sexta-feira, 30 de março de 2012

Crónica de Paixões e Caprichos, Julia Quinn [Opinião]



Título Original: The Duke and I
Autoria: Julia Quinn
Editora: ASA
Nº. Páginas: 367
Tradução: Helena Ruão


Sinopse:

As mães casamenteiras da alta sociedade londrina estão ao rubro: Simon Bassett, o atraente (e solteiro!) duque de Hastings, está de volta a Inglaterra. O jovem aristocrata mal sabe o que o espera pois a perseguição das enérgicas senhoras é implacável. Mas Simon não pretende abdicar da sua liberdade tão cedo…
Igualmente atormentada pela pressão social, a adorável Daphne Bridgerton sonha ainda com um casamento de amor, embora a sua espera por um príncipe encantado comece já a ser alvo de mexericos. Juntos, os jovens decidem fingir um noivado, o que garantirá paz e sossego a Simon e fará de Daphne a mais cobiçada jovem da temporada.
Mas, entre salões de baile e passeios ao luar, a paixão entre ambos rapidamente deixa de ser ficção para se tornar bem real. E embora Daphne comece a pensar em alterar ligeiramente os seus planos iniciais, Simon debate-se com um segredo que pode ser fatal…


Opinião:

Meia dúzia de enganos e palavras imperfeitas levam a que uma criança se refugie na rebeldia da indiferença. Esquecendo o título, esquecendo o nome, foca-se inteiramente naqueles que, de algum modo, a poderão ajudar a ser alguém... que vá contra os padrões a si associados. Mas quando uma bela e interdita jovem se cruza no seu caminho, nem o mais arrogante e ameaçador dos irmãos poderá, alguma vez, dissuadir o intenso desejo que esta criança virada homem tem de a possuir. E assim... começam os mexericos.

Crónica de Paixões e Caprichos trata-se da assombrosamente divertida e comovente estreia de Julia Quinn, em terras lusas. Pegando numa família numerosa e ironicamente arrebatadora, esta autora cria um enredo genial que, sempre pontuado com um certo humor, cativa o leitor logo ao fim das primeiras páginas, quando uma das personagens de maior interesse e importância é apresentada de forma enternecedora embora altamente conflituosa. Este primeiro vislumbre problemático perseguirá ambos leitor e personagem ao longo de toda a trama, provocando o primeiro com avanços e recuos prazenteiros e o segundo com uma imensidão de negações e provações.
Dotada de uma linguagem moderna mas, ainda assim, apropriada à época em questão, ao mesmo tempo que inunda as suas páginas de desafios constantes e momentos ilustremente hilariantes, Julia Quinn transforma-se, e com uma facilidade estonteante, numa autora de destaque merecido.

Diz-se que as personagens são o núcleo de uma história, e esta apaixonante narrativa não é excepção! Toda a família Bridgerton é meticulosamente primorosa. Dos intervenientes mais divertidos e extasiantes que tive o prazer de conhecer, este conjunto de indivíduos é espectacular no seu humor, elegante no modo em como se protegem e apoiam mutuamente e excessivamente viciante nas pequenas distinções – e até semelhanças – que os constituem.
Daphne é uma personagem delicadamente desafiadora. Com uma personalidade vincada e anos de experiência a lidar com rapazes, esta jovem senhora que mal pode esperar por casar e constituir família, vê-se enredada numa teia de falsos interesses e mentiras dissimuladas que, a não ser que jogue com cuidado, a muito custo conseguirá escapar incólume. É que brincar com o amor é o equivalente a brincar com o fogo, e se Daphne não estiver atenta, certamente irá queimar-se.
Simon Bassett é o típico galã atormentado por um acontecimento do passado que marcou todo o seu crescimento pessoal e social. Homem de uma beleza infinita e de um auto-controlo de ferro, esta personagem é uma delicia do principio ao fim, esteja ele a ser importunado pela não aceitação do seu melhor amigo, ou pela irresistível beleza de Daphne.

A um nível pessoal – embora tenha ficado deslumbrada com Simon –, gostei imenso dos Bridgerton. Esta família de loucos é mortificante na exuberância de cada uma das nove personalidades irreverentes que apresenta. Se por um lado temos uma Violet dissimuladamente inteligente, por outro temos uma Hyacinth femininamente arrebatadora, passando por um Anthony de «o que raio se está a passar?» sempre aflorado nos lábios, um Colin sedutoramente descontraído e uma Daphne eximiamente teimosa. Sem dúvida, um leque de personagens muito bem caracterizado e inserido na época retratada, que levará o leitor a soltar um incontável número de gargalhadas e suspiros.

Dentro do género em que se insere, Crónica de Paixões e Caprichos trata-se de um romance maravilhoso no sentido em que conjuga, em igual medida, doses de humor, conflito e acção. Passando por todo um turbilhão de emoções, desde o amor à paixão, do medo ao ódio, este belíssimo enredo destaca-se pelas opções tomadas por parte da autora, pelos caminhos que as suas personagens tomam, e pelos mexericos e intrigas que, no início de cada capítulo, uma misteriosa Lady Whistledown lança para a sociedade.

Um fulgurante romance de época, imperdível na sua diferença, magnífico no seu conteúdo, esta é uma obra que qualquer apreciador do género – e não só! – não poderá perder. Uma trama leve, que facilmente entretém e deslumbra, Crónica de Paixões e Caprichos é, para mim, uma das grandes apostas do ano, por parte de uma editora que tem vindo a surpreender a cada mês que passa, ASA.
Mal posso esperar por saber que tem Lady Whistledown a informar, não só a Londres, mas também a nós leitores! 

Novidade Quinta Essência - "Para Sempre, Meu Amor", Cathy Kelly

Todas as mulheres necessitam da sua hora Cathy Kelly...

Título: Para Sempre, Meu Amor
Autoria: Cathy Kelly
N.º Páginas: 496

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,60€

Sinopse: A coragem de descobrir o que realmente importa...
As fadas madrinhas existem, mesmo nas tranquilas colinas irlandesas. Na bonita cidade de Carrickwell vivem três mulheres cujas vidas se encontram completamente delineadas: a ambiciosa Mel estava determinada a ter uma carreira e uma família; a atenciosa Daisy sonhava em ter um filho com o namorado, e a impetuosa Cleo queria terminar o seu curso e entrar no negócio da família. 
Mas as circunstâncias mudaram e tudo se desmoronou. 
Quando Leah, uma enigmática mulher a braços com os seus próprios problemas, abre o Spa Cloud's Hill, Mel, Daisy e Cleo desenvolvem uma amizade e a coragem de descobrir o que realmente importa para elas, para sempre...

Sobre a autora:
Cathy Kelly nasceu em Belfast e cresceu em Dublin. Iniciou a sua carreira num jornal nacional irlandês, onde foi editora de moda e de notícias, crítica cinematográfica e autora da popular coluna de conselhos «Dear Cathy». Actualmente colabora com o jornal Sunday World.
Editou o seu primeiro romance, Woman to Woman, em 1997, que se transformou de imediato num êxito de vendas e converteu Cathy Kelly numa autora reconhecida internacionalmente: os seus livros estão traduzidos em mais de quinze línguas, com milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Alguém como Tu, a sua primeira obra editada em Portugal, recebeu o prémio Romantic Novel of the Year, para o melhor romance do ano, em 2001. 
Actualmente, Cathy Kelly vive no condado de Wicklow, na Irlanda, com o marido e os filhos gémeos.
Para saber mais, visite www.cathykelly.com

Imprensa:
«Uma história muito divertida e habilmente contada... Kelly sabe o que as suas leitoras querem e não as desaponta.»
Sunday Independent

«Uma autora capaz de nos comover e de nos fazer identificar com as suas personagens.»
Daily Mail

 «Leitura obrigatória para os muitos fãs de Kelly; um livro comovedor e caloroso.»
Daily Mail

 «Totalmente credível»
Rosamunde Pilcher

 «A mestria de Kelly para lidar com as complexidades da vida moderna, do casamento e da família fica bem patente na forma como extrai os segredos das suas personagens.»
Choice

 «Kelly entretece a sua história com um humor espirituoso.»
The Times

Da mesma autora de:

Novidade ASA - "Crónica de Paixões e Caprichos", Julia Quinn

Finalmente Julia Quinn chega a Portugal, com a série Bridgerton.

Título: Crónica de Paixões e Caprichos
Autoria: Julia Quinn
N.º Páginas: 368

Lançamento: Já disponível
PVP.: 15,90€

Sinopse: As mães casamenteiras da alta sociedade londrina estão ao rubro: Simon Bassett, o atraente (e solteiro!) duque de Hastings, está de volta a Inglaterra. O jovem aristocrata mal sabe o que o espera pois a perseguição das enérgicas senhoras é implacável. Mas Simon não pretende abdicar da sua liberdade tão cedo…
Igualmente atormentada pela pressão social, a adorável Daphne Bridgerton sonha ainda com um casamento de amor, embora a sua espera por um príncipe encantado comece já a ser alvo de mexericos. Juntos, os jovens decidem fingir um noivado, o que garantirá paz e sossego a Simon e fará de Daphne a mais cobiçada jovem da temporada.
Mas, entre salões de baile e passeios ao luar, a paixão entre ambos rapidamente deixa de ser ficção para se tornar bem real. E embora Daphne comece a pensar em alterar ligeiramente os seus planos iniciais, Simon debate-se com um segredo que pode ser fatal…

Sobre a autora:
Mal terminou o seu curso universitário, Julia Quinn começou a escrever e nunca mais parou. Todos os seus romances integram de imediato a lista de bestsellers do New York Times, com especial destaque para a Série Bridgerton, de que a ASA publica agora o primeiro volume. Vive com a família no Colorado.

quinta-feira, 29 de março de 2012

À Procura de Alaska, John Green [Opinião]



Título Original: Looking for Alaska
Autoria: John Green
Editora: ASA
Nº. Páginas: 247
Tradução: Ana Beatriz Manso


Sinopse:

«Na escuridão atrás de mim, ela cheirava a suor, luz do sol e baunilha, e, nessa noite de pouco luar, eu pouco mais podia ver além da sua silhueta. Mas, mesmo no escuro, consegui ver-lhe os olhos – esmeraldas intensas. Era linda!»
Alaska Young. Lindíssima, inteligente, divertida, sensual, transtornada... e completamente fascinante. Miles Halter não podia estar mais apaixonado. Mas, quando a tragédia lhe bate à porta, Miles descobre o valor e a dor de viver e amar incondicionalmente.
Nada mais será o mesmo.


Opinião:

Quando o coração bate mais forte, há todo um novo e misterioso destino a cumprir. Pessoas que se conhecem, amizades que se afirmam, relações que amadurecem, laços que são quebrados, amores que são testados e muitas, muitas experiências que sofrem a primeira linha de contacto. Mas nem todos esses momentos etéreos, que nos transcendem, numa constante, para um outro plano da vida, são pontuados pela folia da alegria. Muitas vezes, esses pequenos pormenores que nos escaparam inconscientemente, transformam-se em recordações eternizadas quando a desgraça, o desalento e a dor nos batem à porta e, sem pedir licença, nos invadem por dentro.

À Procura de Alaska é, certamente, uma das leituras mais emocionais e verdadeiramente apaixonantes que tive o prazer de folhear este ano – e desde há muito tempo, também. Não existem palavras fortes e duras o suficiente para descrever a magnificência, o deslumbramento e o profundo realismo que este aparentemente simples enredo provocará no leitor, ao longo das suas páginas. A história é poderosa, as personagens dotadas de uma fieldade impressionante e os vários contornos que a própria trama sofre no seu desenvolvimento são de uma intensidade fora do comum. John Green conseguiu, juntando pequenas e soltas peças de um intricado jogo de emoções, formar um puzzle que não só provocará o leitor com as suas tropelias e descobertas, como o deixará estarrecido face a energia e sentimento puro que alberga e, invariavelmente, transmite por toda a sua leitura.

Cada uma a seu nível, todas as personagens que provocam, nesta narrativa, situações de divertimento sufocante e sofrimento devastador são importantes e marcantes para o leitor. Umas destacam-se pela responsabilidade dos eventos desencadeados, outras pela forma como conduzem o leitor ao cerne da questão mas, no seu conjunto, todas elas formam uma união singular e indubitavelmente real e próxima para quem as lê. Assim, enquanto Miles dirige o caminho a seguir, apaixonando-se pela pessoa mais inconstante e intelectualmente atraente que poderia encontrar, Alaska deixa-se levar pelas inconstâncias e perguntas sem resposta que constituem o linear da vida, acabando por se deixar levar precisamente por uma delas. Em contraste, temos um Chip “Coronel” que, mesmo com todos os seus defeitos, é capaz de uma amizade fora de série e um Dr. Hyde – para mim, uma personagem deveras especial – que, com toda a sabedoria que a sua velha idade possui, transmite os mais poderosos ensinamentos. A verdade é que adorei a interacção entre os vários intervenientes, e a forma magnífica como cada um deles complementa o outro. Um leque extraordinário e memorável de personalidades, primado pela distinção entre cada uma delas, que conduzem o leitor a uma leitura sôfrega e emocionante.

A própria estrutura do enredo foi uma surpresa. Sem capítulos significativos mas divido em quantidade de dias antes e depois da ocorrência que arrebatará as personagens principais desta história, sem dúvida de que se tratou de uma forma curiosa de descobrir o desenrolar dos acontecimentos. Talvez por isso, me tenha sido tão complicado parar de ler... ou talvez tal se deva ao estrondoso estilo de John Green que, numa linguagem incrivelmente acessível e eficiente, faz as delicias tanto de um público mais jovem que encontra aqui algumas realidades do seu passado – ou que vê à sua volta –, como de um leitor adulto que, incondicionalmente, não conseguirá resistir a uma narrativa tão comovente quanto inteligente – as várias passagens das últimas palavras que uma série de indivíduos proferiu às portas da morte, assim como o discurso de Dr. Hyde são impressionantes nesse sentido.

Ainda antes de terminar, tenho de dizer que este livro não agradará somente pela belas palavras que o preenchem, ou pelas personagens que lhe dão vida, nem mesmo pela história que o impulsiona... este livro agradará também pelos temas morais, íntimos e sociais que aborda. Desde a incógnita que caracteriza a morte, ao sofrimento de não se saber como um dado acontecimento de extrema importância ocorreu, passando pela perda de um amor e de uma fiel amiga, às tropelias rebeldes de um grupo de adolescente e até ao forte laço de amizade incondicional que mostra. Como estas mencionadas, muitas outras temáticas interessantes e actuais embalam este livro numa melodia que se faz sentir a cada palavra, cada frase, cada página.

Esta será uma obra que o acompanhará por muito tempo, que o levará a desejar devorar novamente e que quererá aconselhar aos seus amigos, familiares e, quem sabe, conhecidos. Uma história extraordinária sobre algo perfeitamente comum mas que, às vezes, se revela difícil de encontrar, perceber, aceitar. Uma narrativa sobre pessoas, sobre sentimentos, sobre como uma vida inteira pode mudar na fracção de um único segundo. Sem dúvida, um livro que guardarei com fervor e que, infelizmente, à primeira vista passa totalmente despercebido.
Uma excelente aposta da ASA, como tem sido hábito, que uma vez mais apresenta, na forma de ficção, toda uma série de «relatos» e acontecimentos passíveis de acontecer. Recomendo vivamente.


«As últimas palavras do pregador oitocentista Henry Ward Beeche foram: “Agora vem aí o mistério.” O poeta Dylan Thomas, que gostava tanto de uma bebida como Alaska, pelo menos disse, antes de morrer: “Bebi dezoito uísques de seguida. Creio que é um recorde.” O favorito de Alaska era o dramaturgo Eugene O’Neill: “Nascido num quarto de hotel e – que diabo – falecido num quarto de hotel.” Até as vítimas de acidentes de viação tinham, por vezes, tempo para últimas palavras. A princesa Diana disse: “Oh, meu Deus. O que é que aconteceu?” A estrela de cinema James Dean disse: “Eles estão a ver-nos, de certeza”, antes de embater com o seu Porsche num outro carro. Conheço tantas últimas palavras. Mas nunca saberei quais foram as dela.», - pág. 161

Novidade ASA - "As Novas Meninas dos Chocolates", Annie Murray

Uma heroína inesquecível, uma história de destinos cruzados, segredos antigos... e um amor capaz de mudar tudo.

Título: As Novas Meninas dos Chocolates
Autoria: Annie Murray
N.º Páginas: 464

Lançamento: Já disponível
PVP.: 16,90€

Sinopse: Na sua juventude, Edie, Ruby e Janet partilhavam sonhos enquanto se dedicavam à deliciosa tarefa de fazer chocolates na famosa fábrica Cadbury, em Inglaterra. Duas décadas depois, o mundo está radicalmente diferente e as vidas das amigas também. Agora, a geração seguinte está a crescer e a enfrentar os seus próprios desafios.
Greta, a filha da temperamental Ruby, é tão bela quanto infeliz. A sua vida familiar foi sempre instável, o que a levou a procurar refúgio junto das suas amigas, na fábrica de chocolates Cadbury, onde também trabalha. Mas tudo vai piorar com o regresso da sua detestável irmã, Maureen.
E assim, enquanto Inglaterra vive a euforia da louca década de 1960, Greta precipita-se para um casamento que rapidamente destruirá os seus sonhos românticos. Grávida e sem-abrigo, é acolhida pela maternal Edie e pelo marido, Anatoli. Mas o amor e segurança deste refúgio em breve serão despedaçados por uma tragédia que mudará as suas vidas para sempre…

Sobre a autora:
Annie Murray nasceu no Berkshire, em Inglaterra, e estudou Inglês no St. John’s College, em Oxford. Em 1991, ganhou o She/Granada TV Short Story Competition e, em 1995, o seu primeiro romance, Birmingham Rose, entrou diretamente para as listas de bestsellers. Tem quatro filhos e vive atualmente em Reading. Para além de As Novas Meninas dos Chocolates, na ASA está também publicado o seu romance As Meninas dos Chocolates.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Novidade Porto Editora - "O Outro Amor da Vida Dele", Dorothy Koomson

Um ano depois de Amor e Chocolate, a Porto Editora prepara-se para publicar, a 2 de Abril, o novo romance de Dorothy Koomson - o sétido editado em Portugal -, intitulado O Outro Amor da Vida Dele. Dorothy Koomson é uma autora de grande sucesso no nosso país, desde que a Porto Editora publicou, em 2006, A Filha da Minha Melhor Amiga (13.ª edição).
Esta mais recente obra revela toda a mestria romântica reconhecida à autora inglesa de origem ganesa. O Outro Amor da Vida Dele explora os recantos sombrios das relações amorosas.
O sucesso de Dorothy Koomson em Portugal é apenas parte do seu crescente prestígio internacional, que se tem refletido, de resto, no próprio Reino Unido: a autora assinou, recentemente, contrato com a prestigiada editora britânica Quercus.

Título: O Outro Amor da Vida Dele
Autoria: Dorothy Koomson
N.º Páginas: 448

Lançamento: 2 de Abril
PVP.: 16,60€

Sinopse: Está a viver o amor com que sempre sonhou?
Libby tem uma vida perfeita com um marido maravilhoso e uma casa enorme em frente à praia. Mas, aos poucos, começa a duvidar do amor de Jack e não acredita que ele tenha realmente superado a morte da primeira mulher, Eve.
Quando o destino interfere na relação de ambos, Libby sente necessidade de conhecer melhor o homem com quem se casou e a aparentemente perfeita Eve.
A jovem esposa descobre algumas verdades assustadoras sobre aquela família. Com receio das consequências, Libby começa a desconfiar que também ela terá o destino da primeira mulher que Jack amou...
Pode um novo amor apagar uma grande paixão?

Sobre a autora:
Dorothy Koomson é autora de sete romances, incluindo A Filha da Minha Melhor Amiga (no original, My Best Friend's Girl), Pedaços de Termira (Marshmallows for Breakfast) e Bons Sonhos, Meu Amor (Goodnight Beautiful), todos eles bestsellers já publicados em Portugal pela Porto Editora. O seu sexto romance, Um Erro Inocente (The Ice Cream Girls), alcançou o número dois nas tabelas de livros mais vendidos e recebeu uma nomeação para os Galaxy National Book Awards de 2010. 
A escritora vive na costa sul de Inglaterra, onde provavelmente se encontra encerrada no seu torreão a congeminar um novo romance. 
Descubra mais em: www.dorothykoomson.co.uk

terça-feira, 27 de março de 2012

Novidade 5 Sentidos - "Desejo Subtil", Lisa Kleypas

A 29 de Março, chega às livrarias portuguesas o primeiro livro de uma nova chancela dedicada ao romance sensual, a 5 Sentidos. Escrito pela norte-americana Lisa Kleypas, uma das mais aclamadas autoras do género, Desejo Subtil é o primeiro de uma série de quatro títulos intitulada À Flor da Pele.
A obra agora editada - Secrets of a Summer Night, no original - centra-se nas aventuras eróticas de quatro jovens em busca de um pretendente. 
Lisa Kleypas é uma autora premiada e com uma obra vasta: 21 romances publicados. Bestseller do The New York Times, foi considerada ‹‹francamente talentosa›› pela prestigiada revista Publishers Weekly
Para o segundo semestre de 2012 está prevista a publicação de Sedução Intensa, segundo livro da série e da chancela 5 Sentidos.

Título: Desejo Subtil
Autoria: Lisa Kleypas
N.º Páginas: 336

Lançamento: 29 de Março
PVP.: 14,40€

Sinopse: Quatro jovens da sociedade elegante de Londres partilham um objectivo comum: usar os seus encantos femininos para arranjarem marido. E assim nasce um ousado esquema de sedução e conquista.
A delicada aristocrata Annabelle Peyton, determinada a salvar a sua família da desgraça, decide usar a sua beleza e inteligência para seduzir um nobre endinheirado. Mas o admirador mais intrigante e persistente de Annabelle - o plebeu arrogante e ambicioso Simon Hunt - deixa bem claro que tenciosa arruinar-lhe os planos, iniciando-a nos mais escandalosos prazeres da carne. Annabelle está decidida a resistir, mas a tarefa parece impossível perante uma sedução tão implacável... e o desejo descontrolado que desde logo a incendeia.
Por fim, numa noite escaldante de verão, Annabelle sucumbe aos beijos tentadores de Simon, descobrindo que, afinal, o amor é o jogo mais perigoso de todos. 

Sobre a autora:
Lisa Kleypas é autora de 21 romances já publicados em 12 línguas. Licenciada em Ciências Políticas, editou o seu primeiro romance com 21 anos. Os seus livros figuram constantemente em listas de bestsellers como o The New York Times e a Publishers Weekly. Os seus romances conquistaram já vários prémios RITA, o prestigiado galardão da RWA (Romance Writers of America). Figura no panteão da literatura de cariz sensual ao lado de autoras já bem conhecidas em Portugal, como Madeline Hunter, Elizabeth Hoyt, Mary Balogh, Emma Wildes ou Nicole Jordan. 

Imprensa:
‹‹Uma contadora de histórias francamente talentosa.››
Publishers Weekly

‹‹Kleypas nunca falha. (...) tem um especial taleno para fazer os leitores rir, chorar e aplaudir, normalmente logo nas páginas de abertura.››
Romantic Times

segunda-feira, 26 de março de 2012

Resultado do Passatempo - "O Poder de Seis", Pittacus Lore

E aqui vos deixo o resultado de mais um fenomenal passatempo, desta feita um livro que tive o prazer de ler muito recentemente e do qual gostei imenso.
Com o generoso apoio da Editorial Presença, é com grande deleite que anuncio que o exemplar a prémio de O Poder de Seis, do autor Pittacus Lore, vai para:

40. Angélica (...) Guimarães, da Maia

Parabéns à feliz contemplada, a quem só me resta desejar uma leitura frutífera e cheia de adrenalina – como eu sei que vai ser! :)

Boas leituras e Excelente início de semana.

sábado, 24 de março de 2012

O Poder de Seis, Pittacus Lore [Opinião]



Título Original: The Power of Six
Autoria: Pittacus Lore
Editora: Editorial Presença
Coleccção: Noites Claras, N.º 12
Nº. Páginas: 381
Tradução: Rita Figueiredo


Sinopse:

O Poder de Seis é a sequela de Sou o Número Quatro e a acção retoma o ponto em que tinha ficado no livro anterior. Do grupo dos nove Garde que conseguiram escapar à destruição do planeta Lorien pelos Mogadorianos, restam apenas seis. Eles escondem-se, misturam-se com os humanos e evitam o contacto uns com os outros... só que os olhos dos Mogadorianos estão por toda a parte e escapar-lhes revela-se uma missão quase impossível. Mas, apesar dos seus poderes estarem a desenvolver-se, será que os Garde continuam a acreditar na sua missão? E terá a Número Seis, a rapariga com poderes inimagináveis, a força suficiente para reunir todo o grupo dos Garde? Acção e suspense garantidos neste livro de Pittacus Lore, que foi um bestseller nos EUA. 


Opinião:

Dos nove iniciais, restam seis. Seis jovens espantosamente dotados e de uma importância extrema na contínua segurança do planeta Terra. Seis jovens que foram afastados pelo destino mas que se procuram reunir para uma luta que ditará, em finito, o futuro da humanidade... e de Lorien. Seis jovens que sofrem de desprotecção e que não sabem, de todo, se conseguirão, sequer, sobreviver até à chegada desse glorioso dia final...
O poder está à solta mas com ele, também está o mal. E na figura de criaturas horrendas e perigosas, que obtêm prazer a espalhar o medo, nada estará seguro ou será, alguma vez, certo.

O Poder de Seis trata-se da surpreendentemente frenética e vibrante continuação de uma narrativa que, já no ano passado, tinha captado o meu interesse – Sou o Número Quatro. Talvez conheçam este último título devido à recente adaptação cinematográfica do mesmo mas, uma coisa vos garanto, não há nada como ler os livros! Bem mais rigoroso e pormenorizado que a perspectiva oferecida pelo grande ecrã, O Poder de Seis é um enredo que, mesmo direccionado a um público mais juvenil, não deixa de agradar e entreter todos aqueles que encontram na fantasia e na ficção científica um refúgio contra a negatividade do dia a dia. Sendo uma história contada de forma fluida e bastante simples, na voz de dois intervenientes importantes para o desenrolar da trama, este sequela só vem confirmar a força da imaginação residente por trás do nome de Pittacus Lore – uma personagem ausente que, de quando em vez, figura por entre as páginas das duas obras.

Enquanto Sou o Número Quatro se centra, quase em exclusivo, na intervenção de John Smith na narrativa assim como naqueles que o acompanham na alucinante viagem que perfaz a sua existência, O Poder de Seis vem conferir destaque – e alargar horizontes – a outras personagens que, igualmente importantes e decisivas, em muito contribuem para o confronto final que a passos largos se aproxima. Assim, neste segundo livro sobre os extraterrestres mais apelativos do planeta Lorien, o leitor vê-se dividido não só entre a perspectiva de John que continua junto da número Seis e do seu melhor amigo humano Sam, mas também diluído na pele de uma nova personalidade, a número Sete, que, residente em Espanha num convento de freiras, faz os possíveis por encontrar uma solução para o problema que a sua estada prolongada naquele lugar acabou por originar. Desse modo e ao longo das várias páginas deste livro, o leitor vai ficando a conhecer os motivos e impulsos que levam o pequeno grupo de três a saltar, numa constante, de lugar em lugar ao mesmo tempo que se vai enternecendo com uma jovem rapariga que somente deseja seguir com o seu destino e tornar-se útil.

Em termos de enredo, O Poder de Seis oferece uma faceta bem mais activa e aliciante do que o livro anterior. Fica bastante claro, logo desde o início, que o perigo se encontra à espreita, à procura de uma oportunidade de ataque, e as incontáveis fugas por parte de John e companhia, as descobertas que vão fazendo sobre os artefactos lorianos e os hábitos dos Mogadorianos, assim como a aparente estagnação da número Sete – Marina –, fazem com que o leitor se sinta impulsionado de tal maneira a continuar a leitura que, inevitavelmente, lerá este livro de um só fôlego. Os dois POV’s, em particular, e toda a informação distinta mas, ainda assim, relacionada que expõem ao leitor faz com que este pequeno pormenor seja dos mais agradáveis de todo o livro. Adorei estar a par das peripécias de John e dos inúmeros problemas que se lhe atravessam no caminho, mas foi igualmente interessante ficar a conhecer, intimamente, mais um dos Garde – assim como todo um leque de intervenientes secundários que, sem dúvida, enalteceram a obra através da «novidade» que representam.

Noites Claras trata-se de uma colecção da Editorial Presença que simplesmente adoro, pois as obras que alberga possuem um certo toque especial e único em histórias que, aparentemente normais ou banais, atingem sempre um patamar diferente. O Poder de Seis, ou mesmo Sou o Número Quatro, não são excepção e é por isso que espero que as pessoas lhe dêem uma oportunidade. Mesmo sendo livros para jovens, não me restam dúvidas que de qualquer idade os pode ler...
Eu gostei e afirmo ter sido uma leitura fantástica para fugir à rotina, que não só me permitiu soltar umas quantas gargalhadas e sorrisos, como me deixou receosa para com as personagens que, em situações de grande aperto, se viram a mãos com um destino cruel. Estou super curiosa para saber o que vai acontecer a seguir... principalmente tendo em conta a forma como O Poder de Seis terminou.

Para mais informações, consulte aqui!

Novidade Quinta Essência - "Segredos de Paris", Luanne Rice

Uma história sobre a amizade, o amor e os desencontros...

Título: Segredos de Paris
Autoria: Luanne Rice
N.º Páginas: 344

Lançamento: Já disponível
PVP.: 15,50€

Sinopse: Lydie McBride sempre viveu a vida ao máximo. Mas quando uma tragédia impensável atinge a sua família tudo aquilo em que acredita se estilhaça. Michael, o seu marido arquiteto, vê a paixão desaparecer dos olhos de Lydie e do seu casamento, e espera que uma temporada de trabalho em Paris os ajude a regenerar o amor que noutros tempos parecera inatacável. Mas a Cidade das Luzes contém segredos e seduções para ambos. Enquanto Michael se dedica ao seu projeto de design no Louvre — e cai na esfera de ação de uma francesa misteriosa, sedutora —, Lydie encontra inspiração para o seu trabalho como designer de ambientes e enceta uma amizade com duas mulheres muitíssimo diferentes que a irão tornar capaz de encontrar uma nova vida. Haverá lugar para o homem com quem sempre quis partilhar essa vida… se conseguir voltar a encontrá-lo?

Sobre a autora:
Luanne Rice é autora de mais de duas dezenas de livros, marcando regularmente presença na lista dos mais vendidos do New York Times, Washington Post e USA Today. A sua escrita, descrita pelo New York Times Book Review como uma «rara combinação de realismo e romance», tem fascinado milhões de leitores em todo o mundo. A autora está publicada em 25 países, com mais de 25 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Rice desde cedo revelou talento para a escrita, tendo publicado o primeiro poema aos 11 anos e a primeira história aos 15. Depois de uma passagem pela Universidade do Connecticut, teve vários trabalhos até se dedicar em exclusivo à escrita.
Luanne Rice vive entre Nova Iorque e Old Lyme, no Connecticut, na casa onde costumava passar os Verões quando era criança.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Passatempo "Primavera"

Colocando de parte as alergias, ontem deu-se início a uma das minhas estações favoritas do ano – com o crescer das flores, o verde dos montes e a bicharada toca cá fora a apanhar os primeiros raios de um sol bem mais quentinho, a Primavera deu entrada em mais um ano de forma gloriosa. 
E é por isso que o Pedacinho, em parceria com a ArteShine Loja/Atelier, decidiu fazer um passatempo especial – e bem diferente do habitual! – que vos permitirá resguardar os livrinhos mesmo quando aquelas persistentes chuvas miudinhas ainda se fazem sentir. Por isso... aqui fica ele!

Desta vez e em celebração de mais uma época verdejante e alegre, estaremos a sortear uma espectacular – e primaveril – capa de livro! Em tons rosa e tema florar, esta capa é super feminina e o presente perfeito para oferecer aos vossos incontáveis livros ou, até, a uma amiga ou familiar. Tudo o que têm de fazer é responder à seguinte questão (pessoal!):

A Primavera é...?

Sejam criativos!, pois é isso que estamos à procura. Já sabem que tanto podem fazer uma frase pequena como um poema. A escolha é infinita!
Respondam no formulário que está mesmo aqui em baixo mas não se deixem levar pela preguiça! O passatempo estará em vigor até às 23h59 do dia 31 de Março (Sábado). Fico a aguardar as vossas respostas!

Novidade Porto Editora - "Silêncio", Becca Fitzpatrick

No último ano, nenhum autor motivou tantos pedidos de informação via e-mail para a Porto Editora, como Becca Fitzpatrick, criadora da saga Hush, hush. Será, por isso, certamente, um motivo de satisfação para os milhares de fãs portugueses saberem que Silêncio, o terceiro livro da colecção, é publicado a 22 de Março.
Quando, em 2010, a comunicação social portuguesa noticiou que, na ficção para jovens, os anjos iriam substituir os vampiros (‹‹Vampiros estão a dar lugar aos anjos››, in Sábado), já Hush, hush era um sucesso à escala mundial. E preparava-se para chegar ao nosso país. No mês seguinte, a edição da Porto Editora conquistou os principais tops de vendas. A partir daí, a expectativa em torno do segundo livro da saga não parou de crescer. A Porto Editora recebeu centenas de e-mails em poucos meses e crescendo revelou-se um êxito. Com Silêncio passou-se exactamente o mesmo ao nível dos pedidos de informação. Não é, por isso, difícil adivinhar um novo sucesso de vendas.

Título: Silêncio
Autoria: Becca Fitzpatrick
N.º Páginas: 344

Lançamento: 22 de Março
PVP.: 16,60€

Sinopse: Nora Grey não consegue lembrar-se do que se passou nos últimos cinco meses. Depois do choque inicial de acordar num cemitério e descobrir que esteve desaparecida durante semanas - sem ninguém saber onde ou com quem estava - tanta tomar o pulso à própria vida. Regressa às aulas, passeia com a melhor amiga Vee e tenta evitar ao máximo o novo namorado da mãe. Mas há uma voz que lhe ecoa na mente, uma ideia que quase consegue tocar e sentir. Visões de asas de anjo e criaturas sobrenaturais que nada têm que ver com o mundo que conhece. E não consegue deixar de se sentir perdida e... incompleta. Então, Nora cruza o caminho de um desconhecido muito sensual com quem partilha uma ligação estranha e muito forte. Ele parece conhecer todas as respostas... e o coração dela. Cada minuto que passa com ele torna-se cada vez mais intenso até que se apercebe de que pode estar a apaixonar-se. Novamente. 

Sobre a autora:
Becca Fitzpatrick estreou-se com dois romances de estrondoso sucesso mundial, hush,hush e Crescendo
Licenciou-se em Saúde, vocação que rapidamente trocou pelas histórias. Quando não está a escrever, o mais certo é andar à caça de sapatos em saldos ou a ver séries de crime na televisão. Vive no Colorado. 
Mais informações: www.beccafitzpatrick.com 

Da mesma série:

   

terça-feira, 20 de março de 2012

Passatempo "O Poder de Seis", Pittacus Lore

Em colaboração com a Editorial Presença, o Pedacinho Literário tem o prazer de oferecer um exemplar do livro O Poder de Seis, da autoria de Pittacus Lore, um romance de fantasia recheado de acção e adrenalina!

Para participar e se habilitar a ganhar este fabuloso livro, basta que responda correctamente às questões que se encontram no formulário em baixo, e que preencha todos os campos obrigatórios. 
Por favor, tenha em atenção as regras do passatempo!

As respostas às questões podem ser encontradas aqui e/ou aqui


Regras do Passatempo:

1) O Passatempo decorrerá até às 23h59 do dia 25 de março (domingo).
2) Só é válida uma participação por pessoa e/ou e-mail.
3) Participações com respostas incorrectas e/ou dados incompletos serão automaticamente anuladas.
4) O vencedor será sorteado aleatoriamente pela administração do blogue, será posteriormente contactado por e-mail e o resultado será anunciado no blogue.
5) Só são aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
6) A administração do blogue não se responsabiliza pelo possível extravio, no correio, de exemplares enviados.


Boa sorte a todos!

Os Pilares do Mundo, Anne Bishop [Opinião]



Título Original: The Pillars of The World
Autoria: Anne Bishop
Editora: Saída de Emergência
Nº. Páginas: 369
Tradução: Luís Coimbra


Sinopse:

Ari, a última descendente de uma longa linhagem de bruxas, pressente que o mundo está a mudar... e está a mudar para pior. Há várias gerações que ela e outras como ela zelam pelos Lugares Antigos, assegurando-se de que o território se mantém seguro e os solos férteis. No entanto, com a chegada da primeira Lua Cheia do Verão, as relações com os seus vizinhos azedam-se. Ari já não está segura.
Há muito que o povo Fae ignora o que se passa no mundo dos mortais. Só o visitam, através das suas estradas misteriosas, quando desejam recrear-se. Agora esses caminhos desaparecem a pouco e pouco, deixando os clãs Fae isolados e desamparados.
Onde sempre reinara a harmonia entre o universo espiritual e a natureza, soam agora avisos dissonantes nos ouvidos dos Fae e dos mortais. Quando se espalham nas povoações boatos sobre o começo de uma caça às bruxas, há quem se interrogue se os diversos presságios não serão notas diferentes de uma mesma cantiga.
A única formação que têm pata os nortear é uma alusão passageiro aos chamados Pilares do Mundo...


Opinião:

Nem sempre a simbologia de um lugar é tão forte quanto a crença nele. O poder da magia, da simples presença e do amor para com a terra e a natureza são capazes de transformar um mero pedaço de espaço em algo muito mais importante, algo imprescindível. E são essas terras antigas, poderosas em magia, necessárias em cultivo, os pilares de um mundo especial, um mundo habitado por criaturas que querem ser veneradas, amadas, queridas. Criaturas que estão em vias de desaparecer por entre a névoa...
A caça às bruxas começou e ninguém está a salvo... nem mesmo os inocentes.

Os Pilares do Mundo trata-se de um livro complicadíssimo de descrever em palavras. É uma história que tem de ser vivida, que tem de ser lida e experienciada individualmente. Um enredo que envolve, quem o lê, numa profunda teia de feitiçaria onde os seres feéricos apresentam uma faceta bem mais obscura e rigorosa e onde o povo (mais) comum consegue feitos atrozes e mesquinhos. Um maravilhoso primeiro vislumbre de uma trilogia que se avizinha fantástica, em que o estilo inconfundível e primoroso de Anne Bishop não deixa – nem deixará, certamente – ninguém indiferente.
Rico em personagens e inesquecível em construção narrativa, esta é uma obra que apelará a um leque vasto de leitores e não somente àqueles que gostam de fantasia. É que este é um romance do sobrenatural sobre pessoas, sobre sentimentos e sobre atitudes e embora seja povoado por criaturas do fantástico, em nada deixa de parte aquelas pequenas características e pormenores que transformam esta história em algo universal. E isso vê-se pela beleza do tom de Bishop e pelo cuidado que ela confere às suas personagens e ao destino que quer proporcionar a cada uma delas. Para mim, um livro que – quase – se conta a si mesmo onde a força principal se centra na mulher, uma figura que assume contornos explosivos em duas vertentes distintas: amor e ódio. 

Tantas são as personalidades importantes e decisivas no decurso da narrativa que uma opinião só não bastaria para justificar o valor de cada uma delas. Ainda assim, um pequeno leque de intervenientes acabou por chegar mais perto do meu coração e, como tal, sinto-me obrigada a, pelo menos, falar desses.
Senti – e ainda sinto – um carinho muito especial por aquela que, a meu ver, assume as rédeas da história – Ari. Esta é uma personagem que, logo ao fim das primeiras páginas, agarra o leitor pela sua simpatia e simplicidade. É uma lutadora, embora algo traumatizada pelo decorrer do presente e pelas perspectivas de um futuro extremamente incerto e difícil, mas a sua devoção para com a terra e o amor que tem pela natureza e pela Mãe torna-a em alguém que, sem dúvida, conseguirá encontrar uma solução para cada um dos seus problemas. 
Em contraste, temos um leque vasto de seres belos que vivem em Tir Alainn e que, numa perspectiva inteiramente pessoal, se apresentam como criaturas frias e calculistas mas que, no seu íntimo, só querem ser amadas e, principalmente, só querem sentir. Creio que, com o desenvolver dos acontecimentos, algumas coisas começam a modificar-se na perspectiva e convivência destes seres feéricos e, como tal, penso que se tornarão cada vez mais humanos, ao longo da trilogia. Deixo um destaque para a Senhora da Morte – ou a Ceifeira – que se mostrou de uma força estrondosa e com a qual nunca pensei criar uma ligação tão forte e palpável; e também a Senhora da Lua e o Senhor do Sol, pela relação que tecem entre si e pelos momentos de paixão, amizade e terror que conferem à narrativa.
Por fim, não posso deixar de referir Adolfo, o Inquisidor-Mor. Uma personagem totalmente odiosa, de uma crueldade imensa. Alguém que, enquanto leitora, só queria ver sofrer, principalmente nas mãos de uma mulher, pois a forma como este vê a figura feminina e as atrocidades que inflige às bruxas são momentos de puro ódio, sofrimento e terror. Contudo, penso que se trata de uma personagem que ainda tem muito para dar, muito horror para espalhar e uma enorme vingança a executar.

Bishop cativou-me logo ao fim das primeiras linhas, deixando-me profundamente apaixonada pela sua escrita e pelas personagens que criou. Uma autora de uma imaginação gigantesca, que cria com Os Pilares do Mundo, um universo incrivelmente interessante e apelativo, onde a força dos Lugares Antigos e o amor pela natureza figuram em supremacia. Adorei conhecer os vários Senhores e Senhoras dos seres feéricos, os Seres Inferiores e a magia que as próprias bruxas acarretam em si mesmas. Fiquei deslumbrada com a intensidade das acções descritas, das relações entre personagens e das emoções que rapidamente passam a estar mesmo à flor da pele. Um livro que nunca pensei vir a gostar tanto e que agora me deixa completa e totalmente ansiosa pela continuação. Uma aposta brilhante por parte da Saída de Emergência, numa autora que ainda tem muito para mostrar e deslumbrar. Recomendo. 
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