não sabe porquê e na maioria dos dias, tem medo de perguntar. 
Às vezes não há apenas uma resposta ou uma escolha. Às vezes não há como voltar atrás. E desta vez não haverá um final feliz. 

Sobre as autoras:
Desde os quinze anos que a escrita colocou e tirou Margaret Stohl de problemas. Esta escreveu e desenhou vários jogos de vídeo conhecidos, razão pela qual os seus dois beagles se chamam Zelda e Kirby. Margaret apaixonou-se pela literatura norme-americana em Amherst e em Yale. Tirou um mestrado em Inglês, em Stanford, e estudou Escrita Criativa sob a alçada do poeta George McBeth, na Universidade de East Anglia, em Norwich. 
Kami Garcia é muito supersitciosa e não foge à regra de toda a rapariga respeitável, com raízes sulistas, ao confeccionar as suas bolachas e as suas tartes. Tem familiares que fazem parte das Filhas da Revolução Americana, mas nunca participou numa reconstituição. Kami frequentou a Universidade de George Washington e tem um mestrado em Educação. É professora e leitora especialista, dirigindo grupos de leitura para crianças e adolescentes.

domingo, 14 de setembro de 2014

Passatempo de Aniversário — Maximum Ride 1: O Resgate de Angel, James Patterson


Pensavam que só tinha um passatempo para vocês em modo comemorativo do quinto aniversário do blogue? Pois enganam-se! A segunda editora a juntar-se à festa é a Topseller, e com o seu apoio trago-vos um passatempo young adult muito, muito voador. 

Para sorteio está um exemplar de Maximum Ride 1: O Resgate de Angel, de um que é dos mais conhecidos autores a nível mundial, James Patterson (confesso que tenho ainda de me iniciar na escrita deste autor).

Para se habilitarem a receber este fantástico prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios e, como tinha já mencionado, que sejam seguidores do blogue.

As respostas às perguntas podem ser aqui e/ou no site da Topseller, aqui.


Regras do Passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 26 de Setembro (sexta-feira).
3) Só é válida uma participação por pessoa e/ou email.
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado do mesmo será anunciado no blogue.
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte! 


O Bruxo, Michael Scott [Divulgação]


Os Segredos de O Imortal Nicholas Flamel — Vol. 5

Título Original: The Warlock
Autoria: Michael Scott
N.º Páginas: 336
PVP.: 19,90€

Sinopse
Maquiavel e Billy the Kid vão seguir os planos dos Anciães: tencionam soltar os monstros de Alcatraz na cidade de São Francisco, desencadeando o final da corrida dos humani. 
Danus Talis:
O Reino das Sombras em que Scatty e Joana d'Arc entraram é muito mais perigoso do que jamais podiam ter imaginado. E não desembarcaram ali por acaso: as guerreiras foram chamadas por uma razão. Tal como Saint-Germain, Palamedes e Shakespeare. O grupo foi convocado porque tem de viajar no tempo até Danu Talis no passado e destruí-lo. Pois a ilha de Danu Talis, conhecida nos mitos humani como a cidade perdida da Atlântida, deve cair para o mundo moderno poder existir. 
São Francisco:
O fim está a chegar. Josh Newman escolheu um lado, e não vai ficar sem a irmã, Sophie, nem com o Alquimista, Nicholas Flamel. Vai lutar ao lado de Dee e da misteriosa Virginia Dare. A não ser que Sophie encontre o seu gémeo antes de a batalha começar, tudo está perdido — para sempre.

Sobre o autor:
Michael Scott é um autor de bestsellers nomeado pelo New York Times. Figura de referência em mitologia e em crenças populares, Scott é um dos autores irlandeses mais bem sucedidos. Este mestre do Fantástico, da Ficção Científica, do Terror e do Folclore vive e escreve em Dublin, tendo sido agraciado pelo Irish Times com o epíteto de Rei do Fantástico nestas ilhas

sábado, 13 de setembro de 2014

The Perks of Being a Londoner #2


13 de Setembro será sempre uma data importante para mim — ocorra esta numa sexta-feira (como no ano passado) ou num outro qualquer dia da semana. Marca, no meu calendário de vida, o dia e o mês em que viajei, com regresso incerto, para o Reino Unido. Hoje, comemoro um ano de lutas, de saudades infinitas e dores imagináveis, de momentos de pura alegria e de oportunidades imperdíveis. Hoje, celebro um ano de residência em terras de sua majestade, e por isso decidi escrever um Perks ligeiramente especial.

Londres, de entre tantas outras palavras, é sinónimo de arte e cultura. E uma das regalias de se viver em tão vibrante cidade, particularmente quando se é apaixonado por literatura, remete para os muitos autores (nacionais e internacionais) que visitam terras britânicas. Neste ano que hoje passa, tive o prazer e a felicidade de conhecer nove autores. Poderia ter conhecido muitos mais, mas estes nove representam um leque que em muito me agrada, e me deixa feliz.


Precisamente no dia em que aterrei em Londres (uma chuvosa sexta-feira 13), adquiri Styxx e abri as portas a conhecer uma das minhas mais curiosas autoras, Sherrilyn Kenyon. É verdade que há muito que deixei de ser a sua saga Predadores da Noite, não por não gostar mas pela falta de tempo e edições portuguesas que aqui não chegam, mas confesso que este não poderia ter sido um welcome mais especial — afinal de contas, quando poderia eu conhecer tão popular autora? 


David Levithan foi uma sessão de Q&A um pouco inesperada. Conhecia, somente de nome, parte da sua obra (este que, para além de escritor é, também, editor em Nova Iorque), mas nunca tinha lido nenhum dos seus romances. Com Will Grayson, Will Grayson a repousar na estante e o fascínio que Every Day tinha vindo a deixar, fechei os olhos e atirei-me de cabeça. Neste momento, Every Day é um dos meus contemporâneos favoritos, e Levithan um dos autores mais simpáticos e carismáticos que conheci. 


John Connolly foi, igualmente, uma surpresa. Tenho um dos seus livros fantásticos em casa (em Portugal) mas já tinha ouvido falar, e muito bem, desta sua nova série que se inicia com Conquest. Por isso, disse cá para mim: why not? Sem dúvida, um final de tarde muito gratificante. 


Já em 2014 (ou foi ainda em 2013? Hmmmm...) tive a oportunidade de ir a um evento cujas cabeças de cartaz eram Tanya Byrne (autora britânica) e Lauren Kate (autora americana), numa discussão sobre Literatura YA: USA vs. UK. Gostei imenso do evento o seu todo e, embora desconhecesse por completo Byrne, foi com enorme agrado que adquiri um dos seus livros e o trouxe para completar um pouco mais a estante. Quanto a Kate, sei que dispensa apresentações...


No Festival Gollancz, de entre tantos outros autores fantásticos, tive o prazer de trocar dois dedos de conversa e de escutar duas sessões de Q&A e entrevista com dois autores absolutamente fantásticos — Patrick Rothfuss e Joe Hill


Rothfuss é um dos meus escritores de fantasia favoritos e confesso que foi um bocadinho ‘sonho tornado realidade’ os breves momentos que passei na sua companhia. Quando a Hill, este é filho de Stephen King e um dos seus mais aclamados romances, Horns (Cornos, em português) vai ser adaptado ao cinema, com estreia prevista para este Halloween. Um dia inesquecível, é tudo o que tenho a dizer. 


Estive ainda com Lauren Oliver, autora da trilogia Delirium (o primeiro volume encontra-se já publicado em terras lusas), do contemporâneo Panic e do novo e fantasmagórico livro Rooms, de entre outros. Esta foi uma sessão muito intimista e agradeço imenso a oportunidade dada de conhecer esta autora que não só é fantástica como dedicou grande parte do seu tempo a conversar com os seus leitores. 


Finalmente, e há poucas semanas atrás, tive o prazer de conhecer a inesquecível Charlaine Harris. Descobri que a autora vinha cá um pouco em cima do acontecimento e embora estivesse um tempo terrível nesse dia, dou graças a me ter esforçado em sair da cama e ir conhecê-la, pois é de uma simpatia sem igual.

2013/2014 (de Setembro a Setembro) foi, sem sombra de dúvida, um ano literário extremamente gratificante para mim. Posso, somente, agradecer a todos estes autores, à cidade de Londres pelo fascínio e às fenomenais editoras por se esforçarem e trazerem até cá nomes do panorama mundial. Não foi um ano fácil... tratou-se de um ano de adaptação, de muitas saudades da família humana e da família animal, mas tenho consciência de que tais oportunidades nunca surgiriam noutro lugar. E, por isso mesmo, sinto-me grata. 

P.S. - Lamento pela pouca qualidade de algumas das fotos. Aconteceu, muitas vezes, o telefone e a luz não estarem do meu lado.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Maximum Ride 1: O Resgate de Angel, James Patterson [Divulgação]


O primeiro de uma colecção imperdível de oito volumes.

Título Original: The Angel Experiment
Autoria: James Patterson
N.º Páginas: 384
PVP.: 17,69€

Sinopse
ALERTA! Um grupo de seis jovens com poderes extraordinários está em FUGA. O seu líder é Maximum Ride, ou Max. Retirados dos seus pais à nascença, os seis estavam presos num laboratório secreto, onde foram alterados geneticamente para se tornarem 98% humanos e 2% pássaros. Agora eles conseguem voar e escaparam da sua prisão. Mas desconhecem as razões para tudo o que lhes foi feito, e não sabem quanto tempo de vida lhes resta. No seu encalce estão os Erasers, seres diabólicos criados no mesmo laboratório, que apanham Angel, a miúda mais nova e especial do grupo de Max. 
Conseguirá Max resgatar Angel e descobrir a verdade sobre si e os seus amigos? PREPARA-TE: Este livro é o início da mais fantástica e emocionante aventura da tua vida. 

Sobre o autor
James Patterson já criou mais personagens inesquecíveis do que qualquer outro escritor da actualidade. É o autor dos policiais Alex Cross, os mais populares dos últimos vinte e cinco anos, dentro do género. 
Entre os seus maios bestsellers estão também as colecções Private: Agência Internacional de Investigação, The Women's Murder Club (O Clube das Investigadoras) e Michael Bennett. Patterson é o autor que teve mais livros até hoje no topo da lista de bestsellers do New York Times, segundo o Guinness World Records. Desde que o seu primeiro romance venceu o Edgar Award, em 1977, os seus livros já venderam mais de 300 milhões de exemplares. 
Em Portugal, James Patterson é publicado pela Topseller (Alex Cross, Private, NYPD Red, Confissões, Maximum Ride e romances) e pela Booksmile (séries juvenis Escola e Eu Cómico). 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Se eu Ficar [Opinião de Cinema]




Live for Love

Esta adaptação tocou-me particularmente, e é por isso que decidi escrever um pequeno apontamento sobre a mesma. Não é, de todo, minha intenção fazer disto uma crítica ou opinião cinematográfica, mas sim exprimir os muitos sentimentos que este filme despertou em mim — e, quem sabe, até fazer desaparecer as possíveis incertezas que tantos outros curiosos possam ter em relação a esta obra (da 7.ª arte).

Se eu Ficar, ou If I Stay no original, escrito por Gayle Forman, é, sem sombra de dúvida, um dos meus contemporâneos young adult favoritos. Há qualquer coisa de muito especial e transcendente na história que esta autora criou, e confesso que, por isso mesmo, estava algo receosa pela forma como essa essência iria ser transposta no grande ecrã. A verdade é que o resultado superou, em grande, todas as minhas expectativas e quer tivesse lido o livro ou não, este continuaria a ser, certamente, um filme que nutriria o mesmo tipo de efeito em mim.


Há quem pense que esta é uma história triste. Que estas imagens vão, somente, retratar um texto que descreveu o sofrimento de uma adolescente perante a perda de algo, ou alguém, insubstituível. Mas, para mim, esta é uma história de esperança. Esperança e amor. Dois valores que muitas vezes damos por certos ou imaginamos serem imbatíveis mas que nos mais delicados e impensados momentos arrebatem-nos com o poder e a força que podem conter. Nem tudo é feliz nesta história. Nem tudo é seguro. E se há algo que Se eu Ficar retrata de forma exímia, em ambos os seus formatos, é a surpresa do inesperado. Nunca sabemos quando a nossa vida pode sofrer uma viragem de 180º, nunca sabemos quando algo que está fora do nosso alcance, do nosso controlo, pode destruir todos os sonhos, todos os desejos e todo o futuro que julgamos estar-nos destinado. E é na quase ínfima réstia de esperança, esperança por algo melhor, esperança pela sobrevivência, esperança para que o amor seja suficiente que este filme é exemplar — assim como o seu livro. Uma história emocionante, sem dúvida, que arrebatará qualquer espectador.

Existem pequeno pormenores que já não me recordava. Ao fim e ao cabo, li este romance em meados de 2010 e com tantas outras páginas percorridas nos ‘entretantos’, por vezes torna-se complicado guardar tantas minuciosidades, tantos detalhes de tantas obras mesmo quando uma porção destas são nossas predilectas. Ainda assim, foi uma sensação única a de relembrar, quase em modo automático, tantos desses importantes e imprescindíveis instantes narrativos aquando do visionamento do filme, uma vez que este se encontra incrivelmente fiel à obra que serve de sua base. Admito que estava também algo renitente na escolha de actor para Adam — visto esta ser uma personagem com um tipo de substância e áurea únicas —, mas apercebo-me agora que não poderiam ter feito melhor selecção. Quanto a Mia — ou a Chloë Grace Moretz — nada já de errado a apontar, uma vez que esta actriz encarnou, com perfeição, este papel, dando-lhe uma forma humana como nenhuma outra, quando esta vivia, somente, na mente dos seus leitores. 


Se o cast se traduz numa componente extremamente forte deste filme, e as linhas que o compõem se mostram em concordância com as palavras que o descrevem, então que dizer do resto? O resto são lágrimas, sorrisos e suspiros. São arrufos interiores e debates solidários para com os acontecimentos vistos no ecrã, em prol de uma, por mais pequena e insignificante que seja, felicidade que parece não ter raiz e, por isso, não repousar no presente (narrativo). Suponho que simplesmente não hajam substantivos suficientes para expor o quão maravilhoso e o quão distinto este filme é na realidade. E, atrevo-me ainda a escrever, que se encontra com uma adaptação bastante mais digna e completa, no seu todo, que um seu antecessor dentro do género literário — falo de A Culpa é das Estrelas. Afinal de contas, existe uma maturidade, um cuidado impressionante com a performance dos actores, uma fotografia e um guião decididamente mais maduros, e crentes, e pensados em Se eu Ficar do que na adaptação da obra de John Green — que embora seja genial e capte o que de tão especial o livro apresenta, ainda assim não consegue atingir ‘aquele’ nível de perfeccionismo e atenção que seria esperado após um hype tão pronunciado e tão mundial. Creio que esteja bastante clara qual seria a minha escolha caso tivesse de decidir entre um e outro filme... 


Se tiverem oportunidade de ver este filme numa sala de cinema, então aproveitem. Prometo que se irão emocionar, que não ficarão indiferentes e que, quer tenham lido a obra ou nem sequer tenham ouvido falar da mesma, que sairão da sala satisfeitos, a sentirem-se completos e com a percepção de que valeu a pena o tempo gasto. Intercalando passado com presente, angústia com amor, vida com morte, esta é uma obra (seja em que formato for) que não vão querer perder. Por isso, deixem-se levar pela beleza da escrita de Forman, pela brilhante direcção de R. J. Cutler, pela genuidade de Moretz e Blackley (que faz o papel de Adam), assim como a de todas as restantes personagens secundárias, e sucumbam ao sofrimento de se ter de escolher entre viver uma existência incompleta, marcada por uma perda imensa, ou desistir em prol de algo mais fácil, mais suportável e menos... real. 


Passatempo de Aniversário — O Espectacular Momento Presente, de Tim Tharp + Aqui e Agora, de Ann Brashares


O Pedacinho comemorou, no passado fim de semana, uma mão cheia em anos e por isso está na altura de lançar o primeiro passatempo comemorativo de tão especial ocasião. A primeira editora a juntar-se à festa é a Editorial Presença, e com o seu apoio trago-vos um pack de dois livros young adult absolutamente delicioso! Ao fim e ao cabo, neste quinto aniversário quero celebrar o que mais se lê e comenta neste blogue — a fantasia e o YA.

 

Para sorteio está disponível um exemplar de O Espectacular Momento Presente, de Tim Tharp, e um exemplar de Aqui e Agora, de Ann Brashares. Estes dois livros irão para um único vencedor, por isso não percam esta oportunidade!

Para se habilitarem a receber este fantástico prémio em casa, basta que respondam acertadamente às questões que se encontram no formulário, que preencham todos os campos obrigatórios e, como tinha já mencionado, que sejam seguidores do blogue.

As respostas às perguntas podem ser encontras aqui, aqui e/ou no site da Editorial Presença, aqui.

Regras do Passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) O passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 22 de Setembro (segunda-feira).
3) Só é válida uma participação por pessoa e/ou email.
4) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
5) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado via email e o resultado do mesmo será anunciado no blogue.
6) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio ou outros, de exemplares enviados pela mesma e/ou por editoras.
8) Boa sorte!

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Bookish Cuties #2



Já quando estive a estagiar na Random House, no começo do ano, tive acesso a alguma informação delicada sobre um dos livros mais esperados do ano — Magisterium: The Iron Trial —, claro está que a curiosidade subiu em flecha e a vontade de folhear tamanha obra, escrita por duas autoras absolutamente fenomenais — Cassandra Clare e Holly Black — tornou-se quase insuportável. Mais tarde neste ano, foi-me oferecida uma edição proof em papel impresso, que, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de ler. Contudo, na passada semana chegou-me a casa esta espectacular edição hardback que, deixem-me que vos diga, é provavelmente dos livros mais bonitos que guardo na estante. É-me impossível explicar-vos o quão entusiasmada estou com este livro, e o quão agradecida por esta edição, que será lançada no mercado internacional no dia 11. 
Confesso que ainda não li todo o mundo criado por Cassandra Clare nas séries Caçadores de Sombras e Caçadores de Sombras, As Origens, mas do que li posso dizer-vos que adorei, assim como o pequeno livro sobrenatural que li de Holly Black, Doll Bones. Talvez seja por isso que estou tão expectante em relação a esta obra, ou talvez seja por ir conhecer as autoras em breve, não sei. Tudo o que vos posso dizer, no entanto, é que não terão de esperar muito tempo por Magisterium em terras lusas, pois a Planeta conta lançá-lo no mercado português na segunda quinzena de Outubro. Está quase! 

domingo, 7 de setembro de 2014

E já são 5 anos de literatices em comum



Ainda me recordo, com uma certa nostalgia, do dia em que este espaço passou de mero sonho a realidade. A blogosfera literária era pequenina, mas ainda assim, nessa altura, nada me poderia fazer acreditar que um dia estaria a celebrar cinco anos de existência, cinco anos recheados de doces e amargas leituras, amizades literárias e momentos que nunca esquecerei — tanto bons quanto maus.

O que escreverei não será novidade, afinal de contas trata-se de mais um aniversário, de mais uma etapa alcançada, mas a verdade é que tal nunca poderia acontecer sem o vosso apoio. A par comigo, vocês, leitores, é que fazem este espaço crescer, é que me dão energia para superar mais um dia, ler mais um livro, escrever mais uma opinião, procurar mais um passatempo. Vocês são a essência deste espaço e, por isso, esta mensagem é para todos vós. 

Nem sempre foi fácil manter este espaço activo, nem sempre foi simples, e confesso que houveram uns instantes, há uns meses atrás, em que julguei por certo não chegar a esta quinta fase do Pedacinho, mas admito estar extremamente feliz por aqui estar, por continuar a fazer parte das vossas vidas literárias tal como vocês fazem parte da minha. Espero, do fundo do coração, estar aqui para o ano, com mais publicações, cusquices literárias e tantas outras novidades para vos mostrar. Espero continuar a crescer convosco. E espero manter a mesma qualidade, empenho e entusiasmo que, embora por vezes me falhem, são uma constante no meu pensamento.

Quero, também, agradecer às parcerias editorais que tantas oportunidades me têm proporcionado, seja com leituras, passatempos para os leitores, eventos com autores ou meras mensagens amigas — sem vocês este espaço não seria, também, o que é hoje. Mas quero, igualmente, deixar um enorme obrigado a todos os amigos dos livros e a todos os que têm estado ao meu lado ao longo destes cinco anos — vocês sabem quem são.

A todos os novos leitores e amigos, sejam bem vindos a esta família! Aos que por aqui já andavam, um gigantesco obrigado por se manterem fiéis. E como estamos em tempo de festa, já sabem o que se segue: nos próximos dias serão publicados passatempos comemorativos em jeito de agradecimento por estes cinco anos, e, como tal, estes serão exclusivos para vocês, seguidores e leitores do blogue. Estejam atentos e, uma vez mais...

... um enorme obrigado desta vossa eterna leitora.

sábado, 6 de setembro de 2014

A Ascensão do Nove, Pittacus Lore [Opinião]




Título Original: The Rise of Nine
Autoria: Pittacus Lore
Editora: Editorial Presença
Colecção: Noites Claras, N.º 21
N.º Páginas: 368


Sinopse:
Neste terceiro volume da série juvenil iniciada com o título Sou o Número Quatro, a história é retomada a partir do ponto em que termina O Poder de Seis. Das nove crianças que conseguiram escapar à destruição do seu planeta de origem, Lorien, pelos cruéis Mogadorianos restam apenas seis. Estas crianças são os Garde, que se refugiaram na Terra em diversos continentes. À medida que crescem e desenvolvem poderes especiais, ou Legados, vão sendo preparados para um confronto final com os seus inimigos. Para conseguirem salvar o seu mundo e o nosso, têm de se reunir porque só juntos são suficientemente poderosos para enfrentar os seus inimigos. Mas entretanto, mais uma menina conseguiu escapar de Lorien…


Opinião:
Quatro.
Seis.
Sete.
John, Maren e Marina. Estas são as três personagens que dão voz ao terceiro volume da série Os Legados de Lorien, A Ascensão do Nove, proporcionando verdadeiros momentos de pura acção e adrenalina. Creio que nunca antes uma série young adult desvendou tão grandiosos mistérios enquanto encena tão espectaculares batalhas, que numa constante roçam o épico, transformando uma simples série alienígena em algo que vai muito para além da ficção e do impossível. Com tantos entraves à vitória, tantos segredos escondidos e poderes a serem descobertos, esta é uma série dotada de uma legião de fãs tão sólida e transparente que, enquanto leitores, nos é quase inadmissível percorrer as suas páginas sem sentirmos que estas são, também, as nossas lutas e as nossas vidas. E não há sentimento mais poderoso do que aquele de pertencermos aos ligamentos de uma história.

A acção deste terceiro tomo inicia-se muito, muito perto dos acontecimentos que marcaram o desfecho do volume que lhe antecede, O Poder de Seis, proporcionando assim uma continuidade já anteriormente experienciada mas que vem, somente, reforçar a ideia de que o leitor se encontra perante uma história sem pausas, sem quebras narrativas.
Durante grande parte do enredo, com Quatro são-nos apresentadas as dificuldades que este e Nove enfrentam ao tentarem decidir qual o próximo passo a dar — se procurar os restantes Garde, se partir em busca da batalha final com Setrákus Ra, ou se voltar ao local de maior perigo e tentar libertar Sam ou encontrar Sarah. Com Seis e Sete, é-nos mostrado o caminho que estas traçam, juntamente com Ella (a número Dez) e Crayton (o seu tutor) à procura de Oito, nos confins da Índia, ao mesmo tempo que vão desvendando Legados e segredos, e se aproximam do confronto conclusivo que salvará a Terra dos Mogadorianos.

Confesso-me bastante agradada e satisfeita com os desenvolvimentos descritos nesta continuação e com a forma como Pittacus Lore, personagem integrante — ainda que escondida — do enredo, embala o leitor nos perigos e encontros que os Garde vão defrontando no cumprimento dos seus destinos. Dotada de três perspectivas distintas, esta história mostra-se duplamente enriquecida não só pelas vozes já conhecidas do leitor — de Quatro e Seis — como pela sensibilidade e afectividade únicas de Sete. Oito, Nove e Dez ganham, também, uma renovada dimensão em A Ascensão do Nove, adquirindo contornos ora humanos ora sobrenaturais que antes se encontravam escondidos do leitor. Gostei, particularmente, das minuciosidades envolventes da personalidade de Oito, e do temperamento irascível e algo impulsivo de Nove.

A recta final deste terceiro volume deixou-me curiosa pelo que poderá ocorrer na próxima etapa desta série, até porque algo inconclusivo e até meio estranho aconteceu que deixou os Garde tanto confusos quanto aliviados. Sem querer ofertar spoilers, admito estar especialmente expectante com os contornos narrativos dos próximos volumes, uma vez que um dos grandes objectivos dos Garde finalmente se concretizou, e talvez por isso encontro-me, actualmente, sequiosa pelo lançamento de The Fall of Five, quarto volume da série no original. Sem dúvida, que venha o próximo!

Para adquirir ou ler mais informações sobre o livro A Ascensão do Nove, consulte aqui.

Entre as Páginas de... #6


... Uma Família Feliz, de David Safier.


Já vos disse o quanto adoro este autor? Não? Então pronto, aqui vai — adoro, de morte mesmo, David Safier. Há qualquer coisa na sua escrita simples que enriquece o meu dia e o meu espírito de leitora. As suas histórias são sempre divertidas, leves e absolutamente únicas, tocando ora temas correntes e sensíveis ora espaços dedicados ao sobrenatural.
Comecei Uma Família Feliz ontem, visto estar a precisar de algo descontraído após leituras mais exigentes, e não consigo colocar em palavras o quanto estou a adorar. Misturar quatro das criaturas paranormais mais conhecidas do terror com a realidade de uma família dos tempos modernos em Berlim é algo assustadoramente hilariante e eu mal posso esperar por continuar a leitura.

E vocês, que história devoram neste momento?

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Aqui e Agora, Ann Brashares [Divulgação]


Um thriller inesquecível, romântico e épico, sobre uma jovem que veio do futuro e que pode talvez salvar o mundo... se abrir mão daquilo que mais deseja.

Título Original: The Here and Now
Autoria: Ann Brashares
N.º Páginas: 272
Colecção: Noites Claras, N.º 22
PVP.: 13,90€


Sinopse
Prenna James é uma jovem de dezassete anos que imigrou para Nova Iorque quando tinha doze. Só que Prenna não chegou a Nova Iorque vinda de outro país... ela veio de outro tempo, de um futuro onde uma doença transmitida através de mosquitos se tornou uma pandemia arrasadora que deixou o mundo em ruínas. Prenna e as outras pessoas que conseguiram escapar são obrigadas a seguir um conjunto de regras muito rígido: nunca revelar de onde são, nunca interferir com o curso da história e nunca, em circustância alguma, estabelecer uma relação mais íntima com alguém que não faça parte da comunidade. Prenna faz tudo como lhe dizem, acreditando que está a ajudar a prevenir os problemas que um dia vão assolar o planeta. Mas tudo isso irá mudar no dia em que Prenna conhece Ethan Jarves... 

Sobre a autora
Ann Brashares vive na cidade de Nova Iorque. É autora da série Quatro Amigas e Um Par de Calças, que alcançou o primeiro lugar na lista de bestsellers do New York Times e inspirou duas grandes produções cinematográficas, bem como de Amigas para a Vida, publicado nesta colecção. 

Para mais informações consulte o site da Editorial Presença, aqui

Já disponível nas livrarias

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

As Páginas Percorridas em Agosto



Agosto foi um mês decididamente fraco no que diz respeito a leituras aprazíveis, muito em culpa das 12,000 a 15,000 palavras de dissertação a terem de ser escritas. Ainda assim, penso que consegui ler um número considerável de obras, o que, de certa forma, até me deixa algo satisfeita — principalmente porque gostei bastante de todas as páginas que percorri. 


O primeiro livro que li em Agosto foi Deusa, de Josephine Angelini — terceiro e último volume da trilogia Predestinados.
Esta é, sem sombra de dúvida, uma das minhas trilogias favoritas e este terceiro livro não lhe ficou atrás, muito pelo contrário. Adorei, por completo, o universo que Angelini criou e a forma como moldou mitos e personagens a esse seu mundo ímpar. É uma trilogia que vai deixar muitas saudades. 


Agosto representa ainda a minha estreia na escrita de Lauren Oliver, com o seu romance mais recente e contemporâneo Panic.
Infelizmente esta obra não se encontra publicada em Portugal mas deixem-me que vos diga que, embora tenha um final algo agridoce e não tão vibrante quanto o resto da narrativa, trata-se de uma história que prima pela originalidade e adrenalina. Gostei imenso e fica o desejo de ler mais obras da autora. 


Envolvidos, de Emma Chase, foi, possivelmente, a segunda leitura que mais me agradou pela leveza e descontracção que impera.
Nunca antes pensei em ler uma história de traços eróticos e dominadores do ponto de vista da personagem masculina mas oh como Emma Chase foi inteligente e criou, neste seu primeiro livro da série, algo inédito e absolutamente hilariante. A ver se publico a opinião em breve. 


Por último, li The 100 de Kass Morgan, e que é a versão livro da série, do mesmo nome, que está actualmente a passar na televisão.
Gostei particularmente deste livro pelas diferenças que apresenta em relação à série, e pela atmosfera mais abrangente e emocional que proporciona ao leitor. Além de mostrar personagens novas e desenvolver outras que tiverem um vivência curta na série, este livro dá uma visão geral mais pormenorizada e, também, mais gradual de tudo o que se passa na Arca e na Terra.

Somente quatro foram os livros lidos em Agosto mas é bom recordá-los com carinho e aperceber-me que, embora poucos, foram bons e de grande qualidade. Entretanto, Setembro já começou e confesso-me muito entusiasmada com o que tenho planeado em termos de leituras.

E vocês, que páginas percorrem no mês mais quente do Verão? 

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